30 anos de Games FPS
O gênero FPS, conhecido por aqui como tiro em primeira pessoa, sempre recebe muitas críticas. Há quem os consideram um tiroteio sem sentido e os que acham que ele pode transformar aquele moleque simpático num psicopata, e o que não falta é gente contra esse tipo de jogo. Mas quem gosta sabe que isso é frescura. Não é porque aqueles babacas estudantes americanos que saem atirando em todo mundo e depois que tudo aconteceu se matam gostavam de jogar Doom que a culpa será do jogo, a culpa é da puta que pariu esses retardados. Esses jogos começaram simples, e hoje alcançaram status de verdadeiros simuladores de guerra, a ponto de serem usados pelo exército americano no treinamento de soldados, tamanha riqueza de detalhes. Vamos ver como esse gênero evoluiu através dos anos:
Wolfenstein 3D, em 1992, já tinha coisas que os games de hoje exploram: Segunda Guerra Mundial, armas diferentes para escolher (Inclusive a sempre poderosa faquinha), portas que precisam ser destrancadas e inimigos que reagem a seus atos (Podem estar distraídos, mas basta um tiro seu para eles começarem a atirar). Além disso, o fato de matar humanos introduziu a primeira polêmica do gênero: Será que meu filho vai virar um bandido se jogar isso?
Doom, em 1993, consertou a polêmica: Matar pessoas é reprovável? Tá bom, então vamos matar demônios marcianos. Sanguinolento e com uma trilha sonora matadora, Doom foi um divisor de águas, popularizando o gênero FPS e introduzindo algumas novidades: Além de ter áreas mais claras ou escuras, agora cada arma tem a sua munição específica (Inclusive a histórica 12!). Uma boa idéia que permite mandar bala com as armas poderosas e ainda assim não ficar apenas na faquinha se ela esvaziar.
E então, eis que surge Duke Nukem 3D, em 1996. Nada melhor que um jogo do gênero estrelado por um fodão herói desbocado e mulherengo. Mas a maior contribuição de Duke ao gênero foi dar mobilidade à cabeça do personagem. Sim, agora podemos olhar pra cima antes de subir numa plataforma ou olhar para baixo e evitar inimigos que estejam num nível inferior ao nosso. Isso deixa o jogo um pouco mais difícil, mas quem estava reclamando, se o que interessava era chutar bundas?
Já Quake, no mesmo ano, trouxe a resposta da Id Software. Finalmente podiamos matar gente de verdade. Se em Wolf 3D os inimigos eram pessoas, aqui seus inimigos podem ser outros jogadores! Multiplayer e FPS entraram numa lua de mel que dura até hoje e está longe de acabar!
Com Goldeneye 007, no ano seguinte, a Rare mostrou que lugar de um shooter era não era somente na tela de um PC. Espremer um game como esse num cartucho foi um feito e tanto, palmas para a Nintendo. Mas o mais legal é que, em meio a tantas bat-bugigangas à disposição do sr. Bond, uma delas se tornaria presença obrigatória: O fuzil Sniper! Nada melhor que derrubar um inimigo a centenas de metros de distância.
Medal of Honor trouxe de volta a Segunda Guerra Mundial, inesgotável fonte na qual a maioria dos shooters bebe. Talvez isso fosse diferente, caso esse jogo não tivesse ficado tão bom! Medal of Honor foi um dos primeiros jogos a fazer com que o jogador se sinta realmente na pele de um soldado aliado, com sua qualidade gráfica e jogabilidade perfeitas.
Counter-Strike, em 2000, um jogo criado por babacas fãs e para os fãs desse gênero. Se hoje é mais fácil achar uma lan-house do que um boteco, agradeça a CS (Ou não, eu mesmo prefiro um buteco), que há mais de 10 anos é sinônimo de jogo multiplayer, e ainda por cima alavancou os games à categoria de um verdadeiro esporte virtual. Ou não.
Com Call of Duty 4: Modern Warfare, lançado a 3 anos, a Activision finalmente se tocou que a galera já tava de saco cheio de fuzilar nazistas e decidiu explorar a guerra moderna. Ótima escolha, afinal nem só de Hitler e de alienígenas vive o FPS. São jogos como esse que estão sendo usados pelo exército americano para treinar seus soldados, pois tentam ser o mais realistas possível. Hoje em dia, ArmA 2 e Battlefield: Bad Company 2 são exemplos disso, tão realistas que na primeira vez que vi, tive dúvidas se estava olhando pra um jogo. Agora é esperar e ver se este tipo de jogabilidade e primor gráfico vai realmente estar a nossa disposição quando um dia jogarmos Duke Nukem Forever.
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