A policial, o professor e o cavaleiro sem cabeça

Televisão quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Entraram num bar com um papagaio e Ok, confesso que esse título ficou mais parecendo o início de uma piada, mas juro que não foi intencional. Acho que já devem ter percebido que começar bem um texto não está entre meus pontos fortes, mas se serve de consolo, as vezes geralmente tudo começa a melhorar mais para frente, No dia 16 de setembro de 2013, foi ao ar pela FOX o episódio piloto de Sleepy Hollow, com uma premissa bacana, saca só: Ichabod Crane, um professor e soldado na Revolução Americana volta a vida misteriosamente nos dias atuais e, junto com sua nova amiguinha, a tenente Abigail Mills, tem que impedir o apocalipse. Na verdade é um pouco mais complexo que isso, envolvendo também o cavaleiro sem cabeça e o professor tarado de Evolução, o que acaba dando um diferencial para a série.

Basicamente Sam e Dean morreram, reencarnaram nos dois protagonistas, e agora tem que salvar o mundo novamente, dessa vez de um demônio chamado Lilith Moloch, que invocou o cavaleiro sem cabeça para garantir que tudo saia como o planejado e que a festa não atrase. Acontece que nosso amigo decapitado é ninguém menos que um dos quatro cavaleiros do apocalipse, que tem a missão de recuperar a sua cabeça para então poder comandar o fim dos tempos.

É fato que nos primeiros episódios a série parecia andar para um caminho não muito criativo agradável, com os protagonistas bancando os “Caçadores de monstros” (Alguém ai disse Discovery Channel?) e caçando criaturas, como em milhões de séries que existem por ai. Entretanto, parece que um anjo (Referencia a Supernatural não foi intencional, juro) resolveu iluminar a cabeça dos roteiristas lá pelo terceiro episódio, e eles passaram a se focar na trama envolvendo Crane e o cavaleiro, criando uma ligação muito bem feita entre esses personagens, dando assim uma real identidade para a trama.

Outra mudança que também pode ser notada com o decorrer dos primeiros episódios foi uma maior atenção para o desenvolver dos demais personagens na história, bem como a introdução de novos coadjuvantes que serviram para enriquecer o conjunto da obra e torná-la um pouco mais imprevisível, e imprevisível aqui é sinônimo de algo que não pode ser previsto melhor.

Falando nisso, confesso que inicialmente o que mais me chamou a atenção na série é o fato desta possuir alguns atores que sempre nos acostumamos a ver apenas em papéis cômicos, mas que aqui interpretam personagens sérios, como é o caso de caras como Orlando Jones (Harry, de Evolução) e John Cho (O carinha ai da foto abaixo), e só eu achei isso bem legal, sendo que assim podemos vê-los longe do que estamos acostumados a ver.

O lado histórico de Sleepy Hollow é outro que deve ser destacado. Sério, é bem legal perceber que, no meio de cada evento ou acontecimento, somos brindados com um pouco da história dos conflitos que cominaram na independência dos Estados Unidos, cabendo a cada um saber diferenciar o que é fantasia e o que realmente aconteceu (Poxa, então George Washington não era ocultista?).

Merece destaque também o toque de comédia, que fica evidenciado sempre que Crane é exposto ao mundo atual, tendo em vista que o mesmo ficou morto por mais de 200 anos. É muito engraçado ver, por exemplo, a reação do protagonista ao descobrir que a uma garrafa de água é paga, ou seu espanto ao se deparar com uma lanterna. Cabe ressaltar também que esse artifício cômico é sempre muito bem aproveitado e não chega a ficar maçante em nenhuma ocasião. Ah, e Crane não é o único que ficou maravilhado com as nossas “tecnologias”.

Assim sendo é sabido que Khaleesi Sleepy Hollow sofreu de uma gritante falta de originalidade em seus primeiros episódios, mas se antes seus pequenos detalhes já a tornavam uma boa pedida, hoje o desenvolver da trama e dos personagens torna a série quase indispensável para todos os fãs de suspense e de boas histórias.

E não, o cavalo do cavaleiro (redundância?) não é a mula sem cabeça, embora a idéia tenha me dado uma imagem mental bem divertida agora (Juro que não queria acabar o texto com uma piadinha tão infame, mas foi o que me veio a CABEÇA. Hãn hãn? Ah deixa pra lá).

Felipe Fantacussi, apesar do nome estranho, é uma pessoa de bom coração, e principalmente paciência, pra me aturar dando pitaco no texto alheio, que ele refez cerca de 479 vezes. Quer eu metendo o nariz onde não fui chamado, ou seja, seu texto também? Não diga que eu não avisei.

Leia mais em: ,

Antes de comentar, tenha em mente que...

...os comentários são de responsabilidade de seus autores, e o Bacon Frito não se responsabiliza por nenhum deles. Se fode ae.

confira

quem?

baconfrito