Menina Má (William March)

Livros sexta-feira, 15 de julho de 2016 – 0 comentários

Mês passado gastei quase metade do meu salário em livros. Não foi pouca grana não, mas valeu a pena. Literatura, além de entretenimento, também é um investimento intelectual, mantém o cérebro ativo e te arranca da zona de conforto. Comecei minha jornada literária por Menina Má, clássico de 1954 do americano William March. Seu primeiro e único best-seller, que inspirou desde uma peça da Broadway à dois filmes (Um bom, do final da década de 50 e um péssimo, dos anos 80), e conta a história de Rhoda Penmark, uma criança com traços de personalidade no mínimo esquisitos e sua mãe, Christine, que tenta a todo custo compreender o que se passa pela cabeça da garota.

William March acertou em cheio no romance, que começa com ares agradáveis, narrando a ida dos alunos da escola local para celebrar as férias em um piquenique na praia. Rhoda é bela, adorável, independente, conquista a todos com seus maneirismos e covinhas, além da impecável educação mas, como a própria mãe observa, tudo nela é artificial e calculista. Menos a ganância, que demonstra pela primeira vez sob o olhar do leitor ao perder um concurso de caligrafia para Claude Daigle, menino mimado pela mãe, de aspecto e personalidade fracos. Quando ele se acidenta no passeio escolar e a medalha que ganhou no concurso some, Christine se sente inquieta pois, ao mesmo tempo em que acredita que a filha teve algo a ver com o caso, não quer admitir essa possibilidade. Se recusa que possa haver maldade e frieza entranhadas em um coração tão jovem.


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Resumão: UFC Fight Week

Televisão quarta-feira, 13 de julho de 2016 – 0 comentários

Semana passada rolou o que foi chamado de UFC Fight Week, três dias de paz, amor e música muita luta: Na quinta, rolou a disputa pelo cinturão dos Leves entre Rafael dos Anjos e Eddie Alvarez; na sexta, a final do The Ultimate Fighter 23, com o combate entre as Peso-palha Joanna Jedrzejczyk e Claudia Gadelha e, no sábado, a edição comemorativa mais importante do ano, o UFC 200, que já começou cagada. Com dois dias de antecedência, Jon Jones foi pego no exame antidoping não por uma, mas duas substâncias proibidas, sendo defenestrado do card, deixando o campeão interino, Daniel Cormier, desolado, pensando sobre o prejuízo financeiro e emocional de segurar essa barra que é ter Bones como principal oponente. Quem entrou para salvar o dia foi Anderson Silva, que não tinha nada a perder. Muito pelo contrário. Só vi vantagens. Engordou a conta bancária e lutou sem a menor obrigação de vencer. Só na brisa. Sobrou zica até para Bruce Buffer, o apresentador, que também quase desfalcou a semana mais importante da organização ao lesionar a perna numa batalha… de lip sync. Tem como ser mais maravilhoso? Não tem. Apesar da dor e das dificuldades, ele conseguiu comparecer. Estimamos melhoras.

Mas vamos por partes, porque rolou muita coisa nessa que foi uma espécie de festa estranha com gente esquisita. Chega mais!

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CDS #359 – Know Your Exit (Vivian Darkbloom)

Clipe da Semana domingo, 10 de julho de 2016 – 0 comentários

Eu estava nesse momento fazendo uma resenha sobre o álbum Know Your Exit, da minha nova banda favorita Vivian Darkbloom, lançado em 2012. Mas eu precisei parar e transformar em um CDS. Não porque é mais fácil, ou curto, mas porque a proposta da música homônima é MUITO FODA e precisava de uma atenção especial. Então prestem atenção aqui, tá?

O grupo, que já tinha um material instrumental prévio, se reuniu com pessoas de todo o mundo para finalizar o trabalho. No vídeo (Que não é exatamente um clipe), eles mostram como aproveitaram as contribuições dos fãs em seu processo criativo. No website, eles explicam que, para participar, não era necessária qualquer experiência musical. Bastava enviar algumas gravações — com falas, cantos, palmas, o que fosse — ou participar através do Twitter com depoimentos. A partir daí compuseram, de fato, letra e música. Pelo resultado vemos que, se faltava expertise musical, havia muito coração. continue lendo »

Invocação do Mal 2 (The Conjuring 2)

Cinema segunda-feira, 27 de junho de 2016 – 2 comentários

 Repetindo seus papéis, estão a indicada ao Oscar Vera Farmiga (‘Amor Sem Escalas’; ‘Bates Motel’) e Patrick Wilson (filmes ‘Sobrenatural’) como Lorraine e Ed Warren que, em uma de suas investigações paranormais mais aterrorizantes, viajam ao norte de Londres para ajudar uma mãe solteira a criar seus quatro filhos sozinha em uma casa atormentada por espíritos cruéis.

Quando Invocação do Mal estreou em 2013, foi considerado por muitos um dos melhores filmes de terror da última década. O que é, basicamente, o câncer do cinema, porque Hollywood adora essas coisas. A Bruxa de Blair deu origem a uma trilogia mal ajambrada que não durou muito, mas deixou seu legado: O estilo de filmagens caseiras convenientemente encontradas por pessoas aleatórias, que ainda perdura em pleno 2016 e rende muitos vômitos diante da tela desde então. Jogos Mortais, o primeiro, um ótimo exemplar do gênero, pariu outros 7 filhotes medíocres. Invocação do Mal 2, que acompanha mais um caso arquivado do casal de charlatões, Ed e Lorraine Warren, não foge à luta e, como as outras sequências de sucessos, exagera nos efeitos e sustos, perdendo o que há de mais assustador: A história. E já temos um terceiro engatilhado. Será que falarão do demônio-lobisomem que eles exorcizaram, ou teremos mais um sobre as assombrações de Connecticut? continue lendo »

CDS #357 – Honest Mistake (The Bravery)

Clipe da Semana domingo, 26 de junho de 2016 – 0 comentários

Há 10 anos, Honest Mistake, da banda norte-americana The Bravery, tocava em rigorosamente todas as pistas alternativas do Rio de Janeiro. Não é fanfic indie, é a mais pura verdade. Eu ainda era menor de idade, mas eu vi! Estava lá e foi lindo.

Relembrei essa pérola na reprodução automática do You Tube, entre um sucesso do The Ataris e outro do Queens of The Stone Age, que não têm muito a ver entre si, mas quem liga? Se o som é bom, a gente não questiona. É cabeça pra um lado e corpinho pro outro, mores! continue lendo »

Bloodline

Televisão terça-feira, 21 de junho de 2016 – 0 comentários

É TETRA! Estava com saudades de acompanhar uma série… Séria. Depois de me apaixonar por Tom Ellis na divertida Lucifer e do retorno de Pânico, Bloodline caiu de paraquedas na minha vida. Sem paciência pra zapear as sugestões de programação do Netflix à captura de algo que me despertasse interesse, me deixei surpreender pelas circunstâncias. Não li sinopses, não busquei elenco, gênero. Nada. O nível de procrastinação era tão alto que se fosse Hannah Montana, eu teria visto. But not today, Satan. Joguei na roleta da preguiça e dei sorte de embarcar na história da família Rayburn e seus mistérios. continue lendo »

20 episódios de Além da Imaginação para ver antes de morrer

Televisão quarta-feira, 08 de junho de 2016 – 8 comentários

Além da Imaginação não foi só uma série, foi a mais importante série de sci-fi e fantasia que já existiu. Criada por Rod Serling, um roteirista até então frustrado com os rumos da carreira e com muita bagagem, era um homem que considerava suas bandeiras ideológicas relevantes demais para não falar sobre elas. Desejava fazer algo grande que pudesse entreter e, ao mesmo tempo, abrir os olhos da sociedade americana para os rumos da humanidade. Com seu pessimismo hobbesiano, escreveu cerca de 90 dos 153 episódios. Com o total de 5 temporadas bem-sucedidas, tem como principal legado ainda ser lembrada como referência em ficção científica e fantasia mais de 50 anos depois de sua criação, graças a seus plot twists e originalidade. A característica principal são as narrações no início (Que serão, no caso, as legendas das fotos. Em inglês, porque se for traduzir o texto não sai. Desculpem pelo vacilo) e no fim de cada episódio, feitas pessoalmente por Serling, com observações sobre o destino de seus personagens. continue lendo »

CDS #354 – Regular World (Spirit Animal)

Clipe da Semana domingo, 05 de junho de 2016 – 0 comentários

Depois de meses pedindo inutilmente pros amigos sugerirem músicas boas e me virar para reciclar meus gostos antigos, eis que surge a banda Spirit Animal na estação de rock da rádio Apple Music. Vergonha de vocês, bando de inúteis. Enfim, os riffs iniciais de Regular World me conquistaram de primeira. Ainda que todo o resto da música fosse uma merda (Spoiler: Não é), bem, the old sayin’ happens to be true: A primeira impressão é a que fica. Amei o groove, o som gruda na cabeça por causa da pegada meio pop do refrão e a letra… Ah, a letra. continue lendo »

Anônima Intimidade (Michel Temer)

Livros terça-feira, 24 de maio de 2016 – 6 comentários

Mari já me esperava na mesa mais ao fundo do Sofá Café, uma das cafeterias mais aconchegantes de Copacabana. Cheguei pontualmente, mas lá estava ela, passeando o olhar pelo recinto. Não gosta de barulho, nem de incômodo. Para ela, bater papo é quase um ritual. Ainda que as conversas sejam diárias, sempre temos algo a dizer uma para a outra.

Depois do contumaz abraço apertado, Mari me entrega um pacote feito em casa, daqueles mal embrulhados, feitos pra rasgar. Ela definitivamente conhece minhas limitações. As bochechas vermelhas e o sorriso envolto pelo chantilly do horroroso Irish Coffee vendido no estabelecimento não mentem: Ela estava me pregando uma de suas peças. Ficamos amigas, justamente, por causa do senso de humor ácido que dividimos, além da paixão pela literatura. Rasgo o papel, meio molhado pelo pingo das chuvas e, sem qualquer aviso, Anônima Intimidade, de Michel Temer, estapeia minha cara e soca meus olhos. Uma gargalhada. Duas gargalhadas, daquelas imparáveis, com um vai tomar no cu no meio, desbocada que sou. Recuperando o fôlego, ela justifica: vi sua postagem no Facebook e não resisti.

Logo eu que nem acredito em signo, tampouco no destino…

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CDS #352 – Where Have You Been? (Reel Big Fish)

Clipe da Semana domingo, 22 de maio de 2016 – 0 comentários

Em pleno 2016, postar música do Reel Big Fish como CDS quase me envergonha. Quase, porque minha cara de pau não tem limites e porque esse clipe é maravilhoso. Lançado em 2002, o álbum Cheer Up! não ficou obsoleto, ao contrário das minhas saias plissadas, dos cintos tacheados e das indiretas pros namoradinhos. Toda essa leva de bandas de ska punk/ska core, como Less Than Jake, NOFX e Millencolin tem um repertório de qualidade e leve, divertido. Além disso, me lembram a melhor fase da minha pré-adolescência, quando ia (Escondida, lógico) a pardieiros da cena underground carioca, como Casarão Amarelo e Kachanga, para beijar na boca dos anarquistas de 15 anos que precisavam chegar em casa às 21h, ou tomavam chinelada da mamãe. continue lendo »

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