A Mulher de Preto (The Woman in Black)
A trama acompanha um jovem advogado (Daniel Radcliffe), que lida com um caso perturbador em uma pequena cidade do Reino Unido. Enviado para o povoado para lidar com a documentação de um cliente que faleceu recentemente, o homem se instala na casa do falecido. Porém, nada será fácil, quando acontecimentos sobrenaturais começam a acontecer na propriedade. Tudo isso devido à “mulher de preto” retratada no título da produção, um fantasma de uma senhora rejeitada, que resolve buscar por vingança contra o pequeno município.
Eu vi o trailer dessa bagaça e logo pensei: Eu quero ver essa joça. Ledo engano. Eu não queria ver essa bagaça. Eu queria ver o filme que me venderam, mas na realidade o filme que me venderam não existe. O que existe é um amontoado de clichês com um final fora do comum. Eu devia ter me tocado de que chamar algo de “joça” não é um bom sinal, mas eu sou teimoso. E lembrem-se, crianças: O que não é comum é considerado esquisito, e na maior parte das vezes isso não é um elogio.
Pois bem, o filme trata do Harry Potter, que é de Londres, indo pro interior resolver a papelada de véia que morreu. Considerando que ele trabalha pra um escritório de advocacia, faz sentido. Ah, é. Não é Harry Potter, é Arthur Weasley Kipps. Digo, é o mesmo ator, mas não é o mesmo personagem. Mas fica difícil destrelar [Mesmo eu nunca tendo visto nenhum filme], ainda mais quando ele continua fazendo papéis relacionados à coisas sobrenaturais, místicas e outras putarias dessa.
Pois bem, a mulher morreu, e lá vai Har… Arthur verificar a papelada, porque tem uma porrada de entulho na mansão Eel Marsh, que fica longe da vila Crythin Gifford, que já é longe pra caralho da civilização. Ou seja, local apropriado para aparições de criaturas sobrenaturais de outro mundo. Só que ninguém da vila quer que ele fique fuçando nas parada, já que toda vez que a mulher de preto [O título do filme não tái a toa, gênio] foi vista, deu merda.
Mas como todo protagonista, ele ignora os avisos, ameaças e o caralho a quatro e vai lá se enfurnar na mansão. O problema é que ele pensou que seria um serviço rápido, já que não contava com espíritos e aldeões apavorados. E seu filho, que tinha ficado em Londres com uma babá, está a caminho do lugar no fim de semana. Mas porra, quem quer uma criança no meio de uma situação com um fantasma sangue nozóio? Então Ha… Arthur larga a papelada e vai virar caça-fantasma. E porra, o filme é montado em cima de clichês. Não que eles não me deem calafrios, mas por mais que meu corpo se sentisse incomodado com a situação, meu cérebro sabia mais ou menos o que aconteceria. E isso é ruim pra um filme desse tipo. Muito ruim.
A única coisa que foge aos clichês é o final, e mesmo isso deixa a desejar. Talvez por eu estar acostumado com o final-padrão de filme de Hollywood, onde tudo se resolve perfeitamente e todos saem felizes pra sempre, mas puta que pariu. Que final ruim. Talvez eu não tivesse sido tão exigente se o final colaborasse, mas porra, fodeu todo o esquema. Não pode matar as quiança.
A Mulher de Preto
The Woman in Black (95 minutos – Suspense)
Lançamento: Canadá, Suécia, Reino Unido, 2012
Direção: James Watkins
Roteiro: Jane Goldman, baseado no livro de Susan Hill
Elenco: Daniel Radcliffe, Janet McTeer, Ciarán Hinds, David Burke, Shaun Dooley, Alisa Khazanova, Sidney Johnston, Mary Stockley, Alexia Osborne
Leia mais em: A Mulher de Preto, Harry Potter, Resenhas - Filmes, Suspense