Sexo em Quadrinhos III

HQs sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Outro brasileiro de destaque na arte dos quadrinhos eróticos é o potiguar Gilvan Lira, cujas histórias, muitas vezes em formato de catecismo, trazem além do erotismo e sexo explícito, humor e situações inusitadas. Além disso, seus traços são mais trabalhados, incluindo técnicas de pintura em aquarela.

Gilvan Lira, que é natural de São Rafael no Rio Grande do Norte, vive da arte que produz; isso mesmo, ele é desenhista e roteirista profissional, tendo muita coisa boa nas HQs não-eróticas também.

Por vários anos ele trabalhou em editoras que publicavam quadrinhos, tendo residido por sete anos em São Paulo, no final dos anos 80, por causa de seu trabalho. Além de quadrinhos, ele trabalha como ilustrador para jornais, inclusive publicando charges e tirinhas de quadrinhos, além de diversos fanzines.

 Duas das tirinhas de Gilvan Lira.

Um fato curioso é que, apesar de ser mais conhecido por suas obras mais adultas, a carreira de Gilvan Lira teve início nos livros didáticos. Seu primeiro trabalho, em 1982, foi ilustrar alguns livros para a Secretária de Educação do Rio Grande do Norte. Apenas em 1985 é que ele começou a trabalhar com quadrinhos para as editoras Press e Maciota.

Atualmente Gilvan Lira faz parte do GRUPEHQ – Grupo de Pesquisa e Histórias em Quadrinhos – que tem ganhado destaque nacional com a revista Maturi, que apresenta histórias sobre a cultura norte-riograndense. Ele colabora na revista ao lado de outros artistas como Márcio Coelho, Ivan Cabral, Luiz Elson, Robson Nascimento, Carlos Alberto, Wanderline Freitas, Wolclenes, Beto Potyguara, Milena Azevedo e Gabriel Andrade.

 Maturi: Obra que agrupa mestres dos quadrinhos portiguares

A obra é marcada por uma ótica bem-humorada procurando retratar o cotidiano potiguar, bem como o folclore da região. Em uma das história da terceira edição de Maturi, Gilvan Lira, usando-se de uma narrativa em “tons” de ficção científica, procura recriar o cenário do descobrimento do Brasil e as expectativas dos seus primeiros habitantes.

Para quem acha que a obra e o talento de Gilvan Lira não é importante, basta saber que ele recebeu o Troféu Bigorna de melhor fanzine/revista independente em 2010 por Maturi.

 Os artistas portiguares Marcio Coelho, Williandi e Gilvan Lira com o Troféu Bigorna.

Mas voltemos o nosso foco para o trabalho do artista junto aos quadrinhos adultos. Nenhum tema ou tabu fica esquecido por Lira, seja incesto, orgias ou até mesmo zoofilia. Mas suas principais abordagens são as ninfetas.

Apesar de não ter um mote humorístico nesse tipo de obra, nos trabalho de Gilvan Lira muitas vezes notamos que certas situações em suas histórias acabam levando para um lado cômico, como é o caso de Timóteo deu uma de touro e quase virou vaca.

 Peitinhos.

A ambientação também é variável em suas histórias, já que a atração física permite que seus personagens partam para o rala-e-rola não importando se é no campo, na praia, na cidade, no cinema ou mesmo numa oficina mecânica. Os homens são retratados basicamente como sedutores e espertos na arte de levar as donzelas para o ninho do amor. Já as mulheres são trabalhadas em diversas personalidades: Inocentes, safadas, ninfomaníacas, decididas. Enfim, ele aborda o sexo não apenas como algo explícito, mas sim como um estudo quase psicocômico, uma vez que ele quebra vários tabus em seus roteiros e desenhos mas tudo de uma forma leve e até mesmo engraçada.

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