Eu sempre defendi American Horror Story com unhas e dentes. Com todas as incongruências e excessos, a qualidade do seriado do FX residia justamente nas personalidades que contavam a história e nas escalações. Isso é fundamental em antologias. Como uma temporada é independente da outra, os autores precisam manter o público fiel não apenas à história que está sendo contada no momento, mas à todas que eles pretendem contar. Com AHS não é diferente. A primeira temporada, Murder House, teve uma estrutura sensacional e sem pontas soltas. Os bons atores surpreenderam, assim como a qualidade da maior parte dos personagens. E apesar de ter odiado a protagonista a ponto de querer matá-la com minhas próprias mãos, assisti a todos os episódios em inacreditáveis dois dias.
Asylum pecou pela confusão de elementos. Nazismo, ETs, terapias psiquiátricas desumanas, zumbis, possessão e um assassino em série de mulheres transformaram a segunda temporada em caos. Em contrapartida, o mistério acerca da identidade do grande vilão, BloodyFace, personagens interessantes, o melhor elenco possível e participações especiais movimentaram o público. Foi muito fácil, para mim, relevar o mix bizarro de horror quando tinha na tela Zachary Quinto, Jessica Lange, Lily Rabe, James Cromwell e Joseph Fiennes em papéis de destaque. O mesmo não aconteceu com a terceira temporada, Coven.
Comecei a assistir Masters of Sex por motivos de: Não tinha nada melhor pra fazer. Em um calor de 40°, no Rio de Janeiro, sairia do meu ar condicionado e do meu sofá pra fazer o que? Desenvolvi, aliás, nesse verão, uma relação muito íntima com o Net Now, que me fornece todo o entretenimento que eu preciso por zero reais, pois raramente vale a pena pagar para ver algo. O melhor conteúdo é gratuito, o que não é muito inteligente da parte deles. Enfim, foi numa dessas manhãs bem calorentas que aluguei gratuitamente a série protagonizada por Michael Sheen e Lizzy Caplan. continue lendo »
Se você não é como eu, ávido por coisas toscas e conhecimentos inúteis, provavelmente está se perguntando quem caralhos é Tommy Wiseau. O que esse homem, até então desconhecido, fez para merecer um texto? Eu te digo, meu caro: Ele é um ser multifuncional. Escreveu, dirigiu, produziu e protagonizou The Room, considerado pela crítica o Cidadão Kane dos filmes ruins, apesar de ter custado 6 milhões de dólares.
\Prazer, mito!
The Room, de 2003, conta a história de Johnny (Tommy Wiseau), um cara que trabalha em um banco e – até onde o roteiro possibilita compreender – não é devidamente reconhecido. Apaixonado pela namorada Lisa (Juliette Danielle), sua vida desmorona quando ele se dá conta de que ela não o ama mais. E pior, que sua amada está transando loucamente com seu melhor amigo Mark (Greg Sestero). A sinopse poderia pertencer a um filme completamente normal, mas os diálogos surreais, as atuações pobres e as substituições de atores sem que cenas antigas fossem regravadas transformaram o filme em algo tão inacreditavelmente ruim, que… Passou a ser bom. continue lendo »
Ah, mais uma novela se encerra para dar lugar a outra que vai ser mais do mesmo. Amor à Vida foi uma novela muito, muito ruim. “Todas as novelas são ruins”, vocês dirão. E eu responderei o óbvio: Não, não são. Isso é senso comum. As tramas decaíram de um tempo pra cá, o que não quer dizer que sempre foram desinteressantes ou que continuarão sendo. Walcyr Carrasco cagou no roteiro colocando Paolla Oliveira e Malvino Salvador como protagonistas, transformando Marina Ruy Barbosa em fantasma porque a jovem não quis raspar o cabelo e deixando tramas inacabadas no meio do caminho, esquecendo personagens. Enfim, Amor à Vida se resumiu em uma personalidade: Félix, uma bicha má que jogou um bebê numa caçamba. NUMA CAÇAMBA!
Antigamente a pressão por IBOPE era menor e a concorrência também, então criava-se mais livremente. Ninguém tinha computador, tablet, academia não era parada obrigatória todos os dias. Assistir novela era parte do cotidiano porque não tinha nada melhor. Hoje as distrações são maiores e o autor precisa ser muito habilidoso para manter o interesse do público. Agora é a vez do Maneco, presidente da Associação de Moradores do Leblon e maior divulgador do bairro no país, chutar Walcyr Carrasco do horário nobre e apresentar mais uma Helena com conflitos amorosos, disputando e sendo disputada em uma história onde nos perguntamos: Vale tudo por amor? continue lendo »
Filme biográfico inspirado no livro “Behind the Candelabra: My Life With Liberace”, escrito por Scott Thorson, aborda o relacionamento entre Liberace (Michael Douglas) e Thorson (Matt Damon), quando se especulou que o pianista tinha uma relação homossexual.
Se tem uma coisa que presta na NET, é o serviço Net Now. E se tem um canal que se sobressai, trazendo boas novidades no âmbito das séries e filmes, é a HBO. O trailer de Behind the Candelabra surgiu no inicio de outro ótimo filme, Killer Joe. A primeira coisa que me chamou a atenção é que foi feito para a TV. A segunda é que foi dirigido por Steven Soderbergh e estrelado por Michael Douglas e Matt Damon como um casal gay. Uau. Comentando com meu pai, amante de cinema tanto quanto eu, acabei mostrando a sinopse. E foi ai que reconheci minha completa ignorância, já que descobri que o filme era baseado em fatos reais e contava uma parte da história do pianista e showman, que eu até então desconhecia, Walter Liberace. continue lendo »
Carrie (Sissy Spacek) é uma jovem rejeitada por todos, inclusive pela mãe, mulher religiosa e completamente louca. É constantemente ridicularizada pelos colegas, o que acaba levando a uma série de eventos estranhos que envolvem seus poderes telecinéticos, que se fortificam graças ao desejo de vingança da protagonista.
Chegamos em 2013 e as pessoas simplesmente não desistem de reciclar filmes bem sucedidos do passado. O remake de Carrie, a Estranha, que será lançado em breve, não é o primeiro. Em 2002, fizeram uma versão made for TV das mais toscas. Isso para não esquecer a sequência, Carrie 2 – A Maldição de Carrie, que é basicamente a mesma história, com nomes diferentes e uma trilha sonora bacana. Mas o original, ah, o original mexe comigo até hoje. Se passar 100 vezes na TV, assistirei todas. Conheço a história de cabo a rabo, mas ainda me causa os mesmos arrepios na espinha do passado, mesmo não sendo aquele filme de terror clássico que estamos acostumados. continue lendo »
Sempre que paro para assistir uma defesa de cinturão sinto algo diferente na barriga. E não estou falando de gases. Perco o sono, minhas mãos ficam nervosas e eu não consigo ficar quieta no sofá. Com a luta do UFC 167, a comemoração de 20 anos da organização, não teria como ser diferente. Apesar de não ser grande fã do modo burocrático de Georges “Rush” St. Pierre lutar, seu desafiante Johny “Big Rigg” Hendricks me anima. Fora a técnica do lutador de 30 anos, que contabiliza 15 vitórias e 2 derrotas em seu cartel no MMA, ele gosta do que faz. Está sempre sorrindo, mesmo durante os combates, e não tem medo de ir pra frente e encarar as adversidades. Em suma, o cara é foda. Mas foda o suficiente para destronar o campeão? continue lendo »
Esses dias fui acordada por meus pais, freneticos! Achei que o mundo estava acabando, ou que minha mãe tinha engravidado depois da menopausa. Mas não, eles estavam apenas superinteressados em uma série do canal HBO Max da NET. Sei lá, fiquei atordoada demais. Não precisa desse frisson todo por causa de um seriado, mas já que estava acordada fui conferir do que raios eles estavam falando. continue lendo »
Já cansei de ouvir que Agatha Christe é leitura pra criança/pré adolescente. Ela era ótima no que fazia, ou seja, contar histórias de crimes. Além de ter tido uma personalidade fantastica. É impossivel não compará-la com Sir Arthur Conan Doyle, mas quem é fã de ambos sabe reconhecer as diferenças e virtudes de cada um. Agatha conta suas histórias de forma tão particular que quase sempre é possível reconhecê-la dentro das suas obras. As vezes, na personalidade de uma de suas melhores personagens, Ariadne Oliver, uma escritora amiga do detetive Poirot, que não sabe utilizar ordem e método quando se depara com crimes reais. Outras vezes oculta, como uma sombra. Você não sabe exatamente aonde, mas ela está lá, em algum lugar. No caso de Cipreste Triste, a encontro na protagonista, Elinor Carlisle. continue lendo »
Já tive o deleite de assistir os dois primeiros episódios de American Horror Story: Coven. E só posso dizer que, meu deus, a humanidade precisa fazer mais seriados como esse. A season premiere, Bitchcraft, é um tapa na cara porque revela, sem frescuras, os plots principais, que darão o tom da trama. Vai muito além do clichê das bruxarias. Estou ansiosa pelo o que está por vir. Desde que não sejam aliens nazistas que comem criancinhas. Temos uma coleção bastante simpática, diversa e interessante de bruxas na Hogwarts de New Orleans. Taissa Farmiga, Emma Roberts, Gabourey Sidibe e Jamie Brewer estão ótimas, assim como suas respectivas personagens. O carisma, aliás, transborda das últimas duas. Esse texto tem alguns pequenos/médios spoilers, mas nada que comprometa as surpresas que te aguardam. Eu acho. continue lendo »