Numa tarde de verão, Pitágoras observava, ocioso como sempre, a construção de um edifício qualquer. Um dos pedreiros, assustado por tão ilustre presença, tropeçou em seu par de Havaianas azuis de trabalhar em obra e acabou por derrubar o martelo de doze quilos bem em cima de nosso querido filósofo, que prontamente exclamou:
Puta merda! Meu mindinho! Ih, olha só, sol sustenido.
Já reparam que arte virou produto de fabricação em série? Hoje em dia, produzir para ser consumido em pouco tempo e deixado de lado pelo próximo item da lista já não é exclusivo de comida e eletrônicos. E é com pesar que afirmo: A música é o maior exemplo desse processo.
Alguma entidade divina tentou nos avisar: Mandou chuva torrencial; mandou Tarja Turunen fazer dueto com Edu Falaschi no palco Sunset; derrubou a Cláudia Leitte do cabo de aço; enfim, fez de tudo pra evitar decepção e doses cavalares de vergonha alheia.
Mas roqueiro que é roqueiro não liga pra esses deuses desocupados tentando salvar a humanidade, e o último dia do Rock In Rio estava lotado. E lá fui eu conferir o festival. continue lendo »
Aos hipsters que lerão esse texto e, eventualmente, criticarão, resmungando que eu só falei de artista clichê e que entendo tanto de música quanto moscas entendem da terceira lei de Newton, lá vai uma pergunta: Sabe por que cabrito caga em bolinha?
Não?! Tá vendo?! Entende nem de merda, quer saber O QUE de música?! continue lendo »