John Carter: Entre Dois Mundos (John Carter)
John Carter é baseado no clássico romance de Edgar Rice Burroughs, cujas aventuras altamente criativas serviram de inspiração para muitos cineastas – tanto no passado como no presente. O filme conta a história de John Carter (Taylor Kitsch), que é inexplicavelmente transportado para Marte onde se vê envolvido em um conflito de proporções épicas entre os habitantes do planeta, incluindo Tars Tarkas (Willem Dafoe) e a atraente Princesa Dejah Thoris (Lynn Collins). Em um mundo à beira do colapso, Carter descobre que a sobrevivência de Barsoom e de seu povo está em suas mãos.
Tái uma ideia que me pegou desde o primeiro trailer que eu vi: Um humano normal em Marte, naquela gravidade reduzida [Cerca de um terço da gravidade terrestre], de repente ganha super poderes. Tá, não são super poderes de verdade, ele só consegue saltar muito fácil, tem um ganho significativo de força e, aparentemente, de agilidade também. Como a gravidade pode afetar a agilidade eu não sei, mas porra, se fosse realista, o desgraçado ia perder a consciência em vinte segundos e morrer pela falta de oxigênio.
Se bem que o cara não é um qualquer. É o mothafuckin’ cowboy John Carter [Ou você achou que o filme foi batizado em homenagem à algum personagem secundário?], que combateu não sei quantas guerras, comandou sei lá quantos homens, e por fim achou um veio de ouro do demônio. Não do demônio propriamente dito, foi só ouro pra caralho. Mas, no mesmo lugar onde ele encontrou o ouro, ele se perdeu numa trilha interplanetária e foi parar em Marte. Ou, como os nativos o chamam, Barsoom. Guardem esse nome, ele é muito importante [Mentira].
Ai ele acorda, perdidaço, e acha: Ah, só me perdi no deserto, nada de mÔ CARALHO, TOU QUASE VOANDO AQUI QUE MERDA É ESSA? Sério, a cena de “aprendizado” pra andar em Marte é genial. Pena que assim que ela termina, ele já tá andando e saltando como se fizesse isso a anos. Porra, até aqui na Terra as vezes parece que a gente não consegue se equilibrar direito, imagina em Marte? Mas tudo bem, ele é o mocinho. E como todo mocinho, ele descobre que não tá mais em casa, e que tem ETs feios por ae. E é aprisionado por esses ETs.
Mas como bom clichê, ele acaba se mostrando um guerreiro valoroso e salva uma donzela em perigo. Que, por sinal, não é nem um pouco verde com apêndices esquisitos. Muito pelo contrário, é daora e aposto que cês tudo passavam o rodo nela. Mas é claro que a donzela em perigo tem que estar fugindo de um casamento arranjado pra haver paz. Porque as donzelas nunca querem se sacrificar pelo bem do seu povo. Foda-se o povo, vou sair por ae correndo e morram todos vocês. Não é assim?
Acho que já deu pra notar que ela é o interesse romântico do John, né? Ai depois temos aquela saga do herói toda e tal. Mas o que importa é que as cenas de ação/porrada/etc são visualmente agradáveis. As atuações são rasas, mas acho que ninguém ali espera ganhar um Oscar mesmo. E a mitologia criada pra Marte [Apesar de ser muito humanóide pro meu gosto] ficou bem crível, guardadas as devidas proporções. Leva a muié, tem romance pra ela e ação com sangue azul pra você. Entre outras treconologia. Só não pensa muito que vai doer sua cabeça.
John Carter: Entre Dois Mundos
John Carter (132 minutos – Ação)
Lançamento: EUA, 2012
Direção: Andrew Stanton
Roteiro: Andrew Stanton, Mark Andrews e Michael Chabon, baseados no romance de Edgar Rice Burroughs
Elenco: Taylor Kitsch, Lynn Collins, Willem Dafoe, Bryan Cranston, Ciarán Hinds, James Purefoy, Mark Strong, Dominic West, Thomas Haden Church, Samantha Morton
Leia mais em: Ação, John Carter: Entre Dois Mundos, Resenhas - Filmes