ISSO é que é encarar sua noobice na esportiva, hein? Não sabe jogar WE? Vem jogar volêi com a gente, Paquita!
A vantagem de se jogar com mulher é que nossos tapas devem doer menos, bem menos. Pelo menos ele sabe como ser noob de maneira intimidante, duvido muito que nêgo soltasse um “Bitch, stop noobin'” pra ele.
Se esse caboclo jogasse Winning Eleven comigo, eu ia chegar ao final da partida com um olho roxo, sangue no nariz e uns três dentes a menos. Só ganho essa porcaria na base do carrin (quem liga pra cartão amarelo?), mesmo.
E é pelo bem da minha enterna integridade física que vou encerrar esta notinha e só jogar Burger Island 2 doravante.
(Nota do Editor: como eu sou um cavalheiro, decidi ceder minha coluna de hoje à Bel, para que ela exercesse seu direito de resposta em nome de todo o público feminino. Não se acostumem – Atillah)
Francamente, meus rapazes.
Pra que tanta revolta? Pra que debochar tanto, tentando magoar nosso pobres corações? Além de gordinhas, nós adoramos pegar num joystick e vocês vêm RECLAMAR disso? Melhor que isso só se a gente gostasse de colocar o joystick na boca e… e…
Eis aí um album polêmico. Polêmico para os fãs, quero dizer. As crítica nas revistas sobre o The Black Album sempre foram muito boas, mas temos uma legião de fãs frustrados que alegam traição do movimento uma mudança ruim no estilo musical do Metallica.
Algumas opiniões sobre que já vi por aí:
– É bom, mas não é Metallica.
– Metallica acabou depois do The Black Album.
– É um dos melhores albuns da banda.
– LIXO, acabou com a carreira dos caras.
– Inaugurou um novo gênero musical: o thrash progressivo.
– Uma música pior que a outra. Cadê a velocidade e a destruição?
– Uma pérola dos anos 90.
Como sou eu que tô escrevendo essa bagaça, é a minha opinião que vai prevalecer: os outros albuns que me perdoem, mas The Black Album é meu favorito. Que reclamem os fãs do Metallica mais cru, eu creio que as mudanças de velocidade, complexidade e estilo que ocorreram do …And Justice For All pro Black foram as melhores possíveis.
De vez em quando os números falam por si (mas só de vez em quando), então vamos a eles: mais de 22 milhões de cópias vendidas no mundo todo, sendo 15 milhões de cópias vendidas só nos EUA. Ok, 22 milhões pro mundo todo perto dos… sei lá, 100 milhões de Thriller do Michael Jackson, não chega a ser tanto assim, mas estamos falando de metal, um gênero que não é normalmente muito popular. Por isso que o Michael é pop é Metallica é “trash”, apesar de que normalmente o pop é bem trash e, let’s face it, Metallica é pop. Logo, se Metallica é pop, também é trash e… oh, merda. Onde eu estava mesmo?
Ao contrário do Master Of Puppets, que não teve nenhum clipe lançado, foram lançados 5 clipes do Black: “Enter Sandman”, “Nothing Else Matters”, “Sad but True”, “Wherever I May Roam” e “The Unforgiven” (fonte: Wikipedia, sempre), dando cada vez mais popularidade à banda. Acho que eles empolgaram depois que os holofotes os viram, após o lançamento do clipe de “One” (do album …And Justice For All),
O fato é que o Metallica de Load (1996), ReLoad (1997), St. Anger (2003) e Death Magnetic (2008) não é o mesmo de Kill ‘Em All (1983), Ride the Lightning (1984), Master of Puppets (1986) e …And Justice for All (1988), e The Black Album, lançado em 1991, fica ali, dividindo as águas entre o old school e o new school. Se isso é bom ou ruim, well… vai do gosto do freguês. Como eu já mencionei, gosto de Metallica até o ReLoad. Metal comercial, mas de qualidade. Não vamos excomungar ninguém por querer um pouquinho de fama, certo?
No meu gosto, meus ouvidos são deliciosamente agraciados quando aperto o “play” prá ouvir The Black Album. “Enter Sandman” possui riffs viciantes e deliciosos, é agressiva e pesada, apesar de não tão explosiva quanto Metallica costumava ser. Ainda assim, apareceu em muito top 10 por aí. É o apelo comercial, fazer o quê… não deixa de ser uma música muito boa.
A letra fala sobre pesadelos e todos suas co-relações sinistras: escuridão, monstros, o medo de dormir e do escuro por causa desses pesadelos. Sinistro, né? Mais sinistro ainda com aquela oração no meio da música, encabeçada por um padre (?) e repetida por um garotinho. Muito foda, cara.
“Sad But True” tem uma das introduções mais violentas de todos os tempos. Aliás, essa música é um espetáculo à parte: batida arrastada mas pesada, bateria marcada e riffs que causam trancos involuntários no pescoço. Muito, mas muito bem bolada essa música, apesar de ter uma batida completamente diferente dos albuns anteriores, contrapondo-se com “Hollier Than Thou” que é mais rápida e explosiva, e cujo baixo é uma das coisas mais fodas que já ouvi.
“The Unforgiven” é quase uma balada (deixei esse título prá, obviamente, “Nothing Else Matters”), mas QUASE MESMO. Ouvir essa música não estoura seus tímpanos nem esmigalha seus miolos, e não vou negar que o solo de guitarra ficou parecendo gelatina diet, de tão sem graça. Ainda assim, a melodia é boa e a música foi -e ainda é- bastante popular… me lembro de ligar na rádio prá pedir essa música, quando era mais novinha, até.
Os vocais, misturam um violento e rasgado “New blood joins this earth / And quickly he’s subdued” com um suave, afinado e concentrado “What I’ve felt, what I’ve known / Never shined through in what I’ve shown”, e o mesmo se aplica a todo o andamento da música, que mistura agressividade e refinação: na estrofe, violenta. No refrão, uns dedilhados leves de guitarra. Bonita, mas um bocadinho frufru.
“Wherever I May Roam” começa com a porra de uma cítara. Uma cítara, véio.
YEAH, METAL _;;/
Mas é só prá causar aquela sensação de “RÁ! Aposto que você achou que a música ia ser uma merda esquisitona! TE-PE-GUE-EI! Olha como ela é brava, pesada e deliciosa!”
Eu gosto muito da letra, que expõe uma liberdade meio subversiva e rebelde, algo tipo “nômade, vagabundo, me chame do que quiser. Mas eu faço o que quero e falo o que quero na hora que quero… seu babaca de merda… vem cá pr’eu chutar essa sua bunda ridícula, vem”
E acabei de descobrir que essa música é citada em Warcraft 3:
Bandit: Roamer, wanderer, nomad, vagabond… call me what you will.
Beastmaster: Where I lay my head is home. See that rock? That’s my pillow.
MASSA, eu nem sabia disso.
“Don’t Tread on Me” era o lema dos colonos durante a Independência dos EUA (acho que era isso), e nota-se um satírico tom militar logo nos primeiros riffs da música. A harmonia toda da música -vocais meio secos, bateria marchada- tem um quê de marcha militar. É uma boa música com um bom teor de destruição. E a destruição segue com “Through The Never”, que é mais explosiva. Apesar do próprio James Hetfield ter admitido não gostar tanto assim dessa música, vamos pensar que prá calmaria comercial que é The Black Album, “Through The Never” é uma surpresa boa, muito bem localizada antes da droga da balada que é “Nothing Else Matters”. Falando em números, ficou em 11° lugar no Mainstream Rock Tracks Charts de 1992. Mãããs, falando em cabeças rolando e pescoços se deslocando, deixa muito a desejar. Confesso que eu tolero “Nothing Else Matters” no Black só por causa do valor sentimental que esse album tem prá mim, mas se eu tivesse o poder, discretamente varreria essa baladinha causadora de impotência sexual prá debaixo do tapete. Mas aê, o povo gostou, né…
Depois de uma leve monotonia causada pelo monte de “never cared for what they” blablabla, começam os riffs e a batida DELICIOSA de “Of Wolf And Man”, uma d’As Músicas do Black (juntamente com “Sad But True”, “Hollier Than Thou” e “Don’t Tread on Me”, o quarteto malvado do album). Arrisco a dizer que essa é a minha favorita do album todo, que fala sobre… ser lobisomem? Sei lá. SO SEEK THE WOLF IN THYSEEEEELF!!
Após a obra-prima que é “Of Wolf and Man”, vem o melodioso baixo da introdução de “The God That Failed”. Dizem que Hetfield escreveu essa música baseado em sua mãe, que morreu de câncer por recusar tratamento médico, crendo solenemente que Deus ia curá-la magicamente, assim como cura todos os crentes do mundo que possuem câncer, distribuindo milagres a torto e a direito. Mas que puta véia estúpida, viu… A música fala sobre a superficialidade da fé cega num geral, incluindo aí as promessas quebradas pelo nosso suposto salvador. Lenta, pesada, descrente e uma guitarra empolgante, não tinha como ser ruim.
“My Friend Of Misery” também não é tão destrutiva, mas continua PESO. Aliás, como já notaram, poucas músicas do The Black Album são alucinantes, frenéticas e esmagadoras, mas quase todas são PESO. Ainda assim, sabe aquele último solo da música, que ocupa o último minuto? Então, ducaraio. Outro solinho de encerramento que faz a música inteira valer a pena. E, finalizando o album, que venham os tambores de marcha de “The Struggle Within”! Uma ótima porrada na cabeça, só prá você não desligar o CD achando que Metallica virou banda de fruta por causa do “Nothing Else Matters” enfiado ali no meio.
No geral? É um dos albuns que mais agradou a galera -incluo-me nessa- apesar de ter gerado uma certa polêmica entre os fãs. São hits inegáveis e músicas BOAS que se distanciam do Metallica dos anos 80, mas que não significa que sejam músicas ruins. Diferente, mas bom, muito bom.
Acho que fez sucesso porque havia um apelo comercial por terem abrandado a pancadaria, mas o estilo da banda ainda era bem marcante e destacado. Uma pena que o sucesso ofuscou e o estilo foi solenemente ignorado prá dar ênfase apenas ao lado comercial da coisa. Fazer o quê? É até compreensível.
Mas atenhamo-nos às coisas boas! Com apelo comercial ou não, The Black Album é uma pérola dos anos 90 (eu coloquei essa opinião lá em cima, né? Pois é, é minha).
The Black Album – Metallica
Lançamento: 1991 Gênero musical: Thrash/heavy metal Faixas:
1. Enter Sandman
2. Sad But True
3. Holier Than Thou
4. The Unforgiven
5. Wherever I May Roam
6. Don’t Tread on Me
7. Through the Never
8. Nothing Else Matters
9. Of Wolf and Man
10. The God That Failed
11. My Friend of Misery
12. The Struggle Within
Eu nem sou fã de Ozzy, mas nesse aspecto nós concordamos: Master of Puppets é uma das melhores coisas que já foram produzidas no vale das sombras e da morte do heavy/thrash metal. Lançado em 1986, foi o último album a ter participação do Cliff Burton, que morreu seis meses depois. Muita gente diz que foi aí que a banda começou a cair de nível, misturando a morte do baixista misticamente com o fato de Metallica ter ficado ruim alguns albuns depois (eu, particularmente, gosto até o ReLoad). Como se ele fosse o único responsável pela delicinha que é Metallica, ou… como se o espírito do cara ficasse prá assombrar o restante da banda com músicas ruins de morrer, ou que intencionasse levar todos os fãs da banda junto com ele para o túmulo, mortos por desgosto e decepção.
– Galera, escuta essa música que conheci aqui no inferno: saaaint anger ‘round my neeeck…
O que importa, depois de tudo isso, é que Cliff ainda caminhava entre os vivos para contribuir na obra-prima que é Master of Puppets. Mesmo sem ser lançado um single, vendeu mais de seis milhões de cópias nos Estados Unidos, e foi o primeiro album de thrash metal a entrar no Top 40 da Billboard 200 (em uma injusta 29° colocação!). Pois é, mesmo sem divulgação na TV ou nas rádios, os caras chegaram chegando e se firmaram como sensação. Até hoje, creio que 90% dos fãs de Metallica colocam os três primeiros albuns (Kill ‘Em All, Ride The Lightning e Master of Puppets) como os melhores da banda, só mudando, talvez, Master of Puppets de primeiro prá segundo lugar com Ride The Lightning. Tô errada?
Vamos ao album, então.
“Battery” chega enganando, na manha. Nêgo começa ouvindo e pensa “puxa que balada bonita de violão… meio soturna, mas bonita” e então o primeiro minuto se passa e lá vem PESO. “Battery” é veloz e empolgante, e eu encontrei pela internet da vida um parágrafo que muito bem descreve essa música:
Com velocidade de um carro de Fórmula 1, com a força de um trator, entre outras características, uma música dotada de um riff excepcional, e injeta no seu corpo adrenalina até o limite do suportável. A música vai rolando e ladeira abaixo e se tornando repentinamente mais lenta, para logo após entrar em uma parte rápida e Kirk solta das cordas um solo que você tem que pegar o queixo de volta do chão quando ele acaba. A porradaria novamente volta furiosa e prossegue quebrando tudo ao final. Pérola do Heavy-Thrash que só o Metallica SABIA fazer…
Fonte: Um blog pessoal de um desconhecido aí
Mas “Battery” é frufru como a Sandy usando um vestido rosa e cantando Celine Dion perto do que vem depois, já que “Master of Puppets” não dá nome ao album à toa. Na minha opinião, é uma das top 5 heavy metal de todo o mundo e de todas as épocas. Só de ouvir o tam! tam-tam-taaam! dos riffs iniciais, minha alma se alegra e sorri, ao mesmo tempo que minha cabeça invariavelmente teima em bater. Sério, eu nem consigo descrever o quanto gosto dessa música. Eu não consigo nem saber do que realmente fala a letra. “Master of Puppets” me põe numa espécie de transe em que só penso em obedecer meu mestre quantos neurônios estão sendo esmigalhados ao mesmo tempo. Rola um solo mais heavy tradicional, muito bonito por sinal, depois de tanta destruição… mas que não dura mais que dois minutos. Logo depois do solo vem mais porrada: “Master, master, where’s the dreams that I’ve been after?
Master, master, you promised only lies
Laughter, laughter, all I hear and see is laughter
Laughter, laughter, laughing at my cries”
E mais um solo destruidor. E vou parar por aqui, porque eu realmente poderia ficar o resto do dia matutando sobre a beleza e força dessa música, mas ainda faltam 6 músicas para falar sobre.
“The Thing That Should Not Be” é outra que me deixa em estado de transe. Ela e “Welcome Home (Sanitarium)” são mais lentas, mas não são baladas. São menos batidas por minuto, mas não chegam nem perto de ser o tipo de música que eu chamo de pinto-murcho. É que não são do tipo que esmigalham, e sim que cobrem de porrada. Mesmo assim, “The Thing That Should Not Be” é viciante, mas não sou tão fã de “Sanitarium”. Ainda assim, admito que o solo que fecha essa música é delicioso, vale a música inteira.
Depois da calmaria de “Sanitarium”, vem “Disposable Heroes” com toda sua fúria e agressividade prá cima dos nossos tímpanos. COM CERTEZA é uma das melhores músicas do album. A letra descreve um cenário de guerra, com corpos espalhados, barulho de metralhadora e um jovenzinho de 21 anos, filho único, morrendo ali, sozinho, acompanhado apenas de sua arma e conformação e frustração perante a própria morte. E o refrão é aquela coisa de grudar na cabeça: “Back to the front
You will do what I say, when I say
Back to the front
You will die when I say, you must die
Back to the front”
Simplesmente do caralho. Essa aí é outra música da qual eu poderia ficar o dia inteiro falando e elogiando, mas ainda tenho o resto do album pela frente. Enfim, prossigamos.
“Leper Messiah” começa com a contagem crássica do baterista e com um riff destruidor de cérebro. Tá aí outra que merece ter o volume aumentado até que seus olhos pulem prá fora e seus tímpanos peçam arrego. PESO, cara.
A batida da bateria dessa música é uma delícia, do tipo que me faz tocar air drum no ônibus. O solo de guitarra, é claro, alucina qualquer fã de metal com sua rapidez e elaboração, mas a bateria é um espetáculo à parte. A letra? A letra eu nem sei do que fala, só sei que nós temos algo em comum, mas é só a empolgação no air drum, tendo em vista que eu possivelmente sou mais macho que esse emo aí.
“Orion” é instrumental. Blablabla, eu pulo instrumentais porque acho que os berros fazem parte do metal assim como a cerveja faz parte da vida, mas “Orion” vale à pena. Pesada e com melodia boa, mais te faz viajar que querer bater a cabeça na parede. Da primeira vez que eu ouvi o album Master of Puppets, eu me lembro de ter achado “Orion” um saaaco. Perdoa, ó Pai, eu tinha apenas 13 anos e não sabia direito o que era metal. Hoje em dia, reconheço a grandiosidade dessa música, que parece cair muito bem com amigos e cerveja. Tanto que é a segunda vez só nesse parágrafo que eu falo de cerveja. Culpem os 8 minutos de guitarras distorcidas na minha orelha, vai. Depois de alguns anos de preconceito, hoje essa música merece meu humilde reconhecimento e meu prêmio joinha.
A título de conclusão, ladies and gentlemen, “Damage Inc.” nos é enfiada rabo adentro (sem KY). É o grand finale perfeito, veloz, demolidor, destruidor, arrasador, matador, chutador de bundas e que você deveria ouvir no último volume prá se vingar do vizinho que escuta a Kelly Key dia e noite na sua orelha. Por que? Veja bem:
O solo mais rápido do álbum, daqueles em que pode ter certeza, se Kirk fosse tentar executá-lo todos os dias, todos os anos, ia acabar perdendo a mão, uma hora ou outra. Mas não para por aí! Viradas na bateria, bases que parecem se tornar cada vez mais rápida, James berrando como se fossem os últimos momentos de sua garganta. A música acaba repentinamente, com as famosas e empolgantes paradinhas thrash terminando um disco magnífico.
Impossível dar uma nota baixa para esse álbum. Os solos e bases de James e Kirk e a técnica empregada por Lars e Cliff é realente genial. Coisa que o tempo nunca vai consumir.
Fonte: Um blog pessoal de um desconhecido aí
Impossível dar nota baixa, impossível mesmo. Master of Puppets é um must-have, um cânone da história da música que deve ser ouvido e admirado pelas gerações posteriores. Literalmente, um clássico.
Master of Puppets – Metallica
Lançamento: 1986 Gênero musical: Thrash metal Faixas:
1. Battery
2. Master of Puppets
3. The Thing That Should Not Be
4. Sanitarium (Welcome Home)
5. Disposable Heroes
6. Leper Messiah
7. Orion
8. Damage Inc.
Stephen King.
Só esse nome já lhe causa arrepios e faz suas bolas ficarem do tamanho de ervilhas. Autor consagrado como o McDonalds da literatura (é lixo puro sem nenhum conteúdo saudável, porém delicioso e irresistível) e autor de clássicos do terror, como O Iluminado, Carrie – A Estranha, Christine, Cujo e Cemitério Maldito, cujas adaptações para o cinema preenchiam minhas tardes pré-adolescentes ao assistir o Cine Trash da Band.
Ele não é genial, ele não é subjetivo, ele não é lírico, ele não é um artista das palavras, mas vai saber narrar gostoso assim lá na PQP. Eu sou uma leitora cujos olhos brilham para clássicos como Madame Bovary, O Vermelho e o Negro e A Divina Comédia, mas eu seria hipócrita se não admitisse que devoro todos os livros do King que caem em minhas mãos.
Como eu disse, você NUNCA vai encontrar um escritor com uma habilidade narrativa tão afiada como a dele. Não é reflexivo, nem crítico e muito menos bonito, mas acredite: você vai curtir. Eu não poderia escolher outro autor para resenhar nessa sexta-feira 13.
Tendo confessado meu affair com Mr. King, posso começar a falar sobre Desespero sem parecer uma admiradora sem cérebro. Aliás, antes de começar a resenhar o livro em si, quero dizer que existe uma adaptação cinematográfica desta obra. Quer uma dica? Não assista. Os livros do Stephen King são uma uva se lidos e uma merda se assistidos. As excessões disso são á Espera de Um Milagre; que não é uma estória de horror, apesar de um forte elemento sobrenatural na trama e 1408, adaptação muito bem feita de um conto. Cemitério Maldito e Carrie (os filmes) eu adoro de paixão mas não são bons, eu é que sou trash.
Enfim, vamos ao Desespero:
Xerife:Você tem o direito de permanecer calado. Qualquer coisa que você disser poderá ser usada contra você no tribunal. Você tem o direito de ter um advogado presente durante qualquer interrogatório. Eu vou matar vocês. Se você não puder pagar um advogado, um defensor lhe será indicado. Você compreende seus direitos?
(Foi nessa parte do livro, bem no comecinho da narrativa, que os cabelinhos do meu braço se arrepiaram pela primeira vez. Eu também não entendi, só sei que gostei demais da sutil mensagem camuflada na Lei Miranda).
Desespero é uma pequena e abandonada cidade em Nevada, para onde um grupo de pessoas aleatórias – um escritor de meia-idade rebelde, uma família de pai, mãe e dois filhos pequenos, um casal moderninho de Nova Iorque etc. – são levadas após serem paradas na estrada pelo xerife Collie Entragian. Existem uns três personagens fortemente carismáticos nesse livro, o que acaba se tornando um dos grandes trunfos da obra. Dá até dó de saber que eles possivelmente morrerão (eu disse possivelmente). Maldito King sádico e sem coração!
Os viajantes logo percebem o comportamento bizarro e esquisito do xerife. O detalhe sórdido é que a cidade está literalmente abandonada porque o xerife Entragian… ah, não, não dá. Não vou contar a trama para vocês, vai estragar grande parte do prazer de acompanhar a narrativa. Só sei que tudo converge para uma apocalíptica batalha entre o bem e o mal, que falando assim parece tosca e nonsense, mas vale muito á pena você ver como as coisas caminham para esse rumo.
Essa é uma obra que contém imagens perturbadoras, do tipo que chegaram a invadir meus sonhos. Acredite se quiser: enquanto eu lia esse livro, tive dois pesadelos pavorosos envolvendo um ou mais elementos da trama. A minha sorte é que eu gosto de pesadelos e ok, admito que sou uma pessoa facilmente impressionável.
Stephen King é perito em descrever cenas, sentimentos, sensações e reações, geralmente ignorando a minha avidez pelos próximos movimentos das personagens, causando assim sensações fortes no leitor (inclusive fazendo meu braço arrepiar mais de uma vez). O livro peca, como toda obra de King, por parecer meio estúpido se descontextualizado e analisado á luz da lógica. Mas eu te garanto longas horas de prazer com Desespero. Uau, que frase sádica mais sexy…
Enfim, recomendo que você se arme com seus colhões e vá ler esse livro AGORA.
Desespero
Desperation Ano de Edição: 1996 Autor: Stephen King Número de Páginas: 540 Editora: Objetiva
Rock e metal tocando alto de moer os ouvidos, nêgo esparramado no chão (até com certo conforto) levemente embriagados, uns doidos lá na frente batendo cabeça, um povo mais atrás só curtindo o som, um maconheiro ou outro curtindo um baseado ao som de feras como Sepultura, Biohazard, Matanza, Suicidal Tendencies, Misfits, e, prá finalizar o quadro, tudo isso regado a muita cerveja. Esse foi o meu ambiente de sábado, quando coloquei meus coturnos surrados no Espaço das Américas (SP) para curtir amadoramente o Maquinaria Rock Fest. Foram dois dias de evento, mas o segundo dia não me interessou muito, só rolou umas bandas meio bleh. Mas o sábado… uau.
Enfrentei alguns contratempos, claro. O Théo, ao saber que eu iria ao Maquinaria e certamente escreveria sobre o assunto para vocês, foi tentar arrumar uma credencial para mim. ótimo, né… apesar de não sermos uma imprensa oficial, somos um veículo de comunicação em massa com um modesto público. Infelizmente, o cara que ficou de agilizar os esquemas, meu futuro colega de profissão (uma vergonha para a estirpe dos jornalistas… tsc.) achou que eu era uma groupie estúpida e que ficaria pulando e dando gritinhos histéricos perto dos “jornalistas formados”. Pior ainda: achou que o Théo estava me fazendo esse favor porque ESTAVA ME PEGANDO. É nessas horas que a gente se pergunta:
q
Se ele tem que arrumar ingresso de show prá pegar mina, o problema é dele. Aqui, por mais amadores e júniores que formos, somos sim profissionais.
Talvez a idéia de que o Théo tinha interesse que eu fosse em nome do site não passou pela cabeça dele… talvez também não tenha passado que nós nunca nos vimos in real life e nosso contato é basicamente virtual. Talvez ele tenha me achado bonitinha e por isso conclui que eu era estúpida e/ou miguxa (um preconceito muito feio prá um jornalista formado!). Não sei, amigos… não sei o que passou na cabeça daquele ser prá concluir que eu tinha algum distúrbio mental só porque nunca cobri um evento.
Qual a dificuldade em curtir um show, tirar fotos e depois escrever um texto sobre isso?
Providencie-me uma máscara de oxigênio que eu faço até debaixo d’água.
Resumindo a ópera, pensei “foda-se esse idiota e a credencial, eu já tenho meu ingresso, mesmo” e adeus 80 reais. Aliás, essa é outra coisa que queria falar sobre o Maquinaria: achei bem barato. São 12 bandas e o ingresso antecipado foi 80 reais + 1 kg de alimento, no dia foi 120 reais. Gente, 120 reais prá ver Misfits, Sepultura, Biohazard et alii no mesmo dia? É um preço muito bom.
A cerveja achei que podia ser mais barata (e melhorzinha… ninguém merece Itaipava), mas deu prá beber bem com 50 reais.
De qualquer forma, por causa de um trânsito caótico de duas horas e meia, perdi o show de umas quatro bandas: Korzus, Motorocker, Ratos de Porão (quel dommage!!! Queria TANTO ter visto!) e não lembro mais qual. Mas o Pizurk assistiu, leiam a versão dele e vejam o que rolou.
Quando cheguei, umas 19 e 30, já tava rolando o começo do show dos Misfits. Após encontrar meu companheiro Pizurk e ganhar uma camiseta linda do Pantera, fomos prá muvuca ver o show. Lotado, a galera pulando freneticamente ao som de clássicos como “Dig up her bones”, “Why don’t you love me anyway?” e “Die die, my darling” (que veio antes da versão do Metallica, mas esta que vos fala só ficou sabendo disso por esses dias). Nada de setlist prá vocês, mas fica a dica: foi muito bom e vale a pena.
Depois do show dos Misfits, que durou cerca de uma hora (os shows “grandes” duravam uma hora, os menores uns 30 minutos cada) rolou uma banda brasileira muito boa chamada Embrioma no outro palco.
Nunca havia escutado, mas os caras são bons, um metal bem bacana. Confiram o Myspace do Embrioma que vocês vão curtir.
Após Embrioma, o tão esperado SEPULTURA. A galera lá embaixo já tava gritando “Sepultura! Sepultura!” antes mesmo dos caras entrarem.
Nossa…
Nooooossa…
Showzaço, gente. “Refuse/Resist”, “False”, “Territory”, “Ostia”, “Roots”, “Orgasmatron”, entre outras que não vou conseguir recordar. Até merece um palavrão:
– FODA, MEU.
(Foi mal, galera… sou uma péssima fotógrafa).
Uma hora de esmigalhar seus miolos, arrebentar seus tímpanos e deslocar o pescoço. Os caras tocam demais e… ôpa, peraí. deixa eu me comportar que tô parecendo uma groupie falando.
Depois de Sepultura rolou Tristania. Sabe como é, um pouco de estrogênio e peitinhos prá acalmar a galera.
Mary Demurtas
A mina é gata e manda muito bem no palco. O show ficou meio morto porque Tristania é um doom metal com tons trágicos e foi tocar depois de toda a agressividade do Sepultura… aí deu uma sensação de broxada mesmo, mas foi bom.
Depois rolou Suicidal Tendencies no outro palco. Os fãs que me perdoem mas, com todo o respeito, não curto muito o som dos caras. Mesmo assim eles empolgaram bastante, me fizeram pular MUITO e quando me dei conta, tava bradando os punhos e gritando “ST! ST! ST!” junto com a galera. Prá quem curte um rockzão do gênero é um prato cheio.
Os próximos a tocar foram os cariocas do Sayowa. Conhecia umas duas músicas dessa banda, mas facilmente faria o download do CD se eu achasse na internet (fica a dica, rapazes. Disponibilizem!). Metal maneiro prá caramba, agressivos, enérgicos… curti também porque eles usam um tamborzão de escola de samba em suas músicas.
Maracatu, maracatu…
Bom, eu daria o “prêmio revelação” da noite para Sayowa e Embrioma, que eu não conhecia e que muito me deixaram contente pela qualidade do som. Fica a dica prá vocês que curtem metal: procurem ouvir que vale a pena.
Depois de Sayowa eu já estava morgada, embriagada, sentada no chão que a essa altura do campeonato estava muito semelhante a um campo de refugiados, com metaleiros espalhados e encostados por todos os cantos, e ainda havia Biohazard e Matanza por vir.
Biohazard ameaçou começar e a galera foi aglomerando de novo no palco. O show moendo e todo mundo já meio tristonho, cansado. O vocalista estava a toda. Gritou umas duas vezes: “Make the circle! How many reais did you pay to be here? Make that fucking circle!”. Daí até eu animei e fui lá dar uma pulada. Conhecia pouco o som dessa banda, mas o pouco que conhecia eu gostava. Com o show, deu prá notar que eles tem realmente um som de qualidade. Novamente, vale a pena ir num show.
Acabando Biohazard veio uma banda do Equador. Som até legal, mas não falou nem o nome da banda, não posso dar muitos detalhes. Não os conhecia, nunca tinha escutado a música, não entendia o que o cara falava (portunhol é fueda!!), então, essa banda foi um ponto de interrogação na minha cabeça. Só lembro que o som era bom, mas não era FODA. Nem foto eu tirei :B
Agora que já pesquisei, sei que era a banda Muscaria. Mas isso é conhecimento googlelístico, eu estaria mentindo se viesse aqui de boca cheia discursando sobre eles.
Finalizando a noite, fomos agraciados com a doce, meiga e comportada performance do Matanza. “Uma e meia da manhã e cês aqui tudo de pé esperando o matanza”, disse Jimmy, “cês são fodas!!!”. Um verdadeiro gentleman!
A performance dos caras foi o máximo, a galera pulava; e não tinha como ser diferente… eles têm umas músicas empolgantes demais!
O Pizurk pode dar mais detalhes sobre as músicas, tive a leve impressão de que ele conhecia a setlist inteira e berrou todas a plenos pulmões.
3h10 foi a hora em que nos despedimos do ruivo gordinho e que o Maquinaria encerrou seu primeiro dia dedicado a destruir nossas mentes. O saldo foi positivo, positivíssimo.
Não sei se vai ter um próximo ano que vem, mas espero profundamente que sim. Foi um evento bem organizado (pelo menos para quem estava do lado do público, não vi bastidores), bem planejado, bandas muito bem escolhidas, e também me pareceu bem seguro. Não vi nenhuma briga, não vi ninguém incomodando o pessoal que se esticou prá dormir e fui devidamente revistada antes de entrar.
Em suma, se houver um Maquinaria Rock Fest ano que vem, não hesite e vá. Eu, pelo menos, com certeza vou repetir a dose.
A primeira coisa que falaram quando surgiu a idéia de fazermos uma coletânea de clipes com zumbis foi: “Thriller, Michael Jackson”. Pois bem, não existe melhor maneira de começar um post sobre clipes que com um indelével e indiscutível clássico.
‘Cause this is thrilleeeer… thriller niiight…
“Thriller” é de 1982, mas é, até hoje, o album que mais foi vendido no mundo (os números dizem algo entre cem milhões de cópias) e um dos clipes mais revolucionários da indústria. Na versão youtubesca “oficial” de Thriller, tem até uma declaração do Michael Jackson antes do clipe:
“Due to my strong personal convictions, I wish to stress that this film in no way endorses a belief in the occult” (tradução: “devido ás minhas fortes convicções pessoais, eu gostaria de ressaltar que este filme de maneira alguma endossa uma crença no oculto”)
Aí eu vos pergunto: o que houve com Michael? Ele era tão talentoso, cantava tão bem, criativo, inovador, o primeiro a fazer videoclipes como pequenos filmes e com coreografias que até ontem eram copiadas pelos Backstreet Boys, o primeiro negro a ganhar espaço na MTV… e hoje em dia tá aí, mais zumbi que nunca. Bom, esse é um tema prá um próximo post; o que importa nesse contexto são apenas os ZUMBIS (e não no sentido figurado da coisa).
Ah, claro… existe também uma cópia indiana de “Thriller” made in Bollywood. Eu IA colocar o vídeo aqui, mas achei muita queimação de filme. Mas uma coisa eu garanto: não só existe como vale a pena ver. Já sentiu aquela tal de “vergonha alheia”? Não? Então vai sentir assistindo esse clipe. Golimar-mar-mar-mar-mar…
Ainda falando sobre zumbis que dançam… aliás, você já viu algum zumbi de verdade dançar? Não? Ah, é… você nunca sequer VIU um zumbi de verdade. Que azar… eu não só vi, como converso com ele no MSN de vez em quando. Não vou contar quem é porque acho que é tipo uma identidade secreta, mas vou dizer que ele faz tirinhas e é um Pirata. No aumentativo.
Voltando aos zumbis que dançam, o que já é bem anormal, imaginem zumbis dançando vestidos de líder de torcida ao redor de uma japa rockeira ao som de uma música que coloca “rock” e “aleluia” na mesma estrofe. É o que você vai conferir no clipe “Hard Rock Hallelujah”, do Lordi (who?). Acredite se quiser: o clipe ficou ótimo. Vê aí.
Essa música é MUITO boa.
Agora, falando de zumbis de qualidade e que não dançam, apenas comem gente como todo zumbi normal, vamos ao punk rock (e quem vier comentar dando algum rótulo ridículo e/ou absurdo á banda vai apanhar) do Misfits, que estrelam esse excelente clipe. Zumbis são assustadores por si só, agora imaginem zumbis de moicano e spike? Meeedo.
Vale muitíssimo á pena assistir os zumbis perseguindo as pessoas num hospital, sem contar que a música também é ótima.
Seguindo a mesma linha de zumbis rockeiros, eis aqui “Zombies Ate Her Brain” da banda The Creepshow. Além de a música ser boa, achei o clipe super engraçadinho:
É uma zumbi bem pegável, né?
No mesmo estilo freak-engraçadinho, eis aqui “Fashion Zombies”, dos californianos The Aquabats!
Ainda temos uma parada completamente nonsense. Aqui você já viu zumbi punk, zumbi tatuado, líderes-de-torcida zumbis, zumbis indianos, zumbis com laquê no cabelo… agora você verá uma BANDA de zumbis. Com vocês, The Zombeatles cantando “A Hard Day’s Night of The Living Dead”.
“It’s been a hard day’s night… braaaaaaaaaaaain…” miacabei de rir.
Até os gótchiqueenhos trevosos do Moonspell entraram nessa onda de clipes com zumbis, na música “Everything Invaded”:
E eu não posso deixar de citar a engraçadinha da Nellie McKay. É um estilo completamente diferente do que se espera num clipe com mortos-vivos, já que essa música “Zombie” parece um jazz (bom, acho que é jazz. Alguém me corrige?), e ela canta num palco com um vestido formal. Pois é, zumbiiiis-zumbis de verdade não aparecem. Mas achei o clipe imperdível porque é repleto de takes de pessoas na rua imitando zumbis andando, então, vale mais pelas imitações e pela carinha bonitinha dela música que pelos zumbis.
Prá finalizar, um clipe que não é musical, mas é uma espécie de “manual de sobrevivência a zumbis” bem divertido. Se seu inglês não estiver muito capenga, assista e aprenda a sobreviver quando o dia em que os mortos saem de suas covas chegar.
E chega, né?
Ah, não chega, não? Quer tomar mais zumbi na fuça? Então vai lá ler o resto do Overdose, cara. Conteúdo morto-vivo e devorador de miolos é o que não falta por aqui.
Muita gente fala que Family Guy é plágio de Os Simpsons. Eu não diria plágio, diria que segue a mesma linha de comédia escrachada, mas enquanto Os Simpsons exagera nas situações do cotidiano para dar o ar de comédia, Family Guy exagera na acidez e no humor negro das piadas.
E, na minha opinião, Family Guy é MUITO mais legal.
Não tem como você assistir Family Guy sem o seu sensor de humor negro, portanto, se você é um tanga indivíduo sensível, que leva tudo a sério demais e não vê graça em piadas machistas, religiosas, cancerígenas, fisicamente deficientes e hipocritamente verdadeiras, não assista Family Guy.
You Have Aids, uma das músicas mais polêmicas de todos os tempos.
“Eu lamento, queria que fosse algo menos sério, mas é AIDS
Você tem AIDS”.
Eu gostaria de ter encontrado a cena em que eles cantam essa música, mas o youtube tirou TODAS do ar. Então, eu explico a vocês.
Neste episódio, um médico tem que contar a um paciente que ele tem AIDS e, como não tem coragem, chamou um quarteto de barbershop (whatever…) para cantar as más notícias ao paciente.
A polêmica que rolou foi maior que as minhas risadas ao ver essa cena.
Claro que os xiitas vão falar “é, você ri porque você não tem AIDS”, mas vamos combinar que não foi um ataque dirigido. Eu não vejo portadores de necessidades (físicas) especiais reclamando das piadas que surgem advindas do personagem paraplégico que existe no desenho. Eu sou mulher, e as piadas machistas nunca me ofenderam, nem as piadas sobre os gordos, menos ainda sobre mulheres feias.
Esse povo leva tudo a sério demais…
Where are all those good old fashioned values on which we used to rely?
Family Guy foi criado por Seth MacFarlane (que também dubla meia dúzia de personagens) em 1999, para a Fox. Por causa das inúmeras polêmicas, a Fox tentou cancelar o desenho mais de uma vez. Porém, o sucesso se refletiu nas vendas do DVD. O dinheiro falou mais alto e a Fox sempre voltava atrás na sua decisão de cancelamento. Mas, mesmo assim, muitos episódios nunca foram ao ar por serem profanos demais (nem Deus escapa das piadas) ou por serem culturalmente ofensivos. Aposto que esses devem ser Os Melhores Episódios. De qualquer forma, mesmo com os cancelamentos e críticas e reclamações e censuras, Family Guy já está em sua 7º temporada.
Além das piadas cruéis, outra característica do desenho são as chamadas “piadas tangenciais”, que são como flashbacks extremamente engraçados baseado em algo dito por algum personagem. Aparecem também muitas músicas cantadas e dançadas em estilo Broadway (“You Have Aids” é uma delas) e as cenas que mostram um ou outro personagem chapando o côco nas drogas são ESPETACULARES.
Os personagens são carismáticos e possuem características bem definidas. Peter Griffin, o chefe da família, é muito comparado ao Homer Simpson. Na minha opinião, Griffin é mais engraçado. O Homer é engraçado partindo pro lado bobão, Griffin é engraçado por não ter o menor bom-senso ao conversar com as pessoas.
O neném Stewie é um psicopata que ainda usa fraldas, e que deseja ardentemente matar a própria mãe. O cão da família, Brian, é o personagem mais sofisticado da série. Gosta de jazz, bebe martíni, freqüenta pubs e tem um vocabulário rebuscado. Oi, eu já disse que ele é um CACHORRO? Existe ainda a filha rejeitada, o ex-policial paraplégico, um amigo negro etc etc etc.
Stewie e Brian, meus dois favoritos.
Se você tem TV a cabo, assita Family Guy no canal FX ou na própria Fox. Se você for azarado como eu e não tiver TV a cabo, tudo bem. Family Guy é exibido na Globo com o nome “Uma Família da Pesada” (tradução poooorca) aos sábados, após o Altas Horas. Dá prá sair, encher a cara e chegar em casa 4 e pouco da manhã e ficar rindo das bobagens que esse povo do desenho inventa.
Abaixo, um teaser prá vocês. Alguns momentos engraçadinhos do desenho, mas é claro que isso NÃO SE COMPARA a assistir um episódio de cabo a… rabo (heh) , mas dá prá você sentir de qual que é.
Então, se você é gente boa, não se ofende com qualquer bosta e curte piadas inteligentes e mais negras que… café, Family Guy é uma ótima dica prá você.
Pois é… o site When Will Amy Winehouse Die? (Quando Amy Winehouse Vai Morrer) lançou uma… er… aposta de um humor mais negro que a asa da graúna. Mas, cá entre nós, o prêmio é bom. Notícia retirada do site te dou um dado:
Quer ganhar um iPod Touch? A Amy Winehouse pode te dar um! É só participar da promoção Quando Amy Winehouse Vai Morrer, deixar a sua aposta, sua pré-condolência e pronto. O vencedor tem que acertar o dia, mês, ano e hora da morte da cantora cra-va-dos! Em se tratando de Amy Winehouse isso pode ser a qualquer hora/minuto/segundo/vvvvvvvvaaaaaaaaaaaaleeeeendo! Então corra e garanta já o seu!
Vale também pra ler as pré-condolências da galera se você, assim como nós, não tem nada melhor pra fazer. A gente já elegeu uma predileta:
Name: Aymie Munnerlyn
Prediction: Thursday 21st February 2008 @ 23:49
Pre-condolences: Should have went to rehab.
– But I won’t go-go-go.
Ok, a minha aposta eu já fiz! Agora só falta ajeitar a sniper pro dia e hora que eu apostei :)
(se bem que desse jeito ela nem vai muuuuito longe, não)
Começando o AOE Recomenda! com uma série do caralho.
Essa é uma série tão boa, mas TÃO boa que não apenas UM, mas sim DOIS membros do ato ou efeito vão recomendar a você (só por acaso, os dois mais bonitos, inteligentes e pegadores. sim, isso significa o atillah e eu (y)). Segue, logo abaixo do meu texto, um pensamento huno sobre minha recomendação.
Band of Brothers é uma mini série sobre a Segunda Guerra Mundial. Não, não… deixa eu corrigir. Band of Brothers é A mini série sobre a Segunda Guerra Mundial. Gosto bastante de filmes sobre a Segunda Guerra, mas Band of Brothers extrapolou os limites de “gostar” prá mim.
Prá vocês terem uma idéia, eu nem cheguei a assistir esse bagulho inteiro (o que muito lamento), pois foi um amigo meu quem alugou, e estávamos assistindo na casa dele. São dez episódios de mais ou menos uma hora cada um; eu devo ter visto uns quatro ou cinco.
Mas essa série é que nem o pudim de leite da minha vó: você não precisa comer a fôrma toda prá saber que é bom. Assisti babando cada episódio que vi, e até hoje espero que alguma alma caridosa me dê os DVD’s de presente :~
Tá só 60 reais nas Americanas! POR FAVOR, me dêem de Natal! :~~~
Vamos lá, sobre Band of Brothers. Como vocês viram na imagem acima, esta mini série foi produzida por Tom Hanks e Steven Spielberg, tendo a idéia surgido logo após a confecção do filme O Resgate do Soldado Ryan, e foi exibida em 2001 na HBO. A produção desta belezinha custou singelos R$120 milhões de dólares -muito bem gastos, diria eu-, ganhando o status de série mais cara da TV.
A série acompanha os homens da Easy Company, 506º Regimento da 101ª Divisão de pára-quedistas do exército norte-americano (confesso: copiei esse pedaço da wikipedia. NUNCA ia lembrar essa parada sozinha), um pelotão de soldados que caem na guerra literalmente de pára-quedas. Eu não conheço muito bem termos de guerra, mas vou me esforçar ao máximo prá não dar gafe. A série acompanha desde o treinamento dos soldados até os nazistas se renderem. Claro que entre uma coisa e outra rola os pára-quedistas saltando na Europa para entrarem em combate (episódio 2, Day of Days, o primeiro que assisti. simplesmente fantástico), invasões a cidades européias, soldados feridos (óbvio), estratégias de combate etc etc etc.
Dois aspectos que muito me agradaram na na série foram a fotografia e a forma humana como os soldados são mostrados. A fotografia é incrível. É bonita ao mesmo tempo que é realista. A fotografia das cenas de batalha não deixam nada a desejar, e passam uma clareza de como os soldados deviam estar vivenciando aquilo de maneira angustiante, porém com coragem. Se eu estivesse no lugar deles, com certeza teria me mijado toda de medo dos nazis (y).
ATIRA, MANO! ATIRA!
Quanto á abordagem humana dos soldados, bom, gente chega a CONHECER os caras. Os episódios contêm, no início, depoimentos de nêgo que você vai ver chutando a bunda dos nazis durante a próxima hora. Sem contar que as atuações são humanas, sabe. Band of Brothers mostram soldados que têm medo, que têm gostos, que se esforçam, e não apenas homens capazes de atirar.
Em suma, se você gosta de filme de guerra, documentários, tiros, explosões (aaaah, sempre é bom, vai), história e qualidade, vai gostar MUITO desta série. O AOE recomenda!
Band of Brothers no Youtube:
O trailer da HBO
A batalha em Carentan, na França, seis dias depois do Dia D.
E só esses dois acho que já foram o suficiente prá te deixar com água na boca.
Bom, quando eu falei pros meninos que minha recomendação seria Band Of Brothers, o Atillah prontamente se pronunciou como admirador da série. Como eu sei que vocês VENERAM os textos do cara (não se sinta constrangido por admitir isso, eu também gosto muito do que ele escreve), eu fui bem legal e PERMITI que ele escrevesse a opinião dele também. Mas só porque eu tava de bom humor.
Band of Brothers – Segunda Opinião
(por Atillah)
Band of Brothers (BoB) tem uma capacidade única pra uma série de guerra: consegue emocionar homens e mulheres igualmente. Normalmente os filmes de guerra do tipo “Apocalypse Now” e “Full Metal Jacket” apelam aos hormônios masculinos, devido á violência, loucura e crueza do retrato da guerra. Enquanto isso, boiolagens como “Saving Private Ryan” e “Schindler’s List” apelam mais ás mulheres, devido ao forte conteúdo emocional e desenvolvimento dos personagens. BoB junta o melhor de dois mundos, e você pode assistir tranquilamente com a namorada: você E ela vão curtir.
Band of Brothers NÃO é uma continuação de “Resgate do Soldado Ryan”, apesar de ter sido produzido por Spielberg e Tom Hanks. Em BoB a guerra se torna muito mais evidente do que o destaque dado aos personagens caricatos de Matt Damon e Vin Diesel, no “Resgate”. A série não tem astros ou protagonistas, já que “Band of Brothers” significa literalmente “Time de Irmãos”; o foco é diferente, portanto, do filme onde o objetivo era salvar um soldado perdido, colocando em risco a vida de um monte de outros soldados para tal. BoB parece mais real, mais sincero do que o “Resgate”. Menos “hollywoodiano”, se isso é possível em uma super-produção americana.
Por fim, a reconstrução histórica é impecável. BoB é baseado no livro Band of Brothers: E Company, 506th Regiment, 101st Airborne: From Normandy to Hitler’s Eagle’s Nest, de Stephen Ambrose, de 1992. O cara deve ser simplesmente o maior pesquisador vivo da história da Segunda Guerra. E os livros do cara são praticamente roteiros prontos para filmes espetaculares. Não tinha como dar errado.
Então siga o meu conselho e o da Bel: ASSISTA essa porra. Você vai nos agradecer.
É isso aí, cambada. Recado dado e recomendação feita.
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