Todos sabem (ou deveriam saber) que o Oscar acontece neste domingo á noite, por aqui, a Globo transmite a premiação atrasada após o Big Brother, com direiro a comentários de José Wilker, já quem possui tevê a cabo, tem a opção, em aúdio original, na TNT, do tapete vermelho e de toda premiação com comentário de Rubens Ewald Filho.
A lista com os indicados está aqui.
Ha duas opções para acompanhar a premiação, torcer pelos seus filmes prediletos, nem sempre possível devido aos lançamentos não estarem em cartaz em todos os cinemas ou mesmo nem terem estreado, como no caso dos filmes, Longe Dela e Família Savage; ou tentar adivinhar quem serão os vencedores, tarefa nem sempre fácil mas divertida para fazer com os amigos, quem sabe num bolão!
Não sou adivinha nem bom em chutes, acabo sempre torcendo pelos filmes que mais simpatizo, por isto, vou colocar abaixo minha torcida nas principais categorias. Esqueçam que eu não vou apostar nas categorias de documentário ou curtas.
Melhor Filme
Sinceramente, acho que os filmes indicados neste ano são de uma qualidade ímpar, fazia muito tempo que isto não ocorria, dos que eu pude assistir o melhor foi Desejo e Reparação (os outros, Juno e Conduta de Risco), no entanto, segundo as últimas premiações, que acabam tendo influência nos votos da Academia, a vitória de Onde os Fracos Não Têm Vez parece certa, o prêmio acabaria nas sempre excelentes mãos dos irmãos Coen.
Melhor Diretor
Há duas direções, para mim, boas, não sei se necessariamente mereciam indicações, Jason Reitman e Tony Gilroy, mas o favoritismo dos irmãos Coen é inegável (tem minha torcida), inclusive, receberam o prêmio do sindicato dos diretores americanos que, normalmente, retifica o vitorioso da noite no Oscar.
Melhor Ator
Há duas grandes opções no Oscar de melhor ator, o carisma de George Clooney, considerado uma peça importante pelos seus trabalhos como diretor e produtor de filmes mais adultos com temáticas questionadoras, ou uma interpretação crua e visceral do excelente ator inglês Daniel Day Lewis (minha torcida e favorito), ambos já possuem um Oscar em suas prateleiras, porém a de Clooney é como ator coadjuvante por Syriana.
Melhor Atriz
Apesar do favoritismo inicial de Marion Cotillard (minha torcida), por Piaf, a atriz inglesa, Julie Christie (favorita, na foto), de Longe Dela, reúne duas coisas que o Oscar adora premiar, atriz veterana sumida + personagem com doença grave. Correndo por fora, a gracinha Ellen Page, por Juno.
Melhor Ator Coadjuvante
O excelente ator espanhol Javier Bardem (foto) deve levar com certeza, no entanto, Casey Affleck está ótimo em O Assassinato de Jesse James (mas seu papel na verdade é de protagonista).
Melhor Atriz Coadjuvante
Aqui qualquer resultado é possível, somente não gostaria que a veterana atriz Ruby Dee, de O Gângster, que levou o prêmio no Sindicato dos Atores, vencesse pois sua participação no filme é pífia. Torcerei pela menina Saoirse Ronan (foto), que rouba a cena em Desejo e Reparação, mas a favorita é Cate Blanchett, pelo ainda inédito, Não Estou Lá, cinebiografia inusitada de Bob Dylan.
Roteiro Adaptado e Original
Normalmente os resultados do sindicato dos roteiristas se repete nestas duas categorias, assim sendo, Onde os Fracos Não Têm Vez (adaptado) e Juno (original) devem levar os prêmios.
Para quem quiser participar de algum bolão ou aposta, estas são minhas demais dicas para o restante das categorias:
Filme Estrangeiro: 12, representante russo, puro chute, não faço a menor idéia desta categoria que deixou de fora, além do filme brasileiro, os favoritos Persépolis, O Orfanato e 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias.
Longa-Metragem Animação: Ratatouille, este não tem pra ninguém.
Fotografia: O Assassinato de Jesse James…, minha torcida pessoal, acho a fotografia fantástica, mas os favoritos ao Oscar de melhor filme também estão concorrendo e podem levar. Coincidentemente, Roger Deakins, fotográfo de Jesse James concorre contra ele mesmo por Onde os Fracos Não Têm Vez.
Montagem: Onde os Fracos Não Têm Vez, normalmente, o filme ganhador da noite leva também este prêmio de montagem, logo… (aposta minha).
Direção de Arte: Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, vou apostar no visual gótico e sombrio da obra de Tim Burton.
Figurino: Desejo e Reparação, como o filme inglês não deve levar os prêmios principais, pode ser que haja algum tipo de compensação, é um chute no escuro.
Maquiagem: Piaf – Um Hino ao Amor, gosto quando este prêmio é entregue a filmes que utilizam esta técnica para enriquece-lo, como no caso de Piaf, e não como instrumento para existência dos mesmos, como nos casos de Norbit e Piratas do Caribe.
Trilha Sonora: Desejo e Reparação, a trilha incorpora sons ambientes, como o datilografar de uma máquina de escrever para iniciar uma sinfonia, belíssima trilha.
Canção: Falling Slowly, do filme Once, melhor disparada para meu gosto, apesar de achar engraçadinha as músicas da fantasia da Disney, Encantada.
Edição de Som: O Ultimato Bourne, puro chute, nunca consigo me acertar com este prêmios técnicos.
Mixagem de Som: Transformers, pelos absurdos efeitos nos sons das engrenagens dos carros/rôbos.
Efeitos Visuais: Transformers, meu favorito pelo realismo das cenas com os rôbos.
Semana de Oscar, nas videolocadoras há lançamentos para todos os gostos! Curtam!
Piaf – Um Hino ao Amor: A cantora francesa Edith Piaf, conhecida em todo o mundo por suas interpretações fortíssimas – e pelo clássico Non, Je Ne Regrette Rien – teve uma história conturbadíssima de vida. Filha de um cantor de cinema e de uma acrobata de circo, que não tiveram exatamente o que pode ser chamado de vida em família, Piaf (que quer dizer rouxinol em francês) teve doenças severas castigando sua infância e deixando-a com cegueira e surdez temporárias. Dizem as más línguas que a mãe da pequena Edith Giovanna Gassion misturava vinho tinto á sua mamadeira. Criada no bordel na Normandia gerenciado pela avó paterna por uma prostituta que cuidou dela até a volta de seu pai, a jovem Edith ouvia muitas músicas, que adorava e que ajudavam a aliviar um pouco a dura vida. Um belo dia, seu pai a resgatou para se apresentar com ele nas ruas, num tempo miserável na vida de Edith. Logo ela trocou as apresentações com o pai para cantar em dupla pelas ruas com sua amiga Momone, Simone Berteaut. A cantora, uma das mais amadas na França em todos os tempos, não teve sua vida muito aliviada a partir de então. Apesar de a alegria acompanhar muitos momentos de sua vida, como os romances com o ator e cantor Yves Montand, Piaf passou pelo assassinato de um marido, a morte de sua filha Cecelle aos dois anos de idade, pelo vício em morfina e álcool e pela sua estatura minúscula, que fez a voz da cantora apagar-se prematuramente, quando morreu aos 47 anos de idade, em 1963. Piaf -Um Hino ao Amor (cujo título original é La Vie Em Rose) é dirigido por Olivier Dahan e traz a excepcional interpretação da atriz Marion Cotillard como Edith Piaf, que rendeu a ela diversos prêmios e a indicação de Melhor Atriz ao Oscar deste ano.
Ligeiramente Grávidos: Uma das melhores surpresas do ano passado, esta comédia junta um elenco equilibrado num texto cômico muito divertido, imperdível para os fãs de comédias. A trama envolve um caso de uma noite que Ben Stone e Alison, depois de se conhecerem em um bar, decidem passar uma noite juntos. Depois disso, cada um volta á sua vida normal, aparentemente sem maiores conseqüências. Porém, tudo desmorona quando, oito semanas depois, eles se encontram novamente e Alison está grávida de Ben. A revelação causa um choque no rapaz, que aos poucos vai se acostumando com a idéia. Eles tem pouco em comum um com o outro, mas a situação força um tipo de compromisso que ambos tem dúvidas se devem assumir, mesmo que estejam ligados pelo resto da vida. Assim, eles optam por manter algum relacionamento pelo bebê que está para nascer. Nesse tempo, irão descobrir coisas novas um sobre o outro, coisas essas que podem tanto afastá-los ou juntá-los de uma vez por todas.
Invasores:Legítimo filme de produtor: a insatisfação fez com que fossem contratados novos roteiristas e um novo diretor para dar um trato mais comercial ao suspense conspiratório dirigido até então pelo alemão Oliver Hirschbiegel (de A Queda). Na trama, Carol (Nicole Kidman), psiquiatra de Washington, descobre uma misteriosa epidemia de origem extraterrestre. Quando seu filho é infectado, ela e seu amigo Ben (Daniel Craig) começam a trabalhar juntos para encontrar a cura, antes que o mundo todo esteja perdido. Esta é a terceira refilmagem de Invasores de Corpos.
Desbravadores: Fracasso nas bilheterias este épico histórico com elenco e direção fracos. Na trama, uma criança viking se torna a única sobrevivente de um naufrágio, depois que seu clã nórdico de saqueadores, em busca de escravos, ataca uma aldeia de nativos americanos da costa. Adotado pelos índios Wampanoag locais, o garoto é criado até que se torne um caçador e guerreiro hábil. 15 anos mais tarde, os vikings retornam para invadir a América, e o jovem conhecido em sua tribo como Ghost (Karl Urban) tem de escolher de que lado irá ficar.
A Loja Mágica de Brinquedos: Fábula que procura, mas não consegue, atingir a mesma graça e charme de A Fábrica de Chocolate. Pelo menos, o elenco é agradável. Na trama, Magorium (Dustin Hoffman) é um incrível senhor de 243 anos de idade, dono da loja de brinquedos mais fantástica do mundo. Tudo lá é mágico e parece ter vida. A única condição que se pede aos freqüentadores é muito simples: precisa acreditar para ver. Quando o Sr. Magorium decide se aposentar e deixar a loja para a encantadora Molly (Natalie Portman), coisas estranhas começam a acontecer.
Eu e as Mulheres: Para quem estava com saudade de The OC, Adam Brody reprisa seu papel de romântico apaixonado. No elenco, a ótima jovem atriz Kristen Stewart e Meg Ryan. Na trama, depois de levar o fora de sua namorada, uma atriz de Hollywood, um jovem escritor decide ir para o subúrbio de Detroit cuidar da saúde de sua avó. Ali, ele pretende encontrar o sossego suficiente para escrever um livro que sempre desejou. Logo ele conhece Sarah (Meg Ryan de Cidade dos Anjos) e suas duas filhas. Ao mesmo tempo, ele se aproxima cada vez mais de sua avó que vive obcecada com a idéia da morte, e também percebe que seu contato com a família vizinha se torna a cada dia maior. Sem se dar conta, ele irá mudar a vida dessas mulheres na mesma medida em que elas irão mudar a vida dele.
Gol II – Vivendo o Sonho: Goal II é o segundo filme da trilogia da FIFA sobre um rapaz que se torna um grande jogador de futebol. Desta vez, o jogador mexicano Santiago Munãoez (Kuko Becker) transfere-se do Newcastle para o Real Madrid e joga ao lado de estrelas como Zidane, Ronaldo e David Beckham. Eu não gosto do primeiro filme, acho ele muito esquemático, mas há gosto para tudo.
Joshua – O Filho do Mal: Completo desconhecido para mim, este suspense, inédito nos cinemas, angariou elogios em festivais pelo mundo. Consta que é um suspense psicológico muito bom, foge da fórmula de Profecia, e tem um bom elenco (Sam Rockwell e Vera Farmiga, além de um menino com cara de louco). Na trama, um casal vive feliz ao lado de seu pequeno filho. Eles tem um relacionamento invejável, um apartamento grande em Manhattan e tudo o que uma família pode desejar. Para completar a felicidade do casal, um novo filho está a caminho. Mas o que era para ser mais motivo de felicidade acaba se tornando o catalisador de um pesadelo que só está começando, já que o pequeno filho do casal, de nove anos de idade, começa a se sentir inseguro com a chegada do novo bebê. Com isso, uma série de eventos trágicos que espalham o terror na casa. Agora um mistério se aproxima, e ninguém nessa família está seguro.
Tá Dando Onda: Num ano de ótimas animações, Tá Dando Onda, surgiu como uma surpresa pelo formato diferenciado, mas na moda atualmente: o falso documentário. Com bons dubladores na versão americana, dá para curtir tanto quanto as crianças. Na trama, um jovem pinguim decide viajar para participar de um torneio de surf. Ele sonha com fama e admiração, até conhecer um veterano surfista que faz com que mude sua mente.
O Magnata: Exemplo de fracasso nas bilheterias brasileiras, este filme com roteiro de Chorão (hein?), passou voando nos cinemas. Seria uma pseudo biografia de Chorão: no filme, Magnata (Paulo Vilhena) é um astro do rock e, apesar de ser bem-sucedido em sua carreira, vive gastando o dinheiro da herança que seu pai lhe deixou com suas extravagâncias. Amigo íntimo de Chorão, o sentido de sua vida muda quando conhece Cris (Rosanne Holland). Ele percebe que toda sua imaturidade podem trazer graves conseqüências.
Proibido Proibir: Filme nacional que passou em branco nos cinemas chega agora em dvd. Na trama, Paulo (Caio Blat de Carandiru) é estudante de medicina e faz residência em um hospital público. Ele mora junto com um amigo, Leon (Alexandre Rodrigues de Cidade de Deus), que estuda ciências sociais e namora com Letícia (Maria Flor de Cazuza, O Tempo Não Pára). Juntos, os três formam o triângulo principal desse filme nacional que tem um conteúdo forte e atual, e que mostra como esses três jovens irão compartilhar momentos que vão mudar suas vidas ao entrar em contato com a pobreza e a crueldade da vida adulta nas ruas da zona norte do Rio de Janeiro.
Buena Vida Delivery: Para os fãs do cinema argentino. Sem nenhum preconceito, o cinema argentino é um exemplo a ser seguido, pois une qualidade e simplicidade. Na trama, Hernán (Nacho Toselli) tem 24 anos e um precário emprego como motoboy. Desde que sua família emigrou para a Espanha, fugindo da crise que atravessa a Argentina, ele vive sozinho na casa do pai, agora vazia e repleta de lembranças. Hernán se apaixona por Pato (Moro Anghileri), frentista de posto de gasolina que procura um lugar para morar e pergunta-lhe se quer alugar o quarto vazio que tem em casa. Pato se muda e, com pouco tempo de convivência, eles começam uma relação amorosa. Mas, inesperadamente, a família de Pato chega de uma cidade do interior e pede para se hospedar na casa por uma noite. A família é respeitosa, mas os dias vão passando e eles não vão embora.
Na semana passada foi assinado o contrato final entre os sindicatos dos produtores e os roteiristas, estes últimos em greve desde o início de novembro passado. Com o final da greve apenas agora, numa negociação bastante discutida onde muito dinheiro se perdeu nos EUA, fica a pergunta: o que acontecerá com as diversas séries que tiveram suas temporadas interrompidas com a greve?
A primeira impressão que a greve deixou é que esta temporada foi um verdadeiro fracasso para a tevê americana, vinda de anos de shows com altas audiências e muitos elogios. Nenhuma nova série estourou em audiência nestes últimos meses. Talvez, algumas exceções tenham sido a comédia de humor negro Pushing Daisies, com estréia prevista para cá em abril na Warner, e Dirty Sexy Money, já no ar pelo canal AXN. No mais, pouco se fala sobre o retorno de algumas das novas séries. A certeza nesta retomada é iniciar as filmagens de séries já consagradas.
Nesta retomada, os produtores estão procurando dar de 4 a 10 novos episódios para as séries que retornam, dependendo do tempo para filmar cada episódio. Ou seja, nenhuma série nesta temporada atingirá os 22 a 24 episódios normalmente produzidos. Sitcoms são mais rápidos enquanto dramas com filmagens externas, como Lost, demoram mais. As demais séries serão canceladas (veja lista abaixo), retornam na próxima temporada, no fall season americano, a partir de setembro, ou ainda estão com o futuro indefinido.
Para março, já estão com data definida a estréia de New Amsterdam dia 10 com 7 episódios, que possui um piloto fraco; dia 17 retornam os sitcoms da CBS e aqui da Warner, Two and a Half Man, com 9 episódios novos, e The Big Bang Theory, também com 9 episódios;The Riches, estréia sua segunda temporada dia 18 com 7 episódios; Samantha Who ainda com data a definir, restaram 3 episódios inéditos com a intenção de produzir mais 3; CSI Miami, a turma de Horatio Crane retorna dia 24 com 8 novos episódios; Cold Case, retorna dia 30 com 5 episódios; Aliens in America, tem 8 episódios que serão exibidos a partir de 02/03 até 18/05; eMen in Trees tem ainda 11 episódios para serem exibidos a partir de 27/02;
A programação só volta mesmo a esquentar em abril/maio quando a maioria das séries volta com episódios inéditos (por ordem de preferência):
Lost: Mais 5 episódios. O caso de Lost é particular, pois haviam sido produzidos 8 episódios antes da greve (temporada planejada para 16). Com o fim da greve, os produtores resolveram filmar mais 5, mas antes disso a série deixa de ser exibida após o 7º episódio, ficando fora do ar por 6 semanas. Então serão exibidos os 6 episódios restantes, fechando esta incrível 4ª temporada com 13 episódios. Para quem acompanha os episódios pelo canal AXN, a 4ª temporada estréia dia 3 de março;
House: de 4 a 6 episódios;
CSI: retorna 03/04 com 6 episódios;
Grey’s Anatomy: de 4 a 7 episódios;
How I Met your Mother: retorna dia 17/05 com 9 episódios;
CSI New York: retorna dia 02/04 com 7 episódios;
Desperate Housewives: de 4 a 7 episódios;
Criminal Minds: retorna 02/04 com 7 episódios;
Law & Order:SVU: retorna 15/04 com 5 ou 6 episódios;
Ugly Betty: de 4 a 7 episódios;
Bones: retorna dia 14/04 com 9 episódios;
Supernatural: 4 ou 5 episódios;
Gossip Girl: retorna 05/04 com 5 ou 6 episódios;
Reaper: 3 já gravados + 5 episódios serão produzidos para ir ao ar em abril;
30 Rock: retorna 10/04 com 5 episódios;
Battlestar Gallactica: retorna dia 04/04, para sua temporada final com 10 episódios, por enquanto;
Without a Trace: retorna 03/04 com 6 episódios;
Boston Legal: de 6 a 8 episódios;
Brothers & Sisters: de 4 a 5 episódios;
Moonlight: retorna 11/04 com 4 episódios;
ER: retorna dia 10/04 com 6 episódios;
The Office: retorna 10/04 com 5 ou 6 episódios;
My Name Is Earl: retorna 03/04 com 8 episódios;
Scrubs: 4 episódios;
NCIS: retorna 08/04 com 7 episódios;
Numbers: retorna 04/04 com 6 episódios;
Smallville:4 episódios;
Ghost Whisperer: retorna 04/04 com 6 episódios;
Rules of Engagement: retorna 14/04 com 6 episódios;
Por este calendário, provavelmente, os episódios restantes serão exibidos por aqui somente a partir de junho ou julho dependendo do canal.
A seguir as séries que já foram canceladas (devendo esta lista aumentar quando os canais em maio revelam sua programação para a temporada 2008/2009): Journeyman, Big Shots (que irá ser exibida pela Warner), Bionic Woman (será exibida agora em março pelo A&E), Life is Wild (será exibida pela Warner) e Women’s Murder Club (será exibida pela Fox).
A distribuidora Buena Vista tá de brincadeira. Lançar um filme policial com este baita elenco (veja abaixo) e com uma indicação ao Oscar (melhor atriz coadjuvante, Amy Ryan) diretamente em dvd (menos mal, que já está previsto para ser lançado agora em abril) é incentivar a pirataria. Custava muito colocar MEDO DA VERDADE em circuito cinematográfico?
A separação do casal preferido dos paparazzi, Jennifer Lopez e Ben Affleck, fez muito bem ao jovem ator que passou a se dedicar a projetos fora do esquemão hollywoodiano como Hollywoodland (um suspense com toques noir, que lhe valeu prêmios por atuação em festivais) e aqui assume o roteiro (em parceria com Aaron Stockard) e a direção desta adaptação de Dennis Lehane.
Para quem não ligou o nome a pessoa, o último filme adaptado da obra de Lehane foi o ótimo Sobre Meninos e Lobos (dirigido pelo mestre Clint Eastwood e que garantiu um Oscar ao ator Tim Robbins e a Sean Penn). Iinclusive, quem começa a assistir MEDO DA VERDADE logo observa a semelhança no ambiente entre estes dois filmes, a cidade de Boston. No entanto, por um revés do destino, o filme de Affleck foi lançado na mesma época do caso Madeleine, a menina inglesa que sumiu do hotel em Portugal na época de seu lançamento. No filme, dois detetives particulares são contratados para encontrar uma menina de quatro anos que desapareceu misteriosamente em um bairro pobre de Boston. Eles acabam descobrindo que nada é o que parece ser.
Indicada ao Oscar, Amy Ryan, e Ed Harris
Voltando ao filme, apesar de ser um policial com todas as convenções do gênero presente (bandidos com cara de mau, policiais nem tão bons assim, reviravoltas), os personagens de MEDO DA VERDADE são o verdadeiro motivo para o sucesso do filme. Todos são construídos de maneira ambígua e com questionamentos interessantes, como a ética do detetive particular Patrick (Casey Affleck, que teve um excelente ano com este personagem e Robert Ford de O Assassinato de Jesse James…) ou mesmo o descaso maternal da viciada Helene (excelente presença da Amy Ryan).
Mesmo assim, com uma temática pesada e sombria, incluindo corrupção policial, MEDO DA VERDADE não consegue fugir da comparação com Sobre Meninos e Lobos, e fica difícil acreditar numa dupla de detetives particulares “tão novinhos” como Casey e Michelle Monaghan (como esta atriz é linda).
Jovem casal de detetives
Indicações ao Oscar 2008
*Melhor Atriz Coadjuvante – Amy Ryan
Medo da Verdade
Gone, Baby, Gone (114 minutos – Policial) Lançamento: Eua, 2007 Direção: Ben Affleck Roteiro: Ben Affleck e Aaron Stockard baseado no livro de Dennis Lehane Elenco: Casey Affleck, Michelle Monaghan, Morgan Freeman, Ed Harris, Amy Ryan, Amy Mandigan
Depois da miséria de lançamentos na semana passada, esta semana o ritmo e as opções melhoram consideravelmente.
Mandando Bala: para os fãs de ações explosivas e impossíveis, como o recente Adrenalina, esta é uma indicação certeira. Filme que peca sempre pelo excesso cômico tendo como referência até mesmo o coelho Pernalonga e personagens como uma prostituta lactante (sim, você não leu errado). Na trama, ao ver uma bela mulher grávida ser perseguida por homens armados em um ponto de ônibus, Smith (Clive Owen de Fora de Rumo) decide ajudá-la. Para o azar dos perseguidores, Smith é um exímio atirador, e consegue ajudar a mulher. Mas ao mesmo tempo, sem saber, ele se mete em uma grande enrascada quando começa a ser perseguido por Hertz (Paul Giamati de Sideways – Entre Umas e Outras), um impiedoso matador de aluguel que aparenta ser inofensivo e vive intercalando assassinatos com suas ligações para a esposa (que não sabe de seu trabalho). Em meio a tudo isso, ainda se mistura a bela DQ (Mônica Bellucci de Irreversível), uma prostituta que agora cuida do bebê que foi salvo por Smith.
Os Donos da Noite: Policial bastante elogiado pela crítica com elenco acima da média (Joaquin Phoenix, Mark Wahlberg, Robert Duvall e Eva Mendes) Na trama, as ruas de Nova York são invadidas por uma nova droga e uma onda de violência que só cresce. Nesse cenário, Bobby Green (Joaquin Phoenix de Jonnhy e June) é o gerente de uma movimentada discoteca que é muito freqüentada por um perigoso gangster e seu grupo. Bobby também é irmão de um policial que tenta combater o crime com todas as suas forças. Quando o cerco vai se fechando, Bobby começa a ver que ele não poderá ficar impune e terá de escolher um lado. Quando seu irmão fica gravemente ferido e seu pai pode ser o próximo, ele decide que está na hora de planejar um ataque aos bandidos e mudar de uma vez o cenário das ruas.
1408: Adaptação de uma história de Stephen King. Basicamente um suspense psicológico, logo não há monstros nem extraterrestres. O diretor Mike Hasftröm consegue segurar a trama somente na figura de John Cusack durante quase toda duração. Mas há uma ponta inicial de Samuel L. Jackson. Na trama, Mike é um grande escritor, famoso por desvendar eventos paranormais de lugares ditos mal-assombrados. Seu próximo desafio é o quarto 1408, do Hotel Dolphin. Para terminar seu livro “Dez Noites em Quartos de Hotéis Mal-Assombrados”, ele passa uma noite neste quarto e decide enfrentar seus medos e suas crenças, mesmo com os avisos do gerente sobre a morte de quase 60 pessoas naquele lugar. Resenha aqui.
Garçonete: Filme que passou rapidamente pelas telas de cinema. Uma comédia com toques de romance e drama, um filme independente dirigido pala atriz Adrienne Shelly, que logo após as filmagens foi assassinada por um vizinho. O filme é muito bom, consegue dosar comédia e romance de maneira eficiente sem parecer aquelas comédias românticas de sempre. A atriz Keri Russell está perfeita no papel que parece ressuscitá-la para o grande público após o término da série Felicity. Na trama, Russell é uma garçonete de uma pequena cidade norte-americana. Ali, ela vive ao lado do marido que não dá a mínima para ela e tem um talento que pode ser uma fuga em seu futuro: ela prepara deliciosas tortas. Com isso, ela pretende vencer um famoso concurso de tortas que dá um prêmio de 25 mil dólares. Ela procura os ingredientes e tenta criar a torta mais saborosa já que o prêmio pode ser a chance dela modificar para sempre a sua vida, lhe dando condições para abandonar o marido. Porém, um simpático estranho chega á cidade e poderá ser o verdadeiro caminho da felicidade para a garota.
O Rei da Califórnia: Inédita nos cinemas, comédia com Michael Douglas e Evan Rachel Wood (de Aos Treze e Across the Universe) é um lançamento da FlashStar. Na trama, Evan é uma garota de 16 anos de idade que já viveu grandes desapontamentos na vida. Ela vive sozinha, trabalhando em uma lanchonete para se sustentar. Sua mãe a abandonou e seu pai está internado em um hospital psiquiátrico. Quando ele retorna para casa, ela tem sua vida novamente modificada já que ele está obcecado com a idéia de que existe um tesouro espanhol enterrado na região. Com um detector de metal e vários livros de caça ao tesouro, ele convence a sua filha a ajudá-lo nessa caçada que parece uma loucura, mas que poderá reaproximar novamente os dois, além de gerar muita diversão.
Resident Evil 3 – A Extinção: Trilogia que não acrescentou nada ao cinema, nem mesmo como exemplar de cinema terror, apenas a beleza de Milla Jovovich agrada. Nesta aventura que parece continuação de Mad Max, anos após o desastre da Raccon, Alice segue seu rumo sozinha. Ao mesmo tempo em que luta para sobreviver, ela tenta derrubar a liderança de corporação Umbrella, encabeçada por Albert e dr. Issacs. Enquanto isso, sobreviventes tentam atravessar o deserto de Nevada e as ruinas de Las Vegas. Resenha aqui.
Guardiões do Dia: Seqüência do sucesso do cinema russo Guardiões da Noite, chega no mesmo clima do filme original. Ou seja, uma história que mistura alguns toques sutis de terror com uma alta dose de ficção cientifica, com direito a muitos efeitos especiais. O cinema russo sempre foi rico em criar gêneros e construir uma identidade própria, fruto da distância e da particularidade em que o país vive, entre ocidente e oriente; além de uma forte herança literária com viés psicológico. Porém, nessa produção, isso tudo é deixado de lado para criar algo mais moderno e que se adapte melhor ao gosto do resto do mundo. Dessa forma, o filme aposta na luta do bem contra o mal, sem se preocupar tanto em dar explicações ou explorar a psicologia de seus personagens. Para tanto, foi mantida a direção nas mãos de Timur Bekmambetov. O filme gira em torno da escolha de um dos guardiões do dia. A trégua que existe entre os seres da noite e os seres do dia, na verdade espécie de vampiros, está por um fio e tudo promete desmoronar resultando no fim do mundo. Porém, existe um objeto chamado giz do destino que pode mudar a ordem dos acontecimentos, e é na disputa desse objeto que os personagens entram em conflito.
Por Trás da Câmeras: Inédito nos cinemas, lançamento da Swen filmes. Por Trás das Câmeras é mais um filme do famoso (no mundo indie) diretor Christopher Guest (que em seus filmes sempre trabalha com os mesmos atores como Eugene Levy, Catherine O’Hara, Parker Posey e Jennifer Coolidge. Na trama, um grupo de atores participa da filmagem de uma produção de baixo orçamento, sem grandes perspectivas de sucesso. Mas tudo muda quando surge um boato na internet que um dos atores está prestes a receber a indicação ao Oscar por seu trabalho. Isso muda radicalmente o ritmo das filmagens, quando surgem executivos com novos planos para o filme, repórteres atrás de um furo e muitas coisas mais, criando um clima de confusão muito divertido.
Elipsis: Inédito nos cinemas, esta produção venezuelana distribuida pela Fox conta duas tramas paralelas que se cruzam para montar um panorama universal dos dias de hoje. Um ator e um designer gráfico têm vidas completamente diferentes, apesar de serem amigos. Enquanto o primeiro é um sucesso em sua profissão, o segundo tem uma carreira e uma vida frustrada. Segundo decisões que cada um toma em sua respectiva vida, os papéis se invertem e agora, o que era fracassado consegue sucesso, e o que era bem sucedido acaba fracassando. Quando o ator aparece para pedir ajuda ao amigo, eles dois partem em uma viagem que vai pôr a amizade e a própria vida de cada um em jogo.
Meu Melhor Amigo: Comédia francesa com o excelente ator de dramas e comédias Daniel Auteil (de filmes como Closet e A Agenda). Passou rapidamente pelos cinemas, lançamento da VideoFilmes. Na trama, um comerciante de antiguidades vive para o trabalho e se dedica em tempo integral a colecionar e comprar produtos genuínos. No dia de seu aniversário, durante uma comemoração, sua sócia lhe diz que ele não tem amigos e que somente nutre emoções pelos objetos que tanto procura. Os outros presentes concordam com ela, o que faz com que ele comece a repensar a sua maneira de viver depois de ter algumas dúvidas para saber se ela realmente falou sério ou estava brincando. Dessa forma, ela insiste que ele precisa fazer amigos de verdade, longe dos negócios. Com isso, ela propõe um desafio a ele: arrumar um amigo de verdade em um prazo de 10 dias.
Quando Hollywood viu que nem sempre era possível refilmar com sucesso e qualidade obras de outros países, resolveu que convidar diretores estrangeiros (diretores que não são americanos) para contar ou filmar com um olhar diferente as tramas já desgastadas de Hollywood, poderia agradar e conquistar novos fãs do cinema americano.
Um dos mais requisitados nos anos 90 foi Roland Emmerich, alemão de origem, que em meados dos anos 80 já realizava co-produções entre a Alemanha e os EUA. Nos anos 90 foi adotado como um cineasta especialista em blockbusters de ação, ficção e aventura. Começou com Soldado Universal, ação com ficção que reunia uma dupla de peso pesados do cinema de ação na época, Dolph Ludgren e Jean-Claude Van Damme. Depois dirigiu Stargate, Independence Day e O Dia Depois do Amanhã. Para este ano, Emmerich lança 10.000 a.C, produção com a “meia-brasileira”, Camilla Belle (do filme Quando Um Estranho Chama) e Omar Shariff numa aventura que se passa na Pré-História.
Será que desta vez Emmerich acerta a mão?
Outro diretor, também não lá muito elogiável porque meio que produz um filme decente a cada ciclo do calendário chinês, é o holandês Paul Verhoeven, que dirigiu os bons Robocop e Vingador do Futuro mas também os ruins Showgirls (que na verdade não é ruim, é HORRÍVEL e MEDONHO) e Tropas Estrelares. Há pouco Verhoeven voltou a seu país de origem para dirigir A Espiã, um drama que se passa na Segunda Guerra e que angariou elogios da crítica. No entanto, vai voltou aos EUA para dirigir a seqüência de Thomas Crown, a ser lançada agora em 2008.
Normalmente, esta transição ocorre quando estes diretores conseguem alguma apreciação atráves de prêmios em Festivais ou mesmo no Oscar, com filmes nos seus paises de origem. Exemplo disso é Gabriele Muccino, diretor italiano de bastante sucesso pelos seus melodramas, principalmente O Último Beijo (refilmado nos EUA como Um Beijo a Mais), que fez com que Will Smith o convidasse para assumir a direção do “bom novelão” á Procura da Felicidade. Já está comprometido com o drama também protagonizado por Will Smith Seven Pounds, para ser lançado em 2008.
Deixando de lado um pouco os cineastas europeus, vamos falar da invasão oriental. Primeiro o cinema de ação chinês, sob a direção do mestre John Woo, chamou a atenção dos produtores americanos que foram buscar o diretor (juntamente com seu maior colaborador, o ator Chow Yun-Fat) de sucessos como Fervura Máxima e Bala na Cabeça para o inesquecível filme fodaço A Outra Face. Além deste último, Woo dirigiu O Alvo, com Van Damme (notem como o belga trabalhou com bons diretores), A Última Ameaça, com John Travolta, e os medianos Missão: Ímpossivel 2, Códigos de Guerra e O Pagamento.
Mas nem só para filmes de ação servem os diretores orientais. Ang Lee talvez seja o maior cineasta oriental do momento, trabalhando tanto em Hollywood quando na China. Para quem não liga o nome a pessoa: Lee, extremamente eclético em solo americano, dirigiu um romance de época inglês excelente, Razão e Sensibilidade, um drama de guerra pouco visto, Cavalgada com o Diabo, o drama setentista, Tempestade de Gelo, além de seu maior erro, Hulk e seu maior acerto, O Segredo de Brokeback Mountain. O mais recente integrante do pack oriental em Hollywood é Andy Lau, cineasta da trilogia Conflitos Internos (aqui somente o primeiro foi lançado, mas você com certeza conhece por ser a trama que foi refilmada como Os Infiltrados, de Martin Scorsese. No entanto, o seu primeiro trabalho em solo americano foi o banal e fraco Justiça a Qualquer Preço, recentemente lançado em dvd.
Justiça a Qualquer Preço: importação desnecessária
Os latinos não ficaram de fora. Já nos anos 80 o argentino quase brasileiro Hector Babenco com o sucesso internacional de O Beijo da Mulher Aranha conseguiu um visto de trabalho nos EUA. Depois, trabalhou com os astros Jack Nicholson e Meryl Streep, num drama sobre alcoolismo, Ironweed, e com Kathy Bates, Tom Berenger e Aidan Quinn no épico Brincando nos Campos do Senhor. Depois disto, Babenco se voltou para a produção local. No momento outros dois cineastas brasileiros – que certamente devem ter mais sorte do que Babenco – estão com carreiras promissoras nos EUA. São eles: Walter Salles, que dirigiu Central do Brasil, trabalhou em solo americano no duvidoso Ígua Negra e atualmente trabalha na produção On The Road, pra ser lançada em 2009; o outro nome, é Fernando Meirelles, que depois de Cidade de Deus, já dirigiu a produção internacional O Jardineiro Fiel
e atualmente está envolvido com o projeto Blindness, baseado no livro de José Saramago, Ensaio sobre a Cegueira e com um super elenco (Julianne Moore, Mark Ruffalo, Danny Glover, Gael Garcia Bernal e Alice Braga). Recentemente viu seu nome envolvido na próxima aventura de Jack Ryan, personagem dos filmes de ação como Perigo Real e Imediato, convite que o diretor recusou.
Os mexicanos atualmente são os que melhor representam a mão de obra estrangeira nos EUA. São três nomes renomados, formando a trinca espanhola:
1) Alejandro González Inãoárritu, com o sucesso mundial de Amores Brutos, viu seu nome ser disputado por estúdios americanos, podendo escolher roteiro e elenco. Já dirigiu 21 Gramas, com Sean Penn e Naomi Watts e seu mais recente trabalho é Babel, com Brad Pitt e Cate Blanchett. Cineasta especializado em dramas com temas pesados e universais, normalmente utilizando narrativas desconstruídas em forma de mosaico.
2) Alfonso Cuaron, especializado em fantasias ou temas como rito de passagem de adolescentes ( A Princesinha, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban e o mexicano E Sua Mãe Também). Realizou no ano passado uma ficção quase realista incrível e pouco vista, Filhos da Esperança, com Clive Owen e Juliane Moore.
3) Gullermo Del Toro, surgido do cinema fantástico e de suspense mexicano, como A Espinha do Diabo, hoje é disputado a tapa pelos produtores dos estúdios pelo talento comprovado em filmes como HellBoy e O Labirinto do Fauno. Para quem não sabe, Del Toro assumiu a direção de O Hobbit, adaptação do livro de J.R.R. Tolkien, com eventos anteriores aos mostrados na trilogia O Senhor dos Anéis, de Peter Jackson (somente como produtor desta vez).
Com o sucesso na virada deste século de séries como Lost, Grey’s Anatomy e Desperate Housewives, os produtores e criadores de séries viram que o espectador estava ansiando por um formato de séries mais, como poderia dizer, novelesca. No caso, com continuidade, a série prende o espectador não deixando-o perder nenhum episódio (apesar de testar a paciência e requerer atenção ao que acontece na série), senão o espectador perde parte do enredo que ocorreu no episódio anterior. Estava criado o famoso bordão do início de qualquer episódio “Previously on…”.
No entanto, desde a temporada passada, séries como The Nine, Six Degrees (criada por J.J. Abrams de Lost) e Vanished, entre outras, que possuíam formato novelinha, em função da baixa audiência foram canceladas e os mistérios e tramas que foram pouco mostrados nos episódios exibidos ficaram no ar com o cancelamento da série. Ainda em Vanished, tentaram dar um fim ao caso do sequestro da esposa de um senador, mas tudo em vão, ficou pior que se tivesse ficado em aberto. Outro caso, já clássico, foi de Reunion, série que a cada episódio mostrava um ano de um grupo de amigos desde a escola até os dias atuais, sendo que haveria um assassino entre eles. Como a série foi cancelada, o mistério em torno da identidade do assassino ficou no ar, criando um evento no mínimo bizarro. O SBT, canal que exibiu na tevê aberta Reunion, como uma minissérie, exibida todos os dias, criou no último episódio uma narração em off que reveleva o assassino (como o criador da série teria revelado), coisa que nem o canal que exibia a série nos EUA fez.
Com estes acontecimentos, acendeu-se um sinal amarelo nos canais americanos: optar por um formato novelinha, mesmo correndo o risco de ver a série ser cancelada e ficar em aberto para quem a acompanha; ou preferir o formato de tramas isoladas que, além de facilitarem o acompanhamento dos espectadores, são muito mais facéis de serem vendidas e comercializadas no resto do mundo?
As séries com tramas isoladas hoje meio que se restrigem: As séries dramáticas policiais (CSI, Cold Case e Criminal Minds), ou jurídicas (Lei & Ordem e Shark), e as sitcoms (Two and A Half Man, The Office e How I Met your Mother. Mesmo assim, quase todas necessitam de um mínimo de fidelidade para acompanhar os eventos e personagens da série, que vão evoluindo conforme as temporadas. CSI é um exemplo de série tipicamente com formato de casos da semana; se modificou e começou a optar por tramas contínuas, como na temporada passada (a sétima); o assassino das miniaturas se revelou somente no último episódio, sendo que suas aparições ocorreram durante toda a temporada. No caso das sitcoms, mesmo possuindo temas ou situações que são exploradas num único episódio, os personagens passam por situações e os roteiros abordam elas ao longo da temporada, portanto, precisa ser acompanhada com certa religiosidade.
Com a greve dos roteiristas, nesta temporada não poderemos tirar alguma conclusão imediatamente, já que a maioria das séries não foi cancelada devido a falta de opções para substituir o que estava no ar. Porém, em pouco tempo deveremos ter uma certa idéia do tipo de formato que mais agrada o espectador em geral.
No longíquo ano de 1999, um filme revolucionou a forma de divulgar sua trama, o filme A Bruxa de Blair, estava ilustrado em diversos sites como se fosse uma história real, como se os eventos exibidos no filme fizessem parte de uma lenda urbana, sim, diversas pessoas acreditavam piamente nos acontecimentos que eram exibidos. E o material de divulgação não desmentia está idéia, resultado: filme barato (30 mil dólares) com uma bilheteria estrondosa, nunca um filme tão sem divulgação através de um estúdio hollywoodiano, com diretores e atores renomados, transformou-se em febre mundial.
Digo isto, porque numa campanha “normal” de marketing, atualmente, se gasta uma fatia absurda do orçamento para divulgação em entrevistas, propagandas em revistas, jornais, tevê e internet, principalmente, quando falamos dos famosos blockbusters, com o sucesso do esquema de A Bruxa de Blair, os estúdios se ligaram que a internet como ferramenta de marketing está dirigida para o público alvo, os jovens e os cinéfilos, que procuram informações sobre as produções cinematográficas, tanto que hoje é muito fácil encontrar trailer em qualquer site ou no youtube, teaser e fotos de divulgação até mesmo um ano antes da produção estrear.
No entanto, vez ou outra um filme, normalmente de menor orçamento, se arrisca e aposta quase todas suas fichas de divulgação na internet, nem sempre obtendo o mesmo sucesso que se esperava, como exemplo em 2006, o suspense trash Serpentes a Bordo, já era considerado cult antes mesmo de estrear em função das frases e xingamentos “hiper cools” de Samuel L. Jackson se referindo ao ataque das cobras em pleno vôo. Claro, que depois da estréia do filme, que se leva a sério demais e erra o tom, os comentários acabaram por esfriar o filme que não foi bem nas bilheterias.
Neste fim de semana, outro exemplo estréia, Cloverfield – Monstro, produção de J.J. Abrahms, expert em divulgação vide os produtos criados ao redor da série Lost (criação sua), que desde o ano passado chamou a atenção de todos num teaser que mostrava um ataque a Nova Iorque, não se sabe de quem, através de uma câmera digital, sem nenhum ator conhecido e tendo, inclusive, a cabeça da Estátua da Liberdade arremessada nas ruas da cidade. Consequentemente, durante todo o ano passado e início deste, a divulgação ocorria através de pequenas notas em sites ou blogs, um teaser aqui outro ali, assim, o filme ficou em destaque num período muito grande gerando muito expectativa em torno da produção.
Assim Cloverfield levantou um mistério ao seu redor e uma curiosidade ímpar, inclusive durante um bom tempo o filme não possuía nem mesmo título era referido, apenas, como projeto secreto de J.J. Abrahms, resultado bombou nas bilheterias americanas em sua estréia, e com as boas críticas que vem recebendo já arrecadou mais de 70 milhões de dólares (inclusive, já se fala em continuação para o filme, o que certamente deve ocorrer), somente nos EUA, mostrando a força de uma campanha publicitária forte e correta.
O lado bom deste negócio é que filmes, sem grandes estúdios os bancando, podem fazer uso desta máquina “quase” gratuita de divulgação para exibir seu produto por todo o mundo.
Com a semana mais curta, após o Carnaval, os lançamentos em dvd são poucos devido ao ritmo fora do comum deste início de mês. Contudo, na próxima semana há uma avalanche de novidades.
Um Verão para toda Vida: Filme que ficou reconhecido em todo mundo como o 1º filme de Daniel “Harry Potter” Radcliffe fora do universo de Hogwarts. Este é uma produção pequena e conta com uma história simples e correta, não vai mudar a vida de ninguém somente poderia ser um pouco mais criativa. Na trama que se passa no final dos anos 60, quatro meninos órfãos – Maps (Daniel Radcliffe), Spark (Christian Byers), Spit (James Fraser) e Misty (Lee Cormie) – vão passar um feriado na praia, no sul da Austrália. Lá, eles descobrem que um casal local quer adotar uma criança. Essa situação dá início a uma disputa entre eles. A amizade será testada e novas alianças serão feitas.
Deu a Louca na Cinderela: Os executivos da Europa Filmes andam com uma criatividade ímpar, depois de lançaram Deu a Louca na Chapeuzinho, já inventam mais título absurdo para esta animação alemã. No desenho os finais felizes podem estar com os dias contados depois que os dois desastrados assistentes do mago que é responsável pelo controle dos finais felizes deixam um cajado mágico cair nas mãos da maldosa Frieda, a madrasta da Cinderela. O objetivo da maldosa mulher é transformar todos os finais felizes em finais infelizes, e daí está armada a confusão quando Cinderela e seu grupo de amigos tentam reverter essa história.
Deite Comigo: Produção canadense que passou em circuito restrito nos cinemas, conta um romance com alto conteúdo erótico envolvendo um casal, o protagonista é Eric Balfour, figurinha fácil em séries como 24 Horas 6ª temporada. Na trama, uma jovem e bonita mulher vive de maneira livre, tendo relacionamentos breves somente por encontros sexuais. Em uma festa, ela acaba conhecendo um homem que logo lhe chama a atenção. Depois de um tempo, os dois passam a se relacionar de maneira fogoso. Para eles, tudo é relacionado ao sexo e a descoberta da sexualidade de cada um pelo outro. Mas com o tempo, eles percebem que essa relação está, pela primeira vez, ficando mais séria do que imaginam, já que um turbilhão de sentimentos toma conta de cada um. Com isso, eles decidem se afastar novamente e tentar viver suas vidas separados, mas depois de muitas reviravoltas, eles voltam a se encontrar para começar tudo, só que agora de uma maneira completamente diferente.
Assassinato em Los Angeles: Inédito nos cinemas esta co-produção entre os EUA e a Rússia, tem como protagonista a decadente atriz Sean Young, que fez muito sucesso nos anos 80, mas que atualmente, se envolveu numa gafe ao ser “convidade a se retirar” do evento DGA (sindicato dos diretores) por estar alcoolizada. Na trama, um policial russo se muda de Moscou para a agitada cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos. Lá, ele se casa e vive aparentemente feliz com uma bela dançarina de tango. Ela se apresenta em uma casa noturna de sucesso, mas que tem seu dono assassinado. Com isso, o policial acaba se envolvendo em uma investigação para descobrir o que está por trás do crime e acaba desvendando coisas nada agradáveis sobre o passado de sua esposa.
Two and a Hal Men – 2ª Temporada: A distribuidora Warner está lançando nesta semana o pack com a segunda temporada da sitcom mais popular dos EUA.
Não sei bem ao certo o que ocorre com O GÂNGSTER, talvez seja o universo explorado por Scott e Zaillian que esteja tão associado ao diretor Martin Scorsese e Francis Ford Coppola, pois são inevitáveis as comparações e, neste quesito, falta um roteiro melhor arranjado ao filme de Scott, o que não prejudica sua exibição, mas acaba gerando outro filme “mais do mesmo”.
Como sempre acontece nas produções de Scott, o diretor capricha nos quesitos técnicos, aqui no caso, a reconstituição de época, anos 70, é excelente e a trilha igual. A dupla de protagonistas, Denzel Washington e Russell Crowe, dão conta do recado, e até mesmo, coadjuvantes como Cuba Gooding Jr. e Ruby Dee (exageradamente indicada ao Oscar, somente tem ums 3 ou 4 cenas) auxiliam a contar a história de Frank Lucas, traficante negro do Harlem que trazia heroína do sudeste asiático em caixões de soldados americanos durante a Guerra do Vietnã.
Provável cena que gerou a indicação de Ruby
A história por si só já é um roteiro de filme, no entanto, o roteiro de Zaillian (mesmo de A Lista de Schindler) parece ser seduzido pelo “lado negro da Força” do traficante família com ética de Lucas, poupando de um visão mais forte e chegando a glamourizá-lo, frente á figuras, ditas, piores como os policiais corruptos.
gangue família
A trama separa os protagonistas e cria subtramas para cada um, obviamente, a trama de Lucas é muito melhor explorada e instigante do que a ética caxias e os problemas no casamento do detetive Richie Roberts (Crowe), o que, inclusive, cria um final extremamente forçado, levando os personagens a uma suposta “amizade”. Do universo apresentado pelo roteiro acharia muito mais interessante abordar a corrupção policial (apenas sugerida no bom personagem de Josh Brolin) e o esquema de transporte das drogas que deveria envolver, dizem, o alto escalão da CIA e do exército. Assim como se apresenta, O GÂNGSTER é um bom filme, embora, apenas correto e já datado.
o confronto poderia ocorrer mais cedo no filme
Indicações de O Gângster ao Oscar 2008
*Melhor Atriz Coadjuvante – Ruby Dee
*Melhor Direção de Arte
O Gângster
American Gangster (157 minutos – Drama) Lançamento: EUA, 2007 Direção: Ridley Scott Roteiro: Steven Zaillian Elenco: Denzel Washington, Russell Crowe, Chiwetel Ejjiofor, Josh Brolin, Ruby Dee, Cuba Gooding Jr., Carla Gugino, Ted Levine.