Fast-food Reviews 004: Playstation Portable
Não sabe como funcionam essas reviews? Veja a introdução aqui.
Jeanne D’Arc
Bonito E divertido. Coisa rara.
Eu peguei Jeanne D’Arc pensando “bom, vamos jogar mais um joguinho de estratégia pra matar a vontade, enquanto não sai o Final Fantasy Tactics“.
Mas confesso que me surpreendi. Jeanne D’Arc é bastante original no estilo de jogo e no enredo, embora nem tanto no sistema de batalha.
É uma livre adaptação da história da heroína francesa, que vocês devem conhecer. Eu sei que vocês não lêem, mas porra, tem até filme de Joana D’Arc. Misturaram com anime, uns monstros e umas armaduras mágicas e, sem querer, tudo deu certo. O ritmo é interessante e a historinha ficou com um ar épico.
Como todo bom jogo de estratégia, o elemento principal está nas batalhas. Em Jeanne D’Arc elas se desenrolam em cenários muito bonitos e criativos, totalmente em 3D e cell-shading, aquela tecnologia utilizada em Metal Gear Ac!d que produz efeitos espetaculares sem sacrificar o tempo de processamento e fluidez das animações. O sistema de batalha é muito mais simples que FFT, mas possui elementos suficientes pra mantê-lo interessante, permitindo personalização dos componentes do seu grupo e funções específicas no campo de batalha. O joguinho é bem-feito e diverte, daqueles que vira razão pra se ter um PSP.
Julgamento final: Jogo com personalidade. Não perca a oportunidade de dar uma sacada, porque não se vê isso todo dia no mar de remakes que tem sido o PSP.
Dungeons & Dragons Tactics
Miss. Miss. Miss. Você vai errar muito em D&D Tactics.
Mais um jogo confuso pra se avaliar.
A franquia Dungeons & Dragons sempre foi forte. O RPG de mesa foi formador de muitos jogadores de vídeo-game atuais, e a melhor prova de que essa mistura dá certo foi vista em Neverwinter Nights, até hoje um PUTA jogo de RPG.
Em Dungeons & Dragons Tactics, temos um jogo de estratégia, e não um RPG. Mas, em termos de fidelidade ao sistema AD&D, ele é muito mais hardcore do que Neverwinter Nights ou qualquer outra coisa vista antes em vídeo-games. A aplicação das regras dos livros é muito rigorosa, o que, infelizmente, torna o jogo extremamente lento. Lembra muito o Lord of the Rings Tactics, do PSP. Mas é ainda mais lento.
Os ambientes até que são legais. A historinha quebra o galho. Você tem liberdade pra criar seu personagem. Você monta o grupo de batalha da maneira que achar melhor. Mas tudo isso não impede que a dinâmica de jogo seja um porre. Melhor jogar Jeanne D’Arc, mano.
Julgamento final: Recomendado só pra quem conhece Player’s Handbook e Monstrous Manual. Se você nem sabe do que eu tô falando, jogue outra coisa.
Brave Story: New Traveler
Belos gráficos. Mas precisa mais do que boniteza pra fazer um bom RPG
E, para encerrar, mais um RPG genérico, para a longa lista de RPG’s sem graça que pululam no PSP. Os desenvolvedores gostam de se aproveitar da capacidade de lidar com 3D que o portátil tem, para empurrar uma série de jogos completamente idênticos e pentelhos.
Se você já jogou Legend of Heroes, Gurumin, Dungeon Maker, Blade Dancer, já sabe o que esperar: passeios por um mapinha, batalhas aleatórias, sai da cidade, volta pra cidade… aquela coisa de sempre. Bom, tem gente que gosta né?
Mas pra mim já deu. Se um RPG não é capaz de te fascinar na primeira hora de jogo, é porque vai ser difícil ele te convencer nas horas que viriam depois.
Julgamento final: Não. Nem. Só se você tiver muito na seca por um RPG.