Punho de Ferro – O desgraçado da cabeça
A série solo do último Defensor finalmente chegou à Netflix e a única coisa que eu quero saber é: Como caralhas o brucutu do Luke Cage vira o melhor amigo de um filho de vó, um sabe de nada Jon Snow, um Toinho da Lua que sabe que a Ruthinha é boa e a Raquel é má, mas tem bastante dificuldade pra saber quem é a Ruthinha e quem é a Raquel, que nem o Punho de Ferro?
Confesso que dessa vez foi difícil. Como bom trouxa que sou, comecei a assistir Punho de Ferro completamente iludido e cheio de expectativas. O primeiro episódio passou, o segundo episódio passou, o terceiro episódio, aquele desastre de edição e direção, passou e nada de alguma coisa me agradar. A tortura prolongou-se até o oitavo episódio, quando as coisas finalmente começaram a andar.
O grande problema aqui é que por se tratar de uma série sobre um campeão místico de kung fu, espera-se que tenhamos uma cena do corredor por episódio, mas pra tristeza geral, não tem sequer meia cena do corredor na série inteira. Aliás, quase não tem kung fu na série inteira. Punho de Ferro então, nunca vi, só ouço falar. E além desses problemas, temos o pequeno detalhe de que Finn Jones é um péssimo ator e um “lutador” ainda pior, o que só dificulta o processo de “puta seriezona da porra”.
E aí nós chegamos nos dois temas que abordam a série. Kung Fu e misticismo? Não, família e discriminação social. Enquanto o primeiro tema é abordado até encher o saco, mostrando um monte de adultos carentes de amor paterno, o segundo tema é muito bem apresentado, mostrando todo o preconceito que o recém chegado Danny Rand, mesmo sendo loirinho de olhos claros, sofre nos primeiros episódios, coisa que depois se repete com o recém reerguido Harold Meachum, mostrando que não se deve julgar pel… Ah, cês entenderam.
Outra coisa bem interessante que a série mostrou foi o modus operandi de “recrutamento” do Tentáculo, que é algo que vemos facilmente por aí com religiões, partidos políticos e afins. Você ajuda o necessitado, enche a cabeça do sujeito de besteira e consegue um exército de idiotas. Pois é, crente é uma merda.
Por fim, mesmo tendo Rosario Dawson e Jessica Henwick pra agradar os olhos, Punho de Ferro foi uma grande decepção. Principalmente na parte das lutas, que além de serem curtas, eram mal coreografadas e mais cortadas que Kill Bill na Sessão da Tarde. Dessa vez não deu, Netflix.
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