Quem disse que os muçulmanos oprimem a mulher?
Pois então, até uns 5 minutos atrás eu não tinha absolutamente nenhum assunto para tratar aqui, mas eis que pipoca em minha frente uma notícia no mínimo incomum: Uma professora paquistanesa vira uma super-heróina para fazer as crianças aprenderem a ler. Não, você não leu errado… Eu tive essa mesma reação, mas ei, manja só:
Além da constatação óbvia de que está tudo errado nesse mundo, Burka Avenger é uma série animada que conta a história de Jiya (Incrivelmente os nomes dos personagens são pronunciáveis!), uma professora de uma escola só de garotas, que decide virar uma heróina para combater Baba Bandook, que quer, é claro, A CONSQUISTA da cidade Halwapur. E para derrotar o vilão, Jiya conta com o Takht Kabaddi, uma arte marcial cujas armas são livros e canetas, além de troços de caratê (Eu não estou inventando isso). E tem mais umas gentes aí, mas né, foda-se.
O nome do Luan Santana aí em cima é Haroon Rashid, filho de um paquistanês com uma neozelandesa, nascido na Inglaterra, é um cantor pop, criador da série, que, obviamente, conta com a participação de “alguns dos maiores shows musicais do sul da Ásia”, no qual ele se inclui. E porra, esse cara é suicida mas não com uma bomba: O principal objetivo da série é criticar o governo e o extremismo religioso. No PAQUISTÃO. Cara, esse país é rodeado pela China, Irã, Afeganistão e Índia… Bolas esse cara tem, falta saber se tem um plano de fuga decente.
A primeira temporada terá 13 apisódios, sendo que ela estreiou no final do mês passado lá fora. Segundo o criador, uma emissora européia já se interessou pelo troço, e iria adaptá-lo para 18 idiomas, sendo transmitido assim para 60 países… Duvido muito disso, mas se bem que gringo é tudo meio maluco mesmo, principalmente quando se fala em televisão infantil francesa.
Até agora apenas um episódio foi ao ar, mas já tá dando uma briga por lá, primeiro pela questão dos ataques que destruiram várias escolas, e na série o perigo é justamente fecharem a escola das pirralhas; e em segundo lugar, uns dizem que a burca na verdade é um símbolo de opressão, um estereótipo feudal, que só reforça a subserviência da mulher, enquanto o criador e o diretor da série dizem que a burca é uma forma dela esconder sua identidade real, e que o visual foi baseado no Bátema (Não, também não estou inventando isso).
CARAAAAALHO mermão, ela avua que nem o Bátema mesmo!!!1
Sim, essa música aí é a trilha mesmo… Vejam o clip da música no canal… Tá tudo errado nisso aí… Enfim, no site tem umas coisas a mais, incluindo um monólogo da personagem, que deve ser um saco se você entender o que ela fala, mas que tem um estilo de animação diferente da série em si, que, diga-se de passagem, eu curti bem mais. E o troço já tem um jogo pro iOS também, mas apesar de tudo, ainda sou gente e tenho Android, então se virem pra ver como é isso. E tem também o primeiro episódio inteiro, com legendas em inglês:
VÉI!!!!!!!!!!111 Tem propaganda, um SUV com suspensão hidráulica (Cujo dono deve curtir muito a Mitsubishi), tem até um conselho do He-man nisso aí!!!!!!!!!! E por que o âncora do jornal fala tão devagar? E por que caralhos a necessidade da vírgula sonora sempre que a infeliz da personagem principal aparace? E tem uma cena alí que eu tinha certeza que ia ser exatamente igual à de Shrek. No fim, é algo um tanto previsível: O 3D é bem ruim, mas o 2D, dos cenários, é realmente bom… Maldita mania desses porras de misturar os dois.
Balanlo final: O que eu acho disso tudo? Acho que a dubladora da Jiya é gostosinha.
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