O 3D&T Alpha (que eu já havia comentado) já está disponível. O livro tem 144 páginas e está disponível tanto impresso por R$25,00 ou em PDF de graça a partir do site da própria editora.
Isso mesmo, de graça véi.
Abaixo um texto enorme do autor explicando o porque da decisão:
“Não é mais novidade que 3D&T voltou.
Somando suas várias edições publicadas pela antiga Editora Talismã, foram vendidos mais de 60 mil livros básicos — muito acima de qualquer outro RPG publicado no Brasil, nacional ou importado. E veja bem, estamos falando apenas do Manual 3D&T, sem incluir as primeiras adaptações oficiais de games — Street Fighter Zero, Mortal Kombat, Final Fight, Darkstalkers, Megaman… — que deram origem ao jogo.
Então por que parou, afinal? Por que o RPG mais jogado do Brasil ficou cinco anos sem ganhar novos títulos?
Não é segredo que eu, Rogério Saladino e J.M.Trevisan (localmente conhecidos como o Trio Tormenta) tivemos problemas trabalhistas com a antiga Editora Talismã, que originalmente publicou o jogo. A empresa seguiu comercializando nossos títulos, sem nossa autorização. E usava essa verba para dar suporte à “nova fase” de seu segmento de RPG — que, após nossa saída, ia de mal a pior.
A última coisa que eu queria, era ajudar a sustentar essa “nova fase” com meu esforço.
Hoje o problema não existe mais. A Talismã encerrou seu segmento de RPG (e que não volte). Logo, não haveria problemas em voltar a trabalhar com 3D&T.
Não? Foram cinco anos sem suporte! Em média, esse é o tempo que grupos de RPG permanecem jogando antes de perder o interesse e abraçar outros jogos, ou outros passatempos. Grupos mais duradouros são escassos. Pelo menos, assim eu pensava.
Mas 3D&T demonstrou ter uma base de fãs mais difícil de matar que um Cavaleiro do Zodíaco. O resultado é o novo Manual 3D&T Alpha.
Quer saber mais? Regras que mudam, regras que ficam iguais, vantagens banidas, desvantagens mais banidas? Não vou contar. Porque você não precisa da minha opinião ou análise. Você mesmo pode verificar o jogo. Pois, pela primeira vez no Brasil, um livro de RPG está sendo lançado simultaneamente em versão impressa (que você compra na loja, ou pelo correio) e em arquivo eletrônico gratuito!
A grande pergunta: se o livro completo está disponível na Internet, em alta qualidade, por que alguém pagaria pelo impresso? Como sabe qualquer mestre experiente, PDFs não são práticos em sessões efetivas; o jogo de mesa exige folhear e consultar páginas rapidamente, algo difícil mesmo com um laptop.
Uma lan house cobra pelo menos R$ 0,60 por página de impressão em preto e branco. Um arquivo de 144 páginas não sai por menos de 80 Reais. Quando o Manual 3D&T Alpha original (com acabamento superior) custa quase três vezes menos, imprimir o PDF não parece lá muito inteligente. E mesmo quem tem impressora em casa deve igualar ou superar esse custo com tinta.
Assim, a versão em PDF oferece ao jogador uma “folheada à distância”, uma avaliação cuidadosa antes de decidir se vale a pena comprar. E também permite acesso ao jogo àqueles que não tenham por perto nenhuma loja onde adquirir o original (pagar mais caro pela impressão do PDF pode ser uma opção ruim, mas pelo menos existe essa opção).
Outra razão de espanto para os fãs é que o Manual 3D&T Alpha, embora mantenha o mesmo tamanho das versões anteriores (17x26cm), é horizontal. Ou widescreen, como agora é moda chamar. Parecido com o importado Star Wars Saga. Eu queria muito poder dizer que fui esperto o bastante para prever a versão digital e, portanto, esse formato facilita a leitura na tela do computador. Mas seria mentira. (Ou será que não?)
Não tenha ilusões. O Manual 3D&T Alpha é ricamente ilustrado — quase uma imagem por página —, mas muitos desenhos você nem agüenta mais ver. Alguns estão ali desde a primeira versão (quando eu ainda tinha tempo para rabiscar). Mesmo assim, Erica “Holy Avenger” Awano proporciona novas aberturas de capítulos, e também temos uma porção de artes nunca vistas de Eduardo “Victory” Francisco. Detalhe: os personagens coloridos nas capas são estudos para um possível longa-metragem de animação de Holy Avenger, que contaria a origem do Paladino de Arton. Não, nem adianta perguntar quando fica pronto. Eu não sei.
Alguns fãs argumentam que o Alpha é caro demais em relação a seus antecessores, sendo que um dos maiores atrativos de 3D&T sempre foi o preço baixo. Na verdade ele é um pouco mais barato: em 2003, um mangá de 100 páginas custava R$ 3,90. Hoje, custa R$ 7,90. Um aumento de 80%.
No mesmo ano de 2003 o Manual 3D&T Turbo custava 14,90. Um ajuste de 80% sobre esse preço resultaria em quase R$ 27,00. No entanto, a Jambô o manteve abaixo disso (com o mesmo número de páginas).
Enfim, a decisão é sua. 3D&T sempre existiu para facilitar a vinda de novos jogadores ao hobby, e ele agora pode cumprir esse papel ainda melhor que antes. Você pode olhar o Manual 3D&T Alpha, gostar e comprar. Pode olhar, gostar e imprimir em casa. Pode olhar, gostar e jogar com um laptop sobre a mesa. Pode até não gostar e ficar com o jogo antigo. O importante é que, agora, você tem opções.
E como disse certa vez um pessoal que sabia das coisas, RPG é sobre opções, não restrições.”
— Marcelo Cassaro “Paladino”
Para quem teve preguiça de ler, ele explica que todo mestre experiente sabe que ainda que PDFs sejam bons, eles não funcionam na mesa de jogo, que precisa de uma versão impressa para fluir melhor e justifica que o gasto de você imprimir a versão em PDF seria o mesmo (ou maior) que comprar o livro. Assim o PDF seria uma versão para você folhear e conhecer o sistema e as mudanças.
Nada mais verdadeiro e justo.
Rock Band 2 (Xbox 360 e em breve Playstation 2, Playstation 3 e Wii)
Essa semana o Rock Band 2 chega ao console da Microsoft algumas semanas antes dos outros. Como esperado de uma seqüência lançada depois de apenas 10 meses não há nenhuma grande novidade além da massiva lista de músicas e algumas melhorias mínimas no gameplay (partes faladas das músicas perdoa mais e alguns solos de guitarra).
A lista final de músicas o théo já colocou aqui, e além dessas músicas, todas músicas compradas no Rock Band continuam no Rock Band 2 e você pode importar 55 das 58 músicas do Rock Band por uma taxa de U$5,00 (paga-se apenas uma vez).
Star Wars: The Force Unleashed (Playstation 2, Playstation 3, PSP, Wii e Xbox 360)
Jogo multiplataforma da LucasArts de Star Wars? Que novidade… Ao menos Force Unleashed tem uma nova mecânica e física para controlar a Força que parece bem interessante, além de que usar o Wii Remote como sabre de luz era o sonho de muita gente. Mas o jogo ficou um ruim.
Não que seja um mal jogo, a história é boa, situa-se entre o episódio 3 e 4, e o combate, em algumas versões (como o Wii), é bom, mas quase todas as versões tem mapas pouco inspirados, combates e chefes chatos, o jogo é curto (de por volta de oito horas a meras três horas no DS) e falta muito polimento. Não foi dessa vez.
Dragon Quest IV: Chapters of the Chosen (Nintendo DS)
Um remake que não é um caça-níquel motherfucker. Dragon Quest IV é um jogo de NES que teve um remake para Playstation e agora um remake deste para Nintendo DS. A tradução foi refeita, com direito a dialetos por regiões, os gráficos levemente melhorados e a palheta de cores ficou mais colorida. Além disso, o cenário ocupa ambas as telas (o que ficou bem bonito) e durante a batalha a informação sobre os personagens aparece da tela de cima, aliviando a quantidade de informações.
A história é bem interessante, ainda que comece devagar.
Ainda que no terceiro remake, Dragon Quest IV: Chapters of the Chosen não deixa de ser um bom título.
Warhammer Online: Age of Reckoning (PC)
Mais um tentando entrando na fila para tirar o título de World of Warcraft. Lixo.
WAR (sigla extremamente marketeira inventada por eles, o certo seria WO:AoR) é do estúdio Mythic que é da EA. O jogo roda em volta dos Realms e da guerra entre a Ordem e a Destruição. Quests e batalhas contam no desempenho da guerra e as cidades reflatem o estado do Realm, prosperando na vitória, empobrecendo na derrota.
Ainda que essa história de Realms seja legal, o jogo vai ser tão chato quanto World of Warcraft. Isso por causa do problema crônico dos MMORPGs hoje: não há emoção na batalha. Cada luta é um chutando o outro e vence quem tinha a maior bota no começo.
JamLegend pega a fórmula de Guitar Hero e traz para um site parecido com o YouTube. Nele bandas enviam suas músicas que são transformadas para o jogo. O controle é como em Freats on Fire, joga-se com os botões de F1 a F5 ou de 1 a 5 e o Enter serve como palhetada.
Veja o trailer:
O aspecto social é bem interessante, você pode adicionar amigos e criar desafios em que você joga uma música e desafia a pessoa a conseguir uma pontuação maior que a sua. Também tem o Showdown, em que você escolhe uma música e cria uma sala que você pode chamar seus amigos (de dois a cem) então jogam simultaneamente a música concorrendo para ver quem termina com mais pontos e, enquanto isso, ao lado da tela mostra como um termômetro quem está com uma pontuação maior ou menor.
Visualmente ele é bonito, visto que ele está em um navegador, e o som também não deixa a desejar. Algumas pessoas com PCs antigos podem ter um pouco de frame skip, qualquer PC um pouco mais novo deve rodar redondo.
A bagaça ainda está em beta fechado, o que significa que para testar você precisa ter um convite e os convites são limitados. Também significa alguns bugs ocasionais e poucas músicas. Por enquanto o jogo tem apenas vinte e quatro músicas, nenhuma famosa mas algumas são até que divertidas.
Por enquanto o site não é grande coisa, mas ele definitivamente tem potencial.
Se você se interessou, temos por volta de 100 convites para distribuir, basta entrar na página de cadastro por este link que ele já vai completar o código do convite, os primeiros a chegarem entram.
Bel Niele como sempre roubando
a cena com o seu… volume.
O sistema Defensores de Tóquio (D&T para os íntimos) foi lançado em 1994 com poucas páginas e extremamente simples, e era uma sátira aos heróis japoneses com seus gritinhos, códigos de honra bizarros e golpes milaborantes – daí veio o nome. No ano seguinte lançam Advanced Defensores de Tóquio (AD&T, parodiando o AD&D), que não mudando muito as coisas até que eles licensiaram jogos famosos como Street Fighter, Mortal Kombat, Darkstalkers e Megaman, e fizeram vários pequenos livros, cada um com conteúdo próprio ao material licensiado mas que compartilhavam o mesmo simples sistema de regras, o 3D&T — Defensores de Tóquio 3ª Edição.
Com o tempo o sistema foi se expandindo através de matérias na Dragão Brasil, que na época era tocada pelos mesmos autores do 3D&T, e ganhou seu primeiro manual completo, o Manual 3D&T. Ainda vieram depois as versões Revisada e Ampliada e a edição Turbinada, ambas alterando algumas poucas regras, sendo a última lançada em 2003. Foi lançada também um 4D&T, mas era só um D20 alterado para chamar o público do 3D&T e merece ser ignorado, pois não chega a ser um sistema propriamente dito.
O bom do 3D&T é a simplicidade. O sistema é absurdamente simples, não é nescessário nenhum dado de nerd para jogar, dados de seis faces bastam, e definitivamente ele é o melhor sistema para se ensinar alguém a jogar, sendo o primeiro RPG de muita gente, como eu.
A partida de 3D&T é mais solta e descontraída. Menos regras, mais piadas e risos. O jogo sacrifica densidade e realismo para conseguir isso, não sendo uma maneira pior muito menos melhor de se jogar, apenas diferente.
Por causa da simplicidade, da facilidade de atrair noobs à mesa de jogo e da facilidade de expandir o jogo fez com que, ainda que não haja suporte oficial ao sistema a cinco anos, ainda exista gente que joga isso e não desista.
Pensando nesses fãs, e no fato que não há no mercado brasileiro um bom RPG para noobs no assunto, Marcelo Cassaro “Paladino” ressusita parte da infância de muita gente e traz o novo 3D&T Alpha, que como a edição Turbinada não é um novo jogo, e sim o mesmo com diversão melhorias, entre elas:
O sistema de combate continua o do Turbinado, Força de Ataque (Força ou Poder de Fogo + Habilidade + 1d) contra Força de Defesa (Armadura + Habilidade + 1d), mas agora no seu turno você pode fazer uma ação (como atacar ou lançar uma magia) e um movimento ou dois movimentos, assim como no D20.
Vantagens com preços reduzidos para que os grupos não joguem apenas com personagens de 12 pontos.
Praticamente todas vantagens antigas continuam. Uma das melhorias das vantagens é que agora vantagens como Mestre (agora Mentor), Patrono e Riqueza agora são melhores descritas em termos de jogo.
Novas vantagens únicas, que no 3D&T representam raças. São elas: humanos, semi-humanos, humanóides, youkai, mortos-vivos, construtos. Muitas também tiveram seu custo reduzido: quase todas custam 0 ou 2 pontos, e nenhuma custa mais de 5 pontos.
Algumas desvantagens foram equilibradas, outras sumiram. Inimigo agora é uma vantagem que dá bônus na luta contra certa raça, acabando com a história de pegar a desvantagem Inimigo para ganhar dois pontos e escolher um inimigo muito forte que você jamais vai encontrar.
Quatro escalas de poder, Ningen (humano), Sugoi (incrível), Kiodai (gigante) e Kami (deus), cada uma sendo dez vezes mais forte que a anterior.
Sistema de magias completamente novo. Agora ele é representado por três vantagens (Magia Branca, Magia Negra e Magia Elemental), cada uma proporciona o uso das magias de sua classe desde que o personagem tenha os Pontos de Magias necessários.
Arma Especial não é mais vantagem. Agora para conseguir armas mágicas e outros itens mágicos “compra-se” com pontos de experiência.
Abaixo a capa da bagaça:
Sim, o formato é esse mesmo, 17 x 26cm. Abaixo a contra-capa:
Os Manuais antigos eram vendidos nas bancas e por um preço ridículo comparado ao que se paga por um livro de RPG. O último manual custando R$14,90. Ainda que um pouco mais caro, se distribuído da mesma forma o livro tem tudo para corromper mais uma geração e criar uma nova horda de nerds.
Se você nunca jogou RPG, quer jogar, mas se assusta com o preço dos livros, o 3D&T é um ótimo começo.
Spore (PC e Mac)
Se você ainda não sabe o que é Spore, definitivamente você não merece viver. Ainda assim, vou citar o que eu disse no lançamento do Editor de Criaturas:
Spore é um jogo da Maxis que simula a evolução. Você vai evoluindo sua criatura desde a etapa celular, passando pelos mares, caça, aldeias, cidades, civilizações até atingir o nível espacial. Além desse passeio épico o jogo tem editores muito poderosos e intuitivos para tudo, como criaturas, vegetação, construções, veículos e até planetas em estágios avançados do jogo.
E finalmente, depois de anos e anos de espera o jogo considerado duas vezes como o Melhor da E3 chega às prateleiras.
Durante o jogo você passa por varias fases, a fase celular (que lembra o jogo Flow), a fase de criatura (lembrando um jogo de ação), a fase de tribo, fase de civilização e fase espacial. Ainda que isoladamente cada uma das fases não possa ser consideradas incríveis, o conjunto da obra, a maneira que são encaixadas e o enorme charme do jogo faz com que seja um ótimo jogo, que com certeza vale cada centavo.
Spore Creatures (Nintendo DS)
Seguindo o vácuo do Spore, a Maxis vai lançar partes do Spore em outras plataformas, sendo a primeira delas o Nintendo DS.
No DS você joga a etapa de criatura em um mundo 3D com personagens em 2D, graficamente muito diferente da versão para PC/Mac, lembrando um pouco Paper Mario. Nele o seu irmão mais novo é seqüestrado por aliens, e você começa uma jornada para salva-lo.
O criador de criaturas dá uma liberdade considerável para criar suas criaturas, mas o jogo em sí não consegue atrair muito e é bem infantilizado.
Donos de Nintendo DS que também tenham um Wii podem baixar o demo de Spore Creatures no Nintendo Channel.
Lock’s Quest (Nintendo DS)
Estou esperando a algum tempo por esse jogo.
Em Lock’s Quest você é Lock, um Archineer, parte arquiteto, parte engenheiro, que cria construções como muros, armadilhas e torres para evitar que os inimigos alcancem os Source Artefacts.
Não tem muito o que falar, mas o conceito é interessante. Pode ser um lixo, mas espero que seja algo decente.
Viva Piñata: Pocket Paradise (Nintendo DS)
Eu falei de Viva Piñata na semana passada:
Neste jogo extremamente tanga da Rare, você é um jardineiro novato com um pequeno pedaço de terra. Conforme você melhora o seu jardim, Piñatas (animais fofos, coloridos e com doce dentro) chegam. Por exemplo, você planta cenouras e chega ao seu jardim alguns Bunnycombs, que depois de um tempo são caçados por Pretztails que brutalmente quebram os pobres Bunnycombs para comer os doces de dentro deles, traumatizando a criança jogando para sempre.
Ainda que a idéia seja simples o jogo é bem mais profundo do que parece.
Pocket Paradise tenta trazer a mesma experiencia de Viva Piñata para os portáteis, mantendo o conteúdo (inclusive adicionando alguma Piñatas a mais), adequando os gráficos ao hardware do DS e usando a tela de toque que o hardware do DS proporciona.
Se cumprir essa promessa, Viva Piñata: Pocket Paradise tem tudo para ser um ótimo jogo.
Mercenaries 2: World in Flames (PC, Playstation 2, Playstation 3, Xbox 360)
O negócio aqui é destruição. Simples e pura. Em Mercenaries 2 você pode destruir praticamente tudo, e se você gosta de explosões o jogo é perfeito.
Mas tem seus (muitos) defeitos. A história é um tanto quanto simples, o jogo tem diversos bugs de inteligência artificial e escolhas de design estranhas, como quedas ridículas tirando vida e tanques que podem bater em carros e não recebem danos mas recebem danos ao bater em hidrantes. Fora que os inimigos sempre falam as mesmas frases automáticas durante o jogo inteiro, irritante.
Não que o jogo não seja divertido; para cada bug que você encontra, sempre tem algo para ser explodido. Um bom jogo, mas infelizmente sem polimento.
Ignore a versão de Playstation 2, ela foi horrivelmente mal feita e tem gráfico pior que o jogo anterior.
Viva Piñata: Trouble in Paradise (Xbox 360)
Viva Piñata: Trouble in Paradise é a continuação de Viva Piñata. Neste jogo extremamente tanga da Rare, você é um jardineiro novato com um pequeno pedaço de terra. Conforme você melhora o seu jardim, Piñatas (animais fofos, coloridos e com doce dentro) chegam. Por exemplo, você planta cenouras e chega ao seu jardim alguns Bunnycombs, que depois de um tempo são caçados por Pretztails que brutalmente quebram os pobres Bunnycombs para comer os doces de dentro deles, traumatizando a criança jogando para sempre.
Ainda que a idéia seja simples o jogo é bem mais profundo do que parece.
Nessa nova versão da Rare você pode sequestrar piñatas do deserto ou do gelo para o seu jardim, indo para essas regiões e colocando armadilhas. Ainda que você não possa criar jardins nessas regiões, você com o tempo tem acesso a gelo e areia para criar habitats para suas piñatas capituradas. Também foi adicionado um modo multiplayer, tanto local quanto online.
Trouble in Paradise é apenas mais do mesmo, se você é um tanga que gostou do primeiro mas sentiu falta de um modo online ou quer jogar com novas piñatas o jogo está ai, se não sentiu falta disso o jogo é simplesmente o mesmo.
Também nessa semana: Guitar Praise.
E semana que vem a espera acaba, finalmente chega Spore.
Alguém me explica qual o critério adotado para publicar jogos? Esse semana está cheia de lançamentos, com gosto de J-RPG (RPG japonês) para Xbox 360 com Infinite Undiscovery e Tales of Vesperia, já o Playstation 3 recebe o extremamente hardcore Disgaea 3. O DS começa já o que pode ser um ótimo mês com Harvest Moon: Island of Hapiness.
Nota: N+ debizou semana passada, mas deve chegar essa semana.
Disgaea 3: Absence of Justice (Playstation 3)
A ótima série Disgaea chega ao seu terceiro título. Disgaea é uma série de RPG de estratégia voltado para o público hardcore, com níveis indo a 9999 (chefes em níveis muito menores, sendo o chefe opcional de nível mais alto do segundo jogo tendo nível 5000) e marcado por um ótimo humor.
Disgaea 3 segue a tradição de desonrar o hardware em que está com gráficos que você diria que rodam no Playstation 2 (assim como os dois primeiros você diria que rodam no Playstation), ainda que os efeitos dos ataques sejam mais complexos. O cenário é em 3D e os personagens em 2D.
O personagem central agora é Mao, o mais honrado estudante da Evil Academy, a escola onde os demônios mais maus, preguiçosos e rudes são recompensados. Mao é o filho do diretor e quer derrota-lo para assumir o seu título de Overlord, então ele resolve ser tornar um herói para atingir seu objetivo.
O gameplay está com ainda mais opções, por exemplo: além de empilhar personagens em torres, o ataque das torres ficou bem diferente e mais forte, recomendo ver o vídeo abaixo para ver bem mais sobre.
Batalhas fantásticas, diálogos hilarios, gráfico simples e personagens marcantes, é disso que se trata a série e essa versão está cheia disso.
Harvest Moon: Island of Hapiness (Nintendo DS)
Harvest Moon, pai dos jogos hentai, está de volta! Se você nunca jogou Harvest Moon você não teve infância, ou um Playstation. Harvest Moon é uma série em que você é um fazendeiro, véi, e depois de plantar mandioca você sai pela cidade catar menininhas (ou seria o contrário?). Ainda que o jogo não tenha beijos. E seja infantil.
Em Harvest Moon: Island of Hapiness você é um náufrago que acaba chegando em uma ilha. Conforme você melhora sua fazenda e cidade outros sobreviventes e desbravadores vão se juntando à sua cidade. Como sempre você pode também namorar seis garotas (ou garotos, caso você seja mulher, ou tanga).
A Natsume promete que o jogo voltou às origens e que deve agradar os fãs da série. Porém alguns disseram que o jogo é bugado e pior que Rune Factory.
Resta torcer.
Infinite Undiscovery (Xbox 360)
Dos criadores da série Star Ocean a Square Enix traz Infinite Undiscovery, seu novo Action RPG exclusivo para o Xbox 360. O mundo de Infinite Undiscovery está com vários problemas naturais depois que a Order of the Chains prende fisicamente a lua a um ponto fixo como parte do plano de seu líder se tornar um deus. No meio do caos surge Sigmund, um jovem garoto que rapidamente é adorado pelo povo e se torna líder da resistência. Esse não é o personagem principal, e sim Capell é fisicamente parecido com Sigmund e acaba preso pela ordem por engano.
Como é de se esperar da Square Enix, os gráficos estão ótimos (ainda que reportado queda de frame rate em alguns momentos do combate) e a história parece bastante promissora. O sistema de combate é simples porém bem feito, evitando que os combates se tornem mundanos.
Ainda que eu não acredite que seja um título a se tornar lendário, Infinite Undiscovery merece atenção.
Tales of Vesperia (Xbox 360)
Mais um título da série Tales, Tales of Vesperia chega exclusivo para o Xbox 360. Os gráficos tem uma aparência de ilustrações e ainda que não tenham tantos detalhes são bonitos. O sistema de batalha segue o mesmo raciocínio do resto da série, ou seja, entra na batalha e luta em tempo real, às vezes parecendo mais um jogo de luta que um RPG.
História um pouco clichê, mas o seu papel real ali é servir de fundo para os desenvolvimento dos personagens, que são bem feitos e marcantes.
Com mais de 60 horas de jogo, Tales of Vesperia é um ótimo título da série que chega a 10 anos no ocidente.
Também essa semana: Mario Super Sluggers (Wii): Mais um jogo de esporte do Mario, dessa vez baseball. MLB Power Pros 2008 (Nintendo DS): Um ótimo jogo de Baseball. Se você gostar de baseball…. From the Abyss (Nintendo DS): Mais um Dungeon Crawler Genérico. Digimon World Championship (Nintendo DS): Mais um jogo meh de uma franquia que já está fraca. Tiger Woods PGA Tour 09 (Playstation 2, Playstation 3, PSP, Wii, Xbox 360): Mais um jogo da EA Sports com ano no nome. Pelo menos fizeram um vídeo muito legal. The Sims 2 Apartment Life (PC): The Sims. Precisa falar mais algo? The Sims 2 Apartment Pets (Nintendo DS): The Sims em um portátil, precisa falar algo?
Too Human (Xbox 360)
Too Human é um título que está em anunciado há dez anos e, depois de tanta espera, ele chega decepcionando muitos. Too Human é uma mistura entre ficção científica e mitologia nórdica, neste mundo você toma o papel de Baldur, um dos deuses que decidem ajudar os humanos em uma guerra contra as máquinas. A história é bem interessante, tem seus pontos fortes, a dublagem e o som também estão muitos bons.
O jogo conta com um sistema de combate interessante que usa ambos analógicos do controle para a batalha, ocupando os dois analógicos o jogo tira o controle do jogador sobre a câmera, que acaba sendo um tanto quanto fraca, com momentos do jogo que ela simplesmente não sabe o que fazer e fica girando.
O sistema de classes é bem interessante, sendo que cada classe é uma maneira completamente diferente de jogar, mas esse sistema tem suas fraquezas. Vários poderes das classes claramente são para jogar em um grupo de pessoas, porém o único modo multiplayer é um multiplayer cooperativo offline de duas pessoas, nem utilizando todos os controles. Classes como Bioengineer, que tem poderes de cura, se tornam simplesmente inúteis.
Outro problema grave do jogo é que ele não dá uma sensação de conquista ou vitória. Toda vez que você ganha um nível todos os inimigos do jogo são escalados para este nível, ficando mais fortes, o que torna subir de nível inútil. Quando você morre uma valkaria desce dos céus e te revive no exato mesmo lugar sem nenhum tipo de penalidade, a morte nesse jogo não influi em nada.
Para quem gosta de jogos de loot, como Diablo, você estará bem servido em Too Human que tem um número enorme de itens a serem encontrados.
Considerando o tempo de desenvolvimento e a expectativa em cima de Too Human, ele é um título de primeira linha porém extremamente mediano. Serve para distrair enquanto nada mais forte é lançado.
Commando: Steel Disaster (Nintendo DS)
Viciados em Metal Slug e que conseguiram já enjoar do novo Metal Slug 7 japonês ou ainda está esperando a versão americana, esse semana lança Commando: Steel Disaster para alimentar o seu vício. Commando: Steel Disaster copia o estilo, gameplay e tem até o mesmo estilo de arte do Metal Slug.
Ainda que seja uma cópia descarada, o jogo parece ser interessante, principalmente para aqueles que nunca se cansam dos jogos de correr e atirar. Simplesmente finja que foi apenas uma homenagem e não uma cópia e divirta-se.
Bangai-O Spirits (Nintendo DS)
Bangai-O Spirits é um jogo de tiro 2D seqüência de Bangai-O para Dreamcast.
Em Bangai-O Spirits você controla um robo por batalhas com quantidades monstruosas de projéteis em que você precisa rapidamente responder aos ataques. O jogo tem 160 níveis e um editor de níveis em que você transforma seus níveis criados em sons e pega níveis novos através do microfone do DS.
Embora bem recebido pela crítica, os fãs de Bangai-O de Dreamcast ficaram decepcionados com o jogo, porque os níveis são muito mais curtos que antes e o jogo fica na mesmice de começa a fase, solta varios tiros, vê coisas explodindo, repete.
Ainda assim, o jogo parece bastante interessante.
N+ (Nintendo DS)
A data de lançamento do N+ para Nintendo DS é meio incerta, deve ser entre essa semana e a próxima.
N+ é a versão de console de um popular jogo criado em flash chamado N. N+ é um jogo de plataforma visualmente muito simples e com poucos elementos compondo as níveis. Apesar dessa aparência simples, N+ possui mais de 300 níveis sempre muito criativos e absolutamente difíceis, que depois de te darem raiva do jogo acabam te deixando com sede para mais.
Além de um modo solo com 200 níveis, o jogo conta com um modo cooperativo com 100 níveis e um modo competitivo com 50 níveis. Você pode também criar seus próprios níveis e baixar níveis criados por outros usuários pela internet.
Difícil e viciante, vale a pena experimentar esse jogo. A versão para PC é gratuita (e com menos conteúdo) e você pode pegar no site oficial.
Semana fraca, apenas Nintendo DS com dois títulos interessantes.
Air Traffic Chaos (Nintendo DS)
Você já foi estudante, médico, advogado, fazendeiro e agora a Majesco traz para o ocidente o Air Traffic Chaos, em que você é… Um… Controlador de Trafego Aéreo? Ein?
Port de um jogo para um console obscuro aleatório, Air Traffic Chaos foi lançado há algum tempo no Japão como Air Traffic Chaos: I Am An Air Traffic Controller! Nele você toma o papel de um controlador de trafego aéreo que pela tela de toque deve coordenar decolagens, escolhas de portões e pousos com segurança 5 fases em 3 níveis de dificuldade em diversos climas.
Um tutorial bem denso ensina a base sobre o assunto e o jogo aceita o Rumble Pack para mais realismo.
Apesar da idéia aparentemente horrível, se o Air Traffic Chaos conseguir simular toda a tensão envolvida no trabalho pode acabar sendo um título ao menos interessante.
E em uma continuação com certeza não poderia faltar um novo nível de dificuldade: Brasil.
Rhythm Tengoku Gold (Nintendo DS)
Rhythm Tengoku Gold chega às loja nipônicas essa semana e no final do ano como Rhythm Heaven no ocidente. Ainda que o jogo seja em japonês ele pode ser muito bem aproveitado por quem, assim como eu e a maioria das pessoas, não entende nada da língua.
Algumas pessoas descrevem o RTG como um WarioWare de ritmo, isso não está muito longe da verdade. Nele há dezenas de Mini-games de ritmo sempre da maneira mais inesperada, como uma aula de Química, um jogo de ping-pong ou um casal de moais cantores. Em comum entre eles é que você depende da música de fundo para executar as ações na hora exata.
O jogo tem um placar ignorante que desconta absolutamente tudo, para conseguir o score perfeito você tem que ter passado todos os jogos tendo acertado todas as vezes com uma margem de 1/60 segundos de erro.
Ainda melhores que os mini-games são os Remixes em que varios mini-games são misturados para compor uma música, o que é muito divertido.
Altamente recomendável.