Sexo oitentista
Tudo começou hoje de madrugada ontem, enquanto ouvia podcast, e foi citada a fatídica Pintura Íntima. Pois eis que estou debatendo comigo mesmo acerca de uma questão filosófica que já assolou milhões e milhões de pessoas nesses quase 30 anos desde seu lançamento (Esperem aquelas comemorações de merda, como se todo mundo ligasse, no ano que vem): O que caralhos é “amor com jeito de virada”?
Após algum deliberamento, não cheguei à nenhuma conclusão, mas sim à 5 possibilidades. Cada uma tem seu ponto forte e seu ponto fraco, mas no fim o resultado é o mesmo: Ou um excelente orgasmo ou um fracasso gigantesco. Sim, aqui é 8 ou 80 (Oitenta… Anos oitenta? Hã? Hã? Pegaram?). Mas antes disso farei uma breve análise do resto da letra, saquem só:
Vem amor que a hora é essa
Vê se entende a minha pressa
Não me diz que eu tô errado
Eu tô seco, eu tô molhado
Nenhum segredo aqui: “Vem, amor, que a hora é essa” é claramente um chamado para o rala e rola. Entretanto, é a partir de “vê se entende a minha pressa” é que as coisas ficam mais claras: Não é simplesmente sexo, é quebrar a seca. É um grito de desespero e necessidade, que se confirma em “não me diz que eu tô errado”, entretanto somos surpreendidos pelo gênero em que a música está. A Paula Toller claramente quis desviar de si a atenção, mas ainda quer pica, como diz em “eu tô seco, eu tô molhado”. Meus caros, homens não ficam molhados. Ela claramente tá dedilhando loucamente, logo, nada mais natural que fique molhada.
Deixando o refrão de lado, temos:
Larga logo desse espelho
Não reparou que eu tô até vermelho
Tá ficando tarde no meu edredon
Logo o sono bate
Aqui há uma inversão de personagem: Se na primeira estrofe e no refrão é a mulher Paula Toller falando, aqui é o cara (Quem quer que seja ele). Ele manda o recado pra vadia: “Larga essa merda desse espelho e venha sentar em meu pulsante pênis”. Um chamado nada mais do que justo, visto que “tá ficando tarde no meu edredon”, uma ameaça de que há outras na fila, e “logo o sono bate”, uma vez que ele está exercitando a si mesmo, e todos sabemos que o sono, de fato, bate (Ein? Ein? Bate?).
E chegamos ao refrão, este clássico nacional:
Deixa as contas
que no fim das contas
O que interessa pra nós
É fazer amor de madrugada
Amor com jeito de virada
“Deixa as contas” é um óbvio “fodam-se os problemas”, já “que no fim das contas, o que interessa pra nós é fazer amor de madrugada”. Chamo atenção para o fato de “fazer amor”, mas deixo este debate para os senhores, afinal, eram os anos oitenta, e se a Paula Toller quer chamar assim, por mim tudo bem.
E assim chegamos ao “amor com jeito de virada”. É claro que nunca teremos uma resposta definitiva, afinal, essa galera não lembra nem metade do que aconteceu naquela década, mas bem, eis minhas 5 possibilidades:
De costas
Nada mais óbvio e justo. Uso “de costas” aqui porque é uma categoria ampla, que abrange várias posições. Creio, entretanto, se esta for a resposta certa, que todas estas posições sejam válidas, o que leva imediatamente à uma boa e velha maratona, ao estilo Cartoon Network, em que ficar cara a cara com a outra pessoa é absolutamente proibido.
Notem também que essas posições podem incluir todo tipo de sexo, felação, estimulação e o que for, o que nos leva às dificuldades e pontos fracos de cada uma delas. Mas né, quem tá na chuva é pra se molhar (Tô seco, tô molhado…? Gents, tou com tudo hoje). Se solta, amica.
Pintocóptero
Mais que um clássico internético, o pintocóptero é o jeito mais fácil de fazer sua namorada (Ou qualquer que seja o status dela) rir após você tomar banho, e todos sabemos que se ela riu, você já ganhou. Você pode argumentar que o pintocóptero, na verdade, não é sexo, e tecnicamente você estará certo, mas há evidências do contrário (Cuidado…), e também o pintocóptero leva ao sexo propriamente dito, logo é válido como “sexo com jeito de virada”.
Surra de bunda
https://www.youtube.com/watch?v=F4pmyCmWmPw
De novo no mesmo argumento de que isso não é sexo: Isso aí está no YouTube e acontece durante um show. Disso que daí pra algo mais real é mera questão de um shortinho. Quero dizer, haverá a torcicolo, o cheiro de bosta e tudo mais, mas se você curte, o problema é seu. A grande questão, entretanto, é a “virada”, que aqui no caso não é tão óbvia, ainda que seja uma posição de costas: Sua cara estará sendo estuprada por uma bunda, ou seja, uma inversão de papéis, e isso sim é uma virada.
Cintaralho
Eu sou doente, eu sei. Mas tenho um compromisso e devo cumpri-lo: Seguindo a mesma lógica da surra de bunda, o que vale aqui é a inversão de papéis. Ninguém aqui precisa de detalhes (Espero), então falarei apenas que foi difícil pra caralho (Eu sou um gênio da comédia!) achar uma foto minimamente aceitável pra isso aqui. Sério, mesmo agora que o Google está de viadagem com o SafeSearch aparece cada coisa que faria os senhores dormirem segurando o cu (Hein? HEIN?!) de tanto medo.
Anal com giratório
O lendário anal com giratório é, sem sombra de dúvidas, a mais provável dentre todas estas possibilidades: É classico, é unico e It’s super effective. Apenas uma minúscula parcela da população mundial já foi bem sucedida nesta posição, e se você conseguir, entrará para um panteão do sexo mundial. É claro que você não se iguala à Mestre Chuck e nem à Zé Mayer, mas chega o mais próximo deles que um ser humano pode chegar. E convenhamos, eram os anos 80, acham que a Paula Toller não curtiria?
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