E o piloto de Gotham?
Pois é, eu já expressei aqui todo meu ódio pelo Batman e sua incrível loucura e irresponsabilidade. Claro que, na verdade, isso não é culpa do Batman, mas sim do dinheiro. Não o dinheiro do Batman, mas da DC mesmo. É sério, um cara que treina e incentiva crianças a lutarem contra o crime só pode ser retardado. O fato dele se fantasiar de morcego também ajuda. O foda é que pelo menos 2 crianças treinadas pelo morcegão foram pro saco e o cara continua incentivando a molecada. PORRA, BATMAN! Mas calma, que Gotham parece ser do caralho.
Gotham City é certamente a cidade fictícia mais foda do mundo dos quadrinhos. O caos e a desesperança reinam na cidade, tornando-a sombria o suficiente para ser chamada de lar pelos criminosos mais insanos. Sério, o Batman pode me dar todos os motivos do mundo para odiá-lo, mas sua galeria de vilões é do caralho. Na verdade, até mesmo o Batman é do caralho, a Bat-família é que estraga tudo. Pra que diabos tanto side-kick? Eu sei que era praticamete obrigatório ter um side-kick lá pela era de ouro das HQs, mas já rebootaram tanto essas merdas que já deveriam ter percebido que super famílias são uma péssima ideia. Salvando-se, talvez, apenas o Quarteto Fantástico.
Digo, todo protagonista precisa de coadjuvantes, mas o Batman tem ótimos personagens de apoio não super heróicos, que chegam a ser desperdiçados por causa dos outros personagens mascarados. Sério, o Batman tem tantos side-kicks que dava pra criar um universo de quadrinhos só com ele. Mas voltando aos personagens de apoio, temos principalmente Alfred e Comissário Gordon. O primeiro é um ótimo conselheiro e o segundo a primeira fagulha de esperança que Gotham teve antes do Batman. Até mesmo Dick Grayson e Bárbara Gordon poderiam existir, mas nunca deveriam ter sido Robin e Batgirl. Dick Grayson poderia ter sido adotado e treinado pelo Batman sem nunca ter sido o menino prodígio. Talvez agindo escondido do próprio Batman de vez em quando e posteriormente entrando para a polícia de Gotham ou qualquer coisa do tipo. Da mesma forma, Bárbara Gordon teria sido a Oráculo mesmo antes de levar um tiro do Coringa. Pra dizer a verdade, até os outros Robins são aceitáveis. Não como Robins, mas como órfãos em que Batman via futuros substitutos. Afinal, Gotham sempre precisará de um Batman. Sério, é inaceitável fantasiar e treinar crianças para enfrentarem maníacos armados. Independente de quão fictício a coisa seja. E isso também vale pra você Professor Xavier! Mas vamos falar da série Gotham.
Admito que quando fiquei sabendo das versões juvenis dos inimigos do Batman torci o nariz. Porra, uma mini Hera Venenosa, uma mini Mulher Gato e um Pinguim magrelo? Isso tem tudo pra dar cagada! É, mas não deu. Bom, pelo menos ainda não. O episódio piloto foi completamente focado em James Gordon e sua investigação sobre quem matou os pais de Bruce Wayne, que serve apenas como incentivo para o jovem Gordon investigar o verdadeiro assassino. Aliás, faz muito sentido que o assassinato de duas importantes figuras da cidade de Gotham, como Martha e Thomas Wayne, influencie na vida de muitas pessoas. Seja a pequena Selina Kyle, que presenciou o assassinato, ou a jovem Ivy Pepper (Que pode não ser quem achamos que é), que teve o pai acusado pela morte dos Wayne. Aliás, ambas personagens sutilmente apresentadas.
E assim como as pequenas Selina e Ivy, os mais velhos, Pinguim e Charada, também são apresentados de forma aceitável. Oswald Cobblepot é um capanga queridinho de Fish Mooney, uma chefe do crime de Gotham e rival de Falcone, outro chefe do crime, mas um pouco menos anárquico. Já Edward Nigma trabalha para a polícia e tem a péssima mania de fazer perguntas pra tudo. Não, ele não é um cara curioso, ele apenas é um daqueles que gosta de dizer “adivinha quem”. Quanto ao protagonista, Ben Mackenzie, o eterno O.C., convence bastante como um jovem James Gordon, já que teve muito tempo pra aprender com Southland.
Quanto ao clima da série, acho que pessimismo é a palavra certa. Todos na série, exceto Gordon, Bruce Wayne e provavelmente Alfred, são corruptos, e todos sabem que todo mundo é corrupto, o que faz com que todos estejam acostumados com casos não solucionados e criminosos não punidos. Ou seja, Gotham City é o que o mundo é. Eu, mesmo tendo tudo contra o Batman, vejo muito futuro na série, com muitas coisas a serem exploradas, desde que não comecem a focar muito no pequeno Bruce Wayne. Essa história tem que ser a história da cidade antes do Batman, não do Batman antes do Batman. E não venham encher o saco, o Batman não é mesmo isso tudo que vocês acham. Gente chata da porra!
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