Essa noite eu tive um sonho. Como diria Raul Seixas, “um sonho de sonhador”. Pois é, maluco que sou, sonhei que os sonhos de todos indivíduos de um país se realizavam do dia para a noite. Bem ao menos, em tese, seriam realizados se não fossem as contradições surgidas nesse processo.
Como todo sonho, no momento que é sonhado tudo faz sentido, tudo se encaixa perfeitamente. Depois que acordamos notamos as bizarrices de um mosaico que não encaixa. Começamos a contar para alguém e percebemos que tudo aquilo, geralmente, não tem um mínimo de verossimilhança. continue lendo »
Não é novidade que “vampiros” estão na moda. Mas essa resenha de hoje nada tem a ver com esses vampiros que brilham no sol. Nada tem a ver com vampirinhos bonzinhos e “vegetarianos”. Essa resenha é uma história que resgata a tradicional lenda dos vampiros e a adapta ao mundo atual, tentando justificar todas as crenças com uma base científica. Lenda passa a ser ciência. Exceção passa a ser regra. Anormal transforma-se em normal. Tudo é relativizado.
Me afasto mais uma vez da Analfabetismo Funcional para recomendar uma excelente história em quadrinhos: Eu Sou a Lenda, adaptação do aclamando livro homônimo de Richard Matheson, de 1954, que também ganhou versão para o cinema, protagonizada por Will Smith. continue lendo »
– Doutor, sem arrodeios, vou direto ao ponto.
– Como preferir.
– É o seguinte: estou arrasado. Aconteceram alguns fatos na minha vida que me deixaram completamente acabado. Passei algumas semanas mofando em casa, pensando, refletindo, enchendo a cara. Até que um amigo me indicou fazer algumas consultas com o senhor. Quem sabe o senhor me ajuda a entender a razão dos acontecimentos…
– Pode dizer. O que aconteceu?
– Minha esposa… Nos separamos.
– Ela traiu você?
– Isso.
– Veja bem, isso não é o fim do mundo…
– Não foi simplesmente isso.
– Prossiga, então.
– Vou contar tudo. E depois quero que o senhor me explique o que pensa que aconteceu.
– Vamos tentar. continue lendo »
Desde muito novo gostei do som do Guns n’ Roses. Quando comecei a tocar guitarra passei a gostar mais ainda, especialmente em razão da guitarra estridente e ao mesmo tempo melodiosa de Slash. Estranho é que foi preciso alguém me dar de presente a biografia (outra obsessão minha) desse grande músico para eu criar interesse de lê-la. Mas depois que comecei a leitura, devorei-a! continue lendo »
Essa recomendação é cheia de ressalvas e alertas. Grande parte dessas considerações devem ser feitas por culpa da Editora Sextante, responsável pelo livro no Brasil. Vou tentar ser objetivo para explicar a confusão: continue lendo »
Num boteco comum, de uma metrópole qualquer, numa típica noite de sexta-feira. Entre uma cerveja e outra:
– Mulher mal-comida é foda.
– É… foda mesmo.
– Parece uma bomba-relógio. Pavio curto do caralho.
– Bomba-relógio tem pavio? Puta merda, essa maminha tá salgada pra caralho!
– Porra, tu entendeu! Mulher mal-comida reclama de tudo, bota defeito em tudo, tem sempre uma respostinha mal-criada para qualquer crítica, se mete onde não e chamada e blá blá blá. É um pé no saco! Lá no trabalho tem uma dessas.
– Todo lugar tem alguma boceta queijuda dessas… Mas sabe o que é pior que mulher mal-comida?
O mundo da literatura não é – nem de perto – badalado como o do cinema, por exemplo. Mesmo assim, ainda se cria alguma expectativa para lançamentos de livros que “prometem abalar”. Pois bem, quando se cria essa expectativa normalmente se dá ao redor de três tipos de lançamentos: continue lendo »
Como toda primeira vez, foi marcante. No começo, difícil. Meio sem jeito, um tanto diferente de tudo que já tinha feito. Cheio de novas descobertas. Com o passar do tempo tudo foi se ajustando e vi que era uma prática interessante. Foi assim a primeira vez que li/ouvi um audiobook ou, para quem preferir, audiolivro.
Há algum tempo ouvia falar em audiobooks, ótima opção para deficientes visuais, idosos, pessoas sem tempo para ler, ou que simplesmente não queriam ler. Eis que certo dia – andava meio sem tempo, gastando horas diárias no trânsito – me deparei com uma promoção de um audiobook água-com-açúcar: Marley & eu, de John Grogan.
Tá chegando o Natal! Época de trocar presentes, comer peru, encher a cara de vinho pra suportar reuniões de família, enfrentar filas intermináveis, ouvir esse jingle em ritmos acelerados e insuportáveis em toda esquina, ver crianças sentadas no colo de um velho gordo e barbudo vestido bizarramente, enfim, sentir o “espírito natalino”. Afinal de contas, que puerra é isso? Até hoje não entendi essa história alimentada pelos comerciantes. Afinal, o que tem a ver Santa Claus (ou St. Nicholas), o velhinho barbudo pedófilo, com a celebração o nascimento de Jesus. Agradeço se alguém explicar. A propósito, ontem foi o dia de São Nicolau, ou como queriam chamá-lo. continue lendo »