É isso aí motherfuckers, semana de troca de colunas no AOE. Como o Théo é FDP, ele me passou logo a coluna com que eu tenho MENOS intimidade de todas: a coluna de séries do Sr. Paulo. E eu tenho que escrever essa merda bem na segunda-feira da ressaca pós-Aniversário-AOE-Bomba. Se foder.
Mas ok, felizmente eu tenho uma série que já foi abordada várias vezes aqui e sobre a qual tenho algumas considerações a fazer:
HOUSE M.D.
Quase tão bom quanto sake gelado com sal
House é certamente a melhor série disponível atualmente. Eu sei que essa parece uma afirmação polêmica pra vocês, mas isso é só porque vocês têm mau gosto pra tudo:
“Mimimi, mas Lost é melhor do que sake gelado com sal.”
Tá vai, Lost é genial: consegue ser interessante temporada após temporada, e estabeleceu uma nova forma de narrativa pra um seriado. Mas nemfudeno que é melhor que sake gelado com sal. E ainda por cima, vocês têm que concordar comigo que não existe forma coerente de eles terminarem Lost algum dia, depois de tantos ganchos e pontas soltas que ficaram depois das quatro temporadas. Lost virou uma questão de fé: você ignora as incoerências do roteiro e vai tentando se divertir na medida do possível.
Isso já é uma grande diferença em House, onde as temporadas são extremamente bem-amarradas e crescem em nível de complexidade e coerência. Você não vai perdendo a fé em House a cada episódio, você só consegue admirar a fineza e elegância da narrativa, que conseguem até mesmo colocar a Dra. Cuddy fazendo um strip-tease sem que isso fique vulgar ou injustificável. Aliás, fazerem um episódio inteiro na mente do House foi umas das melhores viagens que eu já assisti, comparável ali talvez apenas à “Quero Ser John Malkovich”. Nah, foi MELHOR do que “Quero Ser John Malkovich”. Pena que não botaram a Dra. Cameron na orgia.
Na real, eu preferia ter visto ela de calcinha
Outra coisa absolutamente espetacular em House, e que torna a série bastante superior a qualquer outra em exibição é que cada episódio possui dois níveis distintos de compreensão. Os roteiristas têm a manha de conseguir fazer com que cada episódio realmente seja uma unidade autônoma, contendo alto nível de diversão independentemente de você acompanhar ou não todos os episódios. Por motivos fora do meu controle, perdi a terceira temporada inteira da série, a acabei assistindo só depois de terminar a quarta temporada, que eu consegui acompanhar na boa, sem aquele stress de não saber o que tinha acontecido anteriormente.
Porém, para quem realmente acompanha episódio-a-episódio, aí está o filet mignon de House: poder descobrir aos poucos as sutiliezas dos relacionamentos entre os personagens, como a questão sexual pendente entre House e Cameron (desde a primeira temporada), ou ver como o Dr. Foreman acabou se tornando um House em miniatura e agora está inapelavelmente ligado ao House que tanto odeia. Eu quase perdi a fé quando a equipe original (Cameron, Foreman e Chase) foi dissolvida, mas isso acabou se mostrando uma tacada genial, já que a competição entre os novos pretendentes ao cargo desembocou na melhor temporada de todas. Mais de UMA DEZENA de novos personagens entraram, cada um com uma profundidade e dimensão que são quase impossíveis em episódios semanais de uma hora. E ainda conseguiram uma nova gostosa pra competir com a Cameron
Os caras tão apelando
E, finalmente, o mais embasbacante mesmo é acompanhar os roteiros dos episódios. Se você notar bem, todo episódio é absolutamente igual: um personagem quase vai pra fita com sintomas esquisitos e o House e equipe assumem pra descobrir o que tá rolando. Mas dentro dessa premissa clichê, surgem os episódios mais absurdamente bem-bolados em qualquer série médica. House tornou séries como E.R. absolutamente irrelevantes. Trazer a cada semana uma doença como personagem principal é um desafio grande demais pra qualquer outra série conseguir imitar.
Não sei se já deu pra perceber que eu pago pau pra House.
Independente da minha opinião, é um fato que a série revolucionou a maneira de fazer dramas médicos, e ao incorporar como personagem principal um comediante de mão cheia como Hugh Laurie. O cara vai morrer como Dr. House, lógico, mas quem é um pouco mais velho como eu, certeza que lembra de outra época espetacular de Dr. House:
Esses dois combinavam mais do que sake gelado e sal
A Bit of Fry and Laurie era o fino do humor britânico. E vocês podem ter certeza de que toda a acidez, ironia, sarcasmo e o timing perfeitos do Dr. House de hoje se devem aos anos que ele passou com o Sr. Stephen Fry ali em cima.
Continuemos então com nossa discussão absolutamente irrelevante sobre Guitar Hero e adjacências. Lembro a todos que nesta semana também fomos agraciados com a opinião do théo sobre o assunto, que se tornou automaticamente o Guitar Noob por excelência do site, vejam só: além de não jogar Guitar Hero, ainda por cima gasta todo seu tempo disponível xingando o jogo e os jogadores, ao invés de gastar esse mesmo tempo aprendendo a tocar guitarra de verdade e pegando mulher. Isso definitivamente é pior do que tocar guitarra de prástico na sala de sua casa. Mas chega de falar do théo e vamos falar dos meus dedos.
Voltando aos dedos, especificamente ao dedo mínimo, queria falar então dessa grande descoberta que foi dar uma utilidade a mais um dos meus dedos. Quem sabe um dia sai algum jogo onde eu FINALMENTE consiga dar alguma utilidade aos dedos dos pés. Pensando bem, melhor não dar idéia, pois se seguirem a onda Cooking Mama de jogos gays, deve sair logo um Pedicure Simulator, o que não é exatamente o que eu estava pensando. Gays.
Mas é bom falar dos dedos, porque isso me traz á lembrança um outro fato essencial sobre esse jogo joinha do qual venho falando: se você só joga Guitar Hero no joystick você não sabe o que é jogar Guitar Hero. Serião. O único motivo real pelo qual passei esses anos todos sem jogar foi porque eu não me animava a comprar a guitarra. Mas num belo dia de sol (que depois se tornou chuvoso, porque eu moro em curitiba) eu tomei a decisão de compra ao ver uma guitarra genérica decente á venda (e não aquela bosta da Leadership). Ajudou bastante o fato dela estar em promoção, ser wireless e, além disso, a loja tinha uma menina nova atendendo. Pensei que era um bom negócio, já que eu nunca tinha jogado nenhum dos jogos, por me recusar a jogar no joystick, o que me deixou com todos os cinco Guitar Hero ainda por serem jogados. Hooray.
Mas então, como eu ia dizendo, não jogue no joystick, porque é palha.
O lance da guitarra é que te permite ficar de pé na frente da televisão, movimentar os dedos como se estivesse segurando as notas nas cordas e dar palhetadas imaginárias que fazem você se sentir o rockstar que você não merece ser. Além do mais, numa jogada genial, a Activision adicionou a whammy bar, que é aquela hastezinha que te permite fazer a distorção nas notas que estão sendo tocadas. Isso é muito PRO. Qualquer um se sente PRO ao fazer distorção numa guitarra, ainda que seja de prástico e te faça se sentir um retardado:
Você parece um retardado quando joga Guitar Hero
Ololco, agora os retardados andam em BANDO!
Mas você é um retardado PRO. O que é muito melhor do que ser um simples retardado NOOB que não consegue nem jogar Guitar Hero no easy.
E daí, claro, tem aquele apelo de você sempre ir melhorando nas músicas. Você nem precisa ser obsessivo pra querer ficar melhorando seus scores no jogo, porque a maior recompensa mesmo é você tocar e ouvir novamente, mais uma vez, VÍRIAS vezes seguidas a música que você gosta. Eu cheguei num ponto que eu mesmo já enjoei de “Even Flow” agora. Mas é CTZ que vou tocar de novo assim que ligar a merda do Guitar Hero III novamente. Porque é assim que o vício funciona: ele te impele a fazer as coisas para muito além da sua vontade racional. Guitar Hero pegou na veia do vício, ao oferecer um jogo cheio de pequenas recompensas audio-visuais atreladas ás nossas músicas e bandas preferidas (com exceção de Scorpions e Fall Out Boy, claro).
E daí, quando terminei os cinco jogos GH num intervalo de, sei lá, duas semanas, descobri que existe Rock Band:
E também descobri que minha guitarra genérica funciona normalzão com o joguim. Depois de ter terminado os cinco Guitar Heros disponíveis, sou obrigado a dizer que Rock Band é bastante superior. Como sou um jogador mais velho, a estética de Rock Band me agrada muito mais que o visual cartoon retardado de Guitar Hero. Rock Band apresenta um layout muito mais trabalhado e sério, com um refinamento visual que apela mais aos verdadeiros fãs de música. Além da parte visual, o setlist é muito melhor, composto só por gravações master e muito mais alinhadas com o meu gosto pessoal, formado basicamente na década de 90.
O que me traz ao pior jogo de Guitar Hero de todos os tempos: Rock the 80’s. Esse jogo é um nenúfar apodrecido no fundo lodoso de um rio estagnado povoado por cadáveres de crimes sem solução. Sim, é MUITO ruim. Eu queria saber quem foi o primeiro ignóbil descerebrado que ousou dizer que a década de 80 foi “legal”. E queria enfiar três sondas anais no imbecil-mor que resolveu pegar a preciosa franquia Guitar Hero e cagar mole em cima dela sugerindo um jogo só com músicas dessa década nefasta e improdutiva. Eu terminei o Rock the 80’s só por obrigação gamística, porque foi um SACO tocar aquelas músicas. Pelo menos serviu pra melhorar a agilidade nos dedos.
Bom, eu ia terminar essa coluna com mais uma foto de um retardado jogando Guitar Hero e parecendo ainda mais retardado por causa disso, mas sei lá, esse negócio meio que cansa. Então, pra melhorar um pouco as coisas, vamos ver uma GOSTOSA jogando Guitar Hero.
Falarei hoje de forma complicada e prolongada (já vou avisando antes de lerem o resto) sobre o fenômeno ao qual resisti bravamente por anos, mas que finalmente tomou de assalto minhas horas disponíveis de jogo com a inevitável aquisição do controle em forma de guitarra. Desbravarei os meandros que tornam o jogo em questão um fator de vício incontrolável e a sensação inexplicável de ser um rock star na sala de sua casa. Verificarei os ganchos de jogabilidade que mantêm o jogador médio seguindo até a última música e cansando os dedos com geração de dor concomitante no punho que segura o braço da guitarra. Enfim: vamos ver qualé a do Guitar Hero. Mas antes de mais nada, creio que é importante deixar uma coisa bem clara:
Você parece um retardado quando joga Guitar Hero
É sempre de grande importância manter esta lembrança presente. Porém, não se depreenda disso que jogar Guitar Hero não é causa de alegria e contentamento, já que a sensação de produzir acordes de guitarra sem ter efetivamente o instrumento em mãos é deveras agradável e satisfatória. A emulação de instrumentos que não existem no ambiente pode ser indicada como responsável, por exemplo, pela decadência musical que ocorreu na década de 80, com o advento dos sintetizadores (vide Miles Davis e Serge Gainsbourg). Ah, os sintetizadores… esses instrumentos eletrônicos mágicos que imitavam os instrumentos verdadeiros de forma bizarra e ruim, e que foram usados e abusados na citada década, gerando bandas sofríveis como RPM. Se bem que o Paulo Ricardo comeu a Luciana Vendramini. Então tá tudo pelas ordi.
ÊÊÊ peixão!
Mas eu falava do jogo, e o que sintetizadores têm a ver com Guitar Hero? Convenhamos pimpolhos, a sensação de criar música sem de fato saber tocar porra nenhuma é como se fosse a trapaça máxima do universo; você tem o poder em suas mãos, e com o apertar de alguns botões bem-colocados, VOILÍ!, eis que agora você, nerd débil mental, virou o fucking Tom Slash Vaughan e está tocando “Sweet Child O’Mine” como se isso apenas exigisse uma troca rápida de apertares entre 4 botões coloridos! (Eu só consigo jogar direito no nível médio, não enche). Caralhos, com um pouco de treino você toca até mesmo “Trough The Fires and Flames” do Dragon Force, coisa que deve ser mais difícil na vida real do que comer a Maitê Proença. Mas é claro que você nunca vai fazer nenhum dos dois – afinal, você toca música numa guitarra de prástico na sala de sua casa – então a comparação é inútil.
Voltando ao assunto, chamo sua atenção para o processo de síntese que ocorreu aqui: é como se o sintetizador, que já era um instrumento que sintetizava vários outros instrumentos, tivesse sido sintetizado novamente na porra da fucking guitarra de prástico do Guitar Hero. É um processo de miniaturização e diminuição de botões, com manutenção do número de músicas que podem ser tocadas. Todos se curvem em respeito ao poder dos games e sua inegável capacidade de emular o mundo real com amontoados de prástico. O que, logicamente, não muda o fato de que:
Você parece um retardado quando joga Guitar Hero
Falemos então da guitarra, já que ela veio á tona. É uma guitarra de fucking prástico, um controle normal com menos botões, glamourizado de forma dúbia numa carcaça preta e branca com umas partes coloridas, que, quando empunhada de forma adequada, te faz parecer um retardado:
Você parece um retardado quando joga Guitar Hero
Porém, o amontoado de prástico fake desperta emoções bastante reais. Reais a ponto de fazer seus dedos e punho doerem no fim do dia, deixando também o usuário dos dedos e do punho com uma ligeira dor na nuca, dependendo da quantidade e intensidade do head-banging que você fez ao tocar “No One Knows” doze vezes seguidas pra conseguir 100% naquela música. Maldito Queens of the Stone Age e suas músicas do caralho.
Mas o fato importante é: Guitar Hero desperta sua auto-consciência corporal de você a si mesmo enquanto noob jogador de jogos, colocando para funcionar partes que você nunca tinha levado em consideração antes. Por exemplo, vocês já pensaram na importância do dedo mínimo? Ele é o último dedo de sua mão e, caso você nunca tenha tocado violão ou coçado o ouvido com ele antes, são grandes as chances de que ele esteja pendendo praticamente sem função na sua mão. Se você usa seu dedo mínimo para outras coisas além das que citei, não quero saber. Sério, não cite nos comentários.
Muito bem, em Guitar Hero, ao se passar do nível noob-easy para o nível medium-peso pena acontece a adição de mais uma tecla, que requer o uso do dedo mínimo para que você desempenhe corretamente as músicas. No meu caso, começar a usar o dedo mínimo foi como trazer um morto para o reino dos vivos novamente, já que nunca toquei violão, cocei o ouvido e nem manejei sondas anais com o dedo em questão. É um testemunho real que estou fazendo aqui: eu tinha um dedo inútil que praticamente não era mapeado pelo meu cérebro e nem sentido como fazendo parte do meu corpo, até que fui obrigado a utilizá-lo pra manejar uma guitarra de prástico que me faz parecer um retardado:
Você parece um retardado quando joga Guitar Hero
Mas não pareço retardado só por causa do dedo, claro. O que te transforma num retardado é que você realmente acha que está tocando numa banda, fazendo covers 100% de músicas do cancioneiro popular, como “My Name is Jonas” que eu nunca tinha ouvido mais gorda na minha vida, o que é explicável já que nunca fui muito com a cara de Weezer. Mas parte da alegria está justamente em descobrir riffs e solos divertidos de apertar botão em músicas nunca dantes navegadas. É claro que de vez em quando você tropeça num Fall Out Boy, o que te faz levantar as mãos pro céu e pedir pra um deus que não existe pra fulminar quem fez o setlist de Rock Band, que, de outra forma, teria o setlist mais espetacular de todos os tempos, batendo de longe qualquer jogo da série Guitar Hero.
Fall Out Boy; quem bota uma merda dessas num jogo de tocar guitarra de prástico? Vsf. Continuamos na semana que vem, ainda tenho muitas fotos de retardados tocando Guitar Hero pra vocês verem.
Ok, continuemos então o exercício de reflexão da semana passada, dentro do Overdose Adaptações.
Adaptações Ruins
Aqui não tem meio termo. Essas não dá pra levar á sério nem com toda boa-vontade do mundo.
Todos os jogos baseados em animações Disney e Pixar Das animações para os games: só sai merda, não adianta. Ainda lembro de quando eu trabalhava com games e fui OBRIGADO a fazer a review do jogo do Era do Gelo; puta merda que coisa horrorosa. É SEMPRE o tipo de jogo caça-níquel lançado só pra arrancar dinheiro dos pais e pegar a onda das animações.
Star Trek Dos cinema para os games: ao contrário de Star Wars, Star Trek nunca teve um jogo decente; é impressionante como uma franquia tão forte (inclusive com muito mais filmes bons do que Star Wars) nunca teve um jogo á altura.
Rocky Do cinema para os games: desde a época do fucking Nintendo 8 bits que tentam fazer um jogo de Rocky. A jogabilidade sempre é porca e não tem NADA que lembre o clima dos filmes. PRA QUÊ fazer então, cacete? Se é só pra ser um jogo comum de boxe, deixa a tarefa para Fight Night.
Mario Dos games para o cinema: esse filme é tão absurdamente bizarro que até hoje eu não acredito que ele existe. Eles mudaram tanto a caracterização dos personagens que não tem porra nenhuma a ver com nada do universo Mario. É lógico que a história dos jogos é imbecil e não poderia virar um filme decente, o que me faz levantar novamente a pergunta: PRA QUÊ fazer então?
Batman Do cinema para os games: outra franquia sempre pessimamente aproveitada. Quando os jogos são baseados nos filmes são absurdamente horríveis, principalmente nos primeiros.
Das animações para os games: aqui melhora um pouco, já que as animações são um pouco mais amigáveis ao formato vídeo-game, mas nada muito melhor do que um ou outro jogo pro xbox.
Dos quadrinhos para os games: nunca vi.
Tomb Raider Dos games para o cinema: A única coisa decente é a Angelina Jolie, evidentemente. Os filmes são risíveis.
Alone in the Dark Dos games para o cinema: UWE FUCKING BOLL. Não tinha como dar certo nunca.
Guitar Hero Dos games para o cinema: Só podem estar curtindo com a minha cara. Nem pagando que eu vou assistir essa merda. Qual vai ser a história? Uma guitarra mágica de PRÍSTICO que faz o guri soltar raios pela bunda e dominar o mundo da música? Pensando bem isso daria um filme interessante…
Street Fighter
Dos games para o cinema: teh horror. O pior Bison de todos os tempos. O pior filme do Van Damme. Troféu joinha de como cagar com um ícone gamístico.
Mortal Kombat Dos games para o cinema: nem dá pra acreditar que fizeram mais de um filme. Ninguém aprendeu NADA com Street Fighter?
Ghost in the Shell Dos animes para os games: tristeza enorme aqui. Um puta material pra render um puta jogo sci-fi, mas que nunca foi feito adequadamente. Um dos maiores desperdícios que eu já vi na história dos games. Mas antes não fazer muito jogo do que só fazer jogo ruim.
Harry Potter
A única coisa de Harry Potter que realmente interessa
Do cinema para os games: menção honrosa para os jogos de Harry Potter como a PIOR MERDA JÍ ADAPTADA DE TODOS OS TEMPOS. Já fiz uma coluna só sobre isso, mas nunca é demais repetir as advertências sobre o lixo tóxico gamístico que esses jogos são.
Como eu já disse: embora não façam meu estilo, reconheço que os livros são bons e alguns dos filmes também. Porém os jogos são TODOS aberrações caça-níqueis feitas para capitalizar em cima dos fãs do bruxo. Já joguei Harry Potter no PC, no PS2, no PSP e no DS e nunca vi nada além de um jogo bastante medíocre que seguia os passos e a história dos filmes. Os jogos não passam de um replay mal-feito dos filmes, que já são uma produção visual capenga do que se passa nos livros. Trágico. Certamente uma das piores franquias existentes no mundo dos vídeo-games.
Adaptações que deveriam acontecer
Metal Gear Dos games para os quadrinhos: RÍ, já foi feito, e ficou do caralho de bom, o que justifica:
Dos games para o cinema: a história absurdamente complexa de Metal Gear casa perfeitamente com a linguagem cinematográfica. O fato de Snake ser um dos personagens mais canastrões de todos os tempos facilitaria ainda mais sua interpretação por vários atores, como os intérpretes de Jame Bond, por exemplo. E todo mundo gosta de um bom filme de espionagem.
God of War: Dos games para o cinema: outro jogo épico que renderia também um filme épico. Isso precisava parar nas mãos dos caras que fizeram os filmes do Senhor dos Anéis. Seria uma mistura de “Gladiador” com toda a mitologia grega. Regado com banhos de sangue e mulheres nuas. Qualquer fortão podia interpretar o Kratos, desde que seja totalmente bruto e ignorante.
Shadow of the Colossus Dos games para o cinema: esse rendia um filme de paranóia. Uma história que começa do nada e só explica no final a que veio, pontuada por uma batalha contra um colossus a cada dez minutos de filme. Não precisaria de falas, seria mais ou menos como o início de “2001: Uma Odisséia no Espaço”.
Diablo Dos games para o cinema: seguindo o caminho aberto por filmes como “Doom” e “Tropas Estelares”, seria só diversão, uma fantasia medieval como aquelas maravilhas que passavam na Sessão da Tarde dos bons tempos. Poderia ser também um remake de “Conan”, só que um pouco mais sangrento. Afinal: é Diablo.
Dos games para os animes: Um salto ousado aqui, mas fico pensando em algo na linha de “Afro Samurai”, com aquela estética ambientada no cenário medieval de Diablo.
Onimusha Dos games para o cinema: história de samurais sempre fazem sucesso, e os jogos da séria Onimusha já posuem horas de cenas muito bem dirigidas. Porra, até o Jean Reno (ator) aparece em um dos jogos. Não tinha como dar errado. Seria um misto de “Godzilla” com “O Último Samurai”. E o Tom Cruise morreria na primeira cena, óbvio.
Valkyrie Profile Dos games para o cinema: outro que renderia um épico. Simplesmente não existem filmes bons baseados na mitologia nórdica, é uma lacuna a ser preenchida urgentemente nas telas. E o melhor é que as valquírias sempre são umas baitas dumas gostosas, o que renderia um filme que seria um misto de “Dead or Alive” com “Thor”. Merda, por que não fazem filmes assim?
Xenosaga Dos games para os animes ou animações: Porra, todos os jogos Xenogears e Xenosaga são pontuados por seqüências espetaculares de história. Certeza que renderia algo no naipe de das animações de Final Fantasy. E os animes poderiam se inspirar em Ghost in The Shell ou Gantz. Ou já existe anime de Xenogears e eu não tô sabendo?
Castlevania Dos games para os filmes: não sei como ainda não foi feito. Já fizeram tanto filme BICHA de vampiro, por que não fazer um que poderia render pra cacete, além de ter o Drácula como coadjuvante e objetivo final?
Manhunt
Manhunt, véi.
Dos games para o cinema: Menção honrosa para Manhunt, que poderia render um filme mega-doente, no nível de “8 Milímetros”. Aliás, deviam chamar o Nicolas Cage pra fazer o papel principal, já que ele fica muito bem no papel de assassino psicopata homicida que só precisa de meio motivo pra passar geral. Manhunt é praticamente uma continuação de “8 Milímetros”, e poderia se beneficiar muito do universo doente dos filmes “snuff”.
A atmosfera já é apropriadamente escura e misteriosa, povoada por gangues de outros homicidas doentes que MERECEM morrer no fio da navalha. Nem precisaria de muita história, porque pra dar certo é só colocar alguma motivação de vingança do tipo “orra, cês passaram o cerol na minha família tudim! Só me resta me vingar!”. Aí ele pega a moto-serra e saí dechavando o pessoal.
Maravilha véi, uma mistura de “Massacre da Serra Elétrica” com “Oito Milímetros”. Bota o Rob Zombie na direção e temos um clássico cult instantâneo. Eu devia entrar para a indústria cinematográfica, vsf.
Cês sabiam que quando o sapo macho não atrai mais as fêmeas ele troca de sexo para continuar se reproduzindo? Sapo velho é exemplo de adaptação ruim.
Aproveitando o Overdose Adaptações, vamos falar nessa coluna sobre todos os tipos de conversões entre vídeo-games e as outras mídias existentes. Como sempre, vocês provavelmente sentirão falta de uma porrada de jogos aqui. Mas também, como sempre, eu só falo dos jogos que eu conheço e já joguei. Compromisso com a credibilidade jornalística, sabem como é.
Adaptações Boas
As adaptações boas são bastante raras. Só consegui lembrar de umas poucas adaptações inquestionavelmente boas:
Silent Hill Dos games para o filme: O clima de horror e paranóia constante foi levado de forma íntegra para o filme. Não foi sucesso de público nem de crítica, mas é, inquestionavelmente, Silent Hill.
Lord of the Rings Dos livros para os games: nunca deu muito certo. Sério, só saiu bomba. Nem procurem. Dos livros para o cinema e então para os games: Aqui ficou bom. A série Battle for Middle Earth rendeu um dos melhores jogos de estratégia disponíveis até hoje.
Lego Dos brinquedos para os games: ESPETACULAR, uma das misturas mais improváveis e que mais deu certo em forma de paródia de Star Wars e Indiana Jones. Não deu tão certo no lance do Bionicle Heroes, mas esse dá pra esquecer.
Dune Dos livros para os games: fundou a era de ouro dos jogos de estratégia, e os ecos da série Dune são ouvidos até hoje nos jogos de estratégia. Méritos extras por vir direto dos livros para se tornar um jogo.
Final Fantasy
Caralho, a parada saiu em Blu-ray
Dos games para o cinema: Gerou duas animações complexas demais para as massas (The Spirits Within e Advent Children), que requerem um certo conhecimento prévio da série de jogos. Mesmo sendo pouco acessíveis, ainda assim são espetaculares e demonstram o poder criativo e gráfico dos estúdios da Square. Pau-a-pau com a Blizzard no quesito excelência em tudo que faz.
Dos games para os animes: Assisti dois (Unlimited e Legend of the Crystals) e paguei pau para os animes. Novamente, parece que fazem mais sentido para o público que acompanha a série, mas o fato de existir esse pré-requisito não torna o material ruim.
Outro ponto que contribui para que Final Fantasy dê certo é a riqueza do universo da série; os enredos dos rpg’s já foram para todos os lados possíveis, desde passado medieval, mágico e cyberpunk, até o futuro… medieval, mágico e cyberpunk. Também ajuda muito o fato da série ter uma legião de fãs, principalmente no Japão. O público cativo dá força a qualquer produto que saia dentro do universo Final Fantasy.
Finalmente, ponto para a Square por não vender os direitos de tudo que se relaciona á série, e mantém mão-de-ferro no controle do uso da marca. Creio que isso contribui enormemente para a manutenção da qualidade dos produtos finais.
Adaptações ruins, porém boas
Sim, ruins mas boas ao mesmo tempo. São aquelas adaptações que não são muito fiéis ao universo original, ou então sempre parece ter alguma coisa errada. Mas, no fim das contas, você acaba se divertindo com a porcaria.
Yu-Gi-Oh! Do anime para os games: O anime é ruim pra cacete, então nem teria como render algo bom. Surpreendentemente, o bagulho funciona muito bem como um jogo de cartas eletrônico, talvez o melhor desde Magic: the Gathering. Mas não espere por nada além disso.
Alien/Predator Dos filmes para os games: O apelo dos monstrengos sempre foi enorme para o público gamer, e já renderam uma porção de jogos. Prefiro lembrar dos jogos bons como Alien 3, do Super Nes e o arcade de Alien Vs. Predator (Crássico total, procure nos emuladores de placas Capcom)
Matrix Dos filmes para os games: Joguei o Enter the Matrix, no PC, e lembro que a parada captou muito bem o clima do filme. Na época também fazia parte de toda uma série de produtos que visavam expandir o universo Matrix. Meio ambicioso demais, mas até que funcionou. Não se segurava só como um jogo, entretanto.
Pokémon Dos games para o anime e do anime para os games: Taí um caso de jogo e anime meia-boca que dão certo em conjunto. Os dois são repetitivos pra cacete, o tempo todo, e não despontam em nenhum quesito além desse. Mas não dá pra negar que é viciante e que funcionam como uma franquia poderosa. Briga de galo pra crianças.
X-Men Dos quadrinhos para os games: Ah, saudosa época do super nintendo onde cada jogo com X-Men que saía era uma merda lancinante. As coisas só melhoraram com X-Men vs. Street Fighter e X-Men Legends. Aparentemente faltava tecnologia para conseguir dar personalidade a cada um dos mutantes.
Star Wars Dos filmes para os games: sempre se calcando na força da franquia e na legião de fãs nerds, gerou vários jogos meia-boca, como os do Super Nintendo. Melhorou um pouco com Knights of the Old Republic mas assim, assim.Vamos ver se a coisa finalmente engrena com The Force Unleashed.
Resident Evil Dos games para o cinema: Amado e odiado ao mesmo tempo. O primeiro filme foi do caralho, mas daí em diante foi degringolando até chegar na bosta total que foi o último filme, Hora de parar com essa merda.
Doom
Chutando bundas no filme
Dos games para o cinema: ESPETACULAR adaptação com The Rock. “Doom” ficou tão ruim que ficou bom. Captou com maestria o espírito trash da sangrenta série o que faz com que seja uma das melhores e mais fiéis adaptações já vistas de uma mídia para outra.
Destaque para a excelente seqüência final, filmada em primeira pessoa, para emular fielmente o que acontecia nos jogos. História fraca, atuações risíveis, monstros bisonhos e sangue pra caralho. Não tem como achar ruim. Quer dizer, tem: bom de tão ruim.
Na próxima semana continuaremos com o estudo das adaptações, abordando os experimentos que deram totalmente errado e fazendo um exercício criativo de pensar em quais jogos DEVERIAM ser adaptados imediatamente para outras mídias. Caralho, a gente tem que ensinar tudo pra esses caras.
Então, depois dos experimentos com haikais da semana passada – que só provaram que vocês realmente são umas bichas loucas porque gostam de poesia – vou finalizar a coluna em duas partes sobre as razões para comprar um Wii, tocar fogo nele de raiva, e depois comprar outro Wii, arrependido por ter incendiado o primeiro.
TRÊS RAZÕES BOMBÍSTICAS PELAS QUAIS EU AMO O WII
01 – Você nunca jogou nada assim
Você já sabe que o controle é inovador e mimimi. Que se foda isso. O que realmente diverte no Wii não é simplesmente a maneira diferente de controlar o que acontece na tela, mas a experiência como um todo. Vou pegar o exemplo de Medal of Honor do Wii; é lógico que sempre existiram jogos de tiro em primeira pessoa que você podia jogar com uma pistola, aumentando a imersão ao mirar e atirar diretamente na tela. Mas o que rola no Wii é bem diferente dos jogos de tiro dos arcades: aqui você se comporta como se realmente estivesse no jogo. Não é só mirar e atirar; é também você levantar a bunda do sofá e se inclinar junto com o controle na mão, pra fazer o personagem no jogo se inclinar e dar uma espiada no que tem por trás daquela caixa de granadas. É outro nível de realismo.
Ou então tu pega lá o No More Heroes, onde você tá andando na tela, com o direcional, normal. De repente o telefone celular do seu personagem toca e você escuta o wiimote na sua mão chamando também, como se fosse um celular. Aí você, se sentindo meio retardado mas de forma instintiva, levanta o wiimote e coloca no ouvido e “atende” mesmo a porra do celular, que começa a falar com você através do alto-falante do wiimote. Espetacular. Momentos mágicos de surpresa em um jogo.
E, é claro, a maior promessa do wiimote de todos os tempos:
FUCKING “UóóóN” MOTHERFUCKER!!!
Jogar um jogo de Star Wars com um SABRE DE LUZ na mão porra! Se isso der certo vai ser o EPIC WIN mais EPIC WIN de todos os tempos da história dos games dos últimos dois séculos. Me desculpem detratores do Wii, mas é o único console que vai permitir a simulação da fantasia nerd erótica de 11 entre 10 nerds fãs ou não de Star Wars. É tipo o graal nerd dos vídeo-games.
02 – Potencial gamístico incipiente do console
Não sabe o que significa “incipiente”, né? Eu sempre falo que vocês são uns ignorantes do cacete. Mas cê vai entender no final.
Outra grande vantagem do Wii é que nós ainda não conhecemos os limites do que pode ser feito nele em termos de jogabilidade. Mais do que o sabre de luz á base de wiimote, o Wii Fit é um grande exemplo de como podemos ter maneiras nunca antes imaginadas de jogar disponíveis pela primeira vez a um grande público, tudo dependendo apenas da criatividade dos desenvolvedores.
É um fato que nós ainda não absorvemos totalmente o Wii. Nós fomos moldados por décadas de vídeo-games confinados, onde o controle e o movimento dos personagens na tela eram apenas um correspondente digital dos movimentos feitos em uma plataforma de mão, o joystick. Com o wiimote a experiência é mais… orgânica… ou instintiva, não sei. É diferente, e isso basta.
E a diferença é que justifica o caráter de potencial incipiente, pois precisamos efetivamente aprender a pensar os jogos de uma maneira diferente que pensávamos até agora. Quando nos remodelarmos mentalmente para esse nova forma de jogar, aí sim o potencial pleno do Wii poderá ser aproveitado em novos jogos espetaculares. Essa promessa de ver coisas que eu nunca vi antes num jogo me emociona e certamente me mantém otimista com o Wii, apesar da avalanche de remakes e merdas que saem para o console todo dia.
03 – Mulher
A grande vantagem do Wii ser um console meio boiola é que (como todas as coisas meio boiolas) ele atrai mulher. A homoatratibilidade das mulheres é fato comprovado desde o fenômeno Hello Kitty, que certamente é a coisa mais bicha e inútil que já apareceu no mundo, entretanto é objeto erótico de adoração pelas mulheres. Vá entender.
Ok. Parei de reclamar de Hello Kitty.
Mas tudo bem, cê não precisa entender como as mulheres funcionam para apreciá-las, você só precisa assisti-las jogando Wii, para se convencer do poder do console:
Pode ser uma boa idéia comprar um Wii pra sua namorada…
…ou não.
De gostosas a gordas sem-noção, as mulheres se agrupam em torno do Wii, que parece não lhes oferecer a mesma ameaça nerd do X360 e do PS3. É lógico que existem gostosas jogando os outros dois consoles, mas o poder do Wii nesse quesito é imbatível. Algo acontece e você junta mulheres em torno do Wii. Deve ter algo a ver com o formato fálico do wiimote:
Tem como NÃO pensar merda vendo isso?
E convenhamos, assistir uma mulher executando os movimentos dos jogos é algo mágico, principalmente porque elas ficam absorvidas pela experiência e esquecem que você tá ali comendo ela com os olhos. OU elas fazem de propósito, o que te beneficia do mesmo jeito. Não tem como perder, amigão!
E é lógico que quanto mais sua mulher gostar de vídeo-games, menos ela vai te encher o saco por você ficar jogando, então o Wii é realmente um console estratégico para todo homem que pretende manter vídeo-games e mulheres simultaneamente em sua vida. Ponto pra Nintendo.
Conclusão
Espero que vocês tenham se convencido de que o Wii, assim como todos os outros consoles da história dos games, tem suas vantagens e desvantagens. Pese bem o que é mais importante pra você e decida-se pela compra ou não.
E, por favor nintendistas e sonystas, VÃO SE FODER ao invés de ficar fazendo comentários motherfuckers do tipo “o wii é uma bosta”/”o wii é o melhor console do mundo”, ok? Comentários sem conteúdo ou puramente xingativos serão deletados.
Olá, bando de ostras encracadas que deveriam continuar enterradas no poço de areia molhada onde se enfiaram desde seu primeiro murmúrio nesse mundo sórdido.
E ainda por cima cês são feio pra cacete
Não sei se deu pra notar, mas aqui no AOE nós estamos em uma cruzada para expandir os horizontes literários de vocês. Já acompanharam os experimentos alcoólicos do Théo e o saudável ódio do Piratão ao ataque que nossa língua vêm sofrendo? Então é com mui imenso prazer que lhes trago agora:
HAIKAIS GAMÍSTICOS
Headshots em três versos
Sobre o Vício
Parece cocaína
mas
é só Final Fantasy Tactics
(orra, cês lembram da música do Legião Urbana?)
Bel
“Bel”
tem três letras bem como
“Mai”
Porém, em ambas
apenas
dois peitos
(gostei do contraste entre os números nesse, e é sempre bom falar em peitos)
Onírico
Vai
sonhando
NOOB
(nunca acontece a não ser em foto)
Mai
Valeu
King of fighters
Pra caralho
Sem você
o cosplay
seria mais melancólico
Valeu
Mai Shiranui
Pro caralho
Sem você
o cosplay
seria menos erótico
(bando de punheteiros)
Exagero
“Nerd virgem”
é
redundância
(é como eu já disse antes: amor aos games tem limite)
De que rides?
Dá pena
mas
eu ri
Me chame insensível
me acuse grosso
continuo rindo
(fazia tempo que o gordinho não aparecia por aqui)
Metal Gear
Solid Snake
chuta
bundas
(bem simples, pra vocês entenderem pelo menos um)
Art-e
A arte
não tem contraparte
eletrônica
Jogo porque sim
Não sei o que é arte
Mas sei do que gosto
Coloquem um joystick na monalisa
e
vou pensar no seu caso
(sobre a discussão de vídeo-games como forma de arte)
Controle umbilical
Tenho a vontade incontrolável
E controles á vontade
Gamer for life
Maníaco por controle
Mas não controlo a mania
Born to play
(tá ficando complexo)
Guitar Noob
não vale uma naba
Guitarrista Calhorda
você não toca nada
(orra, citei Replicantes pra fechar com chave de ouro)
Fiadaputa, mó TRAMPO fazer haikai. Mas eu curti. Estamos numas de extrapolar as barreiras do texto comum aqui no AOE e enquanto isso vocês vão bebendo e aguentando o tranco aí.
Ah, sim. Na semana que vem a continuação da coluna Eu odeio o Wii/ Eu amo o Wii. Pára de chorar FDP, você curtiu o haikai da Bel que eu sei.
Cara, eu sou tão esperto pra escrever. Olha só, como o título aí de cima dessa coluna já indica um monte de coisas pra vocês:
– Que eu tenho um Wii;
– Que primeiro eu vou falar mal do Wii;
– Que depois eu vou falar bem do Wii;
– Que isso vai acontecer em pelo menos duas colunas;
– Que vocês são umas bichonas.
Como eu sei que vocês são bichas? Porra, tá na cara. Nessa sua cara de quem joga pouco. Pra começar, você tá lendo uma coluna sobre o Wii, e nenhum jogador macho que se preze lê sobre o Wii. Bichas. Aliás, essa é uma ótima deixa para começar de vez a coluna:
TRÊS RAZÕES ESFINCTERIANAS PELAS QUAIS EU ODEIO O WII
01 – Ele faz você se sentir menos homem
Nunca esquecerei da cena abjeta do garoto jogador de wii sendo enrabado pelo animal de estimação da casa. Mas essa é só uma das razões pelas quais o Wii ameaça a masculinidade gamerzística. É apenas um dos permamentes fantasmas emasculadores que pairam sobre todos os jogadores que se aventuram a balançar seu wiimote.
A real razão que me incomoda no Wii é que ele é TODO gay: desde sua cor branquinha, até seu tamanhinho, seu peso levinho, seu design bonitinho, o controle engraçadinho, os jogos legaizinhos… puta merda, é muito “inho” pra um vídeo-game só. A título de comparação: tu olha pro Playstation 3 e pensa “CARALHO MLK, OLHA ESSA TORRADEIRA PRETA E PRATEADA ENORME QUE ESQUENTA PRA KCT E PODE EXPLODIR A CASA TODA”. Porra, é um vídeo-game de macho. É como o X360 que pode colocar fogo na sua casa DE VERDADE.
Sempre que eu faço comparações eu penso no PS3 como uma Toyota Hilux preta, com pára-choque cromado. E penso no X360 como uma S10 branca, cabine dupla. Já o Wii, eu só consigo comparar com um Ford Ka: carro de mulher e emo. É inevitável; o Wii é um console bicha desde sua concepção, e a aparência não nega que é um vídeo-game de mulher.
Mas você sempre pode cromar o seu Wii, pra ele ficar mais masculino
Mas estaria tudo bem se fosse só a aparência. O problema mesmo são os jogos:
02 – 96% dos jogos que saem pro Wii são uma bosta ululante
Cooking Mama: Fuck Off!
Sim, a estatística é exata. Eu contei e comparei TODOS os jogos do Wii pra chegar nesse número.
O fato é que o Wii tem MUITO jogo. Jogo pra caralho. Quase todo dia sai jogo novo pro Wii, e não estou contando os lançamentos do Japão. Cês não acreditam em mim né? Bando de putos desconfiados. Ok, vamos ver números:
Segundo o Metacritic o Wii tem 218 jogos lançados e avaliados pela crítica especializada.
O console foi lançado no natal de 2006, então dá mais ou menos um jogo novo a cada 2 dias. E acho que o ritmo de lançamento vêm aumentando.
Dos 218 jogos, só 70 jogos têm nota média acima de 7, que eu considero o mínimo pra que ele seja “jogável” (existem exceções e eu não sou de confiar só em scores, mas vocês entenderam a generalização)
Isso significa que só 30% do que é lançado é jogável. Eu falei “jogável” e não “bom”.
Dos 218 jogos, só 23 jogos têm nota média acima de 8, que eu considero um score de jogo “bom”, aquele que você fica jogando por mais de uma semana.
Isso significa que só 10% do que é lançado é bom. Eu falei “bom” e não “do caralho”.
E, pra abotoar, dos 218 jogos, só fucking 5 jogos têm nota média acima de 9, que eu considero uma unanimidade pra jogos “do caralho”.
Isso significa que só 4% (isso são QUATRO por cento ou quatro em cada cem) dos jogos do Wii são do caralho. Isso é mais triste do que foder de pau mole.
Nintendo, por favor, não me foda de pau mole. Mais critério porra, MAIS CRITÉRIO. Quando você precisa garimpar a biblioteca toda pra achar um ou outro jogo bom, definitivamente o console vai perdendo credibilidade. Que aliás o console já não tem porque:
03 – O hardware do Wii é uma merda
E não, não estou entrando em mimimi técnico sobre poder de placa de vídeo e essas merdas. Mas o problema do Wii é que lançaram ele com um hardware preguiçoso do caralho. Puta merda, os jogos do Game Cube COM CERTEZA eram feitos com mais cuidado e esmero. Pega o Resident Evil 4 do GC, aquilo é um primor:
Batia fácil a versão do Playstation 2, que tinha mais máquina e poder que o Game Cube.
Agora, como CARALHOS me lançam um console de “última geração” cujos jogos são quase todos graficamente piores que os do Playstation 2 e que os do próprio Game Cube? Isso sem falar que o Wii não aproveita o potencial das novas televisões LCD e Plasma, já que sua melhor conexão com a televisão é através de cabo vídeo-componente. Sem HDMI. VSF.
Nintendo. Não me foda com pau em baixa resolução.
Bom, falar sobre os gráficos do Wii dá um desgosto. Vamos pras outras merdas do hardware, tipo, o controle. Só uma palavra: PILHAS. Mano, como caralhos flamejantes pode a Nintendo ter o culhão de lançar um controle movido a PILHAS? Nem o Nintendo DS que foi lançado em, sei lá, 1989, usa pilhas mais. O lance é BATERIA Nintendo, BATERIA porra!
Nintendo. Não me foda com pilha gasta.
E o fio que liga o Wiimote ao Nunchuk? Como pode? Então cê tem um controle genial e inovador, que reconhece movimentação numa base tridimensional e que podem ser jogados pra lá e pra cá, com reconhecimento imediato no jogo, mããns… os dois ficam presos por um fio e seus movimentos se tornam limitados.
Nintendo. Não me foda com um wiimote vibratório.
Orra, como é fácil reclamar do Wii. Mas nem tudo é esterco, fezes e Cooking Mama nessa vida de Nintendo gamer. Aguardem pela próxima coluna, onde reverterei completamente os movimentos peristálticos, indicando razões para você colocar o Wii pra DENTRO da sua vida.
Cês são um bando de frango que joga pouco. Então vou continuar contando pra vocês o que estou jogando, pois preciso desovar essas experiências gamísticas a fim de poder abandonar os jogos em questão e partir para outros novos.
“Novos” em termos, claro. Aliás, ótima deixa para eu começar com:
The Firemen (Super Nintendo)
Pois é, já me diverti o suficiente com o Super Metroid e tava pensando em largar do emulador de novo. Aí né, eu tava assistindo um canal aí de tv a cabo e começou a passar “Cortina de Fogo” (Backdraft), um filme de 1991. Não sei se vocês conhecem, mas é aquele tipo de filme que sempre que passa eu assisto. A história é do caralho, embora não interesse aqui. O que interessa é que tem Robert de Niro, Kurt Russel, e é um filme de BOMBEIROS, cara.
Meu, quando eu era pequeno eu tacava fogo em coisas só pra apagar o fogo mijando nelas depois. Eu tenho certeza que eu tenho um desejo frustrado de ser bombeiro. Aí o filme terminou e eu fiquei pensando “porra, seria um tesão jogar um jogo de bombeiro agora; por que esse tipo de merda não existe?”
OLOLCO, não existe jogo de bombeiro e nem jogo de sonda anal.
Aliás… mangueira… sonda anal… estão sentindo um padrão aqui? Acho que gosto de enfiar coisas compridas nos outros. Coisas invasoras, coisas que esguicham. Como eu sou agressor. Se um dia me pagarem cerveja no bar tentem não me irritar, ok?
Mas ok, fui pesquisar pra ver se existia algum jogo de pegar na mangueira e sair esguichando. Foi assim que achei essa pérola vídeo-gamística chamada “The Firemen”, um jogo de 1994 para o Super Nintendo. Eu nunca tinha ouvido falar desse jogo na minha época de jogador do Super NES, o que me faz pensar que ele nunca fez muito sucesso. Esquisito, pois o jogo é bom. Acho que o jogo virou meio “cult”, pois hoje em dia é relativamente fácil achar a ROM pra download.
Legal o jogo cara. Bem legal. Ele quebra um pouco a narrativa-padrão dos jogos do Super NES que faziam sucesso na época e até que é bem inovador. O objetivo do jogo inteiro é chegar no topo do prédio da Metrotech, para acessar o reservatório de água e acabar com o incêndio que acometeu o edifício. Assim, você vai passando por todos os andares, enfrentando um tipo de problema diferente em cada um. E o tempo todo tu vai apagar fogo com sua mangueira, claro. Não tem menus ou pausa entre as fases, e o lance todo se torna uma experiência contínua, sem muita interrupção, quase como um filme. Se fosse feito com a capacidade dos consoles atuais, imagino que a experiência ficaria bem interessante, quase como os survival-horror que temos hoje em dia.
E durante o jogo todo é você com uma mangueira e o seu companheiro com um machado, controlado pelo computador. E, que surpresa, é um dos personagens controlados pelo computador mais eficientes que eu já vi no Super NES. Ele realmente te ajuda, e você não precisa dar nenhum tipo de comando pra ele. Espetacular, considerando a extensão do jogo e a limitação de ações que você tem.
Recomendo que você dê uma olhada, se não conhece. O jogo vai ficando difícil conforme você sobe os andares. Mas é uma experiência única mesmo assim. Não lembro de nenhum jogo similar desde então.
Echochrome (Playstation Portable)
Taí um jogo que não disseram que sairia do Japão, mas acabou aparecendo em inglês. Estou jogando desde que peguei a versão japonesa do jogo e ele é… interessante.
O objetivo é simplesmente levar o seu personagem do ponto A até o ponto B do cenário, e pra isso você precisa manipular o ambiente. Na verdade você apenas gira o cenário onde o personagem está, em todas as direções possíveis, a fim de descobrir e criar novos caminhos até o ponto de chegada estabelecido.
Esse jogo me lembra dois jogos bem distintos: Crush (PSP) e Super Paper Mario (Wii). A premissa de mover tridimensionalmente o cenário para resolver problemas é pouco explorada nos jogos em geral, extremamente lineares no que oferecem aos jogadores. Echochrome é muito econômico em termos de gráficos, e todo o esforço foi colocado mesmo na jogabilidade e no lance de FODER SUA CABEÇA pra fazer você encontrar a solução de cada cenário.
Puzzlezinho interessante para o PSP, e bem diferente do que estamos acostumados a ver. Se torna frustrante com o tempo, então eu não consigo jogar por horas seguidas. Ele fala um pouco sobre como sua mente funciona, e sobre o fato de que ás vezes não adianta ficar insistindo por muito tempo em um problema que você não consegue resolver; a melhor coisa a fazer é largar o console e voltar ao jogo depois. Certamente um jogo que apela mais para jogadores maduros.
Front Mission 4 (Playstation 2)
Orra véi que saco, QUE SACO que foi pra achar esse jogo. Cês não sabem, mas eu sou totalmente fissurado em Front Mission; só perde pra fissura em Final Fantasy Tactics mesmo.
Mas então, a versão em inglês foi lançada em 2004 e desde então eu tô atrás desse jogo. Peguei faz uns dias, finalmente, e me enterrei nele desde então. Esse tipo de jogo tático/estratégico acaba comigo.
As críticas ao jogo não foram tão boas, mas gamer na fissura não liga pra essas coisas, cês sabem do que tô falando. É alucinante poder jogar mais uma vez Front Mission, porque eu não jogava desde o último que saiu pro Playstation 1. As batalhas continuam enormes, durando turnos e mais turnos, exatamente como um jogo de mechs deve ser. Nada se compara com você ir destruindo os mechs inimigos aos poucos, torcendo pro próximo tiro pegar direto no braço do inimigo que segura a arma. Aí o puto fica sem armas e começa a FUGIR FEITO UMA GALINHA pelo cenário. E daí, a grande satisfação de EXPLODIR o puto enquanto ele tenta fugir. Alegria é isso aí. Momentos mágicos do vídeo-game.
Fora as batalhas, o que continua emocionante é fazer a customização dos mechs da sua equipe. Porra, milhares de armas e peças diferentes pra ficar combinando e fazendo funcionar. Junte isso com o monte de habilidades específicas que cada piloto pode comprar e taí a receita pra ficar horas só mexendo nos menus do jogo, personalizando o seu mech pra ele ter uma vantagem de, sei lá, 20 hp em relação ao inimigo. E o pior é que 20 malditos fucking hps fazem a diferença nesse jogo. Incontáveis vezes você fica com… 2 hp no seu braço que segura o escudo. Aí cê toma um tiro de shotgun que deveria te botar no chão, mas o escudo absorveu os tiros. Aí você teve exatamente o UM TURNO que precisava para estourar o inimigo com o teu piledriver. Alegria. Momentos ansiosos do vídeo-game.
Doente, esse jogo é pra nego doente. É o mesmo tipo de doente que curte Final Fantasy Tactics. Não é á toa que os dois são crias da Square. Ah, tem a história. Aquele popular e conhecido enredo de confronto entre nações, conflitos políticos internacionais e tals, tudo sempre ambientado em um futuro próximo. A história é interessante nessa quarta versão, mas confesso que só o lance dos mechs, das armas e do combate estratégico por turnos já me faz perder todas as horas possíveis de se perder num jogo. Alegria. Momentos… obsessivos do vídeo-game.
Queria jogar o Front Mission 5. Mas só tem em japonês. Bando de puto.
Ok, isso encerra o que estou jogando ultimamente. Na próxima semana retomaremos temas irreverentes ligados á experiência de um jogador hardcore: EU. Noobs.
Já fiz isso em janeiro e vou fazer de novo agora. Como falei naquela coluna, eu sinto falta de fazer reviews de jogos aqui, e enquanto não acho tempo para voltar com os fast-food reviews, aproveito minha coluna para falar um pouco sobre o que ando jogando.
Ando numa onda meio retro ultimamente. Deve ser castigo por ter xingado tanto os jogadores nostálgicos naquele conta-gotas de séculos atrás. Mas o que importa é eu me divertir, então fuóda-se.
Vamos lá, o que um cara ocupado como eu está jogando ultimamente? Vamos começar com o portátil ok?
Castlevania: Dawn of Sorrow (Nintendo DS)
Quando adquiri meu Nintendo DS, o mesmo já veio com os dois Castlevanias disponíveis para o portátil: Dawn of Sorrow e Portrait of Ruin. Caguei total para os dois joguinhos. Eu era fã do Castlevania do Super Nintendo, que até hoje jogo em emulador, mas não me empolguei com as versões do DS. Joguei cinco minutos de cada um, mais pela pira do console novo nas mãos do que propriamente pelos jogos. Encostei os dois e fui jogar outras coisas.
Aí né, há uns dias atrás vi a notícia do lançamento de Castlevania: Order of Ecclesia para o NDS e empolguei. Vi uns trailers, umas fotos e achei do caralho. Então resolvi retomar o Dawn of Sorrow, o primeiro Castlevania lançado para o DS, pra fazer um “esquenta” pro Order of Ecclesia.
Orra. Totalmente do caralho. Analisando agora vejo que o que tinha me afastado do jogo era o clima old-school que ele tem. Porra, eu tinha acabado de comprar um console NOVO pra jogar um jogo que era idêntico em gráficos ao Castlevania do Super NES? Fazia sentido que eu deixasse os dois de lado e fosse me admirar com outras coisas que utilizavam melhor o poder do portátil.
Mas Dawn of Sorrow é muito do cacete de bom. Ele tem o lance de você roubar habilidades de TODOS os monstros do jogo, o que torna a experiência toda altamente personalizável. Além disso, você pode alternar entre duas configurações diferentes de três habilidades e três equipamentos, tudo ao toque de um botão. Isso é animal e acaba com aquele problema desgraçado do Castlevania, de você ter que ficar entrando no menu pra trocar equipamento toda hora. Isso era um saco no Playstation.
Também achei os ambientes bem variados e a mistura de 3D com 2D é totalmente acima das expectativas para um jogo que foi um dos primeiros do DS, se não me engano. Completamente viciante, pelo jogo em si, porque a história é uma bosta. Não tem nada daquele clima de “wooooo estou no fucking castelo do fucking DRÍCULA COMEDOR DE GENTE mano!” E daí você enfrentava o Drácula no final. Mas aí estou sendo nostálgico demais também. Os jogos avançam e não dá pra repetir a mesma porra de história para sempre. Acho.
Ah sim, e graças ás duas telas do DS, agora você pode ter o mapa do castelo sendo exibido o tempo todo pra você. Baita mão na roda. Arrisco dizer que Castlevania nunca esteve tão confortável num console quanto está no DS.
Pro Evolution Soccer 2008 (Wii)
Devido á escassez de jogos bons para o Wii (sai MUITA merda para o Wii, cês não fazem idéia. Ainda vou fazer uma coluna sobre o assunto), tenho voltado minha atenção para o meu bom e velho PS2 nas últimas semanas, e considerando com carinho a cada vez mais próxima compra do meu X360. Não é que o Wii não tenha jogos bons, veja bem. O que acontece é que sai uma caralhada de jogos ruins, e você fica meio desanimado de acompanhar os lançamentos do Wii. Definitivamente é um mal dos consoles da Nintendo, porque a situação é a mesma com o DS.
Mas enfim, como costumo acompanhar todos os lançamentos, acabei batendo aí com o Pro Evolution Soccer e fiquei curioso. Futebol no Wii? Vocês também não ficam curiosos pra ver como isso funciona com o wiimote? De início pensei que não iam fazer picas com o wiimote, e iam simplesmente lançar mais um jogo de futebol para ser jogado com o controle tradicional. Orra, me enganei feio.
Pro Evolution é uma evolução no quesito “controle em jogos de futebol”cara, e eu particularmente acho difícil voltar aos controles tradicionais agora. O que acontece é que você não precisa mais ficar “carregando” a bola e seu jogador pela tela, como acontece nos outros consoles. Aqui a coisa é muito mais simples e intuitiva: tu simplesmente aponta pra onde quer que a bola vá, e as coisas vão acontecendo.
Falando assim parece que o jogo foi idiotizado, tornado uma coisa fácil e simples demais, mas não é isso. Você ainda controla seus jogadores individualmente, se assim o preferir. Aliás, isso funciona muito melhor agora. Por exemplo, digamos que vai ter uma cobrança de escanteio e você já marcou pro cara chutar na pequena área. Mas aí você vê que todos os seus atacantes estão marcados pelos oponentes. Você pode simplesmente apontar pra um zagueiro seu que esteja fora da área, apertar o botão nele (selecionando-o) e fazer um movimento rápido com o wiimote pra dentro da pequena área. O magrão vai correr e se posicionar onde você finalizou a movimentação do wiimote. Aí cê cobra o escanteio apontando pra esse zagueiro, que vai estar sem marcação, e dá uma sacudida no nunchuk, em direção ao gol, antes que a bola chegue no zagueiro. Isso é a indicação pra ele cabecear, o que ele vai fazer direto pro gol e tu só corre pro abraço.
Agora imagina essa descrição toda aí do parágrafo de cima acontecendo em tipo, DOIS SEGUNDOS, no jogo. Animal né? Muito fluido, muito dinâmico e muito divertido. E o jogo todo é assim. Dá um certo trabalho pra aprender todos os gestos do wiimote e do nunchuck, mas depois que você aprende nunca mais quer voltar pro controle tradicional. Estou me divertindo pra cacete com o joguinho e devo dizer que é o tipo de coisa que reestabelece minha fé no Wii como o console mais inovador de sua geração.
Super Metroid (Super Nintendo)
Estou jogando Super Metroid porque o Olaf me intimou nos comentários do Overdose Sci-Fi. Taí mais um jogo que eu devia ter jogado antes.
É sempre difícil pegar um jogo antigo de uma franquia onde você só conhece os jogos mais novos. Eu conhecia os Metroids do NDS e do Wii, que achei completamente espetaculares. Eu não queria ver os Metroids mais antigos, porque eu tenho essa coisa de “os jogos avançam, vamos deixar o passado no passado e etc.”. Mas a vida é assim mesmo, você tem que aprender a engolir suas palavras antes que alguém faça você engolir.
Então deixei o orgulho de lado e meti as caras em Super Metroid. Pega emuladorzinho, carrega ROM e etc. Uma vantagem de se jogar Super NES em emulador é que você consegue qualquer porra de jogo a qualquer hora. E os downloads levam uns três ou quatro segundos. É quase que um acesso instantâneo á memória dos games, uma beleza. Espero pelo dia em que isso aconteça com a geração atual ou pelo menos com a geração do Playstation 2. Isso já quase acontece com a geração do Playstation, e definitivamente acontece com os jogos de Nintendo 64. Uma maravilha para quem preza os vídeo-games.
Mas então, Super Metroid. De todos os jogos que estou falando aqui hoje deve ser realmente o que mais me surpreendeu, porque eu não esperava muita coisa. Eu lembro de ver pessoas jogando Super Metroid na época de ouro do Super Nes, e lembro das reviews acaloradas e fotos do jogo nas revistas. Mas sei lá, nunca tive a chance de alugar o jogo, ou simplesmente tinha outras coisas pra jogar. Então foi muito bom nunca ter tido muito contato, porque senti a força do jogo de forma plena.
A primeira coisa que realmente empolga em Super Metroid são os efeitos sonoros. Ou a falta deles. Gosto muito de como a música é bem colocada no jogo, mudando radicalmente nos momentos de tensão. Me lembrou muito o uso da música nos melhores RPG’s que já vi. Quem diria que aquelas midis porcas dos cartuchos de Super NES ainda conseguiriam me arrancar alguma emoção.
Depois disso o que me arrebatou em Super Metroid foi a narrativa do jogo, a forma como os eventos vão se desenrolando. O que é aquele começo onde você tem que sair NO GÍS do laboratório antes de tudo ir pelos ares? Espetacular. Tu acabou de entrar no jogo e já se sente numa porra de filme de ficção-científica. E não é só fugir do lugar, cê tem que ir manobrando seus pulos nas plataformas que ficam girando e tals. Tensão mano, tensão.
Mas a melhor parte mesmo foi descobrir que tudo que eu achava inovador no Metroid do Wii já estava na versão do Super Nes, principalmente as armas, menus e história intrincada. Foi muito legal descobrir que é a mesma forma de jogo e os mesmos esquemas de desenvolvimento de solução dos puzzles de ambiente. Foi tipo uma nostalgia ao contrário. Foi um déja-vu gamístico, se é que isso é possível; uma sensação de já ter visto aquilo antes em outro lugar, mas não como uma simples lembrança e sim como uma identificação de já ter sentidos os mesmo sentimentos a respeito de um jogo, em outro lugar e tempo diferentes. Bizarro. Recomendo a todos que passem por isso um dia. Vai estreitar os seus laços com seus vídeo-games preferidos.
Caralho, como eu me empolgo pra falar de jogos. E nem falei o que tô jogando no PSP e no PS2. Fica pra próxima coluna, ok? Se eu não achar outro tema mais interessante, claro.