Jogando e ficando puto Pt. 2

Nerd-O-Matic quinta-feira, 16 de outubro de 2008 – 27 comentários

Comentário relevante da semana

Na coluna da semana passada pudemos contar com o comentário do JÃO:

Parabéns Jão. Parabéns pela sua tenacidade, empenho e paciência pra JOGAR UM JOGO VELHO DO CACETE.

Coisas que eu odeio nos games pt.2

Cara, como foi bom reclamar dos loadings na semana passada. Eu juro pra vocês que era um lance que me incomodava há anos, desde que os loadings realmente começaram a ficar chatos no playstation 1.

Mas é lógico que o lance não podia parar por aí. Na coluna de hoje falaremos de outro grande mal que assola os jogos contemporâneos:

Ficar FUCKING perdido no meio do jogo

Percebam a ênfase que eu dei na frase; eu não falei em simplesmente dar umas voltinhas numa dungeon até achar a saída, aquele lance meio Diablo ao qual todos estamos acostumados. Eu estou falando em ficar mais perdido que a sua virgindade anal num rodízio sexual de negões e convenção extra de aliens intergalácticos portadores de sondas anais com fins especulativos e cientificos.

“Eu venho para este rodízio em paz.”

Isso é se perder.

Mas vamos ilustrar com jogos, não é mesmo? Afinal, falar da ex-virgindade anal de vocês é chover no molhado.

O exemplo mais óbvio de ficar FUCKING perdido no meio do jogo está nos rpg’s, principalmente nos mais oldschool; é quando você se encontra no meio do maldito mapa enorme e não sabe pra onde ir pra encontrar o dark chocobo mágico restaurador de virgindade anal. Aí você sai andando de um lado pro outro, torcendo pra que do nada aconteça algo esdrúxulo que te diga que você está indo na direção certa, mas na verdade a única coisa que você acha é um monte de encontros randômicos com monstros que vão te matar, tirar sua virgindade anal e fazer você voltar no save de duas horas atrás. Porque já faziam duas horas que você estava rodando no mapa sem saber pra onde ir.

Tá fácil de saber pra onde ir, hein?

Tudo porque os desenvolvedores preferiram não te dar um mini-mapa apontando onde caralhos fica o dark chocobo mágico portador de sonda anal. É nessas horas que precisamos reconhecer a genialidade de jogos como Grand Theft Auto, com seu mini-mapa onipresente e sempre apontando a próxima missão e os principais pontos de interesse. Pra mim, isso é uma maneira muito clara de dizer: “esse jogo é FODA, e tem tantas coisas FODAS e DIVERTIDAS pra se fazer que a gente não quer que você perca tempo procurando por elas”. Respeito com o tempo do jogador e tals.

Mas existem coisas piores do que a falta de mapa.

Ah, eu me lembro. Eu me lembro das horas perdidas dando voltas naquela maldita torre de Devil May Cry 3. Sabem aquela torre que tem trocentos lances de escada e na qual às vezes você erra o pulo e cai pelo meio da torre INTEIRA até chegar no chão e ter que subir tudo de novo? Sabem como eu chamo isso?

INFERNO NA TERRA

Alternativamente também gosto de chamar de “vai se foder desenvolvedor de merda, pega essa torre inteira, dobra e enfia na sua ex-virgindade anal”. Os caras acham que a gente não tem mais o que fazer além de ficar subindo escadas. Você já subiu escadas na vida real? Meu, é um SACO subir escadas. É como andar, só que pra cima. Não é por acaso que inventaram elevadores. BOTA UM ELEVADOR NO JOGO, FDP.

Aliás, esse é um dos motivos pelos quais eu costumo evitar os jogos que têm puzzles. Manja puzzles? Aqueles “quebra-cabeças de cenário” onde você precisa fazer alguma coisa no ambiente, mover um objeto, levantar uma alavanca, pisar num certo lugar? Cara, como eu odeio isso. Não tem nada de divertido em ficar correndo de um lado para o outro procurando um lance escondido no cenário. Sabe quando você derruba a chave do carro embaixo da geladeira? E daí você tem que se arrastar pelo chão pra achar a porra da chave? E daí você acha um amendoim, uma pipoca e uma moeda de 7 centavos embaixo da geladeira, mas não acha a chave? Me digam quando alguma vez na vida de algum motherfucker foi legal ficar procurando coisas perdidas? Agora, olha que legal, vamos simular esse comportamento inútil NUM JOGO! Pra mim isso é só uma maneira artificial que os desenvolvedores encontram pra esticar o tempo de jogo e dar a impressão de que você está jogando, quando na verdade você não tá fazendo PORRA NENHUMA.

PUUUUZZLE… digo… MIOOOLOS…

Mas os puzzles são apenas uma das modalidades de estrutura gamística que fazem você perder tempo. O filet mignon de ficar FUCKING perdido é mesmo quando você não tem a menor idéia do que fazer no jogo. Não confunda com “não saber pra onde ir”, já explorado no começo desse texto. Agora estou falando daqueles momentos onde você simplesmente não sabe o que fazer, porque o jogo não diz. Gostoso mesmo é quando isso é um bug do jogo, causado por exemplo pelo fato de você não ter falado com algum personagem que ficou pra trás. Aí cê não pode voltar, aí o jogo trava e você fica fudido e mal-pago sem ter o que fazer a não ser dar load no último save e correr pro gamefaqs.com pra descobrir onde você errou.

Isso é bem legal, porque teoricamente o jogo deveria ser testado antes de ser lançado em sua versão final, mas às vezes os caras deixam mesmo passar esse tipo de coisa. Aí você fica lá feito um imbecil, até se dar conta de que não tem jeito e você vai ter que refazer tudo. Saboroso.

Nossa, véi, estou achando que reclamar dos jogos é mais gostoso até do que ficar jogando eles. Acho que estou ficando velho e ranzinza. Azar de vocês.

Aliás, se algum de vocês noobs quiser sugerir algo que odeiam nos games, fiquem à vontade aí nos comentários. Quem sabe eu me dou ao trabalho de contemplar a sua idéia numa futura coluna.

Jogando e ficando puto Pt. 1

Nerd-O-Matic quinta-feira, 09 de outubro de 2008 – 16 comentários

Comentário relevante da semana

Sim, sim. Parabéns Kaoru, você ganhou o troféu de comentário mais importante na minha coluna da semana passada. É exatamente esse o tipo de leitora que o nosso site merece, apreciadora das boas coisas da vida e whatever. Só que, quanto ao lance de aparecer homem nos vídeos, pode esquecer. Não vai acontecer enquanto eu mandar nessa merda. Agora voltemos à coluna de hoje.

Coisas irritantes que me irritam de forma irritativa nos games

Vocês jogam pouco que eu sei. Talvez por isso vocês achem que vídeo-game é só diversão o tempo todo.

Se vocês jogassem mais passariam a perceber várias coisas que tornam essa atividade eminentemente hedonista em algo digno de se enfiar pregos no pâncreas, graças ao alto nível de pentelhação e tédio induzido. Devido à importância do tema para a educação de vocês, utilizarei meu gracioso espaço nessa coluna para identificar algumas dessas coisas tornando vocês, leitores-bunda, em gamers tão raivosos quanto eu. Não sei quantas colunas o assunto vai tomar, mas escreverei até que toda a minha bile negra gamística seja esporrada em cima de vocês e eu finalmente esteja aliviado.

Vamos começar pela mais óbvia e vencedora de qualquer campeonato de dar-no-saco do jogador:

Telas de Loading

Ah, que deliciosa maneira de começar. Nada se compara em perda de tempo a uma bela tela de loading. Aquela barrinha enchendo lentamente, uma visualização metafórica do tempo da sua própria vida escorrendo pelas suas mãos. É como se o mundo todo desse um pause pra carregar o próximo cenário. Imagine se SUA VIDA fosse assim, um lance meio Resident Evil, onde a cada porta aberta rolasse um loading.

Loadi… AH CÊ QUERIA MIJAR? ATAQUE SURPRESA DA MOTO-SERRA MLK!!11

Você lá, doido pra soltar um barro, abre a porta do banheiro e tem que esperar a porra do banheiro inteiro CARREGAR na sua frente: um azulejo de cada vez, você olhando um azulejo, dois três, e o trem cocô batendo na SUA portinha. Dez azulejos, vinte, trinta, agora o chão já tá pronto. Você TORCE pra começar a carregar a privada, mas os programadores decidiram que o chuveiro é prioridade, sendo que a privada é a última coisa que carrega.

Puta merda, melhor cagar na sala.

Mas enfim, as telas de loading são um mal moderno. Porque, vejam bem, esse lance só começou a rolar hard mesmo com o advento dos jogos em CD e DVD. Antes disso nós tínhamos os cartuchos, onde o acesso aos dados era mais rápido, e praticamente não existiam loadings. Claro que a informação que cabe num cartucho é bastante reduzida, mas ei, pelo menos você não fica ESPERANDO pra jogar. Uma salva de palmas para o Nintendo 64.

Então, paradoxalmente, as novas tecnologias se tornaram especialistas em fazer você perder mais tempo na sua vida, ao invés de ganhar. Mas é lógico que todos vocês aqui usam MSN e sabem perfeitamente do que estou falando. Aliás, larga dessa merda de MSN e vai jogar mais. É melhor perder tempo vendo tela de loading do que “batendo-papo” com esses projetos de humanos abortados que você chama de amigos no MSN. Até o NEMESIS do Resident Evil é mais legal que 98% das pessoas no seu MSN, eu garanto:

Eu sô legal, mano. Vamo tomá um chopps.

Mas eu tenho mesmo essa imagem muito clara na minha mente, esse negócio de ficar puto esperando um jogo começar. Eu gosto muito de jogar Burnout no Playstation 2, vocês sabem. Eu realmente acho um primor aquele jogo, o nível técnico e de diversão que ele conseguiu alcançar no console da Sony. E, principalmente, eu gosto de como o jogo é RÁPIDO; tão rápido que muitas vezes você nem sabe o que está acontecendo na tela, e fazer curvas vira uma questão de puro reflexo ao invés de habilidade gamística. Eu curto isso, curto pra caralho. Me dá uma adrenalina excepcional e só de pensar no jogo eu já esqueço de usar vírgulas e outras pontuações relevantes porque isso diminuiria o fluxo domeupensamentoeeugostodascoisasbemrapidasmesmo.

Aí você lá na adrenalina, fissurado, os dedos coçando no joystick em antecipação à descarga de serotoninérgicos que seu célebro vai despejar na sua corrente sanguínea e BOOM:

Loading…
Loading…
Looooooooading…
LOOOOAAAA… morri.

É foda. Telas de loading são como imaginar a sua vó pelada enquanto você tá trepando: totalmente anti-clímax. É como você estar lá, mandando ver, e de repente SUA VÓ sai do armário PELADA, tira uma foto sua e posta na internet mostrando um ângulo onde aparece sua bunda flácida batendo na coitada que você escolheu pra socar o grão. São coisas que interrompem o prazer que você estava tendo com uma atividade, sabe como é.

Ah é, vocês não trepam. Bom, então telas de loading são como imaginar a sua vó pelada enquanto você está lendo a playboy da Ana Paula Tabalipa. Se bem que, com a decadência da Playboy atual, talvez seja melhor mesmo ficar no MSN do que ler a Playboy. E não esqueçam que ver tela de loading ainda é melhor do que ficar no MSN. O que nos traz de novo ao tema da coluna.

Como eu dizia, o que irrita nas telas de loading não é só o fato delas cortarem sua diversão, mas principalmente o fato delas te prenderem a uma atividade inútil. Você não ganha absolutamente NADA enquanto espera a porra do jogo carregar. Aliás, taí uma idéia: os jogos poderiam abrir uma janela do MSN pra rolar um chatzinho enquanto você espera o jogo carregar. Um chat com os programadores do jogo:

– DAEW MLK< ORRA MEW DEMORADO PRA KCT EÇA TELA DE LOUDING AHN??// - Sim Senhor, desculpe senhor. Foi o melhor que pudemos fazer. - MAS ORRA Q MEdRA KRA. JAH FIS UM SANDICHE, JAH FIS UMSUCO TANG E AGORA TO C/ VONTAD D MIJAR - Sim Senhor, obrigado senhor. Recomendo que o senhor utilize o sanitário pois o tempo estimado de atendimento para este loading é de mais... 38 minutos. - KRALOH MLK!!! MAS AÇIM DA TEMPU AT É DE DAR UM GÃO - Sim Senhor, obrigado senhor. Cuidado com o monstro de Resident Evil ao abrir a porta do banheiro. - Q

Imagina ele limpando sua bunda

Ou melhor: poderia passar umas fotos de mulher pelada na tela de loading. Aí você pode dizer que fez sexo (com você mesmo) enquanto esperava o jogo carregar.

É por isso que eu gosto de jogar no banheiro.

Aguardem novas emoções gamísticas nas próximas colunas. Eu continuo puto.

2 garotas, 1 joystick (+18)

Nerd-O-Matic quinta-feira, 02 de outubro de 2008 – 14 comentários

Então, pra começar, gostaria de fazer um questionamento relevante aos leitores aqui presentes:

QUEM GOSTA DE VER MULHER SE PEGANDO LEVANTA A MÃO

Ah, seus safadinhos. Vocês são um bando de malandrófilos mesmo. Mas não os culpo. Afinal, quem não aprecia ver duas fêmeas se atracando, roçando e esfregando, enquanto promovem uma troca saudável e generosa de fluidos corporais para nosso deleite visual? Até mesmo pequenas e rápidas provocações são suficientes para levantar pensamentos nefastos e libidinosos no meu célebro:

Bater bundinha: isso deveria ter uma olimpíada específica, envolvendo bundinhas redondinhas de todas as nações do mundo, reunidas num evento esportivo de paz e confraternização em torno de bundinhas, bundas e bundonas chocando-se umas com as outras e gerando ondas sísmicas de prazer visual. Isso deveria ser ensinado nas escolas, para que as pequenas fêmeas desenvolvessem suas habilidades desde cedo, se tornando proficientes batedoras de bunda quando chegassem à idade do abate. Esse tipo de coisa pode CURAR O CÂNCER.

Todos nós sabemos que isso é só provocação, utilizada com o intuito de fazer os machos da espécie colocarem a língua pra fora e babarem litros de saliva em antecipação aos atos que só ocorrerão em suas mentes sujas (na maior parte das vezes). Mas ô: ME PROVOCA AÍ, MANO:

Caralho, isso que é divulgação boa de Dead or Alive; as intenções homoeróticas neste vídeo foram muito gratuitas e quase completamente inúteis para o jogo em questão. Só que: TÔ NEM AÍ. Na minha opinião, qualquer coisa é desculpa para botar duas gostosas junto se esfregando. Isso é saudável, é bonito, é prazeroso e deveria ser feito com mais frequência. No dia em que eu for presidente do mundo, prometo que o bissexualismo feminino será mandatório entre gostosas. Votem em mim.

Aliás, isso me lembrou do quanto vocês são noobs. Cara, eu continuo impressionado com a virgindade e conservadorismo das pessoas que frequentam essa porra desse site. Sério, depois de ter que moderar os comentários desse texto da Bel, eu senti vergonha alheia. Vergonha de pertencer a uma espécie que ainda vê sexo como um problema a ser discutido com argumentos altamente preconceituosos e vitorianos. É por isso que eu gosto dos vídeo-games; lá as pessoas são bem mais legais do que as pessoas no mundo real. Até mesmo um jogo de “brincar de casinha” como The Sims já incorporou o amor entre as mulheres sem maiores problemas:

Eu acho surpreendente que um jogo da Electronic Arts possa fazer crítica social. Eu acho impressionante que esse tipo de coisa ainda possa ser usada como chamariz, como se fosse algum comportamento desviante, errado ou transgressor:

É lógico que eu faço questão de promover esse tipo de coisa na minha coluna. Se esse espaço serve pra alguma coisa, é justamente para tentar aumentar a quantidade de prazer no mundo. Vídeo-games são satisfação hedonista, são busca de prazer e envolvimento sensorial. Até mesmo quando um jogo é ruim, como Rumble Roses, ele deve ser apreciado pelo que realmente interessa: MULHERES SE PEGANDO GOSTOSO

Isso aí é SÉQUIÇO, cara. SÉQUIÇO com um quê sadomasô. Luta no ringue seria umas das alternativas de esportes que constariam das Olimpíadas, quando eu for presidente do mundo:

Votem em mim.

SABRE DE LUZ no Wii, mano!

Nerd-O-Matic quinta-feira, 25 de setembro de 2008 – 8 comentários

Bom, como eu sempre digo, essa coluna não é espaço pra fazer review de jogo. Mas no caso de Star Wars: The Force Unleashed para o Wii, eu simplesmente TINHA que falar sobre o jogo já que citei ele tantas vezes anteriormente nesta mesma coluna, e a gente vem falando disso aqui desde o ano passado. Afinal, este é o jogo que pode apresentar uma forma de jogabilidade e imersão nunca antes alcançada em nenhum outro console, realizando a fantasia nerd de vários gamers fissurados em fazer UÓN com um lightsaber, ainda que seja apenas um wiimote. Este é o jogo que pode provar de uma vez por todas que o Wii é a plataforma mais DIVERTIDA disponível no mercado atualmente. Né?

Nem.

Star Wars: The Force Unleashed (Wii)

Infelizmente não foi dessa vez. O Leef já tinha dado a letra nos comentários da minha coluna anterior:

Porra Leef, resumiu perfeitamente o jogo. Eu não dei muita atenção pra notícia em primeira mão do cara porque, sabem como é, nossos leitores são todos motherfuckers e eu nunca deixaria um de vocês estragar minha diversão antecipadamente. Além do mais, eu ainda acreditava que isso:

podia virar realidade. Tsc. Jogadores hardcore podem ser muito ingênuos mesmo.

Mas eu tinha direito de acreditar, porra. Se tem um console que poderia realizar esse sonho, esse console é o Wii. Mas… sei lá… FALTOU alguma coisa, manjam? Faltou o feeling de estar realmente manejando um lightsaber, de se sentir um jedi. O cara que tava esperando o jogo, na fissura, esperava pegar o wiimote e se sentir assim:

Mas do jeito que o jogo foi implementado, o cara acaba assim:

Porra, isso vai contra o espírito de fantasia dos vídeo-games, cara. Eu quero ser colocado em outra realidade quando jogo meus jogos. Não quero ser lembrado a todo momento pelo jogo que eu sou só um retardado balançando um wiimote. Pqp, Guitar Hero vibrations.

Creio que o principal culpado por Force Unleashed ser um jogo meia-boca é a maldita falta de IMERSÃO no jogo. A imersão, essa qualidade que faz um jogo te envolver de forma tão profunda que você esquece do ambiente em volta e se concentra totalmente naquela atividade, incorporando o personagem do jogo e tornando-o uma extensão de si mesmo. É o que te faz parecer um imbecil jogando Guitar Hero, mas você não tá nem aí, porque tá curtindo o lance todo pra cacete.

Isso simplesmente não rola em Force Unleashed. Apesar de toda utilização de poderes, de jogar stormtroopers longe, de estrangular os caras com um gesto, de EXPLODIR com a FORÇA e jogar tudo pelos ares, apesar disso tudo, você nunca se empolga realmente com a experiência. E eu acho que isso poderia ser resolvido com um recurso muito simples: ter produzido o jogo todo como uma experiência em primeira pessoa. Vejam, isso funcionou bem no Metroid do Wii. Imersão total no mundo alienígena de Samus. DAVA PRA TER FEITO, Lucas Arts.

Metroid Prime. ERA SÓ COPIAR, caralho.

Além do mais, Star Wars já teve VÁRIOS jogos bons em primeira pessoa, desde Dark Forces de fucking 1995. Não era tão difícil supor que a gente preferia estar na pele de um jedi do que ficar vendo um jedi novo e esquisito na tela. Puta saco, meu.

ERA SÓ COPIAR, caralho!

Mas vou ser justo: o jogo não é ruim, de forma nenhuma. Admito que a Força foi bem implementada, ainda que você perca toda a empolgação depois de uma meia-hora de jogo. Dá uma olhada aí no gameplay do modo de duelo:

Tá vendo? Não é ruim. Só enche o saco. E se enche o saco no modo duelo, imagine na campanha do jogo. Simplesmente não existe variação suficiente pra transformar o jogo num beat em’ up razoável.

Force Unleashed poderia ter sido razoável, mas por mais duas razões, ele ficou manco. A primeira razão – uma praga que assola o Wii – é que o jogo é FEIO. Os caras tiveram preguiça mesmo de fazer um lance decente. Na semana passada eu tava jogando a versão do PSP e quase arrisco dizer que tá pau-a-pau com a do Wii. O que é um absurdo. De novo me vem à cabeça Metroid Prime, que apresenta gráficos maravilhosos, e foi um dos primeiros jogos do Wii. Ô preguiça de caprichar, hein Lucas Arts?

A segunda razão é a maldita câmera. Ela tá sempre correndo pra trás de você, pra te dar uma visão ampla do que tá à sua frente. E você não controla ela. O que acontece é que às vezes (o tempo todo, na verdade) você se vira rápido demais e a câmera demora pra se posicionar atrás de você novamente e te mostrar o que tá acontecendo. E aí você apanha. Apanha pra caralho. Você toma tiro e nem sabe de onde, é uma merda.

Cara, eu juro pra vocês que eu fiz um esforço sincero pra gostar desse jogo. Fazia quase um ano que eu tava na expectativa com ele. Eu tentei deixar de lado as questões de jogabilidade e feiúra mas, mesmo assim, não dá pra ignorar que ele simplesmente não diverte. Não o suficiente.

Estou tendo uma paciência do caralho com o Wii. Mas realmente não lembro do último jogo BOM MESMO que joguei nele. Acho que foi o No More Heroes, e isso foi em fevereiro. Fevereiro, cara. É muito tempo de intervalo entre os jogos decentes.

Porra Nintendo: não me foda com lightsaber mole.

A semana de um gamer ocupado [4]

Nerd-O-Matic quinta-feira, 18 de setembro de 2008 – 10 comentários

Exato. A coluna de hoje é mais um daqueles lances que eu faço pra vocês saberem o que eu ando jogando. A minha sorte é que vocês adoram isso. Além do mais, como já falei antes, sinto falta de fazer reviews, já que esse era meu trampo quando eu trabalhava com games.

Mas vamos lá, vamos ver o que estou jogando. Quem sabe vocês aprendem alguma coisa.

Romance of the Three Kingdoms XI (PC)

Então, cês já acompanharam a saga da minha dor na semana passada. Agora eu só queria atualizar vocês sobre em que pé a coisa tá.

Depois de quase atirar o lap pela janela, matar a mãe de quem fez a porra do jogo, descer pra pegar o lap e atirar DE NOVO pela janela, resolvi relaxar e dar uma pausa de dois dias no negócio. Quando finalmente voltei a jogar, o fiz com uma boa cerveja aberta, pra ficar com uma das mãos ocupadas e poder jogar mais devagar, mais refletidamente. Essa é a vantagem dos jogos de estratégia por turnos: cê pode parar, pensar e tomar uns goles entre as suas jogadas e as do computador.

Só pra dizer pra vocês: o jogo TEM jeito. Mas o caminho é aquele mesmo; apanha da AI, pára, pensa, refina a estratégia. Tenta de novo. Apanha mais um pouco, avança mais um pouco, repete até vomitar no teclado. E dá-lhe save e load no meio disso tudo.

Mas quando você consegue sacar qualé o padrão do jogo, as coisas ficam mais interessantes. Depois da frustração inicial você começa a admirar o trabalho dos desenvolvedores em criar um jogo tão detalhado e onde todas as ações que você toma estão interligadas e possuem consequências visíveis no seguimento da partida. Sinceramente, achei um alívio que ainda existam jogos de estratégia assim, onde a “estratégia” pra vencer não se resume a “faz o máximo de exércitos que der e toca pra cima do inimigo”.

Mas ó: parei de jogar. Esforço demais e diversão de menos. Agora só vou me flagelar de novo no XII.

Star Wars: The Force Unleashed (PSP)

Caralho, meu Playtation Portable andava bem encostado. Pra vocês terem uma idéia, eu tava jogando Metal Gear Ac!d 2 de novo, devido à entressafra de agosto. Só que pro PSP a entressafra continua. Depressão.

Mas enfim foram lançados em bando os esperadíssimos jogos Star Wars, para todas as plataformas imagináveis exceto ipods. Eu tô na seca pra ver o Force Unleashed do Wii, mas enquanto minha cópia não chega, resolvi dar uma conferida no do PSP.

O jogo é perfeitamente definido por uma palavra: meia-boca. Tudo é meia-boca, inclusive os poderes dos jedis. Veja, não é que eles sejam fraquinhos, eles só foram mal-implementados. Alguns poderes parecem poderosos (force push, onde você EXPLODE e repele tudo à sua volta), mas são uma merda quando você tá usando de verdade. Outros são legais pra caralho (telecinésia ou: PEGA NEGUINHO E JOGA LONGE), mas são dificeis de controlar, pelo menos no PSP. E ainda tem alguns completamente inúteis (force choke: aquele poder do Darth Vader de estrangular só mexendo a mão em sua direção), porque seu uso é demorado demais e te coloca à mercê dos inimigos. LAME.

Além disso, achei o jogo extremamente feio (a foto aí de cima não é da versão do PSP, fiquei com vergonha de colocar), principalmente depois de ver o que pode ser feito no PSP em jogos como God of War. VSF, God of War é um filme na telinha do portátil, de tão bonito e detalhado. Ô preguiça de fazer umas texturazinhas melhores, hein Lucas Arts?

Atualizo-os quando receber o do Wii, que deve realmente ser o filet mignon de todas as versões devido às funcionalidade do wiimote que vai virar um fucking lightsaber. YES! ATÉ QUE ENFIM.

Rock Band (PS2)

Eu não sei se vocês jogam Guitar Hero, mas quem joga sabe que tem uma coisa engraçada que acontece de vez em quando: tem dias que você acorda com uma vontade irresistível de pegar a guitarra e tocar Ace of Spades. Aí cê passa o dia na fissura, porque tá com preguiça de desencostar a guitarra e ligar ela no PS2. Mas de noite, finalmente, cê não resiste e liga a porcaria. Se fodeu.

Eu tô nessa com Rock Band. E eu realmente acho Rock Band um jogo tão melhor que Guitar Hero, que é fácil dar vontade de jogar. Gosto da seleção músical, gosto do estilo do jogo, gosto dos vídeos. É muito do caralho.

O problema desses jogos é que, mesmo quando você pega só pra tocar UMA música, você acaba tocando umas OITO, se tiver sorte. É muito foda de resistir ao impulso de tocar “só mais uma e já paro”. Cê fica rolando na lista de músicas disponíveis e pensando em qual você pode aumentar o score. Porra viciante do caralho.

Aliás, cês conhecem o Sammy, do Gamehall? Então, o cara CANTA em Rock Band, e provavelmente ele não tem viznhos pra se atrever a fazer isso, saca só:

Certeza que um cara desses só faz isso porque não tem vizinhos. Se eu fosse vizinho do infeliz, dava tiro. Vários tiros, pra garantir que o infeliz morreu. Isso é castigo, não é vizinho. Isso é praga de gafanhotos, não é vizinho.

Mas enfim, esse é o poder desse tipo de jogo: colocar você na situação de um completo imbecil que ACHA que faz parte de uma banda, e mesmo sabendo que você está fazendo papel de retardado, ainda assim você se diverte pra caralho. Eis a magia dos jogos, meus amigos.

Air Traffic Chaos (NDS)

Pra finalizar, um joguinho do DS. Eu tava de olho nesse jogo aí, devido à sua premissa absolutamente alcoólica: você assume o papel de um controlador de tráfego aéreo. Sério, em todos esses anos de jogador de vídeo-games eu nunca tive a oportunidade de me sentir um controlador de tráfego aéreo. Esse é o tipo de merda que o Nintendo DS te dá a oportunidade de fazer.

O jogo é curto e até simples demais, de certa forma. Mas eu não consigo deixar de me admirar e me sentir quente por dentro com o que os desenvolvedores conseguem fazer no DS. É definitivamente uma plataforma que estimula o lançamento de jogos extremamente criativos.

A jogabilidade simples do início do jogo rapidamente se torna um lance completamente esquizofrênico, quando você começa a ter que decidir quais vôos vão pousar ou decolar em que ordem. Parece uma premissa boba, mas requer um bocado de planejamento prévio e manejo de situações de emeregência. Vale a pena dar uma conferida em Air Traffic Chaos, só pra ver como é possível gerar jogos completamente novos nesse mercado saturado por bobagens caça-níquel como Star Wars, que apresentei aí em cima.

É isso, motherfuckers. Espero que você estejam jogando tanto quanto eu. A vida não vale a pena sem vídeo-games e cerveja. Bebam mais, joguem mais. Porque vocês bebem e jogam pouco que eu sei. Bichas.

O mal encarnado em um jogo

Nerd-O-Matic quinta-feira, 11 de setembro de 2008 – 25 comentários

Alguma vez você já se perguntou se é do tipo de jogador que gosta de sofrer?

Se nunca se perguntou, acabei de perguntar por você. E se você não sabe a resposta, eu respondo:

SIM, você gosta de sofrer.

Pra começar, você lê essa coluna toda semana, onde invariavelmente você é xingado e ofendido por mim. Sério, eu xingo os leitores semanalmente; pode conferir nos arquivos da Nerd-o-matic. Além do mais, meus textos sempre são obtusos, difíceis e voltados para um público muito específico de hardcore gamers. E, pra piorar, você freqüenta um site com layout feito pelo Théo.

Sim, você gosta de sofrer.

Mas o que interessa mesmo é que eu também descobri que sou um jogador que gosta de sofrer. E como você gosta de sofrer, então está preparado para o jogo que vou discutir hoje. Graças à Romance of the Three Kingdoms XI, eu fiz as pazes com o meu masoquismo:

Contemple a face de Baphomet

Cê leu direito o nome do jogo? Já tá na seqüência número ÔNZIMA, cara. Onze jogos de puro sadismo dos programadores e uma relação com o jogo baseada em frustração e várias momentos YOU LOSE. Eu sempre me defini como um jogador hardcore, com um grande histórico de jogos jogados, nos mais diferentes consoles. No que toca aos jogos de estratégia, então, sempre achei que eu possuía uma boa habilidade, refinada ao longo de centenas de horas com Civilization, Age of Empires, Starcraft, Warcraft, Command and Conquer e Warhammer. Mas depois de passar algumas horas com o Romance XI eu me recolho à minha insignificância novamente, e percebo que ainda existem jogos que podem fazer eu me sentir como vocês: NOOB.

Clique o mouse para começar… O SEU MARTÍRIO NA TERRA!

Pra começar, eu consegui perder NO TUTORIAL desse jogo. E não foi tipo “ah, não saquei qual era o comando, errei o lance lá e fui derrotado no cenário. Na próxima eu acerto.” Não, eu perdi várias vezes seguidas na porra do tutorial. Alguns momentos eram tão tensos que eu berrava pra tela do lap “Caralho, jogo do CARALHO! COMO eu vou aprender a jogar se você fica derrotando meus exércitos toda hora, seu PUTO?!” Porra, eu nunca vi um tutorial tão inclemente como o desse jogo. Precisava de um tutorial pra aprender a jogar o tutorial.

E percebam: não é que o tutorial seja ruim, ele até ensina tudo direito. É que a porra do jogo é complicada mesmo, com um monte de detalhes pra prestar atenção. Existe um termo em inglês para o que você precisa fazer no jogo: micro-managing.

Encare menus sobrepondo-se uns aos outros para executar tarefas simples como… fazer um exército de arqueiros.

“Micro-manage” significa você vai precisar gerenciar e tomar conta de absolutamente TUDO na sua cidade e nos seus exércitos. Como o jogo é ambientado na China Imperial, você decide até mesmo com quem os oficiais dos seus exércitos vão casar, porque isso tem implicações políticas que mudam as habilidades do seu oficial e as relações do seu clã com os outros clãs do cenário. É uma puta coisa lôca o nível de profundidade desse jogo. Faz uma semana que eu estou jogando e eu ainda estou descobrindo menus e tabelinhas novas ao clicar em coisas que eu não tinha clicado antes.

Podia ser pior. Olha a cara do primeiro Romance, ainda no Nintendo 8 bits

Mas tudo bem, consegui concluir o Tutorial o que, acreditem ou não, foi uma vitória em si. O jogo sabe que o Tutorial é um saco, porque ele te premia com oficiais novos depois que você consegue terminar todas as fases do Tutorial. Aí fui jogar o jogo de verdade e só me fodi. SÓ ME FODI. Eu não consigo terminar o cacete do primeiro cenário do jogo. Eu mal consigo evitar ser detonado pelos meus vizinhos mais próximos que, segundo o jogo, NEM SÃO MEUS INIMIGOS. Dá pra acreditar?

Nego te ferra de tudo quanto é lado aqui. E dá-lhe menu.

Acompanhem minha cadeia de raciocínio gamer e, por favor, me digam onde eu estou errando:

Estou eu lá, cuidando da minha cidade imperial, desenvolvendo estruturas básicas nos arredores da cidade pra gerar grana e comida, como se faz em qualquer RTS, certo? Bom, do nada os caras que ficam em volta da minha cidade vêm, invadem minha terra, queimam minhas fazendas e começam a atacar minha cidade. Perdi:

– beleza, vou começar de novo e investir em mais exércitos desde o início dessa vez.

Aí eu, assobiando e cantando, vou lá e gerencio melhor os meus recursos dessa vez, criando exércitos pra defesa da cidade, com um bando de arqueiros, enquanto vou fazendo o desenvolvimentos daquelas estruturas básicas que mal pagam o exército e tals. Aí os putos vêm com o DOBRO de exércitos, detonam meus arqueiros e tomam a cidade. Perdi:

– BELEZA. Vou criar estruturas de defesa dessa vez, além dos exércitos.

Aí eu vendo comida pra ter mais dinheiro, deixo as estruturas meio de lado, despacho uns oficiais pra ganhar tempo com o inimigo e consigo construir três torres de arqueiros e cinco estruturas de contenção, pra impedir a chegada dos inimigos até a cidade. Dessa vez os calhordas vêm com aquelas paradas de atacar muros, e com MAIS exércitos. Detonam TUDO, tacam fogo nos meus cavaleiros, enrabam os arqueiros, tomam a cidade e ainda têm a moral de destruir o exército de OUTRO clã inimigo que tava invadindo meu terreno pelo outro lado. Perdi:

– Susse. Dessa vez vou ser mais agressivo; ao invés de me concentrar em defender, vou invadir outra cidade pra aumentar minha estrutura.

Aí vou lá, faço exércitos, tomo a outra cidade. Mas como pra fazer isso eu dividi minhas forças, agora os putos vão atacar a cidade que tá mais fraca. Perco a cidade recém adquirida, eles incorporam meus oficiais derrotados e usam as forças remanescentes pra atacar minha cidade principal. Perco mais rápido ainda do que nas outras vezes. Perdi:

– CARALHOVSFJOGOFDPCHERAMEUOVOESQUERDOVOUMATAR

Faço alianças, vendo comida pra financiar a guerra, descolo mais oficiais pra conseguir tomar mais ações por turno. Desenvolvo exércitos especializados para contra-atacar unidades específicas do inimigo. Cerco a cidade com torres arqueiras. Posiciono fazendas e mercados atrás da cidade, pra evitar a invasão delas pelos vizinhos. Faço dois ataques preemptivos na cidade do vizinho mais próximo, pra minar suas forças e desestimular o ataque. Espalho bolas de fogo nas entradas principais do terreno, pra minar exércitos que porventura entrem no meu território.

Aí meus aliados me traem, dois oficiais debandam e um grupo de saqueadores randômicos aparece na parte DE TRÁS da cidade e queima minhas fazendas e minhas barracks, me impedindo de recrutar mais exércitos. Um dos aliados que me traíram aproveita que eu perdi um monte de soldados combatendo os saqueadores, e toma minha cidade. Perdi:

– Satanás existe, e ele é um jogo de estratégia.

Sério, meu: esse jogo é DO MAL. De alguma forma ele LÊ SUA MENTE e prepara todos os outros clãs desde o primeiro turno pra foder sua estratégia, seja qual for. Estou supondo que a única maneira de ganhar é vendendo um pedaço da sua alma. E isso eu não vou fazer, porque eu já vendi minha alma inteira pra conseguir terminar Devil May Cry 3.

Enfim, se você gosta de sofrer, taí uma ótima recomendação. Depois que você vender sua alma, me diga qual foi a estratégia pra passar da primeira fase, ok? Agora vou jogar Viva Piñata.

Jogo burro é o que há, principalmente depois de se jogar contra SATÃ

Processo criativo e Nostalgia pt. 2

Nerd-O-Matic quinta-feira, 04 de setembro de 2008 – 6 comentários

Ok, vamos lá. Na semana passada eu tava puto com esses jogos que pegam carona na onda de “jogos das antigas”, oferecendo um produto extremamente meia-boca que não aproveita a capacidade do seu console e ainda é lançado com preço de jogo novo. Aí eu falei das pessoas nostálgicas, que provavelmente são os maiores culpados por isso continuar acontecendo. Aliás, eu já escrevi uma série inteira sobre isso, mas vocês demoram pra entender as coisas e tals.

Como eu ia dizendo, não existe problema nenhum em você ter saudades do passado. Eu, por exemplo, gostava muito de brincar de churrasqueiro com as minhas priminhas quando era pequeno; afinal, minha lingüiça fazia sucesso com o publico feminino desde a mais tenra idade. Inclusive, isso deve explicar porque eu gosto tanto de churrasco hoje em dia. Mas isso não significa que eu vá me prender ao passado e continuar só oferecendo sempre lingüiça pra todas as mulheres que aparecem na minha frente. Não. Hoje em dia, além da lingüiça eu ofereço picanha, e ganho em troca MUITA chuleta e MUITA maminha. A gente cresce, e o passado não pode passar de uma lembrança agradável. O tempo não volta, porra.

Difícil é explicar isso pra esses gamers saudosistas.

Aqui seu corno: TUDO BEM você gostar dos jogos antigos. Vai lá, baixa uma merda dum emulador e se acabe de jogar a biblioteca do Super Nintendo. Eu mesmo faço isso de vez em quando. Inclusive, eu gosto tanto de alguns jogos antigos que mantenho sempre o Vagrant Story no meu PSP. Aquilo foi um PUTA jogo do Playstation. E nem preciso falar da minha paixão por Final Fantasy Tactics e tals.

Vagrant Story: CRÁSSICO INSTANTÂNEO. E ninguém conhece.

Mas, porra, mesmo eu adorando Final Fantasy Tactics, eu só me empolguei mesmo com o relançamento dele pro PSP porque eu sabia que o jogo teria uma nova tradução, mais classes de personagens, uma trilha sonora melhorada e um monte de novas cenas primorosas em FMV. Virou quase outro jogo. E as adições tiraram proveito das capacidades do PSP, transformando o relançamento em algo digno de se pagar full price. É praticamente um jogo novo mesmo.

Paga-pau forever

Outro ótimo exemplo é o recente remake de Final Fantasy 4 para o Nintendo DS: eles simplesmente refizeram o jogo INTEIRO em 3D, com adição de vozes e trilha melhorada, também. Essa é a maneira certa de você lembrar do passado, atualizando as coisas que foram boas e adequando-as aos tempos atuais. Final Fantasy 4 é o exemplo típico de uma coisa que era muito boa e que pôde ser melhorada, com a utilização correta da capacidade dos consoles contemporâneos. Vai se foder, é por isso que eu pago pau pra Square. Compara aí as duas versões, pra ver como ficou legal em 3D:

A versão do NDS é a das fotos da esquerda, noob. E olha que o Nintendo DS nem é tão mais poderoso assim do que o Super Nes. É só questão de vontade dos desenvolvedores mesmo.

Agora, me emputece ver uma bosta como esse N+ sendo lançado aí e ganhando altos scores. Meu, vsf, desde que lançaram essa merda, já alcançou uma nota média de 8,2 na média de 12 sites diferentes. Como pode? Sério, olha pra isso:

Merda

Isso é uma MERDA, véi. Isso é uma afronta a todos os desenvolvimentos tecnológicos nos games. Isso é um caça-níquel motherfucker, isso é qualquer coisa, mas me recuso a chamar isso de “jogo”.

Enquanto ficam aí pagando pau pra essa bosta, jogos bons do NDS passam BATIDAÇOS, totalmente fora do radar gamer. Por exemplo, alguém aí ouviu falar de Touch Mechanic? Nem sabe o que é, né não? Vê um vídeo aí:

Então, olhai: é basicamente um Trauma Center, (jogo revolucionário, todo mundo conhece) só que com o tema de conserto e tuning de carros. Tu vai lá com a stylus e fica trocando pneu, mudando spoiler, pintando o carro, trocando filtro de ar, e tudo que cê tinha vontade de fazer no Gran Turismo mas não dava. E com a mesma interface e feeling do Trauma Center.

RULES.

Cara, isso que é uma porra dum jogo que merece pagação de pau. Isso que é inovação e aproveitamento das capacidades do NDS. É justamente esse tipo de coisa que a gente precisa ver mais: jogos contemporâneos que criam novas formas de jogar e permitem que a gente faça coisas nos games que nunca fizemos antes. Taí um exemplo coerente de jogo full price que deveria estar disponível pro maior público possível.

Mas, é claro, a porra do jogo só saiu na europa. E só em francês.

Vaisifudê todo mundo, meu. Vocês acabam comigo.

Processo criativo e Nostalgia pt. 1

Nerd-O-Matic quinta-feira, 28 de agosto de 2008 – 10 comentários

Aê, seu bando de motherfuckers, já faz mais de um ano que eu escrevo semanalmente sobre games aqui, e pessoas param o théo na rua pra perguntar:

– MELLDELLS THÉO! De onde DIABOS o Atillah tira tantas idéias mirabolantes para virar tema de coluna, sem nunca ter furado uma semaninha que fosse?

Ao que o théo sempre responde:

– Ah véi… o cara é foda pra caralho mesmo. Melhor que os textos do huno, só salame.

Bom théo, até que você tá certo, mas acho que quando as pessoas perguntam isso, na verdade elas querem saber sobre o processo específico de criação de uma coluna minha. E vocês sabem como isso acontece toda semana?

Eu tomo DOGRAS.

Sério. Alucinógenos pesados. Aliás, quase todo mundo aqui no AOE faz isso. Como vocês acham que surgem colunas como essa?

O processo é simples: CHAPA PRA CARALHO com algum lance como cogumelos, benflogin, chá de fita ou… cogumelos. Aí cê sai correndo na contramão pela rua até um elefante roxo passar voando na contramão junto com você. Você puxa a 12 cano serrado, atira, abre um puta buraco na lateral do elefante, e de dentro sai a Angelina Jolie vestida de Mulher-Maravilha, que me entrega um pedaço de pudim com um papelzinho dentro, tipo aqueles pasteizinhos chineses. No papel tá escrito o tema da coluna.

Tá, nem é assim que acontece. Mas, ORRA VÉI, se fosse assim eu escrevia TODAS as colunas desse site.

Ok, na coluna de hoje (e na próxima) vamos falar de games nostálgicos e pessoas nostálgicas que devem morrer, com um bônus especial onde eu digo por que elas devem morrer, embora quase não precise de justificativa. Sabendo o tema dessa coluna, vamos agora analisar o processo de criação dela, a fim de finalmente satisfazer a curiosidade de vocês sobre como as coisas são feitas por aqui.

Então, se vocês acompanham minimamente o mercado gamístico, vocês sabem que nós estamos numa entressafra nervosa de jogos. Normalmente é assim mesmo no mês de agosto, porque os distribuidores de jogos são tudo uns putos e seguem tendência de consumo do mercado. O que os putos não sabem é que se eles lançassem jogos BONS, as pessoas comprariam mesmo que o Natal fosse em 31 de fevereiro.

Passei o mês de agosto inteiro meio que esperando alguma coisa pros meus consoles. Nada de decente saiu este mês, foi foda. Aí apareceu esse joguim aqui, para o qual foi gerado um hype considerável nos últimos dois meses:

N+ é um game de plataforma que está alcançando notas altas nas reviews de vários sites por aí; inclusive alguns que eu respeito, como Destructoid.

Olha, vou te falar, o jogo é legal sim: tem uma movimentação fluida, objetivos simples, cenários despojados e um nível de diversão alto… PARA A FUCKING DÉCADA DE 80, PORRA. Qualé a desses putos de ficar lançando esse tipo de merda em full price? Um jogo que foi derivado de um jogo em flash, cacete. Esse tipo de coisa devia estar disponível como download GRATUITO pra qualquer um que tem o SACO pra ficar esperando a porra da boa-vontade das distribuidoras de lançar seus jogos malditos.

Não é que o jogo seja ruim, vejam bem. Ele só é… velho pra diabo. Eu curto jogos de plataforma, eu sou fã de Castlevania, cara. Mas pelo menos em Castlevania você vê algumas modificações do sistema de jogo a cada lançamento. Sem falar que a Konami sempre investe pesado nos visual e no áudio do jogo. Por mais que a série esteja caducando, ela ainda é uma das melhores opções para o hardcore gamer que ficou preso nos jogos da década de 80 e 90. Agora compara Castlevania:

E essa porra de N+

Só podem estar curtindo com a minha cara. É como eu já disse antes: só o gráfico não faz o jogo. Mas, puta merda, custava se esforçar um pouco mais? Se foder. E ainda ficam pagando pau pra esse tipo de coisa. Na minha opinião isso só serve para estimular os desenvolvedores a fazer uma graninha rápida, pegando um jogo que fez sucesso em flash e fazendo um port vagabundo para os consoles. Aliás, cês já perceberam que isso é uma tendência né? O Wii e o X360 estão sendo inundados com ports de jogos de internet. Só que pelo menos a maioria deles é baixável via serviços online, a um preço reduzido. E não uma porra dum lançamento hypado full price.

Ok, depois dessa reação piratesca ao lançamento de N+ (o que faço com muito gosto, pois ajuda a construir o caráter de vocês), voltemos ao nosso tema inicial: o processo de criação desta coluna.

Aí tava eu lá jogando N+, gostando do jogo mas ao mesmo tempo meio puto, e pensando porque caralhos ele tinha alcançado notas tão altas em algumas reviews. Só existem duas opções: ou os caras que fazem as reviews ganharam um lapdance das estagiárias envolvidas no lançamento do N+, ou são só um bando de putos nostálgicos, que ficam babando e molhando as calcinhas com qualquer jogo que remete à “saudosa” época do Atari e Nintendo 8 bits.

Daí lembrei de uma coluna do Kid, e tive certeza que é a segunda opção. E assim, presto!, surgiu o tema dessa coluna. Respondida essa questão, vamos nos dedicar agora a examinar os nostálgicos e sua relação com os games. Quer dizer, vamos fazer isso na semana que vem, pra deixar vocês na expectativa e, quem sabe, terem a chance de jogar o N+ ou qualquer outra merda oldschool antes de ler o resto desse texto.

Essa merda só começa quando eu disser

Games sexta-feira, 15 de agosto de 2008 – 28 comentários

Tá todo mundo escrevendo sobre como foram descabaçados pelo AOE. Cês já leram o mimimi nostálgico da Bel, Santhyago, Mr. Moura, Pizurk, Capitão Piratão e Black. Chegou a minha vez.

Mas como eu não sou homem de perhaps, e nem de ficar conjugando verbos no passado, resolvi trazer com exclusividade pra vocês uma reconstituição de como foi exatamente o período de minha ENTRADA nesse glorioso site que ocupa as telas dos seus computadores neste momento, e que só faz crescer em ritmo vertiginoso, quebrando servidores e hospedagens há mais de um ano seguido. Pessoas ficam curiosas, por exemplo, pra saber como eu conheci o théo:

Cena: Tudo começa num dia modorrento de verão, quando théo está na frente do computador, sentado num tripé manco que o fazia ficar inquieto o tempo todo. Atillah aparece DO NADA, silencioso como o ceifador e Wando-style matador de aluguel:

– DAEW MLK, BLZ? Que PORRA feia toda preta, vermelha e amarela é essa aí no teu computador?

(théo responde empolgadão, sem tirar os olhos da tela, chorar, olhar pra trás, e nem se arrepender do que faz)

CARÁI véi, esse é o meu mais novo blo… SITE, que tô botando no ar nesse exato momento, mas tô tendo uns probleminhas com a hospedag… péra: quem é você, mesmo? E espero que isso cutucando minhas costas seja só um salame tamanho extra. Falando nisso, você gosta de gordinhas?

Opa, lógico. Quem não gosta? Mas estou vendo que você gosta de salame. Isso não é meio contraditório?

– Claro que é, véi. Eu sou polêmico pra cacete. Mas isso aí não é nada, cê devia me ver falando sobre vegetarianos ou bandas de rock. Eu polemizo qualquer coisa, é só tu apontar aí.

– Ah é? E alguém cai nessa?

– DIRETO, véi. Por exemplo: que merda verde é essa que cê tá tomando aí?

– É o segredo do meu sucesso, mas você pode chamar de mojito. Experimenta aí, cara, sua vida vai melhorar.

(théo engasga devido ao teor alcoólico e cospe metade antes de engolir, mas não antes de ficar bêbado)

– Véééi… que porra maish AGUADA do cacethi. Isso é o quê… água de valeta com chá de hortelã? Já tomei suco de pacote mais forte que icho aí, porra. Até o santhyago é maish forte que eche teu suco aí. Cê é bicha e tua mãe tá na zona. Vô dormir.

– FRACOÉOTEUCUMOJITOÉAMELHORCOISADOMUNDOSEUFDPDOCARAL

– …viu como você caiu?

– Ololco, é mesmo. Cê é doente, cara. Gostei. É isso que cê faz nesse blog horrível aí?

– É SITE, fdp. E basicamente é isso aí. Eu curto irritar as pessoas.

– Ololco, eu também.

– Tô percebendo. Aliás, cê vai embora duma vez ou vou ter que te mostrar meu punhal?

– Tá bem afiado? Tem carvão? Eu trouxe uma picanha aqui, a gente pode fazer um churrasco. Ou cê prefere assar um vegetariano emo?

– “Vegetariano emo” é redundância, véi. Trouxe lingüiça?

– OLOLCO!

Basicamente foi assim que eu conheci o théo. Como todos vocês sabem ele é um merda e tals. Mas pelo menos curte churrasco e gordinhas, o que me permite continuar conversando com ele uma vez a cada três meses e no aniversário do AOE:

– Créu.

– Créu Créu Créu.

– Mulher melancia é muito gostosa, véi.

– Podecrê.

– Se foder.

– Se foder.

Além de amenidades, também costumamos discutir o planejamento do AOE e os rigorosos critérios de contratação dos colaboradores:

– ESCREVE MAIS AÍ FDP! Eu que faço as notícias do site SOZINHO, caralho! Cê só escreve sobre games e mulher, ESCREVE MAIS PORRA!

– Preguiça, cara. Contrata um estagiário pra fazer isso aí.

– Orra, boa idéia.

– Mas contrata um menos viado, dessa vez. Senão a Bel vai ter que ensinar mais um a virar homem. E esses caras me irritam com essas notícias do Lenny Kravitz e do B 52’s

– Fui quem fiz as notícias do B 52’s, FDP.

– Orra, cê devia falar mais com a Bel. Aliás, sabia que ela tá na minha?

– Claro, só cego não vê.

Com o tempo, a gente vai conhecendo melhor as pessoas, e assuntos particulares também acabam vindo à tona:

– Caralho, véi. Que vontade de demitir alguém.

– Mas PQ? Tá todo mundo fazendo sua parte direitinho no site.

– Tá nada cara. Eu falo, falo, falo e ninguém adivinha o que eu tô pensando nunca, porra! Cês são tudo uns PUTOS que não sabem ler pensamentos!

– Cê bebeu de novo?

– MEIA LONG-NECK INTEIRA! Eu fico agressivo quando tô bêbado, eu sei. Aliás, cê já ouviu falar em chow-chows?

– É de comer?

– Não sei, mas eles têm a língua azul.

– Ololco. Aposto que um dia você vai ser zoado por causa disso.

– Mais zoado do que você com o lance da lingüiça?

– Não apela.

E é isso aí. Que venha mais um ano de zoações, e que o próximo churrasco de aniversário seja em ANGRA DOS REIS. O théo já tá economizando pra pagar. E cês já sabem: churrasco? Eu entro com a lingüiça.

Jogos de Corrida no Playstation 2

Nerd-O-Matic quinta-feira, 14 de agosto de 2008 – 18 comentários

Vocês sabem, como todo gamer relativamente normal, eu tenho fases. Nas últimas duas semanas estamos passando por uma entressafra de lançamentos interessantes, o que afeta o meu ânimo para ligar o Wii, o PSP ou o DS. É lógico que eu tenho uma caralhada de jogos na manga, para esses momentos de escassez; mas gosto de aproveitar estas oportunidades que surgem durante o ano para voltar ao bom e velho Playstation 2.

Como eu já disse em outras oportunidades, o PS2 ainda é um vídeo-game pau-pra-toda-obra em pleno ano de 2008, devido à sua enorme biblioteca de jogos consistentes lançados ao longo de sua longa vida (quase 10 anos já, porra). Até mesmo eu me deparo de vez em quando com jogos que eu deixei passar na época de seu lançamento original, e acabo me divertindo montes com jogos de anos atrás.

É o que vem acontecendo nas duas últimas semanas com os jogos de corrida do PS2, e especificamente Midnight Club 3, puta jogo de corrida do PS2 que eu só fui jogar agora.

Não que eu não tenha visto o desenvolvimento de toda a série Midnight Club: jogos da Rockstar sempre ocuparam um lugar especial no meu coração gamer. E eu curto pra cacete jogos de corrida. Mas é que na época eu simplesmente deveria estar ocupado demais com Gran Turismo 4 ou Burnout 3, paixões a que volto com freqüência, inclusive.

Gran Turismo 4

Gran Turismo continua sendo o melhor jogo de corrida do tipo simulador, na minha opinião. Pra quem gosta pelo menos um pouco de carros, ele é praticamente um jogo só de fan-service. Poder modificar até mesmo a sensível relação entre as marchas do seu carro, pra poder ganhar 2 ou 3 kilômetros a mais na velocidade máxima final é realmente um recurso voltado para os jogadores mais obsessivos.

Gran Turismo também quebrou o domínio dos jogos do tipo arcade, que são legais, mas que tendem a realmente encher o saco depois de um tempo. E olha que na época do primeiro Gran Turismo, ainda no Playstation 1, eu era fissurado em jogar Cruisin’ nos arcades.

A introdução da jogabilidade rigorosa em forma de simulação causou grande estranheza inicial ao bando de jogadores noobs que nós éramos, devido à dificuldade FIADAPUTA que era pra fazer aqueles carros fazerem a PORRA da curva. Até hoje lembro da frustração que foi começar a jogar Gran Turismo, e completas os testes das malditas carteiras que você tinha que tirar.

Porém, depois de um pouco de treino no tipo novo de jogo que nos era apresentado, se torna uma paixão. Esperemos que a franquia continue sua glória de forma adequada no PS3. O prognóstico é bom, mas tá demorando pra cacete pra mostrarem um jogo full da série:

Mas não tenho dúvidas de que a transição será feita de forma adequada em algum momento. A franquia é simplesmente boa demais pra ficar no limbo gamístico. Passemos agora a Burnout.

Burnout 3: Takedown

Burnout já é um departamento completamente diferente, trazendo uma jogabilidade totalmente constrastante à simulação, e extrapolando os quesitos de velocidade e showtime que nos eram proporcionados nos arcades disponíveis até então. A única simulação que cê vai achar em Burnout é a simulação de INSANIDADE. Tem momento que tudo vai tão rápido, e o cenário vira um borrão tão indistinto, que você nem sabe como conseguiu passar uma volta completa sem bater. Aliás, o jogo te premia por conseguir fazer isso. Insano.

Burnout ainda é o top pra mim, em termos de diversão num jogo puro de corrida. A série vai muito bem, obrigado, chutando bundas na geração atual com Burnout Paradise, que eu já vi sendo jogado e é simplesmente do caralho:

Honrando o nome da franquia e tals. E agora Midnight Club.

Midnight Club 3: DUB Edition REMIX

O bom do Midnight Club é que ele se situa numa jogabilidade entre Gran Turismo e Burnout. As corridas são rápidas e alucinadas em vários momentos, com um feeling totalmente arcade. Mas a diferença de outros jogos é que existe ali um nível de simulação e respeito com a cultura tuning que me agrada demais.

Eu também achei Midnight Club bastante superior aos jogos da franquia Need for Speed, com os quais eu nunca fui muito com a cara. Sei lá, “Velozes e Furiosos” demais pro meu gosto. Midnight Club tem uma vibe mais séria, menos cartunesca. Rola um lance mais concentrado nas corridas, e o jogo nem tenta contar uma história, porque sabe que isso seria besteira. É meio uma questão de respeito com o gamer que só quer correr a toda, e não tem que ficar lidando com historinha inútil que não melhora em nada a experiência do jogo como um todo.

E a franquia continua apontando bons jogos, como Midnight Club Los Angeles, na geração atual:

Enfim, acho que os jogos de corrida tão bem cuidados, e é tranqüilizador ver que pelo menos um gênero vai continuar gerando jogos extremamente divertidos e bem-acabados. Enquanto não consigo vender minha mãe pra comprar o X360, vou aí comemorando com as versões PS2 desses jogos mesmo. E se você deixou passar algum deles, tá perdendo tempo noob.

confira

quem?

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