Austrália (Australia)
Esse épico romântico conta a história de uma aristocrata inglesa (Nicole Kidman) que viaja a esse continente longínquo, local em que conhece um australiano rude (Hugh Jackman). Apesar de hesitante, ela concorda em unir forças a ele para salvar a propriedade que herdou. Juntos, eles embarcam numa jornada transformadora, atravessando quilômetros e quilômetros de um dos terrenos mais belos e ao mesmo tempo mais inóspitos do mundo, e acabam tendo de enfrentar o bombardeio da cidade de Darwin pelos japoneses que haviam atacado Pearl Harbor.
Pois bem, com um aviso de que quase três horas de filme me esperavam, eu fui pra essa cabine, esperando um filme melodramático, daqueles que as menininhas ficam gritando “LINDO!” na platéia, quando o galã aparece. Sorte minha que não tinham menininhas na platéia, e que o filme não é só romance mela-cueca.
A história começa com a narração de Nullah, um garoto mestiço, ou, como chamam, café-com-leite, fruto da mistura entre aborígene e polaco. Ele conta uma versão resumida dos fatos iniciais do filme, como a chegada de Lady Sarah Ashley à fazenda de Faraway Downs, uma dondoca inglesa que acha que seu marido foi até esse fim de mundo para traí-la. E qual a sua surpresa quando descobre que ele foi morto por Rei George, um chefe aborígene, avô de Nullah. Mas vamos com calma, que isso é só o começo.
Logo na chegada, em Darwin, Lady Ashley dá de cara com o Capataz[Tradução meia-boca de Drover, que é aquele cara que leva uma puta boiada pelo meio dos campos e tralalá. E sim, o infeliz não tem nome], brigando em frente ao bar. Isso que ele era o homem de confiança que seu marido mandou busca-la. Mas tudo bem, de cara os dois já não deram muito certo. Ainda mais pelo fato do Capataz usar as malas de Lady Ashley como arma no meio da porradaria. Enfim, os dois, mais um subalterno e um monte de tralha se meteram mato deserto adentro, indo em direção à propriedade da muié. Chegando lá, a notícia fatídica: o marido, Maitland, foi assassinado. E agora? Sarah estava decidida a vender a propriedade, mas o modo como Neil Fletcher, o administrador, trata Nullah, deixa a mulher puta da vida, e demite o cara. E ele leva praticamente todo o grupo de trabalhadores embora.
É nessa hora que ela pede ajuda ao Capataz, que junta o que sobrou na fazenda pra formar um grupo de 7 pessoas [Fora ele] e levar 1500 cabeças de gado até o porto de Darwin, pra entregar pro exército, já que a guerra tá comendo e eles precisam de carne. Mas existem dois problemas: King Carney, o rei da carne [E isso é sério], e o grupo que foi juntado: Sarah, Nullah, Magarri e Goolaj [Dois companheiros do Capataz], Kipling Flynn [O contador bêbado], Daisy [Mãe de Nullah] e a mãe dela. E, evitando mais spoilers, eles fazem a entrega, como era de se esperar, mesmo com as perdas advindas da trama de King Carney e Neil Fletcher.
Aqui já terminaria, se fosse um filme normal. Mas nãããão, é um épico com duração alongada. Depois de todas essas peripécias, Faraway Downs voltou a ser um lugar florido, belo e encantador. Mas só até a guerra apertar, já que, com a guerra, veio a separação. Mas eu não vou falar muito sobre a separação, já que tem mais de uma separação, e seria um spoiler do caralho. O que importa é que, nessa segunda parte do filme, a baçaga fica mais interessante já que é guerra! devido às batalhas que ocorrem, não só porque bombardeiros japoneses, depois de uma passadinha em Pearl Harbor, resolvem gastar o que sobrou em Darwin, mas porque tem aquele esquema clássico de resgate heróico.
Austrália
Australia (165 min minutos – Drama)
Lançamento: Austrália, EUA, 2008
Direção: Baz Luhrmann
Roteiro: Stuart Beattie, Baz Luhrmann, Ronald Harwood e Richard Flanagan
Elenco: Nicole Kidman, Hugh Jackman, Shea Adams, Ray Barrett, Bryan Brown, Tony Barry, Jamal Bednarz-Metallah, Damian Bradford, Nathin Butler, Tara Carpenter
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