Motoqueiro Fantasma (Ghost Rider) (2)

Cinema segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008 – 6 comentários

Manja aqueles caras que fazem acrobacias com motos pulando por cima de pessoas, carros, caminhões, abismos, rampas e qualquer outra coisa que você sempre olha e pensa “isso vai dar merda”? Johnny Blaze (Nicolas Cage) é um desses caras. Quando era mais novo, ao descobrir que seu pai estava com câncer, fez um pacto com o Capeta (Peter Fonda) pra que seu pai não morresse. Lógico que o capeta fodeu com o cara e ele ficou meio besta da cabeça e saiu sem rumo na vida.

Muito anos mais tarde, o capetinha júnior, Blackheart (Wes Bentley) aparece barbarizando o mundo todo, querendo tomar várias almas que seu pai tinha capturado e matando quem estivesse no seu caminho. É nessa hora que a porca torce o rabo e o Capetão Pai resolve cobrar a dívida com Johnny Blaze (ou você acha que é fácil fugir do demônio?). É apresentada uma história sobre os Ghost Riders e você descobre que Nicolas Cage vai ter que ficar de cabeça quente também e vai aprontar várias aventuras com uma galerinha muito louca que veio lá do Inferno nessa sessão da tarde.

O roteiro, em suma, é isso aí. Não é uma obra prima, mas faz algum sentido. Agora, como um roteiro mediano se transformou num dos piores filmes de todos os tempos a gente explica pra você.

Primeiramente: quantas pessoas já leram uma HQ do Motoca? Nicolas Cage, aquele gordinho em que você batia na escola e o cara que escrevia o roteiro. Mais ninguém, véi. O Motoqueiro não é um herói popular, não tem uma história fantástica, não tem lá muito sentido, então pra que fazer esse filme? Vá lá, o cara tem alguma influência nos estúdios e conseguiu levar seu sonho adiante, então, fazer o que? Esperar que o filme seja bem feito, pelo menos, certo?

Esse é o naipe dos efeitos que você vai ver.

Errado! O filme consegue ser mais mal feito que esquetes de Hermes e Renato! á exceção de Sam Elliot, as atuações são muito ruins. Wes Bentley é o demônio mais afetado desde o Little Nicky de Adam Sandler e a cara de bunda de Nicolas Cage, que dá muito certo em alguns filmes onde ele precisa parecer loser, bobo ou algum tipo de maníaco, não funciona como o vingador que o Motoqueiro personifica, e se você pensa que a coisa melhora quando a cabeça dele pega fogo, prepare-se pra se decepcionar: os efeitos especiais são MUITO ruins. Tirando a cena em que o Motoqueiro e o personagem do Sam Elliot dão um rolê pelo deserto, os efeitos especiais conseguem ser piores que os do filme do Demolidor.

Sério, pior do que ISSO:

Mas o que realmente me deixou emputecido foram as lutas. Elas não acontecem! Que porra de filme de herói dos quadrinhos é esse em que não existe clímax, nem batalha, nem porra nenhuma? Sério, os vilões simplesmente aparecem, fazem uma bobeira qualquer e o Motoqueiro mata eles sem o menor esforço. Acho que até Um Tira no Jardim da Infância tinha mais emoção que isso.

Bom, o filme é uma droga e se mesmo assim você quiser ver, problema seu. Só não diga que eu não avisei.

PS: Sim, a Eva Mendes aparece no filme, mas eu nem citei na resenha, senão você poderia ter a falsa impressão que até valeria a pena agüentar essa merda monstruosa, por 2 minutos de Eva Mendes com um monte de roupa. Acredite em mim, não vale. Clique aqui e seja feliz.

Indicações de Motoqueiro Fantasma

Framboesa de Ouro:
Pior ator: Nicolas Cage

Motoqueiro Fantasma

Ghost Rider (114 minutos – Ação)
Lançamento: EUA, 2007
Direção: Mark Steven Johnson
Roteiro: Mark Steven Johnson
Elenco: Nicolas Cage, Eva Mendes, Peter Fonda, Sam Elliot, Wes Bentley

Ratatouille (Ratatouille)

Cinema quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008 – 2 comentários

Foi-se o tempo em que o mundo das animações era feito pra crianças e nós podíamos largar os pimpolhos assistindo leões caindo de desfiladeiros, jacarés comendo a mão de piratas ou a arte de se envenenar jovens inocentes com uma maçã. Os tempos mudaram meus caros! (Afinal, vocês tem de concordar comigo que comida feita por ratos não é exatamente o tipo de exemplo que nós queremos dar aos nossos filhos).

Dizer que Ratatouille se resume a um pequeno roedor fritando um bife soaria leviano. Nosso pequeno herói é um rato diferenciado. Nascido com a habilidade de sentir e diferenciar os diversos sabores que a vida tem a oferecer, ao invés de comer restos de comida e depois sair por aí fazendo xixi nas calçadas e transmitindo leptospirose, Remy se torna um grande apreciador da belle cuisine de Paris.

Isso seria realmente ótimo. Se ele não fosse um rato.

– Essa é a última vez que eu explico! Miojo não é comida!

Paralelamente a isso, o jovem Liguini (humano, é bom frisar) acaba de ser admitido na cozinha do famoso restaurante Gusteau’s, apesar de não saber cozinhar uma salsicha e a despeito do fato de não conseguir dar 3 passos sem derrubar alguma coisa. Agora é o momento onde você me pergunta porque colocariam um idiota desses no filme.

– Porque colocaram um idiota desses no filme?

Por Deus! Ratos não cozinham! Esse é o pretexto, todas as tramas se desenvolvem a partir desse mote e foi por isso que eu enrolei vocês por 3 parágrafos!

O grande problema das animações hoje em dia é querer atingir todos os públicos. Muitas tentam e poucas conseguem. No intuito de agradar a criançada com bichinhos (por mais que sejam ratos, ainda assim, são “bichinhos”) e piadas e ainda passar algum tipo de moral pros pais, amantes de animações ou desocupados em geral que venham a assistir o filme, Ratatouille embola o meio de campo e não diverte (Liguini e Remy são extremamente irritantes) nem acrescenta nada de novo ao discurso da tolerância e do seja você mesmo.

Mesmo que você seja um rato cozinheiro.

Indicações de Ratatouille

Globo de Ouro:
Melhor Animação*
Oscar:
Melhor canção
Melhor som
Melhor edição de som
Melhor animação
Melhor roteiro original

* Categorias em que o filme já foi premiado

Ratatouille

Ratatouille (110 minutos – Animação/Comédia)
Lançamento: EUA, 2007
Direção: Brad Bird
Roteiro: Brad Bird
Elenco: Patton Oswalt (Remy), Ian Holm (Skinner), Lou Romano (Linguini), Peter O’Toole (Anton Ego), Brad Garrett (Gusteau) e Janeane Garofalo (Colette)

Resenha – Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado

Cinema sábado, 19 de janeiro de 2008 – 0 comentários

Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado é parte de um projeto da Marvel que pretende inserir novos personagens nas franquias já utilizadas e estudar a reação do público, projetando lucros futuros e suicídios coletivos de fãs puristas. Enveredando mais para as situações cômicas do que necessariamente pra porrada, o filme por vezes perde o foco simplesmente pra fazer mais uma gracinha (se continuar assim, é bem provável que ele siga os passos de Joel Schumacher em Batman Forever e coloque mamilos fantásticos nos uniformes).

Se bem que nesse filme tem a Jessica Alb… Ok, vamos a trama.

Estamos alguns anos a frente do último filme. O Quarteto é uma espécie de RBD e as pessoas atiram calcinhas por onde eles andam, principalmente agora que o casamento de Reed e Sue é capa de todos os jornais e revistas de Nova York.
Ao mesmo tempo uma estranha bagaça cósmica anda apagando os televisores bem na hora da novela, coisa que deixa o exército americano intrigado e faz com que eles peçam ajuda pro Sr. Fantástico, uma vez que a última remessa de dinheiro pra pesquisas da NASA tinha sido utilizada pra fazer um robô ouvir Íguas de Março em Marte.

Round One. FIGHT!

A propósito, a bagaça cósmica é o Surfista Prateado, arauto do devorador de mundos Galactus, que vem pra dizer seu chefe quer construir uma rodovia espacial e a Terra está no caminho está com fome e quer o planeta com fritas e uma Coca pra viagem. Como desgraça pouca é bobagem, não bastasse um bicho gigante que come mundos, um surfista com cérebro (!!!) e um general fulo da vida porque perdeu o episódio de 24 Horas, o cara de lata Dr. Destino também aparece, mas só pra encher lingüiça.

Se por um lado o roteiro consegue impor um ritmo dinâmico e ainda amarrar boa parte das questões levantadas ao longo da trama, as atuações pouco inspiradas e as piadinhas quase jogam tudo pelo ralo. Sue Storm nunca foi retratada como uma universitária sonsa e de todas as escolhas equivocadas na história recente da Marvel no cinema (exceto talvez por Jennifer Garner como Elektra) Julian McMahon é o Dr. Destino mais fraco e canastrão que poderia existir.

O roteiro competente e a utilização de personagens que há muito os fãs queriam ver nas telonas, minimizam as falhas dessa seqüência de uma maneira que você não precisa dizer “se eu não tivesse baixado esse filme ilegalmente eu pediria meu dinheiro de volta”, mas está um tanto longe de ser algo digno de ser lembrado nas transições de histórias em quadrinhos para o cinema.

Tell the teacher we’re surfin’. Surfin’ USA

Overdose Faroeste: Resenha – Os Indomáveis (3:10 to Yuma)

Cinema sexta-feira, 23 de novembro de 2007 – 2 comentários

Baseado numa história de Elmore Leonard publicada na revista Dime Western Magazine, em 1953, 3:10 to Yuma já havia ganho uma adaptação cinematográfica em 1957 (Galante e Sanguinário, no Brasil) e, exatamente 50 anos depois ganhou um remake digno das melhores produções já feitas sobre o Velho Oeste, com nomes de peso como Christian Bale e Russell Crowe

Pôster fodão

Os Indomáveis conta a história de Dan Evans (Christian Bale) que é um rancheiro pobretão, que está prestes a perder suas propriedades com a chegada da nova estrada de ferro a cidade de Bigsby, enfrenta a rebeldia de seu filho mais velho Willian, não tem um dos pés (perdido durante a Guerra da Secessão), e como desgraça pouca é bobagem, no meio disso tudo ele dá de cara com o bando do temido Ben Wade (Russell Crowe) armando uma emboscada no meio das suas terras.

Os caminhos deles voltam a se cruzar, quando Ben Wade é capturado e as autoridades precisam escoltá-lo até o trem das 3:10 que vai levá-lo para a prisão de Yuma (rá! sacaram agora no nome do filme?). Evans, cansado de ser humilhado e tratado como um peso morto, se oferece para escoltar o facínora até o tal trem e daí pra frente eles aprontam altas altas aventuras com uma turminha que adora confusão até a hora de pegar o tal trem.

Como eu já disse na breve história sobre o faroeste é interessante notar a diferença de valores morais e qual é o peso da honra nos personagens desse gênero. Pouca gente hoje em dia entenderia um vilão que numa das muitas oportunidades que tem de fugir, decide enfrentar perigos que envolvem seus captores, de certa maneira ajudando-os.

Se num primeiro momento, a escolha do título bastante sem graça e que em nada lembra o nome original do filme, com o decorrer da trama você nota que indomável é realmente a essência que define o espírito dos dois personagens e que uma das grande sacadas do filme dirigido por James Mangold (Johnny & June) é a maneira como o filme aborda as mudanças de ponto de vista e do respeito mútuo adquirido pelos personagens de Bale e Crowe.

Se você não manja muito de faroeste, se interessou mas não quer ver os clássicos, Os Indomáveis é uma excelente pedida pra se entrar nesse mundo de saloons e tiroteios.

Veja DOZE imagens de Cloverfield

Cinema domingo, 18 de novembro de 2007 – 3 comentários

Depois de uma semana completamente bunda no que diz respeito a notícias, no fim de semana elas começam a pipocar e a equipe do AOE que nunca dorme (são 03:39, por exemplo), traz pra você as novidades quentinhas antes de quase todo mundo.

Dia 16 a gente finalmente ficou sabendo que o novo projeto de JJ Abrams vai mesmo se chamar Cloverfield, quando o primeiro trailer foi veiculado nos cinemas americanos. Depois de tanto suspense (ou enrolação), aparentemente agora eles começaram a liberar um monte de coisas pra aumentar nossas expectativas. Primeiro o trailer, depois o nome e agora DOZE fotos.

Só falta mesmo a gente descobrir do que se trata o filme.

Veja as fotos e nosso exercício de dedução através delas pra saber qual é o enredo de Cloverfield afinal.

Caras! Achei um lugar aqui do lado que vende uns salgadinhos fantásticos

Você vem sempre aqui comprar salgadinhos? /heh

Corre! O gordão quer pegar o último croquete!

É uma cilada, Bino! Salgadinho é carga visada por bandido!

Oh, oh. Fodeu.

Gente, esse risole não caiu legal. Alguém tem um Estomazil?

Cai fora gente, to precisando vomitar!

Porque tem dois sacos de lixo me segurand… Ai. caí.

O salgadinho não desceu legal, acho que eu vou… Peidei.

Porqueeee???

Porqueeee vocês não guardaram um pra miiiim?

Quer um conselho, seu guarda? Nunca vá naquele boteco ali da Quinta Avenida.

Cloverfield estréia dia 18.01.2008 nos cinemas e fala sobre um monstro gigante que quer destruir Nova York. Ou algo parecido com isso.

Boatos quentes sobre o filme da Liga da Justiça

Cinema sábado, 17 de novembro de 2007 – 0 comentários

Parece que agora vai cambada! O Cinema Blend recebeu um email confirmando quase todo o elenco do filme da Liga da Justiça e segundo eles próprios relataram, apesar de todo mundo estar com o saco cheio de rumores falsos sobre a produção eles tendem a acreditar neste por dois motivos – por confirmar especulações que já tinham sido feitas e por começar a informação justo com sua notícia mais esperada: quem será o Superman?

Aparentemente a Warner irá confirmar seu elenco na próxima semana e Scott Porter vai vestir a cueca por cima da calça. Se você está se perguntando quem é este mancebo, aí vão algumas produções das quais ele já participou: o seriado Friday Night Lights (Jason), Letra & Música (era o parceiro de banda de Hugh Grant), além do vindouro filme do Speed Racer, onde ele interpretará o Corredor X. Ou seja, é um cara que não é tão novato assim e já conseguiu alguns bons papéis, tornando o boato ainda mais provável e interessante. Ele tem 29 anos e nasceu em Nebraska e isso é o que os fãs esperam ver de um Superman, não uma ganguezinha de colégio como em Smallville ou a interpretação meia boca de Brandon Routh em Superman Returns.

Além de Porter, diz a fonte que o rapper Common realmente assinou contrato pra viver o Lanterna Verde John Stewart e que Adam Brody (The OC) está na produção, provavelmente como o Flash, rumores já veiculados anteriormente e que Teresa Palmer (Wolfcreek) também estará no filme, mas não como a Mulher Maravilha, e sim como a filha do Vilão Ra’s Al Ghul, Talia Ghul. E por último há ainda a possibilidade de vermos o Alfred dos 4 primeiros filmes do Batman, Michael Gough, voltando ao seu papel.

Além disso ainda existe um rumor do site Batman-on-film que diz que um tal de Armie Hammer (que apareceu em um epísódio de Veronica Mars) estaria cogitado pra viver o Morcegão, mas por enquanto neste ninguém leva fé, uma vez que ele é loirinho, tem 20 anos e pareceria o mascote da liga e não o detetive badass motherfucker de Gotham.

Agora é esperar pra ver a definição dos papéis de Mulher Maravilha, Ajax e Batman, além dos vilões e ver se todos esses boatos se confirmam.

Overdose Faroeste: Muito mais do que balas que nunca acabam

Cinema sábado, 17 de novembro de 2007 – 2 comentários

O faroeste é um dos gêneros mais populares, além de ser uma das poucas formas de arte genuinamente americanas. O termo é derivado de far west e se refere a fronteira da região Oeste dos EUA durante o processo de colonização do país. É o tempo da ocupação de terras, das grande propriedades dedicadas á criação de gado, das lutas e segregação inflingidas aos índios e claro da corrida do ouro, principalmente na California. Interessante notar que caras armados, de chapéu, brigando com índios e procurando ouro não é necessariamente uma novidade pra quem estudou a vida dos bandeirantes no colegial. A diferença é que eles criaram um gênero no cinema e aqui a gente fez um especial pra Globo (A Muralha).

Numa análise superficial você monta um faroeste com um pistoleiro (cowboy é coisa de tanga. Eles não são mais boys e poucos trabalham com gado), um revolver, um cavalo, uma avenida principal para duelos, um saloon (com jogos, bebidas e prostitutas, afinal naquele tempo ainda não tinham inventado as lan houses e essa era a única maneira de se divertir na cidade) e a cadeia pra enjaular os malfeitores. Adicione a esses ingredientes uma trama de perseguições e tiroteios pra mostrar a idéia de que numa sociedade onde os riscos são iminentes, meter chumbo no primeiro barbudo que você vê pela frente é a única forma de se manter vivo.

Agora você sabe porque sua mãe chama a sua vizinha de pistoleira

É claro que dentro dessa estrutura surgem diversas nuances que transformam o roteiro de um ou outro filme memorável e inovador, mas basicamente é com isso que se faz um bom faroeste. Com o passar do tempo, foram surgindo também novas maneiras de se retratar o gênero, como os spaghetti westerns, feitos na Itália nas décadas de 60 e 70 (que caracterizavam-se por um teor de violência extrema e muita ação e produziu algumas pérolas como “Era uma vez no Oeste” e Por um Punhado de Dólares) ou os westerns revisionistas (que davam uma cara nova ao conflito entre colonizadores e nativos, mostrando que nem sempre os primeiros eram os mais civilizados, como em Um Homem Chamado Cavalo e Quando é Preciso Ser Homem).

Muito mais do que mero gênero cinematográfico, os westerns eram o retrato de um sociedade que prezava mais por seus códigos de moral (já viu alguém levando um tiro pelas costas num filmes desses?) do que pela lei e onde se estabelece uma hierarquia baseada na reputação de quem enche mais o outro de bala. Convenhamos, eu respeito muito mais um cara que já mandou mais de 100 comerem capim pela raiz do que qualquer zé mané que venha cagar regra pra cima de mim.

Inicialmente ridicularizados no cinema por seu moralismo simplista, com a criação dos filmes revisionistas da década de 60 e 70, o western passou a ser considerado um retrato fiel de códigos e convenções que tinham uma forte identificação com as massas e com o passar dos anos chegou-se a conclusão que você não precisava vestir uma calça apertada, andar com um Colt 45 e cravejar de bala o primeiro índio que você visse na rua pra ser considerado western.

Só falta a bola de feno

Basta um coração solitário, um senso bem definido de justiça e uma determinação inabalável.

…além de um saloon com bebidas e prostitutas, afinal ser um pistoleiro não é o mesmo que ter um blog.

Conheça a história de Velozes e Furiosos 4

Cinema sexta-feira, 16 de novembro de 2007 – 7 comentários

O pessoal do Moviehole conseguiu alguns detalhes da história de Velozes e Furiosos 4. Pois é, eles nunca desistem.

Aparentemente Vin Diesel está de volta e vai contracenar com Paul Walker. Aposto que o pessoal que vê esse tipo de filme aposta numa atuação mais eficiente dos possantes do que dos atores envolvidos, mas vamos parar de enrolação e contar o que os caras descobriram.

Eles começam dizendo que o 4º filme é sobre corridas de rua ilegais. ORLY? Dom (Vin Diesel) está correndo com um tal de Braga no México até que Brian (Paul Walker) aparece chama ele pra fazer parte da turminha e ele vão explodir carros, fugir da polícia e tudo mais. Além de Braga, uma nova personagem chamada Gisele vai aparecer e vai trabalhar para o time de um tal de Fênix e ainda tem um personagem meio tapado (só um?) chamado Dwight.

A história vai girar em torno de Dom e Brian transportando mercadorias ilegais, fugindo da polícia e participando de corridas clandestinas. É um Carga Pesada as avessas (Imagina o Paul Walker gritando “É uma cilada, Dom!”). Se você acompanha a franquia, vai perceber que o plot é bastante parecido com Velozes e Furiosos 2. Enquanto o primeiro e o terceiro focavam as corridas, o segundo e agora o quarto se baseiam no lance de mocinhos e bandidos

Se você gosta de carros tunados e atuações pífias anote na sua agenda.

Covers: 1. I Will Survive (Cake)

Música quarta-feira, 14 de novembro de 2007 – 3 comentários

Eeste texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

O cover supremo. Os caras que conseguiram transformar a música mais bagaceira da galáxia em algo que pode ser ouvido sem aquela vontade louca de rebolar vergonha nenhuma. O mais interessante a respeito desse cover é a diferença do significado quando a música é cantada por pessoas de diferentes sexos. Enquanto o original interpretado por Gloria Gaynor é um forte hino de independência e do girl power ascendente da época, a versão do Cake é de uma melancolia gritante, interpretado por alguém que preferia estar morrendo do que que cantando que vai sobreviver e que passa isso para o ouvinte (tente dançar com a versão do Cake).

Esse contraste é suficiente para tornar a versão ótima, mas uma pergunta ainda fica no ar: porque eles fizeram isso dessa maneira? Seria a resposta sombria a versão original ou porque um hino masculino de poder e independência nunca seria levado a sério?

Eu ainda acho que eles adoram a letra, mas acham disco music uma merda.

Covers: 2. Hurt (Johnny Cash)

Música terça-feira, 13 de novembro de 2007 – 1 comentário

Eeste texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Como a maioria das pessoas que eu conheço, só tive acesso a vida e a obra de Johnny Cash tardiamente, através da coletânea de regravações de grandes nomes do pop rock americano no começo deste século. Apesar do country americano não ser exatamente meu estilo musical predileto, as canções de Cash carregam uma melancolia singular que vão muito além de qualquer outra canção tocada num restaurante de beira de estrada em toda a extensão do Texas.

Hurt é um ode a uma vida cheia de desilusões e decisões equivocadas saída diretamente da cabeça doente do líder do Nine Inch Nails, Trent Reznor. Embora a versão original seja muito boa e interpretada com raiva por Reznor, a versão definitiva é a de Cash, especialmente se você já assistiu a sua cinebiografia Walk the Line (aqui no Brasil lançado como Johnny and June). Desde a morte de seu irmão, passando pela atribulada paixão com June Carter, o vício e sua conseqüente prisão por porte de drogas, além da relação pouco amistosa com seu pai, Johnny Cash sempre foi assombrado por diversos fantasmas. Hurt é seu exorcismo, revelando toda a angústia de um artista atormentado envolta numa bela e triste canção.

confira

quem?

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