Sobrevivendo em meio aos Blockbusters

Primeira Fila sexta-feira, 06 de junho de 2008

Para quem é cinéfilo de carteirinha ou mesmo conhecedor do mundo cinematográfico sabe que os meses de outono/inverno por estas bandas (primavera/verão americano), as opções de filmes no circuito cinematográfico são pouquissímas. Quase que, exclusivamente, o espaço pertence aos blockbusters, com muito marketing dirigido ao público adolescente (normalmente, barulhento).

Obviamente, não estou questionando a qualidade (ou falta da mesma) nestes filmes, que tem por função principal: divertir. O que me desaponta é a quantidade de cópias (ocupando salas) que meia dúzia de blockbusters ocupam no circuito cinematográfico, deixando filmes mais adultos e alternativos restritos em salas específicas e de arte.

Como exemplo, cito as salas da minha cidade (5 salas), que a partir de hoje estará exibindo os seguintes filmes:

Sex and the City – O Filme – blockbuster feminino (será que isto pode virar um subgênero?), estréia da semana;
Três vezes Amor – já lançado no circuito deve estar estreando agora porque semana que vem tem o Dia dos Namorados (genial, não?);
As Crônicas de Nárnia – Príncipe Caspian – blockbuster da semana passada, somente em cópias dubladas ainda;
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal – blockbuster de duas semana atrás;
O Melhor amigo da Noiva – comédia romântica casamenteira que está fazendo bastante sucesso por aqui, outra opção para os Dia dos Namorados;
Velocidade sem Limites – com um atraso considerável, uma opção de filme de ação para a gurizada que já assistiu aos demais blockbusters;

Quem como eu, que gosta de filmes variados e não somente um tipo, acaba por ficar sem opções nestes meses e nos próximos, já que a média de blockbuster estreando aumenta de um para dois a cada fim de semana. Assim sendo, filmes de diretores reconhecidos ou com uma tramas mais sérias e densas acabam ficando restritos a poucas pessoas ou a serem descobertos em dvd.

Só para citar alguns (elogiados pela mídia), por onde andam as cópias de filmes como: O Sonho de Cassandra, drama social de Woody Allen ainda na Inglaterra com Ewan McGregor e Colin Farrell; ou o delicado e belo filme de estréia da atriz Sarah Polley (a loirinha protagonista de Madrugada dos Mortos), como diretora, Longe Dela, sobre o Mal de Alzheimer, com excelente elenco; ou a estréia do diretor chinês Wong Kar-Wai em solo americano com o romance road movie, Um Beijo Roubado, com um elenco de estrelas, desde Rachel Weisz, Natalie Portman e a estréia da cantora Norah Jones?

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