Flash e Supergirl – Uma Morte Lenta e Dolorosa

Televisão segunda-feira, 04 de abril de 2016

Eu consumo muita porcaria. Eu sei disso, vocês sabem disso, não há problema algum nisso. Aliás, o primeiro passo para combater um vício é aceitar que você tem um vício. E eu fiz isso recentemente e estou me desapegando aos poucos das séries ruins que me causam câncer. Recentemente Lúcifer, Colony e Agente Carter foram pro saco e ainda tem mais umas cinco pra irem pro lixo, mas não é tão fácil quanto aparenta, principalmente quando se trata de séries baseadas em quadrinhos. Eu sei, eu consegui me livrar de Lúcifer, mas também, quem não consegue se livrar daquilo? E olha que eu nem precisei ir na igreja. CHUPA EDIR MACEDO! Eu inclusive forcei-me a tentar assistir Arrow e Supergirl algumas vezes e se teve uma coisa boa nesse crossover entre Flash e Supergirl, foi que eu desisti de tentar assistir Supergirl. Obrigado roteiristas.

Corre que é ruim!

Eu acompanho Flash. Está no meu top cinco séries fodas que acompanho. E eu sei que é da CW, tem muita coisa teen, discursinho desmotivacional, o bem sempre vence o mal, unidos venceremos, blá blá blá, mimimi, mas pra quem é fã de quadrinhos a série do Flash é um prato cheio. Quebrando completamente aquele realismo Nolan que a série do Arqueiro Verde tentou vender, Flash abraça todo tipo de bizarrice que você só veria num gibi na sua cara. Gorila Grodd, Tubarão Rei, multiverso, viagens no tempo… Caras, Flash é muito amor.

E não que Supergirl seja ruim, embora seja bem mais teen e água com açúcar do que Flash, a série ainda tem seus pontos positivos, como o Ajax Caçador de Marte, por exemplo. A grande verdade é que tanto Flash quanto Supergirl são protagonizados por atores fantasticamente carismáticos e que abraçaram completamente os personagens. 40% do real motivo das séries do Flash e da Supergirl terem dado certo são de Grant Gustin e Melissa Benoist. Se não mais. Mas infelizmente, o que tinha tudo pra ser uma chuva de cupcakes e pétalas de rosas foi algo mais pra uma tempestade de tofu com bacon de soja.

É óbvio que a química entre os nerds Barry Allen e Kara Zor-El foi ótima e certamente o ponto alto do episódio. O abraço entre os dois no final e a corrida foi de fazer qualquer marmanjo shippar e usar o termo shippar “Karry”, mas infelizmente todo o resto do episódio foi muito ruim.

S2

Tudo começa quando uma ex-assistente (Que vai virar a Banshee Prateada) de Kat Grant, a patroa da Supergirl, que culpa Kara por sua demissão, descobre que tem um grito supersônico devido a maldição de uma banshee. Pois é. Sendo assim, ela descobre que se não matar quem a fodeu, quem vai se foder é ela. E ela acredita que quem a fodeu foi a Kara, que é “protegida” da Supergirl e pra isso precisa tirar a super heroína do caminho, indo então libertar a Curto-Circuito, vilã que já tinha enfrentado a Supergirl antes e que busca vingança contra Kat Grant.

Até aí, apesar da correria toda, o episódio ainda tava tranquilo, apesar da aparição repentina e conveniente do Flash, que chega bem na hora de salvar a desacordada Kara que caia do prédio após ter sido atacada pela Banshee Prateada. Os dois viram mega amigos na mesma hora, o que faz o cuzão do Jimmy Olsen ficar dando piti com ciuminho, já que o episódio todo só serviu pra fazer o romance entre Kara e Olsen ir pra frente.

Enfim, batalha final é definitivamente a pior parte do episódio. Curto-Circuito e Banshee Prateada sequestram Kat Grant e dizem que vão matá-la se o Flash e a Supergirl não forem até o parque enfrentá-las. Chegando lá, eles trocam algumas piadinhas e o Flash desaparece. Porque sim. Um helicóptero entra em cena, Curto-Circuito diz que odeia helicópteros e dispara seus raios contra o mesmo, Supergirl em um ato de super heroísmo voa e entra na frente dos raios, salvando o helicóptero e caindo enfraquecida no chão. E é aí que botam o último prego do caixão. Curto-Circuito e Banshee Prateada estão prestes a matar a Supergirl e o povo de Capital City entra na frente, dizendo que se a Supergirl estava disposta a morrer por eles, então eles também estão dispostos a morrer por ela. Era pra ser emocionante? Era. Era pra ser igual a cena do trem em Homem Aranha 2? Era. Deu certo? Nem um pouco. E tudo piora quando quem derrota Curto-Circuito e Banshee Prateada são os bombeiros. Ou seja, não sei se o Flash e a Supergirl fizeram muita diferença nisso tudo não, hein.

“Quero me vingar, mas primeiro vou pintar a cara, o cabelo, comprar lentes e arranjar um novo modelito.”

E não to reclamando do episódio por não assistir Supergirl, eu assisti alguns episódios de Supergirl e esse foi ruim até mesmo para os padrões da série. E além de toda a cafonice que foi o episódio, ele ainda serviu para levantar uma grande questão. Até então, Superman e Supergirl são os únicos heróis existentes na Terra da Garota de Aço, enquanto Flash, Arqueiro Verde, seus coadjuvantes e a galera de Legends of Tomorrow são os únicos heróis da Terra da CW. Ou seja, não tem Superman e Batman na CW não, mas o Rip Hunter disse que viu a queda do morcego e a morte do Superman. Estaria a DC Foxeando seu universo compartilhado televisivo? Espero que não.

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