Breve história da música clássica: Renascentismo e barroco
Confira o primeiro artigo de nossa jornada espiritual em busca de um mundo com melhor gosto musical aqui.
Antes de tudo, vamos falar de história e situar a galera toda no contexto. Diz aí, cidadão, o que acontece lá pra 1500 que muda completamente o rumo do mundo? Tempo! Tic tac, tic tac, tic tac.
Então, crise da idade média, pragas, doenças, renascimento urbano e afins. É agora que surge o querido renascentismo.
Esse cara aqui é outro que a maioria deve conhecer, já que também é estudado nas escolas. Nessa época, a igreja é jogada pra escanteio, a burguesia come o orifício anal de quem disser que lucro é pecado e logo logo Deus deixa de ser o dono da boca.
Aqui é a hora de se abrir as portas pra ciência, de tentar recuperar o tempo perdido da Idade Média, e de enchimento generalizado de egos. A nova filosofia valoriza o ser humano e pipocam por aí esculturas de gente pelada.
Mas vamos à música. O canto é a técnica mais bem marcada no período renascentista. Os instrumentos surgem tímidos, saindo aos poucos de coadjuvantes pra protagonistas. Outra diferença bem notável tá no estilo dos arranjos, que são mais livres e despreocupados. O principal era tentar passar o sentimento, jogar drama na parada. Ainda se tem pegada religiosa, mas agora não existe simplesmente louvor através da música, e sim demonstrações de amor e desespero.
Logo depois, surge a época mais rebuscada da música: O barroco. Música barroca é tão complicada que já não há criação de canções desse estilo. Ou seja, artistas escrevem em estilo romântico, moderno ou qualquer outro, mas a retomada do barroco é impossível. Afinal, os instrumentistas mais dedicados passavam cerca de 12 horas estudando por dia. É um estilo incrivelmente obcecado, cheio de regras e não-me-toques. É a partir desse período que ouvimos as músicas que reconhecemos como clássicas.
Anyway, aqui a coisa toma forma. Apesar de ter sido primeiramente registrada no período renascentista, a partir da releitura de tragédias gregas, a ópera ganha textura e cor, com Orfeu, em 1607. As violas renascentistas foram substituídas por violinos e logo o termo orquestra deixou de ser usado pra se referir a qualquer amontoado de instrumentos e passou a designar a organização (Violinos, violoncelo, instrumentos de sopro) que conhecemos atualmente.
E chegamos finalmente a ele: Deus Johan Sebastian Bach.
Penso em Bach como o Sheldon Cooper da música. O cara é tão sinistro que desenhou algumas partituras pra que, quando acabada a música, o papel fosse virado de cabeça pra baixo e a música ganhasse assim a continuação. Ele fazia cálculos matemáticos pra isso. Não sei dizer se ele era ambientalista e desde cedo previu a necessidade de salvar o planeta, ou se era tão preguiçoso que não tinha a decência de levantar a bunda do sofá pra catar outra folha de papel.
Bach fez uma coletânea de 25 peças “fáceis” (Atenção às aspas) que ensinaram sua esposa tapada a tocar piano, e que todo estudante de música senta pra executar em algum momento de sua vida (Minuetos são o poder). Ah, e só pra constar, foi Bach quem estruturou o piano atual, a partir do cravo e do órgão. Onde está seu Justin Bieber agora?!
O mais expressivo depois de Bach é Haendel e seu nome que HAENDE muitas piadas os oratórios – pequenas óperas inspiradas em excertos da Bíblia, sendo chamados de cantatas quando executados durante missas. Todo mundo com certeza já ouviu Aleluia, que era parte de uma apresentação de natal feita na corte real.
Por enquanto, ainda há o predomínio dos instrumentos de teclas. Mas no próximo capítulo as cordas dominarão o mundo. See ya there.
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