Você tem que fazer o que deve fazer
Não é sempre que a gente aqui do Bacon se presta a falar sobre notícias, ainda mais quando se trata da morte de alguém… É, é isso aí, mais um texto, mais um novo fã-à-vida-toda-desde-ontem, mais uma homenagem… Vou encerrar esta introdução por aqui.
Por que não há dois dias? Nunca fui afeito a releases, e o Bacon nunca foi assim. E nesses momentos informação é primordial: Enforcamento, cinto, depressão, suicídio. Vocês podem ler tudo isso em qualquer lugar. “Será feita uma investigação” é claro, com laudos, resultados de exames; nada novo: Pessoas morrem todo dia, o tempo todo, aos montes. Literalmente aos montes em alguns lugares.
Só que, de todos, e em muito tempo, foi o primeiro que me deixou triste.
E, como todos sabemos, 2014 tem levado à sério a questão. No momento em que escrevo isto tem apenas algumas horas desde que o candidato à presidência Eduardo Campos, do PSB, morreu quando o avião caiu em Santos. Se é culpa da Dilma ou do Aécio, vai de cada um.
Mas voltando ao que importa, esta é a primeira vez em muito tempo que a morte de alguém faz diferença pra mim. Um “estrangeiro”, na real, alguém que não faz parte da vida cotidiana, que você não conhece, não encontra no supermercado. Alguém que não sabe que você existe e nem que, de uma forma ou de outra, jamais soube (E não tem mais como saber) que fez diferença pra você. E pra mais muita e muita gente. E mesmo contra tudo isso, pra mim, é o mesmo que perder aquele tio distante, que você não conhece muito e vê menos ainda, mas que, meio sem saber o porquê, gosta bastante.
É um daqueles que você não pode deixar outra pessoa da família ir ao velório por você, um “representante”. Não dá.
Não posso dizer que foi uma surpresa. Michael Jackson foi uma surpresa, mas desta vez não… Talvez por “fazer sentido”, talvez por… A ficha ainda não caiu, e sei que a minha ainda vai demorar para cair. Este não é um daqueles tios que você espera que vão estar aí pra sempre, que “estavam aqui antes de você e estarão aqui depois de você”. Eu sempre soube (E, mais importante que isso, sempre aceitei) que um dia ele morreria, eu só esperava que demorasse outros 137 anos.
Prefiro não falar sobre a vida, sobre a carreira; perdoem o chiste acima. Não sei qual foi o primeiro trabalho dele que vi, ou melhor, não lembro, era muito novo. Também não posso dizer que só fez maravilhas, ninguém faz, seria mentira… É um dos efeitos colaterais de fazer tanta coisa. Aquela velha história de que celebridades “são gente como a gente”.
Não sei como terminar este texto. Há muito o que se falar, e muita gente já o fez, gente para quem ele foi mais importante que para mim e que foi mais importante para ele. Na dúvida, o simples então:
Adeus, Robin Williams.
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