A Bela e a Fera outra vez
E aí, é 2012, fim do mundo se aproximando, aquele caos desse bendito Carnaval que parece nunca ter fim, mesmo depois que acaba, e o mundo do faz de conta e do “felizes para sempre” ressuscita um clássico: A Bela e a Fera. Mas, com um detalhezinho: Em 3D. Isso aí: A Disney pegou um dos desenhos mais clássicos e queridos pelas meninas de vinte e poucos anos que assistiram o desenho quando eram meninas mesmo, e trouxe pros dias de hoje. Saindo da tela, já que né? 3D. Enfim.
Depois de trazer de volta O Rei Leão e fazer muito marmanjo chorar de novo com a morte do Mufasa (Não me diz que é spoiler, ok? Ok.), foi a vez de fazer as princesas saltarem na cara da sociedade. E é claaaro que eu, amante assumida da Disney e de seus filmes magia, tinha que ir assistir. Eu, e as crianças, é claro.
Não conhece a história? Vou contar até dez e explicar por cima, pra você que vive numa bolha: Bela é uma moça ~diferente~ dos demais habitantes da sua aldeia. Curte ler, é tida como louca, filha de um inventor mais louco ainda. Mas de louca, essa gente não tem nada. Ae, tem o ~vilão~ da história que, obviamente, é apaixonado pela mocinha: Gaston. Forte e robusto, como ele mesmo se descreve, o cara faz de tudo pra casar com a Bela. Mas em vão, porque a mina não quer. O pai da moça, numa de suas invenções infalíveis, vai até a cidade pra levar sua engenhoca. Mas se perde no meio do caminho, e vai parar num castelo encantado – ou amaldiçoado. E é aí que entra a Fera. A Fera, na verdade, era um príncipe mimado, egoísta, grosseiro (Palavras do começo do desenho, não me julguem). Numa noite de inverno, uma velhinha lhe ofereceu uma rosa em troca de um abrigo para o frio. O príncipe riu da velha e mandou ela embora. Só que ela era uma fada, que o transformou num monstro. E o feitiço era o seguinte: Se ele aprendesse a amar alguém, e esse alguém o amasse de volta até que a última pétala caísse, a maldição acabava. Mas, se isso não acontecesse, ele e o castelo estariam condenados pra sempre. É aí que entra a Bela.
A mocinha foi atrás de seu pai, que virou prisioneiro da Fera. E foi feita a troca: A moça passou a viver no castelo em troca da liberdade de seu pai. E aí começa o mimimi todo, já que a Fera amansa, e a Bela começa a ver ~algo a mais~ na criatura peluda. Porém, todo conto de fadas tem um porém. E a bruxa da vez em forma de galanteador, Gaston, descobre que existe mesmo uma fera e decide que vai matar o bichano. E aí acontece o que? Amor, minha gente. A partir daí, tu tem que assistir, se é que não assistiu.
Eu lembro de quando eu vi pela primeira vez. Minha mãe me levou pra assistir, e eu tinha medo, porque né? Ia ter uma fera. Mas como toda criança corajosa #not, encarei o medo e fui. E, mais uma vez trazendo sua magia, a Disney trouxe minha infância de volta, através da infância de um monte de outras crianças. Impagável ouvir aquela garotada perguntando pros pais se a Fera era mesmo má, e ouvir a menina do meu lado dizer “ela vai ficar bem, mamãe?”, quando a gente vê a luta final entre a Fera e Gaston, o pretendente da Bela.
Trazer de volta clássicos, com a mesma magia e ~pureza~ de antigamente, adaptando às tecnologias de hoje, mas mantendo o roteiro, as vozes, as músicas, a essência de outrora, deixa tudo mais mágico ainda. Pra quem curte, claro.
Clássico é clássico, e não tem discussão. Hoje, é difícil de aceitar um mundo de magia e encanto. A criançada curte sangue, zumbi, romancinho adolescente antes mesmo de aprender a ler e a escrever. E ae tu vê um monte de crianças acompanhada dos pais indo ver aquilo que você viu quando tinha a idade deles. E ae tu pensa: é, Geração Restart. Tu ainda tem salvação.
Leia mais em: 3D, A Bela e a Fera, Disney, Matérias - Cinema