Veja o pôster de One Missed Call

Cinema sexta-feira, 28 de setembro de 2007 – 3 comentários

Tá com o seu celular aí perto? Tá? Então joga ele pela janela.
Veja o pôster de One Missed Call e depois vai trocar de calça porque eu sei que você vai ficar com medo.

Alô, é do açougue?

One Missed Call é mais um dos desses remakes de terror oriental. Na história, diversas pessoas recebem mensagens em seus telefones, ligações dizendo que elas vão morrer e ainda sendo informadas de quando, como e onde isso vai acontecer que é pra se ninguém se desencontrar. Aí você me diz que é um filme bobo, já que alguém pode pegar uma lista telefônica e fazer a mesma palhaçada.

Esqueci de contar um detalhe: as ligações são feitas pelos próprios futuros defuntos.

Aí segue a história da gostosa que testemunha o fenômeno e conta pra todo mundo que acaba achando que ela é louca e por aí vai.
One Missed Call estréia dia 04/01/2008 lá fora e aqui só Deus sabe.

Filme do Justiceiro tem mais dois atores confirmados

Cinema quarta-feira, 26 de setembro de 2007 – 4 comentários

Punisher: War Zone, a terceira tentativa de fazer o motherfucker Frank Castle engrenar nas telonas definiu mais dois atores em seu elenco.

Dominic West (300) será Retalho, um dos maiores inimigos do Justiceiro, que é um assassino que tem o rosto completamente cortado e depois costurado, formando essa coisa bonitinha aí embaixo.

Já Wayne Knight (Seinfeld) será Microchip, fornecedor de armas e confidente, papel que pela primeira vez tirará de Knight o estigma de gordinho que tinha o lanche roubado na escola.

Ray Stevenson (Roma) será o Justiceiro. O filme conta também com Dash Mihok, Colin Salmon e Doug Hutchinson. As filmagens começam no fim deste mês e a estréia está prevista para 2009.

Veja aqui o novo clipe do White Stripes

Música quarta-feira, 26 de setembro de 2007 – 3 comentários

Não vem que não tem. A Meg White já confirmou que aquele vídeo da gordinha praticando o bom e velho doggy style não é dela, então, passado o susto, os Listras Brancas lançaram o segundo clipe do novo trabalho deles, Icky Thump.

O nome da faixa é You Don’t Know What Love Is e tem um riffzinho bacana, quanto ao clipe não espere nada demais é só Meg White com aquela cara de “ai, peidei” dela e Jack White com seu cabelo seboso.

Pelo menos ele raspou aquele bigode medonho.

Vocalista do My Chemical Romance diz que não é emo

Música quarta-feira, 26 de setembro de 2007 – 10 comentários

E o Ato ou Efeito é um site de notícias sobre economia. Gerard Way, vocalista do MCR, em entrevista ao site da Universidade do Maine disse que não consegue conceber que seu grupo seja rotulado como emo. Segundo ele, “Por uma questão de circunstâncias, acabamos agrupados com um monte de bandas consideradas emo, e começaram a nos rotular da mesma forma”.

Estou aqui pensando se as circunstancias “música ruim”, “franjinha caindo na testa” e “letras pseudo-depressivas” seriam contundentes o bastante pra definir o o My Chemical Romance como emo. Way provavelmente foi pego pelo surto de odiar modinha e em sua lógica sagaz acredita que se odiar aquilo que todas as pessoas odeiam vai fazer com que as pessoas achem ele legal. Assim não pode, garotão!

Como se não bastasse ser zoado por ser emo, o My Chemical Romance vai abrir os shows da próxima turnê do Bon Jovi.
I rest my case.

George Miller confirmado em Liga da Justiça

Cinema sexta-feira, 21 de setembro de 2007 – 1 comentário

A notícia parece velha, mas desta vez é oficial, George Miller (Mad Max, Happy Feet) foi realmente confirmado como o diretor do vindouro filme sobre os maiores heróis da DC Comics.

Ainda não há nenhuma confirmação de elenco, e todos nós esperamos que os boatos bizarros veiculados recentemente não se confirmem, afinal Ben Stiller como Batman e a participação dos Super Gêmeos na pele dos irmãos Jake e Maggie Gyllenhaal seria pior do que todas as atrocidades cometidas por Joel Schumacher em Batman Forever e Batman & Robin juntas.

Ok, talvez não mais que os batmamilos.

Forma de um cowboy veado!

Liga da Justiça será produzido por Doug Mitchell e Barrie M. Osborne (Senhor dos Anéis, Matrix) e o roteiro é de Kieran e Michele Mulroney e é a aposta da Warner para a temporada de verão de 2009. Rezemos!

Resenha – Tenacious D and the Pick of Destiny

Cinema sexta-feira, 21 de setembro de 2007 – 3 comentários

Esqueça tudo o que você já ouviu falar sobre musicais. Inclusive a parte que eles são chatos e sonolentos e toda a maluquice de estar conversando com um outro personagem – ou sei lá, jogando Mico Sagüi – e de repente jogar tudo pro alto e começar a dançar e sapatear e… e… sei lá, fazer coisas que as pessoas fazem em musicais.

Tenacious D and the Pick of Destiny é o melhor musical que você não viu ainda.

O jovem JB sonha em ser um metal hero, mas suas tentativas são frustradas pela família religiosa. Jables decide então fugir da casa de seus pais que acham que rock é coisa do capeta e seguindo uma profecia de Ronnie James Dio – sim, é o mesmo Dio que você está pensando – ele parte em busca de uma parceria infernal.

Chegando a California, logo de cara ele encontra Kyle Gass, que viria a se tornar seu parceiro no Tenacious D, mas não sem antes tirar com a cara do nosso camarada. Tudo isso é só enrolação, já que o que interessa mesmo é a Palheta do Destino. A Palheta, segundo uma lenda ancestral é uma parte do corpo do próprio demônio e já passou de mão em mão de cada astro do rock que conhecemos e hoje se encontra muito bem guardada no Museu do Rock. JB e Kyle partem então em busca da palheta, que lhes trará sucesso, groupies e quem sabe um ou dois discos de platina. O que eles não contavam era que o próprio capeta viria buscar a parte que faltava de seu corpo.

E quem é o capeta?

I’M THE DEVIL, I CAN DO WHAT I WANT!!!

Sim, Dave Grohl! Lógico que você só vai reparar isso quando ver o nome dele nos créditos, mas ele faz algumas performances na bateria e na guitarra durante um desafio imposto pelo Tenacious D.

Com participações especiais (além de Dio e Grohl) de Meat Loaf, Ben Stiller, Tim Robbins e Amy Poehler, Tenacious D é um filme engraçadissimo, que com duas ou três músicas já faz rir mais que muita comédiazinha pretensiosa por aí.
O filme foi lançado direto pra DVD no mês passada com o nome de Tenacious D – Uma Dupla Infernal.
Não se deixe levar pela tradução hedionda e aluga logo, véi. Tá esperando o que?

Especial Foo Fighters: A fábrica de bons videoclipes

Música sexta-feira, 21 de setembro de 2007 – 5 comentários

Se existe uma banda que sabe usar todo o poder que um vídeoclipe tem, essa banda é o Foo Fighters. Dá pra contar nos dedos os músicos que tem uma vasta videografia de trabalhos bem cuidados, com idéias originais e engraçadas. No texto abaixo você vai encontrar os melhores vídeos da banda e o link para os restantes juntamente com uma breve descrição e alguma curiosidades a respeito da música ou do vídeo. O que você ainda está fazendo aqui?

FOO FIGHTERS

I’ll Stick Around
Diretor: Gerald Casale

Como primeiro clipe da banda, não podíamos esperar muito. Dave Grohl ainda era aquele cara que saiu do Nirvana e a possibilidade de um novo projeto fracassar diante de um passado na mega fuckin’ big band of the moment era imenso. Apesar de I’ll Stick Around ser uma das melhores canções do álbum de estréia, o clipe é bem fraco. Dave Grohl parece não saber o que fazer recém saído de uma bateria, pois fica pulando de maneira estranha durante o clipe e a transição de cores é mais chata do que aqueles efeitos de gelo seco nos clipes da Legião Urbana. Afora isso, você pode se lembrar do clipe por outras passagens bizarras, como quando Grohl literalmente come algumas peças de xadrez ou escova os dentes com uma lixa.

Big Me
Diretor:
Jesse Peretz

Em seguida veio Big Me, baladinha bacana e com um dos clipes mais lembrados por todo mundo. A idéia do clipe se baseia no comercial das balinhas Menthos, onde todo mundo tem uma inspiração sobrenatural depois de comer algumas pra transpor os obstáculos do dia a dia. Agora, se você nunca comeu um Menthos, levante essa bunda gorda da frente do computador pela primeira vez na sua vida e vá até uma doceria se engasgar com essa balinha do demônio.
PS: durante muito tempo o Foo Fighters deixou essa música de fora do setlist nos shows, pois cada vez que era executada, uma chuva de Menthos se abatia sobre a banda. Da próxima vez eles fazem um clipe parodiando uma marca de Maria-Mole.

THE COLOUR AND THE SHAPE

Monkey Wrench
Diretor:
Dave Grohl

Você entra no seu prédio, dá um olá pro porteiro, entra no elevador, escuta uma musiquinha que você tem certeza que já ouviu em algum lugar, mas não lembra onde, até que se dá conta que é uma versão “música de elevador” de Big Me, dos Foo Fighters e quando tenta entrar no seu apartamento adivinha só quem está lá quebrando tudo? Se você disse Engenheiros do Hawaii, tente novamente mais tarde. Claro que são os Foo Fighters, mas enquanto eu e você ficaríamos maravilhados com isso, Dave Grohl achou muito estranho, uma vez que a casa era dele e obviamente aquilo era uma falha na Matrix, já que ele estava dentro da casa, fora da casa e ainda por cima dirigindo o clipe.

My Hero
Diretor:
Dave Grohl

There goes my hero, he’s ordinary! Não é a toa que o rosto do protagonista não aparece em nenhum momento e você também não vê ninguém com uma cueca por cima da calça nos mais de quatro minutos do vídeo, Dave compôs essa canção homenageando pessoas que de uma forma ou de outra se tornaram heróis pra ele e que invariavelmente eram pessoas comuns. Embora não seja um herói no sentido mais completo da palavra, Grohl ainda usa seus poderes para cantar, tocar no meio de um incêndio e ainda arruma tempo pra dirigir o clipe.

Walking After You
Diretor:
Matthew Rolston

Em 1997, chegava aos cinemas a versão cinematográfica da mega série Arquivo X. Era também o ano em que o Foo Fighters estava quebrando tudo com as músicas e clipes antológicos de Everlong e My Hero. Tão fácil quanto saber que 2+2=4 era chamar Dave Grohl e companhia pra fazer parte da trilha do filme e ter retorno garantido. Pena que isso não se refletiu no clipe, que é bem mais ou menos: Grohl contracena com uma bela garota, mas ambos estão separados por um vidro, que representa as barreiras de um relacionamento e blá blá blá… bullshit! O vídeo seria bem mais legal se eles tivessem feito algumas caretas no vidro. A propósito, nem Dave Grohl gostou dele, porque não tinha nada de engraçado que os outros tinham. Se o cara não gostou, quem sou eu pra discordar?

Everlong
Diretor:
Michel Gondry

Definitivamente, um clássico. Já começa pelo fato de ser uma paródia de um ícone do cinema trash, Evil Dead. Junte o clássico, o roteiro pirado e um diretor competente como Gondry (Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças e o clipe de Fell in Love With a Girl do White Stripes) e tenha cenas no imaginário de qualquer um que tenha visto a MTV quando alguém ainda tocava música lá, como Dave dando um cacete em seus algozes com uma mão gigante ou então a cena clássica da cama que vira bateria. A propósito, Taylor Hawkins fica melhor de mulher do que de homem.

THERE’S NOTHING LEFT TO LOSE

Breakout
Diretor:
Emmet Malloy & Brendan Malloy

Trilha do filme Eu, eu mesmo & Irene, o clipe se aproveita do mote do filme e mostra um Dave bobão (como é que ele conseguiu um encontro sendo tão idiota?) que depois de ser passado pra trás por velhotas, pelos seus colegas de banda, por alguns folgados num drive – in e perder sua garota pra um anão bem dotado, vemos o bobão se transformar no nosso Dave gritão velho de guerra encerrar o clipe com um showzinho pra galera que estava assistindo o filme – que nem é lá muito bom.

Next Year
Diretor:
Phil Harder

Sou meio suspeito pra falar de Next Year porque é a música que eu mais odeio em toda a discografia dos Foo Fighters, no entanto além de transformá-la numa música de trabalho, ainda fizeram um clipe para a dita cuja. E o clipe consiste basicamente na tática Forrest Gump de participar de eventos históricos: recorte a cabeça de seus protagonistas e cole nas imagens da época. Phil Harder faz isso e transforma os Foos em astronautas.

Learn to Fly
Diretor:
Jesse Peretz

Rivaliza com Everlong nos quesitos produção e roteiro. Embora faça referências literais a aprender a voar durante o clipe, o resto não tem nada a ver. O clipe começa com os caras do Tenacious D (Quem? Kyle Gass e o bizarrão Jack Black) escondendo uma substância, hum… estranha no café que é servido no avião e quando até o piloto já está mais pra lá do que pra cá, – there goes our hero, again – lá vai Dave mostrar tudo que aprendeu durante anos jogando Flight Simulator. A banda toda representa vários personagens (e de novo Taylor Hawkins faz o papel da gostosa). Dave como a adolescente fã dos Foo Fighters é impagável e nos faz lembrar o Dave de trancinhas do clipe de Big Me.

ONE BY ONE

All My Life
Diretor:
Dave Grohl

Eu tenho um certo problema com bandas que fazem clips onde tudo o que eles fazem é tocar, uma vez que se eu quisesse vê-los apenas tocando eu veria um show ao vivo e não seriam gastos rios de dinheiro em um clipe com nada. As únicas coisas que diferem All My Life de todos os clipes com a mesma idéia é a força da performance da banda no palco, belos truques de câmera e o fato de que ela está sendo apresentada pra… ninguém.

Low
Diretor:
Jesse Peretz

Mais uma transição literal da letra para o clipe, “low as you go” é o que você pode esperar de Dave Grohl e Jack Black como dois caminhoneiros que encostam num motelzinho de beira de estrada e começam a brincar com uma câmera, depois com umas cachacinhas, e já que estão de bobeira mesmo, porque não perucas e lingeries? Duas perguntas ficam no ar: alguém mais ficou com medo do Jack Black de saiote e com a pança de fora, e porque Taylor Hawkins não apareceu vestido de mulher neste clipe também?

Times Like These
Diretor:
Liam Lynch

Ainda bem que o clipe foi gravado antes dessa moda de conscientização contra o aquecimento global ou coisa que o valha, afinal atirar toda a sorte de objetos ás margens de um rio não é o que podemos chamar de ecologicamente responsável. Aliás, muito me admira que entre os diversos objetos arremessados eles não tenham acertado nenhum na cabeça de algum integrante da banda.

PS: Segundo nossa equipe de análise, foram arremessados: um game boy, 2 TVs, 1 amplificador, 1 violão, 1 calota, 1 skate, 1 caixa de som, 1 maleta, diversas folhas de papel, 1 busto, 1 projeto de ciências, 1 sofá, 1 urso de pelúcia, 1 teclado, 1 jacuzzi, 1 porta retrato, 2 carros e 1 casa.

IN YOUR HONOR

DOA
Diretor:
Mike Palmieri

Lembra quando sua mãe te falava pra você não ficar de cabeça pra baixo senão o sangue ia todo pro cérebro e ia acontecer alguma coisa que você não lembra porque você não ouviu sua mãe e seu sangue foi pro cérebro? Os Foo Fighters também não ouviram suas respectivas progenitoras e fizeram um clipe amarrados num quarto que vai girando 360 graus até que você fique zonzo e desista de entender o conceito. Assista ao clipe e saiba por que Dave apelidou o quarto de Barf Ball (Bola de vômito).

Resolve
Diretor:
Mike Palmieiri

Apesar de ser uma música meio quadradona, é a retomada do videoclipe engraçadinho. Dave exagera na comida japonesa e mergulha (rá, como eu sou engraçado) num mundo de sereias, lulas, enguias, comidas cruas e sobra tempo até pra achar um clone japinha. Repare na referência ao clipe de DOA com a imagem da TV de cabeça para baixo, dê risada do Dave desdenhando do próprio refrão e quebre a taça de cristal da sua mãe tentando equilibrar uma colher e um garfo em cima de um palito de dente.

No Way Back
Diretor:
Nick Wickham

Típico clipe “fala rapeize, esse sou eu e meus brothers na Estrada: nate, taylor, chris e eu causando na estrada, mó legal, só de brinks”. Perfeitamente descartável, se utiliza de um expediente muito comum quando alguém decide que precisam de mais uma música de trabalho, mas ninguém está com paciência de produzir um vídeo novo.

Best of You
Diretor:
Mark Pellington

Por mim, se o clipe de Best of You fosse uma tela preta somente com a música rolando de fundo ou então apenas com os quatro sentados olhando pra cara do espectador sem fazer nada já seria genial. Porque essa música consegue ser tão contundente e empolgante que na verdade ela não necessitaria de outros elementos pra melhorar. No entanto, o diretor Mark Pellington capta a essência da música e com uma câmera nervosa e com cortes rápidos complementa a porrada na orelha gerada por Dave e Cia.

ECHOES, SILENCE, PATIENCE & GRACE

The Pretender

É interessante notar que mesmo quando faz um vídeo minimalista, os caras ainda assim fazem um trabalho muito bem feito. Você começa a assistir The Pretender achando que é um remake pelado de All My Life: os caras pegando os instrumentos, deixando o cabelo cair na cara, pulando, moendo a batera e tal, de repente você vê um cara da tropa de choque do outro lado e pensa “isso vai dar merda” e o clipe não tem muita alteração até que aparece o resto do batalhão comandado pelo Tenente Coronel Praxedes, que recebeu ordem de “fazer esses cabeludos pararem com a arruaça”. Como diria o Fernando Vanucci: simplezinho, mas bonitinho.

***

Se você viu todos esses clipes e ainda não saciou sua sede de Foo Fighters veja ainda o trabalho de um desocupado que tentou achar sentido numa versão de DOA tocada ao contrário ou assista a versão de See You que um cabra magrelo que não tinha mais o que fazer gravou no banheiro de casa.

Fernando Meirelles cria um blog sobre filme

Cinema quarta-feira, 19 de setembro de 2007 – 0 comentários

A notícia é velha – o primeiro post é de 24.08 – mas a idéia é genial. Se você é estudante de cinema, gosta do trabalho do Meirelles ou se simplesmente é curioso mesmo, devia acompanhar o blog que ele criou com o dia a dia das gravações de Blindness, filme baseado no livro Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago.

O intervalo entre os posts é grande (afinal, se você que é vagabundo já não atualiza seu blog, imagina o cara que tá rodando um filme?), mas traz historias bem legais como a gravação de algumas cenas e o jeito como o roteiro foi parar nas mãos dele.

Blindness, estréia em 2008 e tem no elenco Juliane Moore, Mark Ruffalo, Danny Glover, Gael Garcia Bernal, Sandra Oh, Antonio Abujamra e Alice Braga.

Will Ferrell leiloa papel em novo filme

Cinema quarta-feira, 19 de setembro de 2007 – 0 comentários

Se você tem grana de sobra e gosta do Will Ferrell, pode acabar aparecendo num filme do cara ano que vem. Will Ferrell está leiloando na internet uma ponta no seu novo projeto “Step Brothers”.

O valor arrecadado no leilão será destinado á fundação Cancer for College, que como o nome já diz distribui bolsas de estudo a jovens que tiveram ou tem câncer.

Step Brothers será estrelado por Will Ferrell e Adam McKay e conta a história (besta) de dois caras mimados que passam a viver como irmãos quando seus pais se casam. Em todo caso é um filme do Will Ferrell e é bem provável que você dê algumas boas risadas. O leilão vai até o dia 26.09 e o vencedor será anunciado no dia seguinte.

Quer ser meu amigo?

Eu proponho que nós façamos uma vaquinha pra participar dessa boiada. Alem de ajudar as pessoas que tem câncer ainda forçamos eles a incluir uma cena de arrastão no filme pra que todos nós possamos atuar.

Review – Four on the Floor (Juliette and the Licks)

Música quarta-feira, 19 de setembro de 2007 – 6 comentários

Se você já assistiu Assassinos por Natureza ou Cabo do Medo, com certeza sabe quem é a Juliette Lewis. Sabe também que esses filmes são do começo da década de 90 quando ela era uma meninota e que de lá pra cá você não lembra de mais nada que ela tenha estrelado. Você deve estar se perguntando porque estou falando de cinema numa resenha sobre um cd, certo?

Pois bem, Juliette montou uma banda, virou hype, tem amigos legais como o Dave Grohl que passa pra fazer uns takes na gravação de Four on the Floor e acaba gravando o cd todo porque o batera antigo pede o bonézinho e sai. Se você prefere ver o copo meio vazio, deve achar que a carreira dela virou água e ela tentou se virar de outro jeito fazendo música, se você tem um bom humor irreparável e prefere ver o copo meio cheio, deve acreditar que ela achou novas maneiras de expressar sua arte de maneira mais pessoal yadda yadda yadda. Seja como for, segue o review de um cd que parece político em época de campanha: promete muito e com o passar do tempo decepciona profundamente.

SMASH AND GRAB: O cd começa em alta velocidade, com guitarras que lembram o Queens of the Stone Age, Dave martelando a bateria, Juliette gritando como uma desvairada e aquela sensação de que essa é a última coisa que eles vão fazer na vida e estão se esforçando pra fazer bem feito. Bom, posso dizer que eles conseguiram.

HOT KISS: Imagine a Pink sem aquele nariz de porquinho. É a mesma voz, o mesmo pop descartável que faz você cantar o refrão mesmo que você o odeie e que vai ficar na sua cabeça até que eles toquem Sticky Honey.

STICKY HONEY: Consegue ser ainda mais grudenta. É de uma popice redonda e desavergonhada que vai ficar marcada a ferro na sua cabeça de um jeito que daqui uns dez anos – quando metade da banda já estiver morta no esquema drogas, sexo e rock’n’roll – e você nem lembrar que eles foram a salvação do rock outono/inverno de 2007, você vai se pegar cantarolando o refrão e perguntando pro seu sobrinho nerd de quem é isso mesmo.

KILLER: Não é seu cd que está riscado. (aliás, alguém aqui ainda compra cd’s?). É só a repetição exaustiva de sílabas como – ha ha ha ha ha ha ou bang bang bang bang bang – que deixa a música chata par cacete.

DEATH OF WHORE: Começa lentinha, Juliette nos contando uma pequena historieta num ritmo crescente que vai te empolgando e… chega num refão digno da Sheryl Crow. Ela percebe a cagada e o ritmo da segunda estrofe continua aumentando, fazendo você pensar que ela vai acabar essa batendo com o microfone na platéia e, porra a Sheryl Crow ataca novamente? Come on bitch or should I call you a whore! Ela entende o recado e começa a pular nas paredes e quebrar tudo…

…pra acabar imitando a Alanis Morissette. Sério desconsiderem tudo o que vier dessa música quando ela completar 3 minutos.

PURGATORY BLUES: Não tem muito o que falar dessa aqui. A cozinha é bem arrumada, os riffs são assobiáveis, o vocal de Juliette embora seja irregular (como alguém pode parecer Joan Jett, Pink, Alanis e Sheryl Crow no mesmo cd, sem ser tão ruim quanto elas?).
PS: Eu devo estar ficando bitolado com Foo Fighters. Lá pros 02:30 de música, surge uma ponte muito parecida com a de My Hero. Presta atenção e imagine Dave Grohl pulando de trás da bateria, dando uma rasteira na Juliette e emendando a música do Foo Fighters? Ok, não imaginem isso.

GET UP: Se você estiver distraído vai acabar achando que é um b-side do Foo Fighters das antigas até reparar que tem uma mulher cantando. Simplezinha, mas bonitinha, vai abrir caminho pra você ficar chacoalhando a cabeça na canção seguinte.

MINDFULL OF DAGGERS: Sabe quando você não consegue se conter com uma música? Fica batendo o pé acompanhando o ritmo da bateria ou então chacoalhando a cabeça fazendo com que as pessoas ao seu redor achem que você é só um maluco que não sabe se comportar em público. Bem, você é um desses tipos mesmo, porém se eles estivessem ouvindo Mindfull of Daggers estariam fazendo exatamente a mesma coisa.

BULLSHIT KING: Essa é a trilha ideal para aqueles filmes de garotas que partem numa aventura muito louca aprontando altas confusões, naqueles momentos onde os roteiristas colocaram os cérebros numa jarra e escreveram um medley de cenas idiotas e sem nenhuma relevância como garotas dirigindo alegres e cantando numa auto-estrada ou garotas dançando alegres e chacoalhando a cabeleira numa festa qualquer. Feche os olhos e imagine, sei lá as gemêas Olsen e a Paris Hilton numa cena dessas. Ok, vou parar com a sugestões de pensamentos ruins.

INSIDE THE CAGE: My Precioussss. Tudo o que eu NÃO precisava nessa altura do disco era de alguém gemendo. Pior, gemendo parecendo o Gollum. Eu pularia pra próxima logo se esse cd não acabasse aqui. Alguma coisa se perdeu depois de Mindfull of Daggers e você pode chamar de pegada, paciência, senso crítico ou o que quiser. O cd que parecia promisso no começo acabou descabando pra uma chatice sem fim, que nem a bateria de Dave Grohl e nem o carisma de Juliette Lewis conseguiram superar.

1. Smash and Grab
2. Hot Kiss
3. Sticky Honey
4. Killer
5. Death of a Whore
6. Purgatory Blues
7. Get Up
8. Mind Full of Daggers
9. Bullshit King
10. Inside The Cage

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