The Raconteurs

Música quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Todo mundo sabe que rockeiro famoso adora brincar de troca-troca. Esse mês tá na banda X, mês que vem na Y e por aí vai. Típico vamos pegar vários conhecidos do mundo muiscal, fazer um sonzinho qualquer e ver se dá certo. E Raconteurs tem de Jack Lawrence e Patrick Keeler do Greenhornes ao nosso querido Jack White, das bandas… Ahn, então, de uma caralhada de banda. Parei de contar quando ele fundou a 745º.

 Kinda hipster.

Então, tudo começa no frutífero ano de 2005. Ao mesmo tempo em que os irmãos Winchester iniciavam a caça a seres como o cão cristado chinês, certa dupla de amigos se reunia em casa, no verão, para pôr o papo em dia e fingir que balinhas Tic-Tac são cápsulas de LSD. Brincadeiras à parte, do encontro entre Jack White e Brendan Benson surgiu Steady As She Goes, primeiro e mais famoso single e provavelmente o clipe mais nonsens da história da humanidade.

É claro que teve um pouco de charminho, e durante algum tempo a banda não fez nada de muito grande, devido ao sucesso dos membros em seus respectivos grupos iniciais. Mas o sucesso foi tanto, que depois de tocar em vários festivais, foi decidido que a banda pararia de putice. E assim surgiu o primeiro CD, Broken Boys Soldiers. O álbum foi bem recebido pela crítica, sendo eleito pela Mojo Magazine o título do ano.

Em 2008, depois de um breve hiato que deixou muita gente aflita, a banda retornou com um CD ainda melhor: Consolers Of The Lonely, ganhando espaço em mais alguns festivais pelo mundo.

Enfim, é uma banda bem divertida. Incrivelmente, conseguiram juntar o melhor que havia em cada músico pôr pra fora um trabalho divertido. O blues é uma das influências mais perceptíveis. As guitarras são leves, mas a música passeia muito mais pro lado pop do que pro rock. Sem falar que são canções chorosas, onde o vocal agudo dialoga com timbres de guitarra mais agudos ainda, saídas dos ritmos mais black people. A escala pentatônica tá lá, o groovy também. O vocal mais pop contrabalanceia e ajuda a jogar a banda numa mistura mais rock’n’roll. Recomendo para quem tá afim de algo que não se leva tão a sério: Os integrantes podem até curtir estar lá, mas cada um tem seu próprio barraco pra tomar conta no fim do dia. O som é muito descontraído e até hoje não houve nenhum barraco grande na história da banda.

Quem quiser só relaxar e curtir um sonzinho, sinta-se à vontade.

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