Criaturas da Noite é uma quadrinização de dois contos da coleção Fumaça e Espelhos, com ilustrações de Michael Zulli.
Na primeira história, “O Preço”, um escritor de meia-idade que vive com a família na zona rural da Inglaterra adota um gato preto da rua. Toda noite, o gato aparece mostrando sinais de luta que, com o passar do tempo, acabam se tornando feridas sérias. Quando o escritor resolve ficar uma noite acordado para ver com o que o gato está lutando, ele vê uma criatura demoníaca, capaz de mudar de forma, se aproximar da casa e ser escorraçada com dificuldade pelo gato preto. A história termina com o escritor imaginando até quando o gato preto ainda pode se manter na defesa da casa e da família.
Semana passada, falei sobre a agonia das editoras em atrair leitores pelo método de estupro da nossa sanidade. E agora, tratemos da única diferença real entre HQs e livros comuns: o uso de imagens como algo essencial na narrativa.
Sim, isso mesmo: eu estou afirmando que a única diferença entre livros e HQs se resume ao uso da imagem. Se você, fanboy maldito de Crepúsculo, Código Da Vinci, Recruta Zero ou Superman discorda disso, clique no pequeno X ali no canto superior direito da sua tela e seja feliz.
Semana passada, dei uma pincelada nas origens das HQs e o tratamento recebido destas pela sociedade. Agora, vamos dar uma analisada em um âmbito mais reservado: editoras e roteiros.
Há cerca de quatro mil anos, um fenício desocupado qualquer arranjou um martelo, um cinzel e uma pilha gargantuesca de placas de barro. Como ele arranjou esse monte de placas de barro? Sei lá, pô. Devia estar com desconto no mercadinho da esquina, como é que eu vou saber? Enfim, esse fenício desocupado, então, pegou as ferramentas e começou a entalhar símbolos nessas placas de barro. Ao final desse trabalho, ele colocou AdSense nas placas e se tornou o primeiro blogueiro da história nosso amigo fenício poderia não saber, mas ele tinha acabado de dar um dos maiores saltos da humanidade: ele havia inventado os livros! continue lendo »
Eu gosto de zumbis. Vocês gostam de zumbis. Até mesmo a mãe de vocês gosta de zumbis, afinal, quem não gosta de zumbis? Pois bem, vocês vão passar a amar zumbis ainda mais depois de conhecer a história de Mnemovore.
Zumbis se contentam em lhe matar e fazer uma saborosa refeição com a sua massa encefálica, além do fato de que, se você não quiser proporcionar os prazeres da mesa a um morto-vivo, basta correr ou decapitá-lo. Mas, e no caso de algo totalmente desconhecido que rouba a sua memória e ainda te deixa vivo pra se angustiar com a amnésia? continue lendo »
E agora, a pergunta valendo um milhão de reais que valem mais do que dinheirommm: Por que a galinha atravessou a ruammm?
Edward Nigma é uma super-mente criminosa com uma estranha compulsão de desafiar a dupla dinâmica (Batman e Robin), deixando pistas de seus crimes na forma de charadas e quebra-cabeças. Nas histórias mais recentes, ele aparentemente abandonou o estilo de vida criminoso e escolheu usar suas habilidades de modo lucrativo, se tornando um investigador “freelancer”. continue lendo »
Antes de tudo, estabeleçamos uma pequena hierarquia:
No nível de hierarquia “Deuses”, deve-se considerar Bel, divindade-mor dos leitores pirocaflitas do SaT
As Fúrias, ou Bondosas, Hécates, ou como quiser chamá-las, encontram-se no patamar de “Criaturas Míticas”. Segundo a mitologia, as Fúrias são as vingadoras divinas: destroem aqueles que procuram fugir de seus destinos, dos deuses ou derramam sangue da família. Normalmente, seria impossível para elas virar suas forças contra qualquer ser de nível hierárquico superior. continue lendo »
Bacon Frito? Que porra é essa e como eu vim parar aqui? Hmmm… Bacon.
O cara era um soldado assassino sem nenhuma misericórdia. Depois de participar da Guerra Civil Americana e do Exército da Confederação, se torna um caçador de recompensas. Após encontrar o amor da vida dele, tem uma filha. As duas morrem doentes e ele mata toda a gangue que o impediu de comprar os remédios. Quando vai matar o chefe, as balas acabam e o cara morre. continue lendo »
Ah, a polêmica. Doce polêmica, o combustível das massas, o néctar dos trolls, o mana dos nerds, a alma dos noticiários povão sangrentos, o… ok, acho que vocês já entenderam.
Muito se discute pelos fóruns de HQs se nosso amigo Ozy é ou não um vilão de verdade. Afinal, apesar de ter obliterado metade da população de New York, ele fez isso visando um bem maior: a paz mundial. Mas, aí, já começa aquela outra discussão: os fins justificam os meios?
Na minha visão (e na de Rorschach), o alter-ego de Adrian Veidt merece, com toda a honra, ir pro patíbulo. Por mais eficiente que tenha sido o plano dele, a mudança no mundo poderia ser feita de modo mais lento, porém menos destrutivo. Afinal, recurso é o que não faltava.
Quanto aos atributos: além de habilidades físicas impressionantes, o cara é um super gênio arquimilionário que conseguiu tudo que tem sozinho. Papai e mamãe Veidt eram ricos a dar com o pau. Ele poderia ter sido apenas mais um playboyzinho de merda, e passar o resto da vida ouvindo psytrance no último volume da sua Lamborghini Diablo enquanto duas gostosas ficavam se agarrando no banco ao lado. Mas, não. O cara doou todos os seus milhões, viajou pelo mundo e reconstruiu tudo do zero.
Danem-se as boas intenções, o Ozzy é um cara de respeito.