Rango é um camaleão doméstico, sempre viveu em seu aquário. Mas um acidente acontece e ele é jogado no meio do deserto do Mojave e precisa saciar sua sede. Enquanto busca por água, Rango enfrenta alguns perigos naturais do deserto, conhece Feijão, uma iguana, e vai parar na cidade perdida de Poeira, onde estranhas criaturas vivem e a escassez de água está para levar a cidade à extinção. Mas Rango, que adora fazer encenações, finge ser um herói e, equanto se torna xerife de Poeira, promete a todos os habitantes da pequena cidade que trará a água e a esperança de volta.
Há muito não víamos uma animação que não fosse em 3D estereoscópico nos cinemas. Mentira, teve O Mágico, que foi até indicado ao Oscar, mas eu quis dizer das animações de grande escala, como é Rango. E se eu começo esse texto com um elogio, acredite que praticamente todo ele será com elogios. E não é infantil. Não é. É preciso uma boa bagagem pra acompanhar o filme e entender algumas referências – e algumas cenas mais violentas podem não ser tão apropriadas para os pequenos. continue lendo »
Gnomeu é um gnomo de jardim, filho de Lady B, chefe do jardim azul. Logo após a cerca, está o jardim vermelho, onde vive Julieta, também filha do chefe do jardim. O lado azul e o lado vermelho nutrem uma rivalidade e um ódio sem igual, onde o único sentimento que eles compartilham é a raiva pelo outro lado da cerca. Até que Julieta e Gnomeu se conhecem e acabam se apaixonando. Eles decidem seguir com o amor às escondidas, mas quando este é descoberto, os dois deverão passar por muitas provações para se manterem juntos.
O filme já esteve sob a batuta da Disney lá em 2005, mas teve a produção cancelada logo no ano seguinte. Foi especulada a volta da pré-produção em 2006, sob os tetos da Miramax. Mas só em 2008 o projeto engrenou, agora com a Rocket Films. E realmente não havia essa necessidade de se fazer esse filme. O filme até tem uma ou duas grandes cenas, mas falha em não oferecer reais ou boas inovações para a já saturada história criada por William Shakespeare e perde em ritmo e graça. continue lendo »
Harvey Weinstein, pra quem não conhece, é o chefão da Weinstein Company, produtora norte-americana, e já comandou a Miramax. Harvey é conhecido pelas suas campanhas pesadas – e eu não vou dizer sujas pra não ser processado – para seus filmes no Oscar. Entre seus feitos, estão os bizarros sete oscars para Shakespeare Apaixonado (Que tirou o Oscar de Melhor Filme de O Resgate do Soldado Ryan) e o mais bizarros ainda NOVE oscars para o medianaço O Paciente Inglês. E em 2003 vimos Chicago ficar com o prêmio máximo da noite, enquanto O Pianista ficou apenas com os prêmios de Diretor, Ator e Roteiro Adaptado, quando era o verdadeiro merecedor da estatueta de melhor filme do ano. continue lendo »
Nesse final-de-semana não foi apenas o Oscar que mexeu com Hollywood, a Golden Raspberry Award Foundation também anunciou seus vencedores do ano. Aqui, os piores filmes lançados em 2010 nos EUA.
Nenhuma surpresa, com os prêmios glorificandoO Último Mestre do Ar como o pior filme do ano. Ê M. Night Shyamalan, depois de Sexto Sentido e Sinais, nunca mais acertou a mão, hein? Sex And The City 2 também merece atenção, como segundo maior vencedor da noite. Destaque também para Jessica Alba, que venceu por suas atuações em quatro filmes.
O documentário acompanha os dias que antecedem a grande apresentação de Justin Bieber no lendário Madison Square Garden, enquanto conta como foi a infância do prodígio cantor em uma pequena cidade no Canadá e como ele sempre mostrou ter o dom para a música, até que foi descoberto pelo produtor Scooter Braun após os vídeos do garoto conseguirem grande sucesso no YouTube. Momentos cruciais que o fizeram seguir o rumo artístico são mostrados durante o longa, que conta com diversas entrevistas de artistas que ajudaram Justin Bieber e diversas pessoas ligadas ao astro teen.
Primeiro: É caça-níquel? Claro que é. É dispensável um documentário desse? Sim, é. O filme é horrível? Não, não é. Pelo contrário, é um bom documentário. Claro, como eu disse, totalmente dispensável, afinal, quem, além das (Muitas, muitas, muitas) fãs mais fervorosas quer saber da vida do garoto que nasceu em 94? Mas é, também, um meio de fazer Justin ser respeitado pelo talentoso artista que ele é. continue lendo »
Britt Reid é filho do magnata da mídia de Los Angeles James Reid e sempre levou uma vida desregrada, sem se preocupar com nada, apenas com festas, mulheres e o café na cabeceira da cama, pra tomar quando acordasse. Porém, sua vida vira de cabeça pra baixo quando seu pai morre por uma picada de abelha e agora Britt tem todo o império do pai em suas mãos e um jornal pra administrar, o que não vai ser tão fácil como ele imaginou, mas que o ajudará na empreitada que encarou com um ex-empregado de seu pai, Kato, um especialista em artes marciais, em construções bélicas e em perfeita blindagem de carros: Virar um vigilante noturno, combatendo o crime de LA sem ligar para a lei, assumindo, asism, a identidade de Besouro Verde.
O filme é baseado na série de rádio criada nos anos 30 e que já virou série de cinema nos anos 40, série de televisão (Com Bruce Lee) nos anos 60, um filme em 1974, um filme em Hong Kong em 94 e um curta francês em 2004. Por já ser tão saturada, os roteiristas Evan Goldberg e Seth Rogen e o diretor Michel Gondry apostaram numa renovação da história e dos personagens, uma releitura moderna para atrair o novo público. E consegue, mas isso não significa que o resultado seja um ótimo filme. continue lendo »
Aron Ralston gosta de passar seu tempo livre nas montanhas do Utah, escalando-as, mergulhando nos pequenos lagos e se sentindo livre, podendo fazer tudo o que quer, chamando o lugar de sua segunda casa. Para se sentir mais livre ainda, Aron costuma evitar que seus amigos e familiares saibam onde ele passa esses finais de semana. Em mais um final de semana nas rochosas montanhas do Utah, Aron acaba ficando preso numa fenda, com uma enorme e pesada rocha prendendo seu braço contra a parede. Ele não pode ser resgatado, já que está numa região completamente isolada e não avisou ninguém onde iria. E ele passará lá as 127 Horas do título do filme, que é baseado em uma história real.
Se você não conhece a história de Aron Rolston, fuja de todas as sinopses e até dos trailers. Sério. É até desastrado grande parte da imprensa e da divulgação do filme já contar inclusive o final e o clímax do longa. Pode-se defendê-los apenas pelo fato ter ocorrido há pouco tempo, em 2003, e muitos podem conhecer ou se lembrar de tal história, mas grande parte do público não conhece a história de Aron Rolston, portanto esse erro poderia ter sido facilmente evitado. continue lendo »
Michael Kovak trabalha na agência funerária de seu pai, mas se sente reprimido, sem espaço pra viver, com o pai por perto e fazendo o mesmo trabalho que seu progenitor fez em sua mãe, quando esta morreu. Então decide estudar no seminário mesmo sendo cético, afinal, é de graça, e sair pouco antes do juramento para se tornar padre; mas não é bem o que acontece e ele vai parar no Vaticano, fazendo um curso de exorcismo. Com o decorrer do curso, conhece a jornalista Angelina, que está fazendo uma matéria sobre exorcismos, e conhece, também, o nada ortodoxo padre Lucas, especializado em expulsar demônios invasores de corpos. Com a convivência com o padre, Michael irá conseguir a resposta para a pergunta: Os demônios existem mesmo ou os “possuídos” são apenas pessoas com algum problema mental?
Nada de novo no novo filme do diretor Mikael Håfström e pouca coisa que valha a pena. E é mais uma fraca estreia para o início do ano, como é padrão de Hollywood: Após um final de ano atribulado com filmes favoritos às grandes premiações, o começo do ano sempre recebe os renegados e os filmes que não têm tanto potencial comercial – leia-se: Blockbusters – e que não têm força pra sobreviver ao concorrido verão norte americano, onde saem os grandes investimentos dos estúdios. continue lendo »
O Vencedor acompanha Mickey Ward, uma eterna promessa do boxe que nunca vinga. É treinado pelo problemático meio-irmão Dicky Ecklund, ex-boxeador, mas que acabou com a carreira por causa do vício em crack. E é agenciado pela mãe, que não possui estrutura nenhuma para tal atividade – nem estrutura emocional. Os dois acabam, mesmo que não intencionalmente, atrapalhando a carreira de Mickey, que começa a ser aconselhado por sua namorada, Charlene, a largar os dois e encarar a carreira de maneira mais profissional, para, enfim, deixar de ser uma promessa e se tornar uma realidade no mundo do boxe. Baseado em uma história real.
O filme do diretor David O. Russel (Aquele que fez Três Reis) foi moldado para o Oscar: Uma abordagem típica de filmes aclamados pela Academia; apuro técnico imenso; belas atuações; história de superação (Até certo ponto) e a data em que foi lançado, pouco antes da temporada de premiações de Associações e Sindicatos. Mas apesar desse preconceito que há com esses filmes, a verdade é que a maioria consiste em excelentes longas. O que é o que acontece aqui, com O Vencedor, que justifica e merece cada uma das suas sete indicações ao Oscar. continue lendo »
Remake americano do excepcional filme sueco Deixa Ela Entrar. Um jovem garoto, Owen, de 12 anos, mora com a mãe e vive uma vida solitária: Não tem amigos e, na escola, é alvo dos valentões da turma. Uma noite, enquanto estava ao pátio do prédio que mora, Owen conhece sua nova vizinha: Abby. Também por ser solitária por natureza, Abby se interessa e se aproxima de Owen, que finalmente ganha uma amiga. Só que Abby não tem os 12 anos que aparenta ter; tem bem mais. E precisa de sangue para poder sobreviver.
Uma justiça tem que ser feita com esse Deixe-me Entrar: Achar que ele seria superior ao original sueco é ingenuidade ou até confiança extrema. Se conseguisse ser melhor que o sueco, estaria em absolutamente todas as categorias do Oscar esse ano. Mas exatamente por ter um nível tão alto, mesmo o remake sendo inferior, ainda é um grande filme e funciona muito bem, com um ou outro deslize, que não afetam de maneira fatal o longa americano. E tem, talvez, a atriz mirim mais promissora no cenário atual de Hollywood. continue lendo »