American Horror Story: Madness Ends (Season Finale)

Televisão sexta-feira, 08 de fevereiro de 2013

ESSE TEXTO É RECHEADO DE SPOILERS. LEIA APENAS SE ASSISTIU AO EPISÓDIO OU SE QUISER SE POUPAR DA EXPERIÊNCIA.

Ah, American Horror Story. Finalmente você acabou. Agora posso retomar minha vida social. Antes de começar os comentários sobre o último episódio gostaria de fazer dois agradecimentos: Pedro, sem você nada disso seria possível. Obrigada por ceder a televisão e as cervejas. Não precisa ficar saudoso da minha tirania, continuaremos assistindo apenas as séries que eu quiser. Obrigada, Ryan Murphy, por proporcionar uma ótima temporada sem a Connie Britton e com muito horror. Foram 12 episódios inesquecíveis. Estarei esperando ansiosamente o retorno.

Você leitor e fã há de haver algum deve estar estranhando. Afinal, foram 13 episódios. Mas o último foi tão fraco e medíocre que eu tive que assistir duas vezes para escrever sobre. Logo, nada teve de inesquecível. Isso não tira o brilho da série. Continuo achando uma das melhores da atualidade. Talvez não me incomodasse tanto se a 3ª temporada revisitasse Asylum. Mas Madness Ends foi a última vez que vi Lana Banana, Kit Walker e Jude Martin. A história de Briarcliff foi sensacional e muito envolvente. Apesar dos ETs misturados com as “criaturas” do Dr. Arden, assassinos seriais, nazismo e o sadismo da Igreja Católica, a fórmula funcionou. Todos os elementos de horror coexistiram em perfeita harmonia de uma forma que eu achei que seria impossível.

 Noite feliz em Briarcliff.

O penúltimo episódio, Continuum, amarrou praticamente todas as pontas soltas. Apesar de ter tido seus momentos “WHAT THE FUCK?”, prenúncio do que seria a season finale. Nele descobrimos que Lana se tornou uma mulher vaidosa e focada no sucesso profissional. Porém, esse sucesso não foi pautado na honestidade. Além de não expor os horrores de Briarcliff como havia prometido, não assumiu em seu livro o relacionamento com Wendy e floreou, como se isso fosse necessário, o cárcere na casa do Bloody Face. Porque ser estuprada, ver o cadáver congelado da pessoa amada e ser chamada de “mamãe” por um serial killer não é aterrorizante o suficiente para vender best sellers. Nesse ínterim, acompanhamos o relacionamento poligâmico de Kit Walker com Alma e Grace. Obviamente isso não ia dar certo e, em algo que julguei uma crise forte de ciúmes, TPM e estresse pós traumático, Alma cravou um machado na rival e foi parar adivinhem onde? Isso mesmo…

Kit resolve procurar Lana e conta que sua esposa está em Briarcliff porque matou a outra, e que Jude continua abandonada, cobrando uma atitude da jornalista. Ela não liga muito para o destino desafortunado do rapaz. Mas fica sensibilizada ao saber que a freira, a grande responsável por todas as atrocidades que aconteceram com ela, se encontra abandonada e completamente fora do ar. Ai sim ela decide que, talvez, possa fazer alguma coisa. Nos dias atuais, Bloody Face Jr. decide que é hora de enfrentar a mãe cara a cara.

 “Droga, perdi minhas duas mulheres. Preciso arranjar uma nova…”

Com a promessa de um embate entre “mãe” e “filho”, as explicações sobre os ETs, a ressuscitação da Pepper e um final cheio de gim tônica e homens para Judy Martin, fiquei verdadeiramente ansiosa pelo episódio final. Ele começou com Lana, em 2013, dando uma entrevista sobre sua carreira. Descobrimos que ela expôs os horrores de Briarcliff depois da insistência de Kit, o que custou o cargo de cardeal e a vida de Timothy Howard. Kit Walker se casou de novo e se tornou tutor da Jude que – graças aos poderes extraterrestres das crianças (Ou algo que o valha) – recuperou a sanidade mental e morreu em paz. Kit, por sinal, desenvolveu câncer de pâncreas, mas nem deu nada: Foi abduzido e sabe-se lá o que aconteceu com ele.

Ela resolve também contar que aumentou um pouquinho sua história com Bloody Face e que mentiu ao dizer que seu bebê morreu no parto. Isso tudo na frente do próprio, que matou uma ou duas pessoas para se infiltrar na equipe de filmagem. Depois da entrevista mais chata da história, ela pede para encerrarem as gravações e fica sozinha em casa. Sozinha não, porque o filho ficou escondido atrás do biombo. Lana sabe quem ele é porque a polícia mostrou a foto de Johnny para ela, durante a investigação sobre a morte dos donos da casa que um dia pertenceu ao Dr. Thredson. Mas para o mini Bloody Face diz que o reconheceria em qualquer lugar e revela que foi visitá-lo no orfanato. Ele diz que se lembra dela e que ficou esperando que ela voltasse para buscá-lo, o que nunca aconteceu.

 Timothy Howard: Sobrevive a uma crucificação apenas para se matar depois.

Ele conta que descobriu suas origens comprando no eBay a fita da confissão de Oliver Thredson e que desenvolveu um ódio profundo pela mãe, porque nela Lana diz que vai abortar o filho indesejado. Como raios um homem desempregado teria condições de comprar uma raridade no eBay? Talvez fosse uma cópia? Não sei. Será que ele não acharia no YouTube de graça? O fato é que ele começa a desenvolver uma idolatria desmedida pelo pai, o que acaba levando-o pelo mesmo caminho. Com uma arma apontada para si, Winters diz ao filho para largar o revólver. Argumenta que ao mesmo tempo em que Oliver era um assassino sanguinário, ela é uma pessoa boa. Então, por consequência, ele não poderia ser 100% mau. Nota 10 em genética pra você, Banana. Pode largar o jornalismo e virar geneticista. O blábláblá funciona, Johnny devolve a arma para a mamãe e toma um tiro no meio da cara. Começa a tocar Dominique e TADAN: CABO EPISÓDIO! CABO ASYLUM! MORRE O ELENCO TODO, Ê!

Pra quem não conhece, isso é Dominique.

Algumas perguntas ainda vagam pela minha mente. Primeiramente, por que Kit Walker? O que ele tinha de especial para ser escolhido pelos ETs? Era a questão mais importante da temporada inteira. Porque se não fosse pela abdução, Kit jamais teria ido para Briarcliff e Lana jamais teria coberto a prisão dele e entrado em contato com Thredson. Já que jogaram o sci fi na roda, queria ter entendido de verdade como foi feita a escolha e por que. Sorteio, adedanha, processo seletivo por meio de envio do Curriculo Lattes? Ou talvez fosse uma raça de ETs do sexo feminino em busca de um rostinho bonito. Quem sabe? E se ele era tão importante para as pesquisas em seres humanos e estava em constante risco, por que não tiraram ele de Briarcliff em vez de deixar o cara pagando por um crime que ele não cometeu? E que, aliás, só estava pagando por causa deles? Mistério…

 Definitivamente foi o rostinho…

Por que tanta piedade e carinho pela Jude? Eu como fã da Jessica Lange (E psicopata) torci por um final feliz. Mas Kit Walker, Lana Winters e todos os outros pacientes sofreram muito com o sadismo dela. Eletrochoques, palmadas com chicote, humilhações verbais, remédios em doses cavalares. Ela chantageou Wendy para internar a jornalista. Uma internação completamente fora de propósito. Atropelou uma criança e a abandonou a própria sorte. Ela merecia apodrecer no manicômio porque de fato era criminosa e inconseqüente. Muito cativante para o público, mas ainda assim criminosa. Nada do que ela fez depois da internação compensa as maldades. Ajudar Lana a sair de Briarcliff era o mínimo que ela poderia fazer. Seu destino foi apenas reflexo de tudo o que ela causou aos outros.

Apesar de tudo, estou sentindo saudades, porque por mais decepcionantes que sejam as finales das duas temporadas, American Horror Story é ímpar. Não dá pra negar que do primeiro ao penúltimo episódio você perde o ar e o sono. Nunca um seriado me envolveu tanto. Mal posso esperar pelo anúncio do elenco final da terceira temporada e locação. Nos meus sonhos se chamará American Pepper’s Story e vai mostrar vida e obra da mascote de Briarcliff. Enquanto esse dia não chega, vou me convencer a gostar de The Following, aproveitar ao máximo Game of Thrones e rezar pro papai do céu me devolver Sherlock, que recomeçará a ser gravada em março.

 Professor James Moriarty LOL!

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