A fim‚ de atender às necessidades dos seletos jogadores que lêem este site, postarei a partir desta data que chamo de fast-food reviews: análises rápidas, deformadas e parciais de jogos que talvez você esteja pensando em jogar, mas não sabe se valem a pena ou não.
Afinal, você deveria gastar mais tempo jogando do que lendo sobre jogos. Pense nisso.
O formato destas reviews é muito simples: uma foto do jogo, uma apresentação do jogo e um julgamento final.
A fim de manter a masculinidade e espartanicidade, o julgamento só tem duas opções: vale a pena jogar ou não vale a pena jogar. Não existe meio-termo em vídeo-games. Esse negócio de review que dá nota 7,0 é coisa de TANGA. Que porra você tem que entender de uma nota 7,0? É pra jogar ou não é? O jogo é bom ou é meia-boca? É pra jogar um pouco e depois parar?É pra jogar só 70% do jogo? Coisa de TANGA.
Para colocá-lo no correto estado de espírito sugiro que assista ao seguinte comercial do XBox, que foi banido no Reino Unido, e só por causa disso já é bom:
A Vida é Curta, Motherfucker.Play More. Play Hard.
É uma filosofia muito belíssima. Em um dos seus grandes preceitos, diz que você não deve tentar conter ou evitar os sentimentos negativos. Você deve senti-los com toda força, e deixar que eles passem por você.
Como eu ainda estou sentindo muita raiva por relançarem Arkanoid pro DS, vou senti-la com toda força e deixar ela passar.
Passar pra vocês.
Cooking Mama 2 foi confirmado para 2008, saindo novamente pra DS e Wii; é a continuação de um jogo espetacular, onde você pode fazer comida:
Fazendo comida, no vídeo-game, cara! Os jogos realmente transportam a gente pra outra realidade.
A primeira versão foi bem-recebida pela crítica especializada. E é por isso que sempre digo pra vocês não confiarem nesses sites motherfuckers de análises de jogos. COMO alguém pode achar bom um jogo que faz você passar por toda a encheção de saco que envolve cozinhar, e no final não tem NADA pra comer?
Tenho certeza que Cooking Mama 2 vai ter um simulador de LAVAR LOUÇA junto, pra ficar ainda mais divertido. Tô falando pra vocês: estamos perdendo totalmente a noção.
Não joguem Cooking Mama, ok? Façam um miojo e joguem Street Fighter. Pelo bem da comunidade gamer.
Em verdade vos digo, marujos: essa vida é um poço cheio de ironia.
Logo quando estou eu aqui, preparando uma série de artigos falando sobre a EVOLUÇÃO dos jogos desde o Atari, me deparo com o anúncio de que teremos um novo remake de Arkanoid rolando, dessa vez para o Nintendo DS:
Ah, mas‚ que maravilha. TUDO que nós precisamos é jogar MAIS Arkanoid.
Mas vocês devem estar se perguntando o que é aquilo embaixo do DS. Bom, aquilo é um manche, pra encaixar na entrada dos cartuchos de Game Boy Advance. Dá pra acreditar? Os motherfuckers não só relançam um dos jogos mais velhos e pentelhos do mundo, como também querem que a gente jogue fingindo que está no fliperama.
O que torna as coisas mais revoltantes, é que há mais ou menos um mês atrás foi lançado para o Nintendo DS um jogo chamado Nervous Brickdown:
Jogão, meu (Não ligue para o 7,5 que a Gamespot deu, eles não sabem de nada). Releitura absolutamente criativa e inovadora do Arkanoid, e que utiliza tanto a tela de toque como o microfone de forma muito bem incorporada á jogabilidade. O tipo de jogo que te mostra como um bom desenvolvedor consegue aproveitar os recursos de uma plataforma inovadora como o DS, sem ter que ficar lançando porra de acessório junto, trambolho que só serve pra ser usado com um único jogo.
Sabem do que isso me lembra? Da Super Scope, a bazuca do Super Nintendo:
Ela morreu. Foi pro limbo dos acessórios inúteis. E Arkanoid do DS vai também.
Desculpem pela piada no título, não pude resistir.
O site www.gaygamer.net, mantido por e direcionado aos jogadores homossexuais, foi alvo de ataques de hackers preconceituosos, que floodaram os fóruns do site e acabaram por tirá-lo do ar. Os ataques foram anunciados, e vieram acompanhados de mensagens ameaçadoras, devido á “orientação sexual” do site. Mas o site já está no ar novamente, mais poderosa do que nunca.
Alguns leitores aqui já devem ter percebido que sou defensor dos valores masculinos, mas esse tipo de notícia me torna um pirata ainda mais irado e raivoso. Porque por trás desse tipo de atitude está a boa e velha censura: o fato de algumas pessoas acharem que sabem o que é melhor pros outros.
Como já deixei claro no post de Manhunt 2, acredito que cada pessoa tem o direito inalienável de decidir por si mesma o que quer assistir, ouvir, falar ou fazer com seu corpo. Absolutamente NINGUÉM pode saber o que é melhor pra você além de você mesmo. Atacar e tirar um site do ar só porque você discorda do seu conteúdo ou da orientação sexual de quem o faz e visita, é um belo exemplo de intolerância e, em última análise, burrice patológica.
Esse grande navio pirata em que vivemos, só vai continuar singrando os mares se aprendermos a ser uma tripulação unida, e não jogando ao mar cada pirata que faz algo de que não gostamos. Isso é especialmente válido dentro da comunidade gamer, que tem sido alvo de censura nas mais diversas formas. Nos tornamos o bode expiatório de tudo que está errado na sociedade.
Com o sucesso dos três jogos e o inacreditável número de assinantes de World of Warcraft (já se encaminhando para 10 MILHÕES de jogadores), até que demorou para os grandes estúdios de cinema sacarem que lançar um filme baseado no jogo seria lucro certo. Milhões de nerds reclamões seguramente se dirigirão ao cinemas mais próximo, para apontar os problemas e falhas do filme.
Normalmente eu faria uma previsão pessimista sobre a qualidade da película, já que 90% dos filmes baseados em vídeo-games são bombas espetaculares (Doom) ou trashs espetaculares (Resident Evil).
Porém, estamos falando da Blizzard, respeitadíssima produtora de jogos (Diablo, Starcraft) e conhecida pela qualidade gráfica de suas animações. Quem conhece a produtora, sabe que eles não jogam pra perder.
 WoW: 10 milhões de jogadores não podem estar errados.
Outro bom sinal é que o estúdio que deve produzir o filme é o Legendary Pictures,
responsável por Batman Begins e 300. Nomes de peso. Junte a isso um orçamento em torno de 100 milhões e podemos ter uma pequena esperança de algo surpreendente pela frente.
Pouco se fala sobre o enredo, mas este deve ser baseado nos eventos que antecedem
World of Warcraf; a idéia é construir um filme épico, nos moldes de 300. E, também como em 300, serão utilizados atores reais, dentro de cenários e sequências gerados em computador.
Os economistas têm razão: a livre concorrência sempre beneficia o consumidor.
Depois do anúncio de que “Enter Sandman” vai estar presente no set list de Rock Band (o mais novo concorrente de Guitar Hero), a Activision dá o troco e anuncia que “One”, um dos maiores hits do Metallica e carro-chefe do álbum “And Justice for All”, vai fazer parte da lista de Guitar Hero III.
E o melhor: não vai ser um cover, estará disponível em sua versão original. “One”, com seus solos de guitarra nervosos, deve acabar com os dedos dos jogadores mais calejados.
Boa, Metallica! Quem sabe, colocando seus grandes clássicos nos nossos jogos preferidos, nós começamos a respeitar vocês de novo.
Agora o refrão, everybody:
Hold my breath as I wish for death
Oh please god,wake me
Manhunt foi um dos jogos mais originais do Playstation 2, quando lançado em 2003. Não foi nenhum primor técnico, é verdade: os gráficos eram meia-boca e escuros demais, o jogo era lento, sem vídeos espetaculares e nem efeitos surpreendentes. Mas o jogo quebrou todos as barreiras aceitáveis de violência em um jogo (Hell, yeah!) e é, provavelmente, um dos jogos mais atmosféricos a sair pra um console, tão assustador e opressivo como o primeiro Silent Hill, por exemplo. Se você ainda não conhece, dê uma olhada aqui e aqui.
Manhunt: Gente boa da melhor qualidade.
4 anos depois, a Rockstar (Grand Theft Auto, Max Payne) tenta lançar Manhunt 2. E nesse ano podemos acompanhar uma das mais absurdas coisas que podem acontecer em qualquer indústria de entretenimento: a censura prévia.
Ou seja, SEM NEM MESMO VER O JOGO, os órgãos responsáveis pela avaliação e classificação etária (Nos EUA e Europa), decidiram que não iriam avaliar Manhunt 2, ou que ele só poderia sair com a classificação AO (Adults Only). Essa classificação equivale a dizer que o jogo seria comparável a um filme pornô com anões, cabritos e transformers homicidas, e que só deve ser visto por pessoas de mais de 85 anos e que já participaram de alguma guerra com mutilações de membros. A alegação é de que o jogo é “violento e perturbador demais”. Me sinto aliviado por saber que os órgãos responsáveis me protegem da violência DE MENTIRA que eu poderia ver no meu Playstation 2.
A classificação, mais do que indicar aos pais que o jogo é inadequado para crianças, serviu para banir o jogo nos países de língua inglesa e boa parte da Europa. Além disso, Nintendo e Sony declararam que não lançariam o jogo para seus respectivos consoles com essa classificação (o que me faz respeitar a Microsoft um pouquinho mais nesse momento, que preferiu não se declarar). A situação gerou comoção na comunidade gamer, e mesmo quem não gostava do primeiro jogo, passou a defender o direito de cada jogador decidir por si mesmo o que acha adequado ou não jogar, ao invés de deixar a decisão nas mãos de órgãos reguladores hipócritas.
E agora a Rockstar resolve reagir. Nesta semana a distribuidora de Manhunt 2 declarou:
“Take-Two Interactive Software, Inc. confirmed today that Rockstar Games has appealed the British Board of Film Classification (BBFC) decision that prohibited the release of any version of Manhunt 2 in Britain.” (Fonte: aqui)
Traduzindo: A Rockstar apelou ao órgão regulador oficial (BBFC) que tinha proibido o
lançamento de qualquer versão de Manhunt 2 no Reino Unido.
E, ao contrário do Brasil, lá as apelações são coisa séria, e não apenas uma forma de prorrogar um processo. Com a apelação aumentam as chances do lançamento de Manhunt 2, pelo menos no Reino Unido. Mais do que uma vitória da Rockstar, seria uma vitória de todos os jogadores, que começam a ser levados a sério como uma comunidade que sabe pensar e escolher por si mesma. Way to go Rockstar!
Vejam como a internet e os vídeo-games nos ajudam a compreender como nós, terceiro mundo, somos sistematicamente ignorados pelo pessoal “lá de cima” (USA e Europa):
A nova modinha dos sites de games gringos (veja aqui, aqui e aqui) é criticar a Sony pelo lançamento do Playstation 3 no México, que está saindo por módicos 9.999,00 Pesos. Isso dá mais ou menos 900 dólares, ou quase o dobro do preço pago nos EUA. Nossos colegas jornalistas de games estão descendo a lenha na gigante dos eletrônicos, por causa do preço abusivo, falta de consideração pela renda per capita dos mexicanos e abuso geral do consumidor.
Enquanto isso nós, índios excluídos, ficamos só de longe olhando o PS3 “oficial”, vendido pelas Americanas e Submarinos da vida, ao acessível preço de 3000 reais, mais ou menos 1500 dólares. Oh, quem poderá nos defender?