Nomes de peso entre os tantos do Universo Marvel. Ao longo dos anos, eles enfrentaram todo o tipo de ameaça. Criminosos super-poderosos, andróides genocidas, viajantes do tempo, feiticeiros, deuses ensandecidos e até mesmo impediram a destruição da Terra e do Universo. Goste ou não deles, não há como negar a importância dos “maiores heróis da Terra”. Mas eu não estou aqui para falar o quanto gosto deles, e sim para contar sua origem. O texto foi adaptado (e com isso eu quero dizer que quase que praticamente traduzi) da enciclopédia Marvel, cujo link é esse.
Operação: Renascimento
O franzino Steve Rogers não passava de um estudante de Artes quando Roosevelt anunciou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Decidido a ajudar seu país, Steve tentou se alistar no exército, mas foi recusado por causa de suas péssimas condições físicas. Ao invés de servir do modo convencional, Steve recebeu uma proposta para participar de algo muito maior: Um projeto ultra-secreto cujo objetivo era criar soldados capazes de usar 100% do potencial físico humano. Ele aceitou, e se tornou o mais novo integrante da Operação: Renascimento. Steve passou por um rigoroso treinamamento físico, e aprendeu técnicas avançadas de combate corpo-a-corpo. Após uma seleção entre os candidatos, ele foi escolhido como a primeira cobaia para o teste. Pelas vias oral e venal, Steve ingeriu o soro do super-soldado, cuja fórmula foi desenvolvida pelo Doutor Abraham Erskine, um cientista alemão refugiado. Após a ingestão, foi feita uma exposição a uma quantia controlada de “Raios Vitais”, que reagiram com o soro contido em seu corpo. Com isso estava completo o aprimoramento: Steve agora era a representação viva do limite do potencial humano. Além força e resistência absurdas, agora ele também era capaz de correr um quilômetro em aproximadamente um minuto.
Nasce um Símbolo
Erskine, único detentor da fórmula do soro, foi morto por um espião nazista antes que novos candidatos pudessem ser selecionados. O governo americano então utilizou Steve de todas as formas que pôde. Com um uniforme desenhado a partir da bandeira americana e um escudo á prova de balas, ele foi renomeado como Capitão América. A partir daí, ele serviu como propaganda para as forças aliadas e como agente de contra-inteligência. Logo ele se tornou o arquiinimigo do Caveira Vermelha, o chefe de operações nazista. A identidade do Capitão foi mantida como um segredo de Estado, e Rogers foi mandado para o campo de infantaria LeHigh, situado em Virgínia. Lá ele fez amizade com James Buchanan Barnes, apelidado de “Bucky”. Bucky acidentalmente descobriu que Steve era o Capitão, e aceitou manter segredo se fosse treinado pelo mesmo. Assim Bucky tornou-se o escudeiro e melhor amigo do Capitão América. A versão final do escudo foi dada pelo próprio Roosevelt, e dessa vez era composto de ferro e vibranium. No final de 1941, Capitão América, Bucky, Tocha Humana (o original, um andróide capaz de entrar em combustão), Toro e Namor uniram forças para enfrentar o Master Man, um super-humano nazista (e cidadão americano) que queria matar o primeiro ministro da Inglaterra, Winston Churchill. O ministro ficou impressionado com os heróis, e os encorajou a permanecerem trabalhando em equipe. Adotando o nome de “Invasores”, os cinco heróis combateram os mais poderosos agentes nazistas, assim como tropas comuns.
Perdido no Tempo
Nos dias finais da Segunda Guerra Mundial, o Capitão e Bucky tentaram impedir o vilão nazista Barão Zemo (Heinrich Zemo, pai do ex-líder dos Thunderbolts, Helmut Zemo) de destruir um protótipo de avião. O avião foi lançado com um explosivo em seu interior, com Steve e Bucky em sua cola. Ele conseguiram alcançar o avião enquanto ele estava decolando. Bucky tentou desativar a bomba, mas ela explodiu, atirando Steve nas geladas águas do Atlântico Norte. Nenhum dos dois corpos foi achado, e ambos foram dados como mortos. Steve e Bucky foram substituídos, mas os novos Capitão e Bucky não vingaram por muito tempo.
Os Vingadores encontraram o corpo de Steve décadas mais tarde, completamente preservado no gelo (ainda estava vestindo o uniforme e empunhando o escudo). Quando foi revivido, Steve relatou o fracasso de sua última missão, e apesar de ainda se sentir culpado pela suposta morte de Bucky, ele conseguiu se adaptar aos tempos modernos, e logo assumiu a liderança dos Vingadores. Paralelamente ele fez várias missões para a SHIELD, sob as ordens de seu velho amigo e parceiro de combate Nick Fury. Mais tarde ele descobriria que não foi o único a sobreviver a passagem dos anos…
Avante, Vingadores!
Quando Loki, deus nórdico da trapaça e do fogo, resolveu atacar nosso mundo, o jovem Rick Jones (único amigo do Hulk) pediu ajuda aos mais poderosos heróis disponíveis no momento. Homem-de-Ferro, Homem-Formiga, Vespa, Hulk e o meio irmão de Loki, o poderoso Thor, responderam ao pedido. Após travarem um combate épico, Hank Pym, o Homem-Formiga, sugeriu que eles continuassem agindo em equipe. Sua esposa Vespa foi mais longe, falando que eles deveriam ter um nome, “algo chamativo e dramático, como os Vingadores”. O nome pegou, e assim surgiu a lenda.
Tony Stark, o Homem-de-Ferro, financiou o grupo e doou sua residência em Manhattan para que pudesse ser usada como base de operações. O mordomo de Stark, Edwin Jarvis, permaneceu na mansão, e se tornou um amigo, confidente e conselheiro valioso para os membros da equipe. Stark tenou tornar a equipe oficial, mas foi barrado no Conselho de Segurança Nacional, e não foi muito bem aceito pelo público em geral, tudo por ter o Hulk como membro. O Hulk abandonou os Vingadores após um momento de fúria, e a equipe só viria a ter uma boa imagem com a entrada do Capitão América (que treinou o Homem-de-Ferro em combate corporal). Com sua presença, os Vingadores tornaram-se status oficial, além de ser a super-equipe mais respeitada de sua geração. Esse prestígio foi posto em teste quando os membros fundadores se afastaram por motivos pessoais, deixando o Capitão sozinho com os novatos, o fora-da-lei Gavião Arqueiro e os filhos de Magneto, os mutantes Mercúrio e Feiticeira Escarlate. Todos eles mostraram-se ótimos operativos, principalmente o Gavião, que seguiu rigorosamente os passos de seu mentor, o Capitão América.
Com o tempo, novos membros foram surgindo. A espiã russa Viúva Negra, o semi-deus Hércules, o rei de Wakanda, Pantera Negra, o vilão Homem-Areia, o Capitão Bretanha, o Máquina de Combate, o príncipe Namor, o X-Man Fera e até mesmo o Doutor Stephen Strange. Os Vingadores passaram por diversas formações desde sua criação até a queda (vide Vingadores: A Queda), e a bifurcação da equipe após a Guerra Civil. Separados, eles são heróis respeitados. Juntos, eles são os poderosos Vingadores, os maiores heróis da Terra.
O que esperar dos Filmes
Quanto ao do Capitão, tenho quase certeza de que estará entre os melhores da Marvel. História fácil de adaptar, e personagens carismáticos. E ao que parece, será bem fiel aos quadrinhos. Quantos aos Vingadores, não sei o que dizer. Foi anunciado que o Capitão fará parte da formação inicial, o que pode significar uma modificação na origem (o que pode ser bom ou muito ruim mesmo). Talvez o vilão nem seja Loki. Mas uma coisa eu garanto: No final, veremos uma abertura para o surgimento de Ultron.
Quem está por dentro do andamento das novas produções dos Estúdios Marvel, deve lembrar que Lexi Alexander, a diretora do novo filme do Justiceiro, afirmou que o filme seria o mais próximo possível da série MAX, escrita por Garth Ennis. Quem conhece o material, se animou com a notícia, pois sabe que agora o filme terá um teor mais sério (e consideravelmente mais violento), bem diferente do primeiro filme que tomou como base o volume 3, uma fase mais “engraçadinha”. Quem ainda não conhece essa excelente fase do personagem (de longe a melhor), irá conhecer agora.
A Origem
Nascido em uma família de descendência italiana em Nova Iorque, Francis Castiglione poderia ter se tornado um padre católico, mas largou os estudos quando percebeu que era incapaz de perdoar certas pessoas. Frank Castle, como era chamado por seus amigos, casou-se jovem com uma mulher chamada Maria, que já estava grávida de seu primeiro filho. Castle se alistou nos Fuzileiros Navais, e entrou para a Escola de Infantaria após completar o treino básico. Ele ainda se graduaria em outras forças (inclusive a Escola de Franco-atiradores), até conseguir permissão para participar também da Escola de Aviação Militar e os treinos da Equipe Naval de Demolição Sub-aquática, se qualificando como um SeAL (“Sea, Air and Land”, “Mar, Ar e Terra”).
Então estourou a guerra do Vietnã. Castle combateu os vietcongues sob o posto de Capitão das Forças Especiais, e foi o único sobrevivente do episódio que ficaria marcado como o “massacre de Valley Forge”. Como recompensa pelo seu heroísmo na frente de batalha, ele foi condecorado com inúmeras medalhas, incluindo o Coração Púrpura (um dos maiores méritos). Após tais eventos, Frank Castle não era mais o mesmo. Mas isso só ficaria claro mais tarde.
Pouco tempo depois de seu retorno, Frank levou sua esposa, Maria Castle, e seus dois filhos, Frank David Castle (chamado de Frank Júnior) e Lisa Barbara Castle, para um inocente piquenique no Central Park. Chegando lá, eles presenciaram uma horrível execução, fruto da disputa entre as máfias locais: Um informante havia sido enforcado numa árvore. Querendo se livrar de toda e qualquer testemunha, os capangas da família Costa fuzilaram todas as pessoas que ali se encontravam. Maria foi baleada no coração. Lisa tomou um tiro na cabeça, e seus miolos caíram na grama. Frank Júnior teve sua barriga aberta por uma rajada de balas, e ainda sobreiveu por alguns segundos. Castle também foi baleado, mas foi levado a um hospital em tempo de ser salvo.
Com o rosto dos assassinados gravado em sua mente, Castle foi até a polícia, apenas para descobrir que eles não podiam, ou não iriam, ajudá-lo. A polícia estava altamente envolvida com a família Costa. Com a cadeia fora de questão, Castle percebeu que só havia um modo de punir os criminosos: Destruição física. Com uma caveira branca pintada em sua camisa, simbolizando assim o destino que aguardava os criminosos que cruzassem seu caminho, Castle executou sua vingança da forma mais violenta que pôde (empunhando uma faca, dilacerou os capangas que dispararam as armas e arrancou o coração dos líderes da família).
Insatisfeito com sua vingança pessoal, Frank Castle passou a caçar criminosos por todo os EUA. Assassinos, traficantes, pedófilos, ladrões, corruptos… Se você é culpado, você morre. Procurado pela polícia e considerado um desertor (por abandonar seu cargo militar), Castle agora é um homem solitário, que vive para combater o crime. Frank Castle está morto, e um novo e temido nome corre pelas ruas: Justiceiro.
Leituras Essenciais:
The Punisher: Tyger – Narra a difícil infância de Castle num bairro comandado pela máfia, e o que viria a ser o precursor de seus instintos vingativos. Edição única.
The Punisher: Born – Mini-série em quatro partes, mostra os dias de Castle em Valley Forge, um posto militar no Vietnã.
A Revista
Garth Ennis leva o personagem a seu auge ao aderir ao selo MAX. Quando assumiu a revista, em 1999, trazendo Castle de volta a vida (ele havia sido morto e transformado em uma espécie de agente dos céus), Ennis assumiu uma postura mas descontraída, com diálogos repletos de piadas, violência exagerada e crossovers com outros personagens (dos quais se destaca a vez em que o Justiceiro atropelou Wolverine com um rolo compressor). Já no selo MAX, Ennis foge um pouco da cronologia, e se isola dos outros personagens da Marvel.
“Como assim, Nip?”. As histórias do Justiceiro publicadas com o selo MAX não possuem posição certa na cronologia, apesar de existir continuidade entre uma edição e outra. E apesar de se passar no mesmo Universo que as histórias do Homem-Aranha (o 616), por exemplo, não há uma menção sequer a outros heróis, anti-heróis ou vilões da editora, nem mesmo o Jigsaw (velho inimigo do Justiceiro). E como o primeiro arco se inicia com um flashback da morte da família de Frank, a revista pode ser lida por qualquer pessoa sem existir a preocupação de ter que procurar por volumes mais antigos para entender o que está ocorrendo.
Outra grande mudança foi o modo com o qual Ennis trata o personagem. Com uma narração mais introspectiva (que em alguns momentos lembra até Max Payne), a personalidade de Castle foi melhor definida. Seu emocional é sempre um misto de depressão e raiva, e em muitas ocasiões fica claro que sua missão de vingança tornou-se algo mecânico. A matança tornou-se algo trivial na vida de Castle, e as vezes, dependendo do alvo, dá até para afirmar que ele está tomando gosto pela coisa. De fato, um desenvolvimento bem mais adulto do vigilante da Marvel.
Uma quantidade razoável de desenhistas passou pela revista, todos eles de ótima qualidade. O jogo de sombras é constante na revista. A narrativa costuma se passar em locais fechados e/ou escuros, e os olhos do Justiceiro aparecem apenas de vez em quando (olhando as capas dá para ter uma idéia do que falo). As cenas de ação são muito bem representadas, e o detalhe das armas é incrível. Geralmente falando, chuto ser uma das revistas mais bem desenhadas da Marvel (geralmente pois três arcos possuem uma arte mais simples, mas ainda boa).
Uma ótima revista, que agrada tanto fã antigos quanto novos leitores, Justiceiro MAX é satisfação garantida. O atual arco, “Valley Forge, Valley Forge, the Slaughter of a US Marine Garrison and the Birth of the Punisher” (em andamento nos EUA, sem tradução oficial ainda), marca a saída de Garth Ennis, que ficará consagrado pelo trabalho que fez com o Justiceiro. A revista continua após sua saída, mas estou a tanto tempo acostumado com Ennis que não sei o que esperar.
Justiceiro MAX
The Punisher MAX Lançamento: 2005 Arte: Diversos desenhistas Roteiro: Garth Ennis Número de Páginas: 23 Editora:Marvel Comics
Antes de qualquer outra coisa, saiba que esta revista não tem quase nada a ver com o novo filme (somente o design do Batmóvel), apesar de terem nomes semelhantes. Fã declarado do personagem, o roteirista e desenhista Frank Miller sentiu-se honrado ao ser chamado para escrever uma história para o Batman. Mas um pequeno e simples fato o incomodava: Miller passou sua infância lendo as histórias do detetive, e o seu pesadelo de se tornar mais velho que Bruce Wayne tornou-se realidade. Isso ele não podia aceitar. Daí surgiu a idéia central de “The Dark Knight Returns”, um dos maiores clássicos do Homem-Morcego.
A história se passa vinte anos no futuro, em uma das realidades alternativas da DC (chamadas de “Elseworlds”). Desde que Jason Todd, o segundo Robin, foi assassinado pelo Coringa, Bruce Wayne abandonou seu serviço como protetor de Gotham City. Muita coisa mudou nesse tempo. Super-heróis tornaram-se uma raridade, assim como super-vilões. Os criminosos comuns aproveitaram para tomar conta das ruas. Mas a maior ameaça são os “Mutantes”, uma gangue de deliquentes juvenis. As coisas começam a mudar quando Wayne decide financiar a rehabilitação de Harvey Dent, o Duas Caras. O lado ruim de Dent fala mais alto, e ele retorna ao crime assim que deixa Arkham. Bruce Wayne veste seu uniforme novamente, e prende Dent. O cavaleiro das trevas está de volta a Gotham, e está na hora de limpar as ruas.
Durante as quatro edições da mini-série, Miller deixa explícito que seu Batman é bem diferente do qual estamos acostumados. Ele não combate o crime porque sente que é o seu dever, nem para evitar que pessoas sejam feridas (como aconteceu com seu pai), mas porque ele adora essa vida repleta de perigos. E para completar a polêmica, o Batman de Miller é alcoolatra. Os outros membros da Liga da Justiça também aparecem com uma personalidade mais densa (para não falar “escrota”). O Superman, que parece não ter envelhecido, trabalha para o governo dos Estados Unidos em troca de proteção para seus antigos companheiros da Liga. Ele mostra-se insatisfeito com seu trabalho, e sua existência é quase que um mito. O Arqueiro Verde agora age como um terrorista. Apesar de ter perdido seu braço esquerdo (ele alega que o Superman é o culpado) e estar velho, ele continua sendo um homem perigoso, assim como o Batman. Outros personagens também ganharam versões psicologicamente agressivas e visual mais sombrio.
Uma outra mudança notável da versão regular para a de Miller, é o Batmóvel. O que antes parecia um carro de fórmula 1 fortificado, agora está mais para um tanque de guerra preto. Creio eu que isso tenha sido feito para adaptar o carro á personalidade de seu motorista. Se o Batman de Miller é agressivo e de certa forma louco, ele precisa de um veículo mais destrutivo. Outra adição interessante ao arsenal do Homem-Morcego, é a bat-armadura (não tem nome na revista), uma espécie de exo-esqueleto que ele usa em certo ponto da revista para combater um oponente muito mais forte que ele.
A arte de Miller, como sempre, mantém seus traços únicos. Linhas grossas, personagens robustos e fortes e cenas de ação impactantes (os punhos desenhados por Miller dão a idéia de serem de aço). Apesar de colorida, a revista contém tons de cinza para deixar a narrativa mais densa. TDKR é a minha história predileta do Batman , e a que me fez procurar os outros clássicos do personagem. Foi originalmente publicada em 1986, mas várias compilações já foram rlançadas e relançadas desde então. Um volume de capa dura está á venda, entitulado “Absolute Dark Knight” e custando exorbitantes 100 reais. Se quiser poupar seu bolso, faça uma visita as lojas online.
O Retorno do Cavaleiro das Trevas
The Dark Knight Returns Lançamento: Ano Arte: Frank Miller Roteiro: Frank Miller Número de Páginas: Muitas Editora:DC
Holywood é feita de fases. Houve a fase de filmes de ação, comandada pelos mestres Schwarzenegger e Stallone. Houve a fase Sci-Fi, com batalhas intergalácticas e aliens monstruosos. Houve a fase épica, com homens sujos vestindo armaduras e empunhando espadas. Houveram e ainda haverão muitas fases, que mudam de acordo com o atual gosto do público. Hoje, passamos pela fase de adaptações de quadrinhos. Aproveitando o tema da Overdose desse mês, falarei de algumas adaptações memoráveis, outras nem tanto e o que está por vir, tudo divido por gerações (que eu inventei). Obviamente não vou conseguir citar TUDO, mas uma boa parte. Tenham em mente que eu ignorei qualquer filme produzido antes da rendição das tropas nazistas de Hitler, porque… porque sim.
Primeira Geração
Se você acompanhou essa geração de adaptações, então você já tem família formada, ou está próximo(a) disso. A primeira geração foi marcada por seriados e filmes repletos de efeitos especiais vagabundos e, ainda assim, extremamente divertidos de se ver. É difícil assistir um episódio desses seriados sem ao menos criar uma simpatia por eles. O Batman foi o pioneiro, com seu clássico seriado estrelado por Adam West e Burt Ward. Os atuais fãs do Batman criticam muito esse seriado, por falar que ele descaracteriza o personagem, que deveria ser sombrio e recluso. Essas pessoas esquecem que na época, as revistas do Batman eram exatamente do modo mostrado no seriado, com diálogos bobinhos e tudo mais.
Alguns anos depois foi a vez da Mulher-Maravilha, outro membro da trindade da DC (Batman, Wonder Woman e Superman). A atriz Lynda Carter se encarregou do papel de princesa amazona. A série foi muito bem recebida pelas garotinhas da época, e contribuiu para a popularidade da personagem (que já era popular, diga-se de passagem). Chegou então a vez da Marvel levar seus personagens para a televisão, e o escolhido foi o Hulk. Bill Bixby assumiu o papel de Dr. David Bruce Banner, enquanto o fisioculturista Lou Ferrigno fez o papel de Incrível Hulk. Como uma imagem vale mais que mil palavras, aqui vai um vídeo da transformação de Banner em Hulk (e Bixby em Ferrigno).
E não podemos nos esquecer do giro da Mulher-Maravilha e de seu habilidoso uso do laço da verdade:
Um ano antes do Hulk ganhar seu próprio seriado, um outro carro-chefe da Marvel teve seu próprio filme. Estou falando do Homem-Aranha. Quando eu assisti esse filme, alguns anos atrás, eu já achava extremamente… hippie. Então, para avançar no texto, vamos esquecer os penteados e roupas esquisitas daquela época. O filme conta a origem de Peter e mostra o início de sua carreira como fotógrafo no Clárim Diário, mas não se aprofunda nem vai além disso. Não vemos nenhum grande vilão das revistas no filme (aliás, não vemos vilão algum da revista), e muito menos o assassinato de Ben Parker. As cenas de ação são tão empolgantes quanto… nada, nada mesmo. Eu até tentei encontrar um vídeo específico da cena em que o Aranha enfrenta três capangas-ninjas armados com cabos de vassoura, mas não consegui. Uma pena. Mas não parou por aí. Um dos personagens mais underground da editora também foi aos cinemas: Howard, o pato. O filme não conseguiu capturar todo o sarcasmo da revista, mas garante algumas risadas.
O Superman foi presenteado com uma trilogia de filmes que transformou o ator Christopher Reeve num ícone dentre tantas estrelas de Holywood. Os filmes iniciaram a série de versões do General Zod, um vilão tão forte quanto o Super. O ator Terence Stamp, que interpretou Zod nos dois primeiros filmes, foi usado como base para a produção da versão definitiva do vilão, no arco “Last Son”, escrito por Geoff Johns e desenhado por Brian Hytch.
Uma adaptação que surpreendeu foi Barbarella, a personagem de quadrinhos adultos franceses, com a clássica cena em que Jane Fonda tira a roupa no espaço. A Dark Horse também entrou na jogada, e chamou Arnold Schwarzenegger para interpretar o épico personagem de Robert E. Howard, Conan o Bárbaro, em dois bons filmes, e logo em seguida o Rei Kalidor em Red Sonja (não sei se Sonja já era da Dynamite Comics na época). Sei muito pouco de Conan, e conheço ainda menos as aventuras de Red Sonja, então meus comentários quanto a esses filmes param por aqui. No final da geração foi produzido um filme do Spirit, que foi criticado por ser um pouco voltado para a comédia.
Segunda Geração
Ah, a segunda geração de adaptações de quadrinhos. Algumas adaptações você teve o prazer (ou não) de ver na gigantesca tela dos cinemas, outras você assistiu até a exaustão na Sessão da Tarde. A segunda geração marcou o início de uma abordagem mais séria das adaptações. O violento Justiceiro ganhou seu primeiro longa-metragem em 1989, mas o filme não chegou a passar nos cinemas. Dolph Lundgren interpretou bem o Justiceiro, e o filme fez um retrato fiel da agressividade e as sempre marcantes fala do personagem (apesar de não ser uma adaptação perfeita). Um ano depois, o Capitão América ganhou vida. Pouco me lembro desse filme, mas ele desapontou muitos fãs do soldado Roger. Ainda da Marvel, foi feito um tenebroso longa de Nick Fury, estrelado por David Hasselhof. Sim, o cara de “Baywatch”. Sim, foi uma péssima idéia.
Já a DC foi mais razoável. Graças a Tim Burton, o Batman ganhou dois filmes com o clima sombrio que os fãs tanto queriam. No primeiro deles, Jack Nicholson consagrou-se com sua excelente atuação como Coringa. Então Tim Burton deu lugar a Joel Schumacher, que trouxe o Robin consigo. Batman Forever apostou em Jim Carrey como o irreverente Charada, e deu certo. Já Batman & Robin apostou em Arnold Schwarzenegger como Sr. Frio, outro clássico inimigo do Homem-Morcego. O filme acabou sendo um pouco homosexual. Os gays também acharam isso, e o filme tornou-se um dos símbolos do movimento. Um grande feito, se levarmos em conta que não foi proposital. Eu acho. Com George Clooney como Batman, tenho minhas dúvidas. Ainda da DC, tivemos uma adaptação de “From Hell” (Do Inferno), uma das revistas que Alan Moore escreveu para o selo Vertigo. O filme teve Johnny Depp no papel principal, e para mim é uma das melhores adaptações já produzidas, tanto em fidelidade quanto atuação.
Os personagens de outras editoras também ganharam seus filmes. Dick Tracy foi as telonas em 1990, com um ótimo filme que todos já devem (ou deveriam) ter visto. Tivemos também “O Corvo”, com Brandon Lee. Um excelente filme, com ótimas atuações e cenas de ação, que ganhou muita atenção graças a morte de Lee durante as filmagens (um triste fato). Depois veio o Juíz Dredd, personagem da revista “2000 AD”, da Eagle Comics. Dredd foi interpretado por Stallone, e o filme recebeu críticas boas e ruins. Eu me abstenho por nunca ter lido nada da Eagle Comics. Então, diretamente da Ífrica, veio o Fantasma. Um herói que claramente não é de meu tempo (provavelmente não é do seu também), mas cujo filme me divertia. Por fim, tivemos um filme de Spawn, o soldado do inferno da Image Comics. Spawn teve sua cota de cenas legais (como a transformação do palhaço em Violador, e a moto), mas terminou sendo medíocre.
Terceira Geração
A terceira geração está aí, adaptando todos os quadrinhos que encontra pela frente. O resultado é uma leva de filmes ruins gerando toneladas de dinheiro graças a seus efeitos ultra-modernos e um público que se preocupa cada vez menos com o roteiro. A Marvel abriu a geração com um filme do caça-vampiros Blade, estrelado por Wesley Snipes. Blade tornou-se uma trilogia cujo roteiro é tão original que os três filmes podem ser resenhados como um só. Se acham que estou brincando, comparem os filmes e percebam as incríveis semelhanças. Depois de Blade, as coisas pareciam estar mudando. Os X-Men surgiram com a origem completamente modificada, mas em um filme agradável, e o Homem-Aranha teve uma excelente adaptação de sua origem, em um filme que por pouco não foi perfeito. Infelizmente, tanto os filhos do átomo quanto o amigão da vizinhança sofreram com a maldição da trilogia, e ganharam dois outros filmes, estes completamente dispensáveis. Mas isso foi mais tarde.
Empolgado com os X-Men e o Homem-Aranha, eu fui assistir “Demolidor” esperando uma adaptação no mínimo aceitável. Fui a nocaute com o soco da decepção. Os problemas são tantos que eu poderia escrever um livro. Em primeiro lugar, BEN AFFLECK como Matt Murdock? E eles ainda querem que eu leve esse filme a sério? As revistas escolhidas para a adaptação foram as primeiras, que contam a origem, e a clássica, depressiva e violenta fase Frank Miller. Eles conseguiram estragar o que eu julgava sagrado. Demolidor foi só o começo. A Marvel Studios desandou ainda mais ao fazer um filme completamente malfeito do Hulk, uma adaptação água com açúcar do Justiceiro (cadê a violência?), e uma abominação de 97 minutos chamada “Elektra”. O Quarteto Fantástico conseguiu agradar com um filme divertido e bobinho (com o mestre Julian McMahon, de Nip/Tuck, no papel de Victor Von Doom), mas falhou ao tentar imitar Ultimate Galactus em Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado. Dizem que a fé nos estúdios da Marvel foi reconstituída com “Iron Man” e “The Incredible Hulk”, mas como ainda não assisti (Iron Man porque detesto o personagem, e Hulk por preguiça).
A DC começou com “V for Vendetta” (V de Vingança), a hypada hq de Alan Moore. Muitos fãs deram xilique afirmando que o filme não pegou a essência da revista, o que é uma verdade, mas foi até bom. O grande trunfo da Detective Comics foi “Batman Begins” que recontou a origem do cavaleiro das trevas, e iniciou uma nova bateria de filmes do personagem. A adaptação foi muito bem feita em todos os aspectos, e a atuação dos atores (especialmente Christian Bale) foi ótima. Já o Superman preferiu continuar de onde havia parado, e apareceu no mediano “Superman Returns”.
O espaço para outras editoras foi aberto com Hellboy, da Dark Horse Comics. Eu não conhecia o personagem, mas me interessei ao ver o filme, que agradou o público em geral. A Dark Horse embalou, e duas outras produções foram feitas, ambas histórias de Frank Miller: Sin City e 300, obras-prima das adaptações. Roteiro fiel ao extremo (talvez por terem sido supervisionados por Miller) e um visual belíssimo fazem desses dois filmes minhas adaptações prediletas. 30 Days of Night, da IDW Publishing, também teve sua adaptação, com Josh Harnett. Muitos criticaram negativamente o filme, mas eu gostei, até porque a revista não é lá essas coisas (a arte de Ben Templesmith é simplesmente intragável).
Confirmados
The Punisher 2: War Zone – Dessa vez é Ray Stevenson, o Titus Pullo do seriado Roma, que encarnará o Justiceiro. Dessa vez o roteiro tem base na fase MAX do personagem, que é de longe a melhor de todas. A própria diretora está ajudando nas cenas de combate corporal (que prometem ser sanguinolentas), e o filme estréia este ano.
X-Men Origins: Wolverine – O mutante mais famoso (porém não o melhor) volta as telas com um filme contando sua “origem”. Entre aspas pois tudo indica que contará sua época na Arma X e a injeção de seu adamantium, e não a sua infância/adolescência no interior do Canadá (como mostrado na mini-série Wolverine: Origin). Como é da Arma X que estamos falando, veremos outros anti-heróis da editora (Dentes-de-Sabre, Deadpool, Kane, Fantomex e Maverick são os principais). Um filme com Deadpool tem a obrigação de ser bom, mas eu boto pouca fé nesse filme.
Thor – O filme foi confirmado, mas ainda não se sabe quem irá interpretar o Deus do Trovão. Correm boatos de que a Marvel quer escalar Paul Levesque, um lutador da WWE que costuma carregar um martelo. Kevin McKidd, Lucius Vorenus do seriado Roma, foi mencionado para o papel de Donald Blake, o humano que divide a existência com Thor. A direção é de Matthew Vaughn, e o ano de lançamento é 2010.
The First Avenger: Captain America – Até agora sabe-se apenas que o filme mostrará a origem do Capitão (notícia aqui). Os fãs ainda estão especulando quem poderia interpretar o líder dos Vingadores. Até maiores informações, fiquem com esta curiosidade: Jon Favreau, diretor de Iron Man, seria o diretor de Captain America, mas escolheu trabalhar com Stark. Nick Cassavetes, diretor de Captain America, havia sido chamado para fazer Iron Man. O super soldado chega aos cinemas em 2011.
Iron Man 2 – Nada decidido ainda, mas o filme será produzido. O vilão deverá ser o Mandarim, que já foi sutilmente citado no primeiro filme. Iron Man 2 sairá antes de Captain America, porém.
Avengers – O que posso dizer? Capitão América, Thor, Homem-de-Ferro, Hulk, Vespa e Gigante num só filme. Isso pode dar muito certo, ou muito errado mesmo. Os atores devem permanecer os mesmos dos respectivos filmes (exceção de Vespa e Gigante que não terão filmes), e o roteiro ainda está sendo escrito. Se tudo correr bem, poderemos ver outros crossovers entre personagens da editora.
Silver Surfer – Para salvar o utópico planeta de Zenn-La, Norrin Rad aceitou se tornar o arauto de Galactus, e ajudar o devorador de mundos a achar outros planetas para consumir. O cara é basicamente o Jesus Cristo da Marvel, e é conhecido por suas belas e significativas histórias. Mais um da série “muito bom ou muito ruim”.
The Immortal Iron Fist – Criado e treinado no místico reino de K’un Lun, Danny Rand tornou-se o herdeiro do poder do “punho de ferro”, que lhe permite canalizar sua energia espiritual em seu punho, sendo capaz de desferir poderosos e mortíferos socos. Tomando como base a revista, o filme deverá ser cheio de cenas alucinantes de luta, com raízes nos filmes de kung-fu. Direção de Steve Carr.
Luke Cage – Melhor amigo de Danny Rand, Luke Cage possui uma pele invulnerável e super-força. O personagem é bacana, mas não sei o que esperar do filme. Uma curiosidade: Querendo evitar que sua fama fosse relacionada a seu tio, o ator Nicolas Kim Coppola (sobrinho de Francis Ford Coppola) mudou seu nome artístico para “Nicolas Cage”. A escolha do nome se deve ao personagem Luke Cage, da Marvel, do qual Nicolas é fã.
Batman: The Dark Knight – Se você já deu uma olhada nas informações publicadas aqui no AOE, então saiba que não tenho nada para acrescentar, fora minha expectativa quanto ao filme. Eu gostei muito de Batman Begins, e tenho certeza de que Dark Knight será a melhor adaptação de 2008, ou no mínimo a melhor publicidade. Falta pouco!
Justice League – Especulações, especulações… Não temos certeza nem se o filme será um animação de computador ou se irá usar atores reais. Sabe-se que o Lanterna que fará parte do grupo é Joh Stewart, do desenho, e foi anunciado que o filme “será repleto de efeitos especiais”.
Green Lantern – Após o filme da Liga da Justiça, o predileto Hal Jordan terá seu próprio filme. Maiores informações em breve.
The Spirit – O jovem detetive Denny Colt, mrador de Central City, foi errôneamente dado como morto. Aproveitando-se disso, o rapaz criou uma nova identidade, essa de vigilante mascarado, e passou a combater o crime sob o codinome de “Espírito”. Gabriel Match será Denny Colt, enquanto o idolatrado Samuel L. Jackson fará o vilão Octopus, famoso por não mostrar nada além de suas luvas nas revistas (como o Dr. Garra, de Inspector Gadget), além de outros grandes nomes.
Y- The Last Man – Você deve ter lido a notícia aqui. Y é a minha revista predileta da Vertigo (junto a 100 Bullets), então estou meio apreensivo com essa adaptação. Como Vaughan vai estar de olho na produção, deve sair ok.
Watchmen – Um filme que eu aposto que trará orgasmos múltiplos para muitos nerds. A cultuada revista de Alan Moore finalmente virará um longa-metragem. Os Watchmen eram um grupo de vigilantes, dentre os quais apenas o Doutor Manhattan possui poderes, até que um problema com o público os dissolveu. Anos depois o Comediante, um dos ex-integrantes do grupo, é assassinado. É aí que Rorschach, o único watchman que ainda ronda as ruas, entra em ação, investigando os seus antigos companheiros e desvendando uma possível conspiração. O desenvolvimento da história é brilhante, e quase me faz entender o hype por volta de Moore. A direção é de Zack Snyder, que fez um ótimo trabalho em 300.
Wanted – Estou meio cético quanto a este filme. Não falo do fator diversão, isso eu tenho certeza que ele proporcionará aos montes, mas as mudanças que fizeram na história foram bruscas demais. Ao invés de super-vilões, teremos assassinos, o que tira um pouco da magia da revista (e também significa que não veremos o CARA-DE-MERDA). De qualquer forma, deve valer o ingresso.
Hellboy: The Golden Army – Nunca li as revistas (apesar de ter vontade), mas vi por aí que a história se trata de uma guerra entre o nosso mundo e um exército de criaturas tão malignas quanto poderosas e feias. As cenas de ação parecem mais emocionantes, e todo o misticismo e humor do filme anterior permanece. Tenho bons pressentimentos.
Barbarella – Uma versão feminina de James Bond e Adam Strange, Barbarella é uma viajante espacial que derrota seus oponentes por intermédio de sua sexualidade. A personagem tornou-se símbolo do movimento feminista dos anos 60 e responsável pelo disparo da carreira de Jane Fonda. Refilmagem por conta de Robert Rodriguez.
E isso é tudo (pelo menos até então). Para maiores informações sobre o elenco e diretores dos filmes que estão por vir, clique aqui para ler a coluna do Paulo.
Calma, pode subir o zíper da calça, não estou falando DESSE tipo de quadrinhos para adultos, e sim de quadrinhos que abordam temas adultos. Durante esses anos como leitor, tenho percebido que algumas pessoas tem preconceito contra quadrinhos por achar que são todos infantis e previsíveis. Tudo bem, realmente existem quadrinhos voltados para o público infantil, mas generalizar nunca foi algo legal. Então, como nem todo mundo se interessa pelo ponto intermediário (formado pelo Homem-Aranha, Superman e companhia) os quadrinhos adultos se popularizaram.
Apesar de serem originalmente voltadas para o público juvenil, a Marvel e a DC (principalmente a DC) mantém investimentos na área adulta. A Marvel, com seu selo “MAX”, onde publica histórias recomendadas para maiores de 18. A DC, com seu selos “Vertigo” e “Wildstorm”. Por fora correm editoras como a Image, a Dark Horse e a Dynamite, com Spawn, Conan e Army of Darkness, respectivamente, entre outras. E se você se deu ao trabalho de clicar no link da matéria e ler o texto até aqui, deve estar esperando que eu dê detalhes quanto a essas publicações. E é exatamente isso que eu farei.
Marvel MAX
Quem é leitor da Marvel sabe que alguns personagens da editora dão abertura para a criação de arcos mais pesados e a abordagem de temas mais sérios. Criado em 2001 quando a Marvel decidiu cuspir na cara da CCA (Comics Code Authority), e criar sua própria classificação etária. Não existem assinaturas para os selos MAX, e as revistas só são vendidas em lojas especializadas, para leitores maiores de 18 anos. Obviamente isso é só em países que se importam com essas coisas, aqui no Brasil você encontra em qualquer banca de revistas. Essa não é a primeira vez que a Marvel publica histórias com conteúdo explícito. Essa idéia começou na década de 80, com o selo “Epic Comics” (responsável pela primeira publicação de Akira nos Estados Unidos), e em algumas edições do extinto selo “Marvel Knights”.
Personagens famosos, como Thor, Nick Fury e Luke Cage, marcaram presença no selo com ótimas séries limitadas, assim como personagens mais obscuros, como Howard the Duck, Shag-Chi e o ultra-violento Foolkiller. De todos os títulos do selo, dois destacam-se com facilidade: Supreme Power e Punisher. O primeiro é a obra prima de J. Michael Straczynski, o segundo é a melhor fase do Justiceiro. Sob a liberdade do selo MAX, Garth Ennis lida com o Justiceiro de uma forma bem diferente de quando assumiu a franquia, há nove anos atrás. The Punisher MAX não tem posicionamento exato na cronologia, e se isola completamente das outras revistas (não há aparições nem referências a super-heróis/vilões). Garth mostra um Justiceiro depressivo e sombrio, que acabou tomando gosto pela matança de criminosos. Recomendada para quem gosta de histórias de clima pesado.
Aqui no Brasil, essas revistas são publicadas em uma compilação chamada “Marvel MAX” (bem óbvio), que publica também outras histórias que compartilhem da mesma proposta do selo. A revista custa exatos seis reais e noventa centavos (R$6,90), e como dito antes, é vendida para qualquer um que tenha essa quantia em mãos.
Vertigo (DC)
Por menor que seja seu conhecimento na área de quadrinhos, você já ouviu falar desse selo. Alguns dos maiores clássicos dos quadrinhos foram publicados aqui. A proposta da Vertigo é a seguinte: Quadrinhos mais cults. Isso quer dizer menos ação e mais diálogo, com páginas entupidas de referências a diversas culturas, bandas, filmes, enfim, podendo ter ou não relação com o universo principal da DC. Pode parecer chato, mas a idéia fez sucesso absoluto. Tanto que alguns dos principais títulos ganharam adaptações para o cinema. Quais? A primeira foi “From Hell” (Do Inferno), de Alan Moore, que “soluciona” o mistério de Jack o Estripador. Caso não lembre, o filme foi estrelado por Johnny Depp. Depois foi a vez do inglês John Constatine ir para a tela dos cinemas, com a adaptação de Hellblazer, estrelado por Keanu Reeves. Antes de ganhar sua própria revista em 1988, Constantine fazia aparições em “Swamp Thing”, de Alan Moore. Hellblazer é publicada até hoje, e já passou por diversas equipes criativas. A última adaptação da Vertigo a ser feita foi “V for Vendetta”, de autoria de, pasmem, Alan Moore. Não é a toa que ele é o roteirista mais hypado de todos os tempos. E não acaba por aí. Já está sendo produzida uma adaptação do clássico “Watchmen” (adivinha quem escreveu?), com a direção de Zack Snyder, e já foi anunciada a adaptação de Y – The Last Man.
Mas também existem revistas que não foram escritas por Alan Moore. Como “Y”, por exemplo, que é a minha hq predileta. Porém, a revista mais famosa do selo, é Sandman, de Neil Gaiman. As aventuras de Morpheus, o mestre do reino dos sonhos, é a melhor representação da proposta da Vertigo. Seu clima gótico, diálogos criativos e bem elaborados e o grande número de referências a diversas mitologias e alguns ícones da cultura inglesa (como Edgar Allan Poe) fazem de Sandman a obra-prima de Neil Gaiman, e uma das revistas mais cultuadas de todos os tempos, se não for a mais cultuada.
Outra revista interessante é “100 Balas”, onde o misterioso Agente Graves dá a certas pessoas uma oferta aparentemente irrecusável: A chance de se vingar sem sofrer consequências. O Agente presenteia as pessoas com uma maleta contendo uma pistola, cem balas, a identidade da pessoa que arruiunou sua vida e provas irrefutáveis disso. As balas não podem ser rastreadas, e qualquer agência de polícia que as encontrar irá ignorar o caso. 100 Balas explora a dúvida moral de aceitar ou não se vingar e sair ileso. Aqui no Brasil as revistas da Vertigo são publicadas em TPBs (Trade Paper Backs, encadernados) e na revista Pixel Magazine, da… Pixel. Custa R$ 9,90, e a publicação é de excelente qualidade.
Wildstorm (DC)
Enquanto no universo principal da DC os heróis são tratados como deuses, na Wildstorm eles são tradados como o que eles realmente são: Pessoas com poderes e responsabilidades. Os títulos possuem roteiros cinematográficos, repletos de sequências devastadoras, linguagem chula, insinuações a sexo e violência. Principalmente violência. Como exemplo temos os WildC.A.T.S, criados por Jim Lee, um grupo de super-humanos recrutados pelos Kherubins, uma raça alienígina que há tempos morava na Terra, para enfrentar os Daemonites, uma raça rival e perigosa. Ao final da série um novo volume foi lançado, focado nas relações dos ex-membros da equipe. O terceiro volume mostrava um roteiro mais político, e uma equipe que tinha a pretensão de mudar o mundo. Um quarto volume está em andamento.
Outras duas revistas de sucesso na editora são Planetary e The Authority, ambas de Warren Ellis. Na primeira, uma organização comandada por um homem misterioso se encarrega de investigar acontecimentos paranormais ao redor do mundo. Desenhada pelo talentoso John Cassaday, a revista está atualmente “congelada”, e espera pela conclusão. Na segunda, um grupo de super-heróis se reúne para criar uma polícia internacional e proteger o planeta de ameaças super-poderosas. A revista é uma versão alternativa da Liga da Justiça (sendo Midnighter e Apollo as versões homosexuais de Batman e Superman), com algumas referências a personagens da Marvel. Coma saída de Warren Ellis e Bryan Hitch do título, The Authority esteve nas mãos de outras equipes criativas de nome, como Mark Millar e Fran Quitely, e Grant Morrison e Gene Ha. É o título mais vendido do selo.
A Wildstorm também é a atual detentora dos direitos de publicação da franquia New Line Cinema, e eventualmente publica novos capítulos dos famosos Friday the 13th, A Nightmare on Elm Street e The Texas Chainsaw Massacre. Fãs da série de TV “Supernatural”, também encontrarão histórias da mesma no selo, estas mostrando os anos de caçador de John Winchester, pai dos irmãos Dean e Sam. No Brasil, as revistas da Wildstorm são encontradas no mix da Pixel Magazine.
Image Comics
Se você já era nascido nos anos 90, deve conhecer essa editora. Ou já ouviu falar de Spawn, o soldado do inferno. Fundada por roteiristas e desenhistas insatisfeitos com a burocracia dos direitos autorais, entre eles Todd McFarlane e Rob Liefeld, a Image Comics alcançou em tempo recorde seu espaço nas bancas americanas. Em grande parte graças a Spawn, o agente da CIA que após ser assassinado em trabalho, faz um pacto com o demônio e volta á vida com um traje sobrenatural feito de tecido vivo. Spawn já teve 178 edições, e continua firme e forte, assim como Savage Dragon, que desde a primeira edição ainda não trocou de equipe criativa (está na edição 135). Seguindo a popular idéia de se fazer versões alternativas de seus personagens, a Image lançou Spawn: Godslayer, onde protagoniza um soldado do inferno que a mando de uma entidade desconhecida, deve matar os deuses de um mundo medieval.
O grande sucesso da editora na atualidade é The Walking Dead, cuja resenha pode ser lida aqui ou aqui. Spawn é publicado pela Pixel, que faz algum tempo lançou uns TPBs bacanas da saga Armageddon, que reformulou a revista (vale a pena procurar os encadernados).
Avatar Comics
Para ser sincero, eu nem estaria falando desta editora se não fosse por “Black Summer”, escrita por meu roteirista predileto, Warren Ellis. Sete pessoas são escolhidas para fazer parte de uma força-tarefa especial, e para isso sofrem aprimoramentos que os tornam super-poderosos. Tudo vai bem até que John Noir perde uma perna, e vê sua esposa morrer num acidente. Noir abandona a equipe. Meses depois, John Horus, que tinha ido além no aprimoramentos e se tornado virtualmente invencível, invade a Casa Branca e mata o presidente, indo falar em rede nacional logo sem seguida. Horus afirma que as ações do presidente, entre elas a Guerra do Iraque, eram ilegais e ofendiam o povo americano. Agora ele era o novo protetor da América, e as pessoas teriam que andar na linha ou seriam aniquiladas. O desenrolar dos fatos é extremamente envolvente, o que não poderia ser diferente, já que falamos de Warren Ellis. A revista espera sua conclusão, na edição número sete. Outras revistas de Ellis podem ser encontradas entre as da editora. Garth Ennis também tem títulos na Avatar.
A Avatar era a antiga detentora dos direitos de publicação da linha New Line Cinema, e publicou algumas mini-séries interessantes, como Jason versus Jason X (tenha medo). O artista responsável pela linha New Line era Juan Jose Ryp, desenhista de Black Summer, cujo traço grosso e agressivo dava um toque extra de violência as histórias. Não faço idéia quanto á publicação aqui no Brasil, mas conheci Black Summer a partir de um artigo publicado na Wizmania, da Panini.
Mangás
Decidi adicionar essa seção de última hora, até porque não sou de ler mangás. Mas me recordei de alguns que eu achei bem atrativos:
Battle Royale – A trama se passa num futuro indefinido, onde o Japão (renomeado para República do Grande Leste Asiático) está em conflito ideológico com o Império Americano, uma espécie de Guerra Fria II. Coisas relacionadas a cultura yankee, rock ‘n’ roll por exemplo, são terminantementes proibidas. Bom, até ai tudo bem. Mas a merda vem agora: Como uma forma de fazer pesquisas militares e controle populacional (o Japão precisa de controle populacional?), o “Programa” foi criado. No que ele consiste? Simples. A cada dois anos, uma sala de primeiro do colégial é escolhida para participar dele e lutar entre si numa ilha até que reste apenas um vivo. E se não houverem mortes a cada 24h, TODOS MORREM. Cada “competidor” é presenteado com uma mochila contendo água, comida e uma arma aleatória (de uma Shotgun até um alto-falante) e a putaria começa. O andamento da batalha é mostrada na televisão periodicamente. No livro, é revelado que o Programa não é um experimento, mas uma forma de aterrorizar a população e despertar desconfiança, evitando rebeliões que possam ameaçar a ditadura. E é sobre essas condições que o protagonista Nanahara Shuya deve sobreviver. Mas terá ele a coragem para matar seus companheiros de turma? E o oposto? O jogo se inicia, e apenas o mais forte sobreviverá… Battle Royale é um épico das amarelices, contendo tudo que de impróprio que se pdoe imaginar. Sexo explícito? Sim. Estupro? Sim. Multilações? Sim. Palavrões? Sim. Você vai ler? Sim. Publicação da Conrad.
Berserk – Passado na Europa medieval, o mangá conta a história de Gatts, um habilidoso espadachim, e seu envolvimento (no sentido não-homosexual) com Griffith, o líder de um bando mercenário. O mangá começa mostrando um cenário sombrio, onde Gatts mata demônios e procura vingar-se de Griffith, e logo em seguida destrincha o passado e os acontecimentos que resultaram naquela situação. Conheci o mangá através do anime de mesmo nome, que adaptou os capítulos passados… no passado. Ainda hei de ler o resto. Recheado de violência, desmembramento e sexo no estilo medieval que tanto amamos. Publicação da Panini.
Gantz – Esse eu comecei a ler recentemente, com a publicação da Panini. Kei Kurono vivia uma vida normal (para os padrões japoneses), até que ele e um amigo de infância foram atropelados por um trem, assim morrendo. Ou não? Os dois são transportados para uma sala junto com um grupo de estranhos, para participar de um jogo onde o objetivo é matar alienígenas. Quem mata alieníginas acumula pontos. Quem acumula 100 pontos supostamente voltará a vida, assim diz a esfera negra “Gantz”. Misterioso e perturbador, esse mangá é ótimo para se ler nas horas vagas, e possui as mesmas características impróprias dos citados acima (não tanto quanto Battle Royale e Berserk, porém). Um anie foi feito e encerrado, mas o mangá continua sendo publicado.
Caso queria recomendar outros comics ou mangás de conteúdo maduro, vá em frente, pois eu estou interessado.
Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.
Um mero humano se opondo a um quase Deus. Goste ou não, Lex Luthor é um dos vilões mais legais da DC. Com seu Quociente de Inteligência claramente superior (Lex é o humano mais inteligente da Terra), ele poderia ajudar a humanidade encontrando formas de combater a fome ou criando uma cura para doenças como o cancêr. Ao invés disso, Lex dedicou-se a destruir o único homem que faz ele sentir-se inferior: Superman.
Alexander Joseph “Lex” Luthor salvou Metrópolis da ruína com suas indústrias, e até mesmo tornou-se presidente dos Estados Unidos, o homem mais poderoso da Terra. Ou o segundo. A ambição de Lex, por maior que fosse, sempre era superada (e muitas vezes barrada) pelo Homem de Aço. E o ódio foi se acumulando. Lex foi também o homem responsável pelo nascimento do Superboy II, um clone feito a partir de DNA seu combinado com o do Superman.
Fato é, Lex conhece diversas formas de se matar o Superman, e tem em mãos os quatro tipos de kryptonita (verde, vermelha, azul e dourada). Radiação solar extrema, mágica, força bruta, kryptonita. Diversas formas de kryptonita. Verde para matá-lo aos poucos. Vermelho para enlouquecê-lo por 48 horas, e abalar seu emocional para sempre. Dourada para privá-lo de seus poderes permanentemente. Azul para persuadir Bizarro. Todas as quatro inclusas no aprimoramento feito em Metallo, para sua entrada no Esquadrão da Vingança.
Por mais que o Superman vença no final, Lex continuará tentando sair vitorioso. E continuará assim até que um dos dois esteja morto.
Para comemorar o lançamento do esperado Giant-Size Astonishing X-Men, previsto para o dia 28, que irá encerrar a fase Whedon/Cassaday. Com a saída de Whedon, o premiado Warren Ellis irá assumir a revista. A edição 1 é a primeira parte (obviamente) da consagrada volta de Colossus e Kitty Pryde á cronologia mutante. Scott retoma o projeto de Xavier ao lado da ex-vilã Emma Frost. Uma empresa de pesquisas genéticas afirma ter descoberto a cura para a mutação, e os X-Men vão investigar. A história se passa após o arco “Planet X”, onde Magneto mata Jean Grey e destrói a mansão.
A “animação” na verdade é uma dublagem das páginas da revista. Veja o vídeo aqui. Necessita uma boa noção de inglês.
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Imagina ele desenhado e tá tudo certo
E eu falo do verdadeiro, não das inúmeras versões que já apareceram. Não se deixem enganar, o Zod original é muito mais do que todas as imitações juntas. Zod general do exército de Krypton, e o cara mais barra-pesada em todo o planeta. Zod deixou seu posto quando conheceu o cienstista Non (mentor de Jor-El), que defendia a tese de que Krypton estava com os dias contados. Então Non desapareceu. Quando reecontrado, ele havia sofrido torturas, e foi lobotomizado. Irritados, Zod e a ex-tenente Ursa, atacaram o conselho, matando alguns oficiais. Zod, ursa e Non foram acusados de heresia, assassinato e traição, e foram setenciados á prisão perpétua na Zona Fantasma, uma dimensão onde não existe matéria (daí o nome). Tendo Jor-El como seu carrasco, Zod jurou vingança.
No arco “Last Son”, iniciado em Action Comics 844 e previsto para acabar em Action Comics Annual 11, Clark e Lois encontram um garoto kryptoniano e decidem adotá-lo como se fosse seu. Mais tarde se descobre que o garoto é na verdade filho de Zod e Ursa, e por ter nascido na Zona Fantasma, era o único que não era afetado por ela. Os três criminosos kryptonianos o usaram para escapar da Zona Fantasma, e começam uma batalha contra o Superman em Metrópolis. Detalhe: Eles trouxeram TODOS os outros criminosos que compartilhavam da mesma sentença. O novo exército de Zod facilmente derrota o Superman e o aprisiona na Zona Fantasma, derrotando a Liga da Justiça logo em seguida. Clark consegue escapar usando o mesmo método usado por Zod e seus seguidores, e sem ter escolha alguma, alia-se ao Esquadrão da Vingança de Luthor, e avança para a batalha final, que ainda está por ser decidida…
Possuindo os mesmos poderes do Superman, e muito mais experiência em combate, Zod é um oponente formidável e, devo dizer, estiloso. Como Jor-El está morto, toda a vingança do General cairá sobre Kal-El. E o planeta Terra. Um fato interessante é que o Zod dos quadrinhos é exatamente igual a Terrence Stamp, o Zod do filme Superman 2. Coincidência? Claro que não. Homenagem.
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Pegue o esqueleto metálico do Exterminador do Futuro e combine com a aparência e uniforme do Superman. O resultado é o Cyborg Superman (ou Super-Cyborgue, em terras tupiniquins). Apesar de não estar em primeiro lugar no top, eu considero o Cyborg o vilão mais “poético” dentre os que o Homem de Aço já enfrentou.
A princípio a origem do vilão assemelha-se á do Quarteto Fantástico, da concorrente Marvel. Hank Henshaw era um astronauta que participou duma expedição que deu seriamente errado. Ele e os outros três tripulantes, entre eles sua esposa, foram submetidos a fortes radiações solares e sofreram mutações. Dados por monstros quando voltaram á Terra, enfrentaram o Superman, que só descobriu o mal-entendido quando era tarde demais. O corpo de Hank desintegrou-se espontâneamente antes que ele pudesse salvar sua esposa. Aparentemente morto, Hank na verdade apenas mudou de “estado espiritual”.
Hank voltou mais tarde com a habilidade de encorporar estruturas metálicas, mas fugiu para o espaço quando viu que não havia maneira de salvar sua mulher. Hank aliou-se ao alien Mongul, e reconstuiu seu corpo com material kryptoniano, copiando a aparência do Superman. Ele então voltou á Metrópolis durante a “Morte do Superman”, e fingiu ser o Super original. Tudo não passava de um plano cujo objetivo era vingança. Hank e Mongul destruiram Coast City, lar de Hal Jordan (Lanterna Verde), e teriam causado mais estrago se não fosse pela volta do Superman original. O combate se repetiu mais algumas vezes, com o último filho de Krypton saindo vitorioso em todas elas.
“Tá certo Nip, mas o que tem de poético nisso?”. Vendo que não conseguiria derrotar o homem que mais odeia, Hank mudou de objetivo. Aliado á Tropa Sinestro, ele voltou mais uma vez, participando da investida de Sinestro contra os heróis da Terra. Equipado com anéis de poder, Hank Henshaw queria obter a outra coisa que ele sabia que nunca conseguiria: morrer.
Uma criatura imortal cujo maior objetivo é a própria destruição, Hank Henshaw é mais que um mix entre o Exterminador e o Superman. Ele é um triple-combo de Exterminador, Superman e HIGHLANDER.
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Nascido no planeta Colu, Vril Dox é provavelmente o ser mais inteligente em todo o universo. Sem dúvida é o mais frio deles. Brainiac vê o universo como seu laboratório particular, e não se importa de encolher cidades ou destruir civilizações inteiras para completar seus experimentos. Tempos atrás, ele foi setenciado á morte pelo seu povo. Antes de ser executado, Dox transferiu sua consciência para o corpo de Milton Fine, um humano dotado de poderes psíquicos.
Brainiac posteriormente recuperou sua forma “coluana”, com a ajuda de cientistas da Lexcorp, dominados por seus poderes. Os diodos em sua cabeça servem para incrementar e estabilizar seus poderes, e também para conectar sua mente á computadores. Com isso, ele voltou sua atenção para o ser que mais o interessa no momento: O último filho de Krypton, o Superman.
Brainiac representa bem o papel de cientista louco, e sua frieza impressiona. É um personagem bem mais interessante do que parecia ser nos desenhos animados (seja o da Liga Justiça, seja aquele tosco dos Superamigos), e vale a pena conferir as histórias em que aparece.