Curto e Grosso
Título auto-explicativo. Vamos às rápidas, concisas e parcialmente racionalizadas reclamações:
1. Pequenas grandes mudanças estilísticas
Talvez eu seja um maldito reacionário da literatura e das HQs, talvez um velho no corpo de um jovem que sente uma estranha nostalgia por algo que conheceu há quatro anos. Não sei disso. Mas sei que li o primeiro volume do Absolute Sandman da Panini e senti falta da qualidade das edições da Conrad. Coisas como a mudança de Morpheus para Morfeus, entre outros que não citarei aqui (Devido ao fato de não me lembrar e estar com pressa), me deixaram puto nas calças, e provavelmente só fizeram isso para economizar uns pingos de tinta. Certas coisas não se traduzem ou se “aportuguesam”, malditos. Seu público fiel (Nós, os apreciadores da obra e nerds, não os hipsters que compraram os livros para aparecer) notou essa besteira e vai ficar com um pé atrás na hora de comprar qualquer outra coisa feita por vocês. O que nos leva ao próximo ponto:
2. Aprendam a traduzir corretamente, putardos
Ainda em Absolute Sandman: A Panini deveria demitir, imediatamente, o tradutor de AS. Como é que um desgraçado me inventa de traduzir o nome de Fiddler’s Green para o português? Ele é um sonho de origem inglesa, não há razão para ele adotar um nome na língua de Pasquale Cipro neto. Mas, já que fez a droga da tradução, poderia ter feito, pelo menos, de modo decente? Agora, devido a ele, teremos novos leitores achando que Gilbert se chama VERDE DO VIOLINISTA. Ao que parece, ele é pago para traduzir, não para pensar.
3. Falta de criatividade é uma droga
No momento em que escrevo estas linhas, faltam cerca de 19 horas para a publicação desse texto. Não parece muito. Mas, quando você leva em consideração que eu tenho que dormir, acordar cedo, assistir minhas aulas e voltar para casa, dentre outras coisas, não me resta muito tempo. Comecei a pensar no que escrever nesta coluna 27 horas antes de ela ser publicada. Não tive idéia alguma, resolvi reclamar. Tive uma idéia, apliquei-a ao contexto do Nona Arte: Poderia funcionar. Testei-a, com mau humor escorrendo pelas têmporas. E, vejam só: Funcionou.
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