O isqueiro falhou. As faíscas estalavam em vão. O fluído havia acabado e ele só poderia repô-lo quando voltasse para casa. “Não sei porque ainda insisto em usar Zippos” – pensou o Alex. Essa prometia ser mais uma longa e solitária noite na Penitenciária de Segurança Máxima em que ele trabalhava. Os cigarros eram a única companhia e distração durante a longa escuridão, cheia de sombras e sons fantasmagóricos naquele lugar fétido. continue lendo »
Essa semana a coluna Analfabetismo Funcional entra de férias, porque vou falar sobre HQ. Antes, porém, deixo registrado que, para mim, histórias em quadrinhos (Em sentido amplo) são enquadrados como literatura,assim como qualquer livro (Até mais que muito livrinho por aí…), mas isso é assunto pra outro artigo. continue lendo »
Esta semana vamos viver do passado e, como estou sem saco de escrever para dar uma organizada nas recomendações que fiz por aqui, resolvi postar esse “recapitulação”. Aí você pergunta: “Mas pra quê isso? Eu não poderia simplesmente ver o histórico do Analfabetismo Funcional?” Eu lhe respondo: É verdade, caro amigo, mas tem muita gente por aqui que tem preguiça de clicar ali no meu avatar, ou simplesmente não sabe disso. E outra, aqui apresentarei tudo de forma um tanto sistematizada. continue lendo »
Eram meados dos anos 90. Miguel de Albuquerque, comerciante de uma tradicional cidade do interior nordestino, voltava da capital dirigindo sua mais nova aquisição: Um automóvel de “’última geração” e cheio de “frufrus” com os quais seu novo dono pretendia gabar-se diante dos amigos tão matutos quanto ele mesmo. continue lendo »
Fomentando a modinha de biografia que estamos vivendo, depois da biografia de Tim Maia, chegou a hora da história da vida de mais um loucão super figura: Nelson Rodrigues. continue lendo »
Como diriam os jogadores filósofos: “Clássico é clássico e vice-versa”. O que quero dizer é que os livros ditos clássicos, em geral, merecem tal qualificação. Repito: Em geral. Por isso, nunca é demais recomendar a leitura e re-leitura dos clássicos que sobrevivem a décadas e séculos sem sair das prateleiras e das listas das grandes obras da literatura. continue lendo »
Já superamos (espero) a fase de proclamar o amor ao cheiro do papel, ao tato, ao prazer de tirar um livro de uma prateleira e lê-lo deitado numa rede, ou ir a uma livraria e deliciar-se com essa experiência sensorial, diante da iminente invasão dos e-books. Encaremos a realidade: Os livros digitais chegaram para ficar. Sinceramente, não acredito que os livros – que agora passam a ser chamados de “livros tradicionais” – estejam fadados a virarem objetos exibidos em museus para as gerações futuras, mas é inegável que vão perder algum espaço. Anyway, o que quero dizer é que estou sendo realista e esse texto visa tão-somente avaliar/informar como está se dando a introdução dos livros digitais no mercado brasileiro. continue lendo »
Dia desses foi transmitido, pela enésima vez, na famigerada Sessão da Tarde, o filme do Auto da Compadecida – resultado do enxugamento da mini-série dirigida por Guel Arraes. Lembrei que ainda não havia recomendado nenhum livro do mestre paraibano, Ariano Suassuna. Poderia, muito bem, compensar tal falta com o fabuloso O Auto da Compadecida, mas como não gosto de ser óbvio e prefiro indicar livros que não sejam tão famosinhos, achei por bem escolher Fernando e Isaura. continue lendo »
Não há dúvidas de que os cidadãos dos países chamados “desenvolvidos” (Ou de “primeiro mundo”, enfim, países onde se tem boa qualidade de vida) são, em geral, grandes leitores. E há uma relação direta entre qualidade de vida e valorização da leitura. O bom-senso explica e as estatísticas comprovam. Estima-se que o brasileiro lê 1,3 livro por ANO, enquanto nos países desenvolvidos a média ultrapassa 10. Não quero dizer que o Brasil é o que é porque aqui não se valoriza a leitura, mas tal fato é um sintoma que integra um círculo vicioso que se arrasta secularmente. continue lendo »
Depois das crônicas e contos peculiares de Xico Sá, continuarei na temática do amor, dos conflitos sexuais, dos encontros e desencontros, enfim, dos relacionamentos sentimentais. Dessa vez, recomendo um romance daqueles que só se para de ler quando as páginas chegam ao fim. Afinal, não é à toa que Mario Vargas Llosa é um dos maiores escritores vivos e, segundo muita gente, sucessor de Gabriel García Márquez, como nome da literatura latino-americana. continue lendo »