O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (The Hobbit: An Unexpected Journey)
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada segue a aventura do personagem-título Bilbo Bolseiro, que enfrenta uma jornada épica para retomar o Reino de Erebor, terra dos anões que foi conquistada há muito tempo pelo dragão Smaug. Levado à empreitada pelo mago Gandalf, o Cinzento, Bilbo encontra-se junto a um grupo de treze anões liderados pelo lendário guerreiro Thorin Escudo-de-Carvalho. Essa aventura irá leva-los a lugares selvagens, passando por terras traiçoeiras repletas de Goblins e Orcs, Wargs mortais e Aranhas Gigantes, Transmorfos e Magos. Embora o objetivo aponte para o Leste e ao árido da Montanha Solitária, eles devem escapar primeiro dos túneis dos Goblins, onde Bilbo encontra a criatura que vai mudar sua vida para sempre… Gollum. A sós com Gollum, nas margens de um lago subterrâneo, o despretensioso Bilbo Bolseiro não só descobre sua profunda astúcia e coragem, que surpreende até mesmo a ele, mas também ganha a posse do “precioso” anel de Gollum, que possui qualidades inesperadas e úteis… Um simples anel de ouro que está ligado ao destino de toda a Terra-Média, de uma maneira que Bilbo nem pode imaginar.
Devo avisar você, leitor querido e amado [Tudo mentira], que eu sou um herege. Sim, um herege profano. Mas porque, você vai me perguntar? E o que caralhos isso tem a ver com O Hobbit? Tudo, jovem padawan, tudo. Veja só: Eu não li nenhum livro do Tolkien, nem O Hobbit nem O Senhor dos Anéis. E não assisti os filmes do último. Meu único contato com esse universo é jogar Dungeons & Dragons, o RPG que foi chupinhado disso tudo. E esse filme, pra mim, nada mais é do que uma grande crônica [Ou campanha, depende do seu enfoque e paixão] de D&D.
Inclusive, um dos fatores que me levou a comparar com uma sessão de jogatina foi a duração. Fuckin’ 169 minutos! Isso são duas horas e quarenta e nove minutos, sendo que tem bastante enrolação. Pra um filme, é muita coisa. Pra uma sessão de RPG, é um piscar de olhos. O problema é que, no filme, você não tá jogando, você tá só olhando. Lembra quando você era pirralho e ficava assistindo seu irmão, primos, seja lá o diabo que for jogando, enquanto você chupava o dedo? A sensação é a mesma, o que te deixa com uma mistura de raiva e tédio.
A grande diferença, obviamente, é o visual. Enquanto jogando RPG você tem que renderizar tudo na sua cabeça, o filme vai lá e vomita tudo na sua cara, prontinho. Os efeitos são foda [Tirando uma ou outra cena]? São. Mas não é a mesma coisa que você imaginar algo por conta própria. Já dizia o Sheldon, sua imaginação é a placa de vídeo mais foda do mundo. Ou algo assim. E os clichês. Ah… Os clichês. O grupo improvável, o caminho desviado, o mago fodão que armou a porra toda, o dragão como inimigo, o bundão que se descobre um aventureiro. Se eu não soubesse que D&D foi baseado no livro d’O Hobbit, diria que os roteiristas não escreveram porra nenhuma, só transcreveram algumas partidas que eles fizeram.
Provavelmente o Loney vai escrever uma resenha mais técnica/fanboy/viadão, mas o meu trabalho aqui é recomendar o filme por dois motivos: Primeiro que é uma puta história legal, com efeitos foda e toda aquela firula de sempre sobre filmes de fantasia. Segundo, vai que você não se anima de jogar RPG? Eu tou sempre procurando mesas pra me infiltrar.
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
The Hobbit: An Unexpected Journey (169 minutos – Aventura)
Lançamento: EUA, Nova Zelândia, 2012
Direção: Peter Jackson
Roteiro: Fran Walsh, Philippa Boyens, Peter Jackson e Guillermo del Toro, baseados na obra de J.R.R. Tolkien
Elenco: Martin Freeman, Ian McKellen, Bill Nighy, James Nesbitt, Adam Brown, Richard Armitage, Aidan Turner, Rob Kazinsky, Graham McTavish, Elijah Wood, Andy Serkis , Christopher Lee, Ian Holm, Orlando Bloom, John Callen, Stephen Hunter, Peter Hambleton, Cate Blanchett, Hugo Weaving, Andy Serkis, Doug Jones, Saoirse Ronan e Billy Connolly
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