Parece mentira, mas mal começou a temporada 2008/2009 e diversas séries já apresentam sinal vermelho, prontas para serem canceladas. A primeira série cancelada foi Do Not Disturb, sitcom do canal Fox que teve somente 3 episódios exibidos na televisão, um verdadeiro fracasso de audiência e de crítica.
A temporada como um todo promete ser histórica devido à baixa geral de audiências de todos os canais e, praticamente, de todas as séries, salvas raras exceções, um dos próximos assuntos desta coluna. Por enquanto, veja se vale a pena se apegar a alguma série das listadas abaixo, quando elas começarem a ser exibidas por aqui (uma das poucas vantagens de séries estrearam meses depois do que no solo americano). Todas correm sério risco de cancelamento devido às baixas audiências, por culpa dos produtores ou erros estratégicos dos canais.
The Sarah Connor Chronicles – 2ª temporada
Parece que The Sarah Connor Chronicles está com problemas. Desde que começou sua nova temporada os índices foram caindo e caindo. E pensar que a série estreou com uma audiência de mais de 18 milhões de espectadores, difícil crer nesta queda vertiginosa. O pior é que a série é super bem realizada, com muitas cenas de ação e bons efeitos, fica a dever um pouco com a trama, pois as viagens no tempo acabam tornando-a deveras complexa. Mesmo assim, o canal Fox pediu roteiros pra completar uma temporada inteira da série (não esquecendo que a saga Terminator volta aos cinemas no ano que vem com Christian Bale no elenco).
2.01 – 6.34 milhões
2.02 – 5.49 milhões
2.03 – 5.81 milhões
2.04 – 5.33 milhões
2.05 – 5.61 milhões
Prison Break – 4ª temporada
Prison Break também está com problemas. A série, que estava mantendo os 6,5 milhões até o começo da Fall Season, está micando agora na casa dos 5,0 milhões. Isto deve levar ao derradeiro término, já um pouco tarde, de uma das melhores séries de ação desta década, tensa como só ela. Hoje PB já se modificou tanto como trama que poderia até atender por outro nome. Mesmo assim, com as “forçadas de barra” ainda tem muitos momentos pqp.
4.01 – 6.11 milhões
4.02 – 6.84 milhões
4.03 – 6.48 milhões
4.04 – 5.89 milhões
4.05 – 5.93 milhões
4.06 – 5.25 milhões
4.07 – 5.43 milhões
Lipstick Jungle – 2ª temporada
A série Lipstick Jungle foi renovada somente pelo investimento do canal que achava que conseguiria pescar a audiência feminina em algum momento deste ano, no entanto, não foi o que aconteceu. A série vem registrando índices entre 5 e 6 milhões, uma pena.
2.01 – 6.08 milhões
2.02 – 5.30 milhões
2.03 – 4.80 milhões
Ugly Betty – 3ª temporada
A nova temporada de Ugly Betty vem caindo conforme as semanas. A série, que foi um sucesso na 1ª temporada, não é mais a mesma, principalmente pela queda lamentável dos roteiros da 2ª temporada, que deixaram a comédia e o humor negro em substituição a um clima muito dramático. Os índices variam entre 8 e 9 milhões.
3.01 – 9.78 milhões
3.02 – 8.58 milhões
3.03 – 8.48 milhões
3.04 – 8.20 milhões
Knight Rider, a.k.a., Supermáquina – série estreante
Knight Rider, que prometia uma boa audiência, provou o contrário conforme as semanas. O programa piloto ainda tinha uma audiência razoável, mas já fora alvo da crítica. Ainda não pude conferir e, na verdade, não me interessei muito pela trama requentada.
1.01 – 7.30 milhões
1.02 – 7.56 milhões
1.03 – 6.73 milhões
1.04 – 7.70 milhões
Pushing Daisies – 2ª temporada
Parece que o colorido acabou. Pushing Daisies vem caindo conforme as semanas. Uma PENA para uma série tão magnífica e diferente das demais da televisão americana. Espero que pela repercussão junto à crítica o canal aposte um pouco mais no fabuloso mundo fantástico do mestre Bryan Fuller, e dê nova chance a Ned, Olive e cia.
2.01 – 6.30 milhões
2.02 – 5.55 milhões
2.03 – 6.30 milhões
Chuck – 2ª temporada
Chuck nem foi muito bem em sua 1ª temporada e fora renovado mesmo assim, principalmente pelo hype em torno da série. Como sempre ando escrevendo por aqui, os nerds estão tomando conta do mundo, e das séries também. Mesmo assim, torço por um retorno de audiência em Chuck, pois a série é muito divertida e com muitas cenas de ação, sem dúvida um programa pra relaxar. Já garantiu uma temporada completa com 22 episódios.
2.01 – 6.62 milhões
2.02 – 5.89 milhões
2.03 – 6.01 milhões
Dirty Sexy Money – 2ª temporada
Dirty Sexy Money nunca conseguiu altos índices, porém nessas últimas semanas a coisa ficou crítica. Deve ser cancelada, mesmo tendo um elenco bastante acima da média com nomes como Donald Sutherland e Peter Kruse (À Sete Palmos).
2.01 – 7.15 milhões
2.02 – 5.95 milhões
Life – 2ª temporada
Eu devo ser um dos seis fãs de Life, série investigativa. “Mais uma”, poderia você argumentar, mas que tem na interpretação de Damian Lewis um excelente triunfo como detetive Crews. A série teve uma pequena temporada de apenas 9 episódios, onde já sabemos de vários mistérios da trama. Nesta segunda temporada o canal NBC acabou rifando a série ao exibí-la duas vezes na semana, assim fica difícil fidelizar o espectador.
2.01 – 6.92 milhões
2.02 – 5.44 milhões
2.03 – 5.78 milhões
2.04 – 4.92 milhões
The Ex List – série estreante
Praga de série maníaco pega! E a CBS (única série sua citada aqui) deve ter descoberto isto a duras penas. Os fãs de Moonlight bateram pé, mandaram cartas, emails, anúncios, pedindo para o canal manter a série sobre vampiros no ar, o canal reclamou da audiência e cancelou o show. Resultado: a série substituta não consegue 60% da audiência de Moonlight e acaba derrubando a até então melhor série do canal às sextas, Numb3rs.
1.01 – 6.85 milhões
1.02 – 5.71 milhões
Privileged – série estreante
Numa temporada onde o pequeno, e diversas vezes questionável, canal CW comemora o sucesso e afirmação de diversas séries suas, como 90210 e Gossip Girl, a estreante Privileged decepciona. Também, o canal deixou a série a própria sorte no quesito marketing/divulgação.
1.01 – 2.93 milhões
1.02 – 2.43 milhões
1.03 – 1.86 milhões
1.04 – 1.88 milhões
1.05 – 2.30 milhões
Nas últimas semanas, durante o Festival do Rio, o ator Pedro Cardoso (mais conhecido como Agostinho, da série A Grande Família) discursou antes da estréia de seu último filme, Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, contra a nudez no cinema e na televisão, para ele um fetichismo gratuito de diretores e roteiristas que beira a pornografia. Em muitos casos, quase todas as cenas de sexo e nudez são estratégias de marketing para atrair espectadores e audiência.
Sinceramente, acho a discussão um pouco ultrapassada, parece que estamos nos anos 80 em plena era das pornochanchadas, não vejo tanta quantidade de nudez em destaque atualmente. Muito pelo contrário, acho tão estranho que em filmes, principalmente, dos castos americanos, que em cenas de sexo a mulher sempre esteja de sutiã, não é verdade? Observem. Ainda sobre a polêmica, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Pedro Cardoso teria se irritado com a primeira cena de nudez de sua namorada, a atriz Graziella Moretto, no filme de Selton Mello, o ainda inédito, Feliz Natal.
Sinceramente, dizer que a nudez de mulheres (e atores em geral) em filmes e na televisão é puramente exploração do corpo é um equívoco absurdo. Claro que em filmes como Instinto Selvagem ou mesmo Pecado Original, sabemos que a presença da nudez de atrizes sexys (Sharon Stone e Angelina Jolie, respectivamente) faz parte do contexto de criar um chamariz num filme com clara proposta de tensão sexual e teor erótico, porém imagino que as atrizes tenham lido o roteiro antes de filmar, logo são maiores de idade para aceitar embarcar no projeto ou não!
No entanto, quase sempre, vejo a nudez de atores como momentos de extrema dramaticidade para os personagens, momentos de loucura, de solidão, de choque, não exclusivamente cenas eróticas, estas que também podem ser extremamente sensuais, e dentro de um contexto, como, por exemplo, nos filmes do diretor espanhol Pedro Almodóvar.
Também discordo do ator quando diz que “diante da irredutível realidade da nudez de seu corpo, o ator não consegue produzir a ilusão do personagem”. Isto significa dizer que atores somente interpretam personagens quando estão vestidos, o que desqualifica quase todo o arsenal de possibilidades artísticas que a expressão corporal, o olhar, um sorriso, uma lágrima e, logicamente, o corpo nu do personagem, podem expressar em determinadas cenas.
Claro que há muitos argumentos interessantes no manifesto de Pedro Cardoso, como argumentar que nudez e filmes de comédia não combinam, o que pensando bem é uma realidade, ou alguém lembra de gargalhar com algum personagem nu em cena? Difícil, né? No que o Pedro Cardoso tem mais razão é em reclamar da invasão da vida privada dos atores e homens públicos, quase sempre perseguidos por máquinas fotográficas e celulares para registrar momentos íntimos de suas vidas e ganhar dinheiro e/ou audiência com isto.
O Nevoeiro: Uma das melhores supresas deste ano, não sei porque demorou um ano para chegar por aqui. Tem a marca de Stephen King (num momento inspirado) e a direção de Frank Darabont (responsável por filmes como À Espera de um Milagre e Um Sonho de Liberdade, coincidentemente, todos baseados em obras de King). Na trama, uma violenta tempestade atinge e devasta a cidade de Maine. Com isso, um artista local e seu filho de 8 anos correm para o supermercado a fim de garantir os suprimentos necessários. Chegando lá, ele nota que um misterioso nevoeiro também tomou conta da cidade. Assim, ele, e outras pessoas que estão lá dentro, ficam impedidos de sair do abrigo e notam que existe algo de sobrenatural no nevoeiro. Mas, conforme o tempo vai passando, o caos toma conta do ambiente e até mesmo as pessoas que estão presas no mercado podem se tornar ameaçadoras. Confira a crítica.
Jogo de Amor em Las Vegas: Comédia meio sem pé nem cabeça, mas que trabalha em cima do carisma de seus protagonistas, Cameron Diaz e Ashton Kutcher. Na trama, Cameron é dispensada pelo noivo; Ashton é demitido pelo próprio pai. Ambos decidem chorar as mágoas em Las Vegas. Após uma noite de muita diversão, acordam e descobrem que se casaram. Já sóbrios, apostam uma última moeda no caça-níquel… e ganham 3 milhões de dólares. A partir daí, eles têm de aprender a conviver, pois só poderão desfrutar do dinheiro se provarem que formam um casal estável. Outra alternativa será convencer o outro a desistir da relação, tornando-a um inferno… Confira a crítica.
Garota Morta: Passados dois anos após seu lançamento nos Eua, Garota Morta chega em dvd sem passar nos cinemas. O drama, com uma trama mosaico, reúne um elenco muito bom, Toni Collete, Brittany Murphy, Giovanni Ribisi e Piper Laurie. Na trama, uma jovem que vive sob o controle rígido de sua mãe em uma propriedade rural, ao dar um passeio, acaba encontrando o corpo de uma moça morta. Depois disso, cansada dos maus tratos da mãe, ela decide fugir de casa. Ao mesmo tempo, uma outra adolescente é mostrada. Ela é viciada em drogas e também foge de casa para escapar da ira de sua mãe e seu padrasto. Estas duas garotas, em algum momento, irão se cruzar e o destino delas pode se tornar trágico.
Amor & Inocência: Depois de inúmeras adaptações cinematográficas de várias peças da obra de Jane Austen (Razão & Sensibilidade, Emma e Orgulho e Preconceito), ou sendo tema como no recente O Clube de Leitura de Jane Austen, chegou a hora de um filme relatar a vida da própria escritora, interpretada pela gatinha Anne Hathaway. Na sociedade inglesa de 1795, a divisão de classes era cruel e para as mulheres era pior ainda. Assim, Jane, uma garota com espírito independente e revolucionário, está prometida para se casar com um jovem rico da região onde mora. Porém, ela acaba se apaixonando por um escocês estudante de direito que, apesar de inteligente, é pobre. Isso pode contrariar seus pais e a solução aparente seria fugir. Mas ela sabe que isso poderá ser a vergonha de sua família e começa uma disputa pessoal para quebrar as regras e estabelecer sua felicidade.
O esperado encontro entre os dois maiores “dinossauros” vivos do cinema americano, Al Pacino e Robert DeNiro (antes eles dividiram somente os créditos do clássico O Poderoso Chefão II, sem atuarem juntos, e no filmaço Fogo contra Fogo, no qual dividiam somente algumas cenas), se tornou real no policial As Duas Faces da Lei (título genérico e copiado do suspense de tribunal, As Duas Faces do Crime, com Richard Gere e o estreante na época, Edward Norton).
Uma palavra resume o filme: DECEPÇÃO (ou broxante, se você preferir). Não que o filme seja de todo ruim, mas a trama é banal e extremamente (repito, extremamente) PREVISÍVEL (até mesmo para mim que dificilmente mato as reviravoltas dos filmes em geral). O roteiro de Gerwitz (do ótimo O Plano Perfeito, com Denzel Washington e Jodie Foster), reza a cartilha do gênero – uma dupla de policiais, em vias de aposentadoria, parte em busca de um suposto serial killer justiceiro e, em meio a isto, são interrogados pela corregedoria, dividem a investigação com outra dupla de policiais e se tornam também suspeitos dos crimes.
O roteiro cria diferentes linhas narrativas de tempo, assim como acontecia em O Plano Perfeito. No entanto, como mencionei, o mistério é frágil e óbvio, tornando várias sequências inúteis tentando plantar pistas falsas. O diretor, operário padrão, Jon Avnet (do clássico Tomates Verdes Fritos), que deve ser muito amigo dos atores para convencê-los a embarcar nesta barca furada, não consegue fazer diferença com este material, mas também não precisava mimetizar (aka copiar) a ambientação da maioria das séries policiais americanas atuais, principalmente, The Shield. É o básico do básico!
Ainda bem que estamos falando de Pacino e DeNiro em cena, pelo menos. Suas cenas e diálogos demonstram uma química que não conhecíamos, pelo menos nos filmes. Ainda assim, DeNiro tem um personagem melhor desenvolvido, o que facilita sua performance e, quem sabe, coloca a carreira do ator de volta nos eixos (perdidos em filmes como O Amigo Oculto e O Enviado), na verdade dos dois atores.
As Duas Faces da Lei
Righteous Kill (101 minutos – Policial) Lançamento: Eua, 2008 Direção: Jon Avnet Roteiro: Russell Gerwitz Elenco: Robert De Niro, Al Pacino, 50 Cent, Carla Gugino, John Leguizamo, Donnie Wahlberg, Brian Dennehy
Quem acompanha a coluna sabe que dificilmente comento sobre os famosos sitcoms (que, inclusive, nomeiam a coluna, não fui eu que escolhi!). O gênero já teve momentos mais inspiradores, principalmente na época das “vacas gordas” de Seinfeld, Frasier, Friends e Sex and The City, somente para citar alguns sucessos recentes.
Para vocês terem idéia consigo, atualmente, citar (usando somente os dedos de uma mão, ao contrário dos dramas, em que faltam dedos para contar) as comédias que assisto (sem ordem de preferência):
1. Entourage 2. How I Met your Mother 3. The Big Bang Theory 4. The New Adventures of Old Christine …e só!
Vocês podem estar sentido falta de séries mais bam-bam-bam, como a popular Two and A Half Men, a super-premiada 30 Rock e de Steve Carell e seu The Office, até as vejo vez por outra, porém as sitcoms que me viciaram e me “fazem sentir” são as poucas citadas acima.
Neste retorno de temporada, apesar da excelência de Entourage (5ª temporada), principalmente para quem conhece um pouco os bastidores de Hollywood e como funciona a “indústria dos sonhos”, que continua com ótimas tramas (como refilmar Benji) e sempre alfinetando atores, produtores, roteiristas e o pessoal do showbizz americano; o título de mais engraçado fica com…The Big Bang Theory! (exibida no canal Warner)
A série, em sua 2ª temporada, retornou com textos cada vez mais hilários para satirizar os famosos nerds e situações engraçadissímas, como a Feira de História que Leonard critica pelos detalhes históricos, a “máquina de dobrar roupas” de Sheldon e o aparecimento de uma rival para ele (inclusive pela língua ferina), já conhecida da temporada passada, affair antigo de Leonard, a Leslie. Eu que achava que a temporada seria tomada pela trama do suposto futuro/ex-casal Leonard/Penny fui surpreendido pela sumária troca de enredo, bom pra série que dá mais espaço à Sheldon.
Assim, de mansinho, de uma série despretensiosa, The Big Bang Theory vêm ganhando audiência e fãs pela maneira despojada de mostrar os nerds (jogue a primeira pedra quem não se identifica um pouquinho com algum personagem). Os roteiristas perceberam que as inúmeras referências à cultura pop, como games, rpgs, filmes sci-fi, agradam aos fãs mais fanáticos e ilustram em cada episódio temas referentes à este universo.
Claro que se a série não tivesse um personagem como Sheldon, um nerd sem completa noção de convívio em sociedade, metade da graça estaria perdida, ou melhor, soaria forçada, como ocorre em alguns momentos. No entanto, Sheldon é o supra-sumo da nerdice, claro que de uma maneira engraçada e sarcástica. Os roteiristas sabem disso e, nesta 2ª temporada, o personagem (méritos do ator Jim Parsons) leva a série nas costas, melhor pra nós!
O Incrível Hulk: Sinceramente, acredito que este filme deu um novo rumo ao herói da Marvel, diga-se de passagem, um rumo melhor que a tentativa anterior do excelente diretor Ang Lee, que deve continuar dirigindo seus dramas. Nesta aventura, Bruce Banner (Edward Norton, de A Última Noite) está vivendo longe da mulher que ama, porque tenta, desesperadamente, retirar a radiação gama do corpo, aquela que o transforma no Incrível Hulk. Mas as coisas apenas se complicam, porque seu poderoso inimigo, um general sem escrúpulos, está em seu encalço com um forte aparato militar. A produção tem efeitos visuais melhorados e seu roteiro vai agradar mais aos fãs das histórias em quadrinhos do herói. Confira a crítica.
Sex and the City – O Filme: Antes de tudo seriemaníaco, acompanhei as desventuras destas personagens na série, então tive bons motivos para conferí-lo nos cinemas, claro que usando como desculpa agradar um corpinho. Aqui, podemos acompanhar o destino de cada uma das personagens e também ver o que cada uma delas está passando nos dias atuais. Sempre andando por restaurantes sofisticadas e envolvidas em compras caras na alta sociedade nova-iorquina, essas mulheres continuam agradando as milhares de fãs da série. Carrie (Sarah Jessica Parker) continua com sua coluna e vivendo com Mr. Big em Manhattan. Miranda (Cynthia Nixon) está casada e cria seu filho de cinco anos. Charlotte (Kristin Davis) se casou e adotou um bebê chinês. E Samantha (Kim Catrall) agora vive em Los Angeles.
Agente 86 – O Filme: Outra adaptação de série televisiva, aqui o grando trunfo é Steve Carell, p-e-r-f-e-i-t-o como o personagem título, ainda com um bom elenco, a bela Anne Hathaway, The Rock, Alan Arkin e Terence Stamp. No filme, Maxwell Smart (agora vivido por Steve Carell, de O Virgem de 40 Anos) é promovido a Agente 86 depois que a sede de sua agência é atacada. Apesar da boa vontade, 86 é um verdadeiro desastre em ação e não raras vezes acaba resolvendo as coisas de maneiras esdrúxulas, mas que, com grande golpe de sorte, acabam dando certo. Depois de promovido, ele vai receber a ajuda da linda Agente 99 (Anne Hathaway, de O Diabo Veste Prada) e ambos terão que enfrentar o maior perigo de suas vidas para acabar com os maléficos planos da C.A.O.S.
OBS: Com o lançamento de Agente 86 em vídeo, está sendo lançado Bruce e Lloyde – Fora de Controle, cuja idéia original já esbanjava charme, torna-se indispensável para os fãs da série. Trata-se de um spin-off da recente adaptação do seriado para os cinemas, mas tendo como foco central os dois confusos analistas técnicos (um deles Hiro Nakamura da série Heroes) que trabalham do lado de Maxwell Smart na agência CONTROLE. A escolha não poderia ser mais acertada, já que os dois roubam para si praticamente todas as cenas em que aparecem no longa-metragem original.
Antes que o Diabo Saiba que Você está Morto: Desde já um dos melhores longas do ano, dirigido pelo veterano (+80 anos) Sidney Lumet, conta com um elenco inspirado numa trama bastante inteligente e sarcástica. Na trama, Andy (Philip Seymour Hoffman) é um viciado em drogas cuja carreira de executivo está desmoronando. Para se livrar da falência, convence o irmão Hank (Ethan Hawke), também um desajustado, a assaltar a joalheria dos pais. O plano parece fácil, pois eles conhecem bem o funcionamento do lugar. No dia da ação, os dois esperavam encontrar a loja vazia. Mas sua mãe aparece de surpresa na hora do roubo e acaba sendo morta acidentalmente. O pai de Andy e Hank jura se vingar a qualquer custo dos culpados, sem saber que está à caça de seus próprios filhos. Agora os dois irmãos precisarão lidar com as repercussões do seu trágico plano. Confira a crítica.
Sem Medo de Morrer: Inédito nos cinemas, este drama com toques de suspense conta com Uma Thurman e Evan Rachel Wood no elenco, e na direção está o excelente diretor Vadim Perelman, do surpreendentemente trágico Casa de Areia e Névoa. Na trama, Diana (Uma Thurman) é esposa e mãe dedicada que começa a questionar a aparente perfeição de sua vida e também sua sanidade. No 15º aniversário de morte de sua melhor amiga, que foi assassinada no colégio onde estudavam, ela começa a se lembrar daquela época, quando era uma vibrante adolescente.
É impressionante como o cinema americano conseguer fabricar “figurinhas” do naipe de Uwe Boll, diretor alemão (que filmava somente por aquelas bandas) que após construir sua carreira em solo alemão (com cinco filmes), conseguiu chamar atenção de um público maior com o suspense Manhã Sangrenta (Heart of America, 2003), sobre dois jovens que buscam vingança contra colegas de escola, filme disponível em dvd.
No mesmo ano, Uwe Boll já começou a praticar seu efeito Midas ao avesso: tudo quanto é filme que o cara toca vira bomba, pior para os fãs (não é meu caso) dos games, pois à partir da adaptação de House of the Dead, Boll se converteu no adaptador oficial de games para o cinema. Pelo menos, como desculpa, nem sempre o cara escreve os seus filmes, quer dizer, há outros culpados!
Em seguida, “evoluindo na carreira”, Boll adaptou outros games como Alone in The Dark, Bloodrayne e o mais recente Em Nome do Rei. Nestes últimos casos (não consigo nem chamá-los de filmes), ocorreu um fato muito bizarro: como Uwe Boll conseguiu atrair atores conhecidos do cinema americano para suas bombas? Obviamente, o desespero de uma carreira em decadência é o motivo para esse evento trágico. Veja abaixo alguns exemplos:
Alone in The Dark: Christian Slater, Stephen Dorff e Tara Reid (ok, aqui nem vale muito como exemplo);
BloodRayne (que já possui continuação em dvd, também dirigida pelo novo Ed Wood do cinema mundial): Billy Zane (Titanic), Michelle Rodriguez (Ana Lucia, de Lost), Geraldine Chaplin (veterana), Michael Madsen (Kill Bill), Ben Kingsley (meu Deus do céu, só pode ser um sinal do apocalipse, um ganhador do Oscar aqui);
Em Nome do Rei: Jason Stathan (o que o ator mais fodão dos filmes de ação atuais faz aqui?), Leelee Sobieski (recente Joana D’Arc), John Rhys-Davies (O Senhor dos Anéis), Ron Pearlman (o próprio HellBoy), Claire Forlani (atriz de draminhas como Encontro Marcado), Matthew Lillard (palhaço de filmes adolescente ou o Salsicha de Scooby Doo), Ray Liotta (outro sinal do apocalipse) e Burt Reynolds (indicado ao Oscar por Boogie Nights, deve estar devendo o aluguel);
Como vocês podem notar, não se trata de rinha da crítica ou do público. Qualquer pessoa, mesmo a mais inocente em busca de somente aventura e terror num filme, pode notar a “ruindade” de seus “filmes”. “Ruim”, aliás, é elogio. Seus filmes são verdadeiras catástrofes cinematográficas, e deveriam ser motivo o suficiente para o diretor ser banido de qualquer produtora em qualquer país, até porque ultimamente o diretor anda conseguindo orçamentos com Leis de Incentivo na europa, daqui a pouco está produzindo/dirigindo algum filme aqui no Brasil.
Enquanto Em Nome do Rei ainda está quentinho em dvd, Uwe Boll continua sua odisséia (mais para nós do que para ele, que ainda ganha salário para fazer o que faz) em atentados cinematográficos como Far Cry e Postal, e para os próximos anos seu nome envolvido em mais 4 projetos.
Portanto, já sabem, olhou algum cartaz de cinema ou capinha de dvd com o nome Uwe Boll escrito, faça um favor ao seu rico dinherinho e poupe de perder duas horas de sua vida com o que de pior se produz no cinema atualmente. É mais do que ruim, é medíocre.
Passado mais de um mês desde o início do fall season já dá pra ter uma idéia de que a temporada de séries americanas 2008/09 vai ser bem mais-ou-menos, nenhuma série encontrou uma audiência lá muito animadora, com exceção de NCIS (pois já não concorre mais diretamente com House), e muito menos críticas entusiasmadas. Por enquanto parece que a temporada ainda está engatinhando, porém já há diversas séries, principalmente as que foram renovadas em função da greve (ganhando uma segunda chance) que não durarão três meses no ar.
Em meio a este reinício de temporada, quero compartilhar com vocês da minha satisfação pelo retorno mais pé no chão de Heroes, talvez a série mais hypada depois de Lost. Claro que continuam os inesgotáveis erros de temporadas anteriores como: personagens em demasia (quem ainda aguenta Nikki, Mohinder, Maya), tramas repetidas (mais uma vez há um “salve o mundo”), tramas “encheção de linguiça” (Parkman, o policial que lê mentes, é o castigado do momento) e o subaproveitamento do carismático Hiro Nakamura, relegado ao papel de alivío cômico, perdendo sua conexão com a linha dramática principal, novamente, como ocorreu no vergonhoso segundo volume, ou 2ª temporada.
Assim como ocorre em diversas séries, em Heroes me vejo obrigado a me deixar levar pelos furos do roteiro, erros de enfoque da trama e atores ruins, parece que não dá para levar a série à sério. A diversão é ok, mas quanto à qualidade paira uma dúvida no ar. A impressão que tenho é que em algum momento a série vai estourar, vai conseguir extrair de todas as situações criadas tramas interessantes, cheias de tensão e suspense, mas não há um equilíbrio constante entre os episódios, na minha perspectiva em função do número exagerado de personagens. O público americano viu com desconfiança o retorno da série, audiência na faixa dos 10 milhões, não o suficiente para um show com tanta qualidade técnica e repercussão entre os fãs.
Nesses primeiros três episódios que pude conferir, os roteiristas de Heroes souberam trabalhar melhor os inúmeros ganchos de temporadas anteriores e, logo, responderam diversas questões sobre a misteriosa Companhia (não a de Prison Break, obviamente). A trama referente a família Petrelli, com Nathan envolvido em questões sobrenaturais, Peter (catapultado a protagonista da série) envolvido em viagens no tempo e Angela (finalmente descobrimos seu poder) chefiando a Companhia, está acima das demais subtramas juntamente com a trama de Sylar, se estreitando com os Petrelli, e a sempre interessante Claire e seu pai, Noah Bennet. Parece que a grande questão da temporada é quem são os verdadeiros vilões e heróis da série, podem haver trocas de time no decorrer da temporada, ficou instigante acompanhar o crescimento e as questões que envolvem estas escolhas.
Para os fãs brasileiros, uma boa notícia: o canal Universal Channel vai exibir a terceira temporada de Heroes a partir de novembro, infelizmente num horário bizarro, sexta à noite, mas fazer o quê? Vida de seriemaníaco é complicada no Brasil.
Se tem uma coisa (de várias) que o mundo globalizado padronizou, infelizmente, foi a geração do POLITICAMENTE CORRETO, isto é, nada deve ser dito ou mostrado que possa ofender algum indivíduo de nossa sociedade, principalmente, as minorias.
Digo isto porque nesta semana saiu uma notícia na imprensa divulgando que a Federação Nacional de Cegos, nos Eua, pretende organizar um protesto contra o filme Ensaio Sobre a Cegueira na sexta-feira (3/10), quando o longa será lançado nos Estados Unidos. Marc Maurer, que é cego, afirmou que o cenário apresentado no filme retrata cegos como monstros. A cegueira não transforma pessoas decentes em monstros, diz o presidente da Federação.
Continuando a nota, segundo a Federação, o longa reforça estereótipos incorretos. Nós enfrentamos uma taxa de 70% de desemprego e outros problemas sociais porque as pessoas não acham que a gente possa fazer nada. E esse filme não ajuda em nada, conta Christopher Danielsen, porta-voz da entidade.
Deixando de lado um pouco a discussão, para quem não sabe (ou como eu ainda não pode assistir ao filme, thanks cinemas da minha cidade!) Ensaio sobre a Cegueira, é um longa baseado num livro homônimo escrito por José Saramago, dirigido pelo cineasta Fernando Meirelles, que conta com Julianne Moore (Hannibal), Mark Ruffalo (Zodíaco) e a brasileira Alice Braga (Cinturão Vermelho) no elenco. Uma inexplicável epidemia chamada de “cegueira branca” (já que as pessoas atingidas apenas passam a ver uma superfície leitosa) surge inicialmente em um homem no trânsito e, pouco a pouco, se espalha pelo país. À medida que os afetados são colocados em quarentena e os serviços oferecidos pelo estado começam a falhar, as pessoas passam a lutar por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários. Nesta situação a única pessoa que ainda consegue enxergar é a mulher de um médico (Julianne), que juntamente com um grupo de internos tenta encontrar a humanidade perdida.
Da parte que me interessa, não me importo como cada um encara uma piada grosseira ou preconceituosa, no entanto, quando estou assistindo uma série ou um filme, O-B-V-I-A-M-E-N-T-E, sei que o que está sendo exibido é uma FICÇÃO, logo, não é real, e mesmo que fosse é um reflexo da visão do diretor e/ou roteirista, portanto a visão de uma pessoa específica, não de um grupo de pessoas e, muito menos, a minha.
Agora, imaginem indagar um livro conhecido mundialmente, escrito há mais de 10 anos por um senhor de idade, que vê na cegueira uma metáfora, repito, metáfora (isto mesmo, aquela figura de linguagem das aulas de português), sobre a condição humana para criar sua história, não sobre o indivíduo cego. São estas cachaças que me indignam e irritam tanto no público em geral e, principalmente, no americano. Sei que aqui no Brasil vez por outra isto acontece, mas nos Eua – outrora, a Terra da Liberdade – isto ocorre constantemente. Parece que estamos em plena Caça às Bruxas, quem pensa ou representa o diferente é jogado na fogueira!
Uma pena eles não fazerem a mesma campanha contra as comédias idiotas de Roy Schneider, Adam Sandler & cia (que, normalmente, rendem milhões em bilheterias), que somente utilizam estereótipos de gay, nerds, judeus, evangélicos, loiras burras, em seus fiapos de tramas, com a desculpa de fazerem humor.
Obs: Para quem, como eu, acha tudo isto uma bobagem sem tamanho, veja (se você ainda não viu) que emocionante a reação do escritor Jose Saramago, com Meirelles ao seu lado, ao término da exibição especial para o escritor de sua obra na telona.
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal: O velho Spielberg trouxe para esta temporada o maior herói humano dos cinemas. Total sentimento de nostalgia, o velho Indy retorna mostrando que ainda rende muita ação e boas doses de humor. Boa escolha em “ressuscitar” a mocinha Marion, que tem excelente química com Harrison Ford, Sessão da Tarde imperdível. A aventura começa quando Indiana é obrigado, pelos russos, a recuperar um valioso artefato. Depois de escapar dos comunistas – que são os vilões dessa vez, substituindo os nazistas – ele acaba sendo investigado pelo FBI e perde seu emprego. Desiludido, ele parte para uma longa viagem, onde acabará conhecendo um homem que o colocará mais uma vez de frente com o perigo. O filme consegue ser moderno e ainda respeitar o espírito da série, tornando-se, mesmo depois de tanto tempo, uma seqüência digna. Confira a crítica.
A Outra: Dizem que A Outra sofre de divergências históricas, isto é, deixam de lado o lado histórico pela trama de amor e traição. No entanto, ter juntas as gatinhas Natalie Portman e Scarlett Johansson vale uma conferida. Uma fascinante e sensual história de intriga, romance e traição. Duas irmãs, Anne (Natalie Portman) e Mary (Scarlett Johansson) Bolena, conduzidas pela ambição da família, na busca pelo poder e status, se envolvem em um jogo onde o amor e a atenção do rei da Inglaterra são o objetivo. Jogadas na perigosa e excitante vida da corte, o que era para ser uma tentativa de ajuda à família transforma-se em uma cruel rivalidade entre irmãs. Confira a crítica.