As bilheterias (isto é, o dinheirinho) que os filmes americanos arrecadaram ao redor do mundo atingiu o incrível valor de 9,62 bilhões de dólares, você não leu errado. Este é o maior valor desde 2002 e mostra que mesmo em tempos de pirataria e download na internet o mercado cinematográfico ainda rende uma grana preta pro Tio Sam.
Quem será que encheu os bolsos do estúdio e dos produtores?
Claro que este valor foi alcançado devido ao incrível (de inacreditável, devido a grande quantidade) ano de trilogias, continuações e adaptações. Das 10 Maiores Bilheterias somente UM filme é considerado roteiro original, a excelente animação Ratatouille, não levando em conta que se trata de uma animação, normalmente, um gênero que arrecada grande bilheteria devido ao apelo junto ás crianças.
Mais do que uma animação, imperdível
MAIORES BILHETERIAS 2007 (em milhões de dólares)
1. Piratas do Caribe – No Fim do Mundo (961) 2. Harry Potter e a Ordem da Fênix (938,5) 3. Homem-Aranha 3 (890,9) 4. Shrek Terceiro (797,7) 5. Transformers (706,5) 6. Ratatouille (617,9) 7. Os Simpsons – O Filme (525,6) 8. 300 (456,1) 9. O Ultimato Bourne (441,2) 10. Duro de Matar 4.0 (332,1)
O hilário Jack Sparrow não deixou pra ninguém a liderança nas bilheterias
Como vocês podem notar assim como acontece com nossa desigualdade de distribuição de renda, os 10 filmes acima somam mais de dois terços do total arrecadado em bilheterias, ou seja, no mercado cinematográfico também há concentração de renda.
Uma pena constatar que a maioria dos filme são as descartáveis continuações ou adaptações de quadrinhos e séries televisivas. Notem também, que coincidentemente, todos os filmes estrearam no verão americano, na temporada de blockbusters. Claro, que há filmes muito bons e, até, excelentes como Ratatouille, citado acima e O Ultimato Bourne.
O melhor blockbuster do ano
Com exceção de Transformers, um filme de guri cheio de testosterona apesar do apuro visual, e Piratas do Caribe 3, que me incomoda pela looooonga duração, os demais filmes são típicos produtos de entretenimento americano, dá para se divertir, comer pipoca, se surpreender pelos efeitos especiais, mas na hora de analisar a trama a fundo falta criatividade e melhores roteiros, portanto, legítimos exemplos do mais do mesmo que assola o cinema americano. A lamentar, que se as maiores bilheterias representam este pensamento o que deve acontecer no futuro ainda é uma avalanche de filmes no mesmo estilo.
No Brasil somente três filmes diferem da lista americana: o evento do ano no cinema nacional, Tropa de Elite, mesmo com toda pirataria conseguiu se colocar em sétimo lugar na lista de maior público (nota: aqui no Brasil, se soma o número de espectadores nestas listas de mais visto e não de valor arrecadado com a venda de ingressos); a surpresa Uma Noite no Museu, que teve a inteligência de ser lançado em janeiro, mês tipicamente de férias escolares, já que o filme se caracteriza por ser uma comédia familiar e, normalmente, nesta época começam a ser lançados os filmes do Oscar para o público adulto (se ainda houver um que frequente os cinemas); e o último filme que difere da lista americana é a bobagem sem sentido (me desculpem os fãs) Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado, que tem um arremedo chamado de roteiro.
Pelo menos as polêmicas renderam bilheteria ao filme
Início de ano, no mundo televisivo americano a greve dos roteiristas continua, consequentemente, as séries que iniciaram na temporada setembro/outubro ficam interrompidas (na tevê brasileira isto deve começar a ocorrer em breve com as séries que iniciaram em novembro dos canais Sony, Warner e Universal). No entanto, agora em janeiro também estreiam algumas novidades (que em breve mencionarei) e retorna para sua, mais que aguardada, quarta temporada, a série mais viciante atualmente: Lost.
****AVISO DE SPOILERS****
Para quem não quer saber algumas novidades da trama da quarta temporada de Lost, para sua leitura por aqui e volte semana que vem. Aos demais curiosos, se preparem as novidades são surpreendentes e prometem uma temporada inesquecível.
O que fará Jack do futuro se arrepender tanto da ter saído da Ilha? Quem será o corpo no caixão que Jack foi visitar no último episódio?
Recapitulando para os desavisados, Lost apartir desta temporada inicia seu arco final, serão 48 episódios (16 por temporada, isto é, terminando em 2010). Como a greve interrompeu os trabalhos de todos as séries, Lost também se viu atingida, dos 16 episódios previsto para serem exibidos somente 8 roteiros ficaram prontos, sendo assim, a princípio, de concreto teremos 8 episódios sendo exibidos neste retorno.
Por onde andou Michael nestes dias onde a princípio teria saído da Ilha? e por onde andará Walt
Em função da greve, o canal ABC fez uma aposta alta em Lost, principalmente prevendo reprises das demais séries, e a colocou no horário de maior audiência televisiva da semana: quinta-feira ás 21hs. Assim a série que retorna dia 31 de janeiro assumirá o horário de Grey’s Anatomy (que tem somente um episódio inédito para ser levado ao ar) competindo com série como C.S.I. (líder do horário, também com reprises), portanto, tudo leva a crer que a série deverá ter uma audiência incrível até porque não será exibida num horário mais tarde (22hs.) nem num dia onde a grande atração é o reality show American Idol, que retorna agora em meados de janeiro com episódios duplos ás tercas e quartas (sempre com uma audiência absoluta).
Como se comportará Ben frente a chegada dos companheiros de Naomi a Ilha?
Sobre a quarta temporada em si, segundos fontes dos próprios produtores e alguns jornalistas (como, Kristin do Santos e Michael Ausiello, conhecidos por quem curte spoilers de séries), Lost abordará os episódios ainda da mesma maneira como sempre ocorreram, cenas atuais na ilha e os já famosos flashbacks (com o personagem central do episódio), com os novos e surpreendentes flashforwards (eventos no futuro) como ocorreu no episódio final da terceira temporada, Through the Looking Glass. Abaixo um apanhado geral da notas e rumores do que pode ou irá acontecer no retorno de Lost:
– como a morte vem rondando os moradores da ilha desde a temporada passada, parece que em algum momento destes primeiros oito episódios duas mortes ocorreram;
– os passageiros do vôo 815 que sairão da ilha, chamados de oceanic six, são: Jack, Kate, Sayid, Jin, Sun e Hurley;
Boatos dizem que Kate pode estar grávida nesta temporada
– acontecerá uma divisão no grupo de sobreviventes, em torno de Jack vs. Locke;
– a equipe de Naomi (para-quedista) tem segundas intenções, não somente resgatar os sobreviventes;
– retorno dos mortos: Libby, o produtor diz que quem acha que ela pode ter ligações com a Iniciativa Dharma pode estar perto da verdade. Os outros mortos como, Tom , Ethan e Goodwin, voltam a participar para retratar o passado da Iniciativa Dharma, sobre os Outros e, até mesmo, sobre os eventos que levaram a purgação;
– também retornam Michael, já visto nas fotos promocionais da temporada, e a única dúvida é sobre como e quando acontecerá seu retorno (estaria ele junto com a tripulação de Naomi), no entanto, Michael também será visto em New York batendo de frente com Tom num dos próximos flashbacks; já quanto ao retorno de Walt, que de criança surgiu adolescente no episódio final da terceira temporada, nem rumores se sabe ainda de seu retorno;
– a lista com a ordem e os nomes dos episódios do quarto ano que já conhecemos, e também com seus personagens principais:
Primeiro episódio – “The Beginning of the End” – Hurley
Segundo episódio – “Confirmed Dead” – membros do cargueiro de Naomi
Terceiro episódio – “The Economist” – Sayid
Quarto episódio – “Eggtown” – Kate
Quinto episódio – “The Constant”- Desmond
Sexto episódio – “The Other Woman” – Juliet
Sétimo episódio – “Ji Yeon” (nome ainda não confirmado) – Sun e Jin
Para começar a animar os ânimos, abaixo o vídeo promocional da quarta temporada:
Última semana do ano, quem sobreviveu a ele pode começar a planejar o que fazer em 2008. Como a coluna é de cinema, nada como comentar que está pra rolar na telona, alguns filmes já despontam como destaques, sempre preconizando que as estréias estão previstas para este ano nos cinemas mas, pode ser que hajam adiamentos conforme a vontade das distribuidoras.
Separei os destaques em 3 categorias com 5 filmes em cada uma delas (se não ficaria até amanhã comentando os inúmeros lançamentos): Filmes do Oscar, aqueles que provavelmente ganharam alguma indicação ao prêmio e, que, começam a estrear por aqui já em janeiro e tem seu ápice em fevereiro; Blockbusters do ano, os filmes de grande orçamento que povoam os cinemas americanos no início do verão deles (apartir de maio até agosto), normalmente, têm estréia mundial; Sucesso ou Fracasso?, os demais filmes, que podem se tornar uma grata surpresa ou um fracasso retumbante;
FILMES DO OSCAR
Onde os Fracos Não Têm Vez, um dos grandes favoritos, projeto dos irmãos Coen (de Fargo e O Amor Custa Caro), com Tommy Lee Jones, Javier Bardem e Josh Brolin. A trama se passa no oeste do Texas, na década de 80, um jovem veterano do Vietnã aproveita uma venda mal feita de drogas para fugir com US$ 2 milhões. Porém, ele será perseguido por dois assassinos indignados e extremamente interessedos no dinheiro.
O Gângster, dos prováveis candidatos foi o que atingiu uma excelente bilheteria, seria o “filme de máfia” do ano com grande produção (direção de Ridley Scott), boa história (baseada em fatos reais) e excelente elenco (Denzel Washington e Russell Crowe). Porém, como Os Infiltrados levou o prêmio ano passado, acredito que isto não se repita neste ano. Na trama, Frank Lucas (Washington) é um motorista de um dos mais poderosos chefes do crime na cidade nos anos 70. Após a súbita morte de seu chefe, Lucas entra na brecha deixada pelo seu ex-empregador e então começa sua escalada até o topo no mundo do crime e das drogas fazendo com que o instintivo policial Ritchie Roberts (Crowe) note uma perigosa mudança de comando no submundo.
Juno, candidato a vaga dos filmes pequenos e independentes (assim como ocorreu com Pequena Miss Sunshine no ano passado), dirigido por Jason Reitman (de Obrigado por Fumar), esta comédia dramática vem ganhando elogios ao contar a história de Juno, uma adolescente que engravida de seu colega de classe. Com a ajuda de sua melhor amiga e o apoio de seus pais, Juno conhece um casal que está disposto a adotar seu filho, que ainda nem nasceu. No elenco, a talentosa Ellen Page (Kitty Pride, de X Men 3 e, MeninaMá.com), Michael Cera (Superbad – É Hoje), Jennifer Garner (da série Alias e do filme O Reino).
Na Natureza Selvagem, Sean Penn volta a assumir a cadeira de diretor (anteriormente, no suspense A Promessa), num drama claramente apoiado no excelente elenco, protagonizado pelo competente Emile Hirsch (de Alpha Dog e do futuro, Speed Racer) e nomes como Marcia Gay Harden, William Hurt, Jane Malone e Vince Vaughn como coadjuvantes. Na trama, o brilhante aluno e atleta Christopher McCandless abre mão de tudo o que tem e de sua carreira promissora. O jovem doa todas as suas economias para caridade, coloca uma mochila nas costas e parte para o Alasca a fim de viver uma verdadeira aventura. Ao longo do caminho, Christopher se depara com uma série de personagens que irão moldar sua vida para sempre.
Desejo e Reparação, candidato á moda antiga, baseado em literatura inglesa, de época e com a direção de Joe Wright (do ótimo Orgulho & Preconceito) repetindo o trabalho com Keira Knightley (Piratas do Caribe) como protagonista. O filme acontece em 1935, em uma mansão inglesa, e gira em torno de uma petulante e solitária adolescente, Briony, que quer ser escritora e que, depois de surpreender sua irmã com o jardineiro, inventa uma história que lhes transformará a vida. A redenção de um acontecimento terrível do passado e o caso da guerra em que se transforma a vida dos personagens é o tema central de sua obra, considerada uma das mais importantes de sua bibliografia.
Blockbusters do Ano
Homem de Ferro
Um dos melhores trailers exibidos neste ano, promete ser uma adaptação de respeito para os fãs do HQ. A produção com direção de Jon Favreau, pelo menos, conta com um elenco que já vale o ingresso, Robert Downey Jr. arrasa já no trailer, Jeff Bridges, Terrence Howard, Hillary Swank, Gwyneth Paltrow e Samuel L. Jackson (como Nick Fury). Para quem não conhece este herói dos HQ, á primeira vista Tony Stark é apenas um playboy bilionário e alcóolatra. No entanto, sob esta aparência esconde-se o Homem de Ferro, um herói capaz de enfrentar o mal espalhado pelo mundo.
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
Depois de mais de duas décadas de projetos tentando ressuscitar a franquia, Spielberg (direção), George Lucas (produção) e Harrison Ford conseguiram acertar suas agendas e definiram o roteiro (outro grande problema deste retorno) de David Koepp (responsável pelo roteiro de Homem Aranha). Além de Ford, retorna Karen Allen, mocinha de Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida, e estréiam na franquia Cate Blanchett (vilã russa), John Hurt e o novo astro de Hollywood, Shia LeBeouf (Transformers e Paranóia). Sobre a trama, história se passará em 1957, durante o auge da Guerra Fria, e trará o herói vivido por Harrison Ford em uma aventura que incluirá passagens pelo Novo México, Connecticut, México e as selvas do Peru. Já a “caveira de cristal” do título se refere a um artefato inspirado em esculturas de quartzo reais cujos designs supostamente seriam incompatíveis com a estrutura dos cristais, tornando suas origens um mistério.
Speed Racer
Depois de um longo tempo afastados de direção os Irmãos Wachowski, retornam dirigindo esta adaptação dos desenhos. Também chama atenção na produção o elenco com nomes como Susan Sarandon, John Goodman, Matthew Fox (Jack, de Lost) e Emile Hirsch como protagonista. Na trama, Speed Racer é um jovem que sonha em se tornar campeão mundial de automobilismo. Para isso, ele compete em perigosas corridas com seu carro Mach 5, equipado com a mais alta tecnologia.
O Acontecimento
Depois do decepcionante A Dama Da Ígua, M. Night Shyamalan (um dos meus diretores atuais prediletos) volta a investir num suspense intimista que desencadeia eventos maiores. Aqui, o filme é descrito como um “thriller paranóico” sobre uma família tentando sobreviver a uma crise ambiental que representa um enorme risco para a humanidade. No elenco, Mark Wahlberg, Zooey Deschanel e John Leguizamo.
Batman – O Cavaleiro das Trevas
Depois de um recomeço genial, o diretor Christopher Nolan promete uma nova aventura fantástica com o Cavaleiro das Trevas, para isto, volta a contar com Christian Bale e grande elenco, o que promete ser uma grata surpresa é Heath Ledger (o cowboy menos gay de Brokeback Mountain) como o enlouquecido Coringa (as fotos da caracterização são excelentes).Também já se nota no elenco Aaron Eckhart (Obrigado por Fumar) como Harvey Dent, futuro vilão Duas Caras. Na trama, Batman consolida sua luta contra o crime e, com a ajuda do Tenente Jim Gordon e do promotor Harvey Dent, acaba com diversas organizações criminosas de Gotham City. A parceria se mostra eficaz, mas eles logo se deparam com um reino de caos que aterroriza a cidade, gerado pelo genial criminoso conhecido como O Coringa.
Sucesso ou Fracasso?
A Lenda do Tesouro Perdido – O Livro dos Segredos
Esta continuação está aqui nesta lista mais para satisfazer a ânsia fanática do boss, Théo, do que pela dúvida quanto ao sucesso do filme. A Lenda do Tesouro 2 já estreiou nos Eua com uma bilheteria superior ao primeiro, que mostra que a franquia deu certo e virou sucesso. Particularmente, adoro filmes pipoca do estilo “caça ao tesouro” e espero que esta continuação que tem a mesma equipe que o primeiro, com as adições importantes de Helen Mirren (ganhadora do Oscar por A Rainha) e Ed Harris (O Segredo de Beethoven e Show de Truman), seja tão boa quanto o primeiro. Na trama, quando uma página perdida do diário de John Wilkes Booth aparece, o bisavô do caçador de tesouros Ben Gates se vê subitamente implicado como o principal conspirador da morte de Abraham Lincoln. Determinado a provar a inocência de seu antepassado, Ben segue uma série de pistas internacionais que o leva em uma caçada de Paris a Londres e, por fim, de volta aos EUA. Esta jornada leva Ben e sua equipe não apenas a revelações surpreendentes, mas também á trilha dos mais bem guardados segredos do mundo.
Cloverfield – Monstro
Um dos filmes mais comentados deste fim de ano e do qual menos se sabe, graças a uma divulgação diferenciada na internet, quando trailers eram mostrados somente através de personagens utilizando filmagens de câmeras digitais. O que começou sendo conhecido como projeto de monstro de J.J.Abrahms (criador de Lost, na verdade, somente produtor aqui), virou Cloverfield, por aqui ainda ganhou o subtítulo Monstro (damn it), e promete ser o que Godzilla americano, não conseguiu. Na trama, cinco jovens novaiorquinos dão uma festa de despedida para um amigo na noite em que um monstro do tamanho de um arranha-céu ataca a cidade. Contado do ponto de vista da câmera de vídeo deles, o filme é um documento de suas tentativas de sobreviver ao mais surreal e aterrorizador evento de suas vidas.
Jumper
Aventura com cara de Sessão da Tarde e toques de ficção científica conta com a direção do competente Doug Liman (A Identidade Bourne) e um elenco com nomes como Samuel L. Jackson, Jamie Bell (Billy Elliot), Hayden Christensen (o jovem Darth Vader) e a gatinha Rachel Bilson (da série The O.C.). Na trama, um jovem descobre ter o poder de se teletransportar quando foge de seu pai abusivo. Ele parte em busca do responsável pela morte de sua mãe e, no caminho, se apaixona por uma garota e conhece um rapaz com o mesmo poder.
10.000 AC
Filme de ação com incontáveis efeitos especiais, obra do diretor Roland Emmerich (Independence Day), no elenco poucos nomes conhecidos, no máximo o veterano Omar Shariff. A trama se passa na época do título, um jovem que vive em uma tribo primitiva se apaixona por uma princesa que está bem acima de sua “escala social”. Quando os caçadores da tribo são escravizados e a princesa é seqüestrada, cabe ao rapaz entrar em ação para que seu povo não seja extinto. Convenhamos tem cheiro de bomba no ar!
Rambo
Se Stallone foi capaz de ressuscitar Rocky Balboa, conseguirá ele fazer o mesmo por John Rambo (lembrando que as continuações de Rambo conseguem ser piores que as de Rocky)?Pois bem, Stallone tenta a sorte em recriar sua outra franquia, os trailers prometem um filme com bastante ação e pedaços de corpos, mas seria isto o suficiente, o que era interessante em Balboa (o último filme) era o contexto decadente do personagem mas, será que como Rambo, Stallone conseguirá o mesmo efeito. Na trama (se alguém se importa com isto), Rambo está vivendo em Bangkok, onde age como um monge e trabalha consertando tanques e barcos de guerra. Sua rotina muda quando um grupo de voluntários que leva suprimentos para Burma desaparece. Um parente de um dos desaparecidos implora a Rambo que o encontre. Para atender ao pedido, o herói reúne jovens guerrilheiros e inicia a missão.
A situação dos série maníacos é delicada, no início de janeiro a greve dos roteiristas irá completar dois meses, com isto a maioria das séries americanas que se encontra parada desde então, estarão exibindo seus últimos episódios produzidos. Digo isto, tendo como parâmetro a temporada americana, por aqui sentiremos as conseqüências da greve um pouco mais adiante. Das séries que já não possuem mais episódios para serem exibidos se encontra: The Office, Private Practice, Pushing Daisies, só para citar algumas.
Em janeiro algumas séries retornam para exibirem seus últimos episódios inéditos, entre elas, CSI (dois episódios), Desperate Housewives (um episódio), Grey’s Anatomy (um episódio), House (três episódios), entre outras.
Então desde este momento até meados de janeiro, ou em caso da greve não terminar, de janeiro em diante, há tempo de sobra para conhecer ou recuperar o tempo perdido com outras séries, ou então vai ler um livro, assistir filmes, sair com os amigos, etc. Os série maníacos com certeza escolherão a primeira opção, buscar séries para ocuparem este tempo vago. Abaixo algumas das minhas opções para este período, que se não acabar logo, estarei assistindo todas as temporadas de Smallville ou Ghost Whisperer.
Última opção para satisfazer o vício
The Sopranos
Série mais do que consagrada, eleita uma das melhores da televisão de todos os tempos, mas como era exibida pelo canal HBO, sempre ficou afastada das minhas prioridades. Com seu término neste ano, sexta temporada, resolvi buscar a série (tinha assistido algum episódio aleatório dublado no SBT), desde o princípio, a maratona vai ser grande, porém promete, pelo pouco que pude ver. Para quem não conhece, The Sopranos, ou Família Soprano, tem como referência os filmes de gângsters (Os Bons Companheiros, por exemplo), mostra a vida e os dramas existenciais de Tony Soprano (James Gandolfini, fantástico), um poderoso chefão da máfia contemporânea de Nova Jersey. Com tantas pressões, nos negócios e em casa, e sofrendo com a presença marcante sua mãe, decide que precisa de ajuda médica e procura a psiquiatra Jennifer Melfi (Lorraine Bracco) para sessões de terapia. Tony Soprano é casado com Carmela (Edie Falco, outro destaque) e pai de Meadow e do problemático adolescente Anthony Jr.
Considerada imperdível pela crítica
Mad Men
Esta é a primeira série do canal á cabo AMC, vai ganhar minha atenção devido ás inúmeras indicações que recebeu no Globo de Ouro e no SAG (prêmio anual do sindicato dos atores). Dizem que a série é muito bem produzida, no entanto, demora um pouco a engrenar, vamos conferir qualquer coisa, dou um toque aqui no SitCom. Para quem nunca ouviu falar em Mad Men ela se passa nos anos 60, onde o universo publicitário estava uma loucura, você irá conhecer a história de Don Draper que trabalha para uma das principais agências publicitárias da Madison Avenue. Ele tem que lutar dia-a-dia contra seus companheiros da agência Sterling Cooper Advertising vendendo e convendo seus principais clientes de que suas idéias são as melhores e mais bem elaboradas. Um de seus clientes a companhia de cigarros Lucky Strike vive uma intensa crise de vendas já que os primeiros casos de câncer pulmonar estavam acabando com a imagem dos cigarros. Don então tem que encarar o problema e criar uma nova idéia algo para converser o publico de que os cigarros trazem algo a mais para a vida das pessoas.
Vamos ver a série convence
Entourage
Na verdade, esta série estou assistindo há alguns meses, estou terminando a segunda temporada (a série em 2008 exibe sua quinta temporada), é uma comédia divertida e bastante curiosa para quem conhece os bastidores de Hollywood. A série mostra a vida de um ator nova-iorquino em ascensão que se muda para Hollywood ao lado de sua “entourage”, seu grupo de amigos de infância atrás de fama, festas e mulheres. Um dos destaques desta série são as participações muito especiais de personalidades interpretando elas mesmos, como James Cameron, Jessica Alba e Mandy Moore.
Diversão garantida
Saving Grace
Série recente, estreiou em setembro, também, na tevê a cabo americana, apesar de ser um drama criminal, com direito a fórmula semanal, Saving Grace é curiosa pois gira em torno de uma detetive de Oklahoma de comportamento autodestrutivo, que vê sua vida mudar quando recebe a visita de um anjo de verdade. Além da presença de Holly Hunter, vencedora de um Oscar por O Piano, a série tem no elenco Leon Rippy (Deadwood), Laura San Giacomo (Just Shoot Me) e Kenny Johnson (The Shield).
Série que só pela protagonista já vale uma espiada
ReGenesis
Esta é única e, exclusivamente, uma curiosidade minha devido a minha formação na faculdade (a quem possa interessar, sou farmacêutico-bioquímico). ReGenesis é uma série canadense (sim, eles também fazem séries), tem seu foco principal no Dr David Sandstrom, renomado geneticista e chefe dos cientistas do NorBAC, laboratório Canadense de pesquisa médica. Ele é aficcionado pelo vírus da gripe espanhola, doença que matou milhares de pessoas em 1918, na primeira temporada há a presença da, ainda, desconhecida Ellen Page (provável candidata ao Oscar de melhor atriz neste ano pelo filme Juno, e com participaçõs em MeninaMá.com e X-men 3, como Kitty Pride). A série já está em sua terceira temporada e pode, também, agradar os fãs de filmes como Epidemia.
Curiosidade profissional
Como última coluna do ano, desejo que 2008 seja um ano com séries excepcionais para todos leitores do SitCom.
Olha! Se tem um ator que, atualmente, se entrega fisicamente aos personagens como ninguém, este é Christian Bale. Deve ter estudo na mesma escola de Robert DeNiro e Tom Hanks, o rapaz, que atualmente, é o héroi mascarado Batman (inclusive do filme que saíra em 2008), surge esquelético, mais uma vez, em O Sobrevivente, drama baseado em fatos reais dirigido pelo famoso documentarista Werner Herzog (ok, você não deve conhecê-lo mas, este cineasta alemão é super reconhecido mundialmente). Herzog, inclusive, já realizou um documentário desta mesma história na década passada, seu último filme foi o excelente documentário O Homem Urso, aqui o cineasta aposta num clima mais intimista e contemplativo, lembrando o trabalho de Terrence Mallick em Além da Linha Vermelha.
O filme conta a história do piloto Dieter Diegler (Bale), um germano-americano que é abatido e capturado no Laos durante a Guerra do Vietnã. Aprisionado junto a outros americanos, Dengler organiza uma fuga suicida para um pequeno grupo de prisioneiros. Pode até parecer um daqueles filmes sobre fuga e perseguições, no entanto, Herzog realiza sim, um filme que mostra o conflito Homem e Natureza, em momento algum os eventos da Guerra propriamente dita são relevantes na trama, muito pelo contrário, além do desgaste de Diegler e seus colegas aprisionados, a trama retrata o abandono no qual se encontram os cárceres, incluindo a falta de comida e as poucas condições de sobrevivência dos mesmos.
Bale e Zahn escondidos na mata
O que mais chama a atenção é o retrato da região, o filme foi realizado na Tailândia, e em todos os momentos, a selva parece ser a verdadeira prisão para os personagens por toda a sua grandiosidade e densidade. Além disso, Herzog é muito cuidadoso, junto com os atores, na construção dos personagens, Christian Bale, que parece adorar desafios físicos, cria um figura de Dieter na selva quase tão cadavérica quanto o insone personagem de O Operário. Os coadjuvantes Jeremy Davies (na foto abaixo, ator em breve estará na quarta temporada de Lost) e Steven Zahn (na foto acima, para mim a grande surpresa, este ator de comédias idiotas sendo muito bem aproveitado), são uma exemplificação do desgaste psicológico, além do físico, dos prisioneiros. Uma pena o filme se entregar a uma ladainha militar, claramente emotiva, no momento de resgate do personagem, destoando do que vinha sendo exibido até então.
Chegando aos cinemas os últimos filmes do ano tá na hora de fazer um apanhado do que rolou no universo cinematográfico em 2007. Pode parecer clichê mas, observar os filmes que foram exibidos durante o ano mostra a tendência de Hollywood (sempre repetitiva) frente aos cinemas independentes e autorais. O cinema nacional lançou o filme do ano, Tropa de Elite, que em meio ás discussões sociais e muita polêmica, ganhou domínio público através da pirataria e, mesmo assim, estourou nos cinemas, virou febre e até hoje, ainda garante, sucesso as inúmeras paródias dos personagens e universo do filme.
Capitão Nascimento e sua Tropa de Elite: sucesso do ano
O espaço é pequeno (e a paciência também) então, abaixo faço algumas seleções para fazer um resumo de destaques deste ano:
Continuações, Adaptações e Refilmagens
Como eu já havia mencionado em outra coluna do Primeira Fila, 2007 será reconhecido como o anos das trilogias, foram inúmeras como o excessivo Homem-Aranha 3, o já não tão engraçado Shrek 3, o interminável Piratas do Caribe – No Fim do Mundo, um dos melhores do ano O Ultimato Bourne, o ainda eficiente elenco de 13 Homens e um Novo Segredo e o repetitivo A Hora do Rush 3.
Mesmo assim, no verão americano, onde foram lançados estas e outras continuações se obteve uma bilheteria estrondosa, prova de que os estúdios estão certos de que o grande público procura personagens e histórias que já lhe são familiares. Outro exemplo de sucesso, Transformers, realizado com produção de Steven Spielberg, revelou-se um sucesso entre o público masculino pela mistura infalível (se bem realizada), ação+efeitos+carros.
Claro que houve exceções, A Volta do Todo Poderoso, mesmo com Steve Carrell, um excelente comediante em alta tanto na tevê (The Office) quanto no cinema (O Virgem de 40), foi um fracasso de bilheteria também, o orçamento ultrapassava a barreira dos 100 milhões de dólares e o filme em si, era de uma inocência ímpar, muito, mas muito familiar.
Dois veteranos dos filmes de ação voltaram á ativa com personagens que os fizeram ídolos: Bruce Willis, com o infalível bom humor e as mais diversas explosões retornou com o tira John MacClane em Duro de Matar 4.0 e Sylvester Stallone, assumiu a idade e a decadência de Rocky em Rocky Balboa, que, no final das contas, encerrou com dignidade a história do boxeador.
Morte do Terror
Podem chamar os paramédicos, sucessos instântaneos, o gênero terror, não consegue mais garantir uma boa bilheteria, prova disso, O Albergue 2 chegar diretamente em dvd por estas bandas, resultado da má bilheteria americana. Além dele, produções como Jogos Mortais 4, Resident Evil 3, Turistas, Hannibal – A Origem do Mal e A Colheita do Mal demonstram que o público ainda prefere ver uma boa história com sustos e tensão do que tripas e efeitos jogados na tela.
Há outras opções menos sanguinárias ao gênero como o exercício cinematográfico de David Fincher, Zodíaco, a versatilidade coreana O Hospedeiro, o ritmo alucinante de Extermínio 2 e o sucesso surpreendente do terror psicológico de Stephen King, 1408.
Ressurreição das comédias
Se havia um gênero que demonstrava, e ainda, demonstra sinais de cansaço neste último anos era a comédia. O gênero estava largado nas mãos de roteiristas de quinta, claro que ainda há comédias medonhas como Norbit, do mala Eddie Murphy ou a overdose de Ben Stiller em Uma Noite no Museu, Escola de Idiotas e, finalmente, Antes só de que Mal Acompanhado, no entanto, Judd Apatow, Seth Rogen e sua turma criaram duas comédias hilárias neste ano: Ligeiramente Grávidos e Superbad – É Hoje.
McLovin, o melhor personagem de comédia deste ano
Enquanto em Ligeiamente Grávidos, Apatow, conta como um ogro (não o Shrek, mas um adulto com modos de adolescente) acaba por ganhar uma mulher linda e responsável numa noitada mexendo com o mundos de ambos, em Superbad, volta-se ao mundo dos guri adolescentes tentando transar com uma guria antes de entrar na faculdade. Ambos dividem o carinho do roteiro pelos personagens que, normalmente, são somente imbecilizados em outros filmes, aqui ganham bons e inteligentes diálogos em situações engraçadissímas.
Destaques Nacionais
Além do fenômeno Tropa de Elite, o cinema nacional conseguiu lançar bons filmes, uma pena as bilheterias não acompanharem a qualidade dos mesmos. Dois filmes com ótimos roteiros, o bizarro O Cheiro do Ralo e o divertido Saneamento Básico – O Filmes provam que boas histórias conseguem fazer sucesso mesmo em circuito tão restrito. O outro grande campeão de bilheteria nacional foi o televisivo A Grande Família, claramente inferior á série, mas que possuia a máquina de marketing da Rede Globo a sua disposição. Cito, ainda, os bons Não por Acaso, Batismo de Sangue e Antônia.
Outro destaque é para quem gosta de documentários, os diretores nacinais são responsáveis por pequenas obras de arte como Santiago, de João Moreira Salles, e Jogo de Cena, do mestre Eduardo Coutinho. Houve também espaço para obras biográficas como, Oscar Niemeyer e Person; obras homenageando nomes da música nacional, Cartola e Fabricando Tom Zé; obras históricas sobre a ditadura militar, Hércules 56 e Caparaó.
Animações em Alta
As animações continuam apresentando roteiros eficientes com personagens e técnicas de animação muito bem exploradas, neste ano, os destaques foram: Ratatouille, Os Simpsons – O Filmes, Tá Dando Onda e A Família do Futuro.
Cinema Internacional
Para quem gosta de filmes mais pomposos e cultos, o circuito alternativo trouxe diversas películas dos mais diversos paises. Da França, houve quase que uma verdadeira invasão: Piaf – Un Hino ao Amor, com uma interpretação de Oscar, Paris, Te Amo, Crimes de Autor, A Comédia do Poder, Um Lugar na Platéia, um dos maiores boca-a-boca do ano e Medos Privados em Lugares Públicos, somente para citar alguns.
Da Romênia chegou o elogiado A Leste de Bucareste, da Coréia, além de O Hospedeiro, foi lançado o último filme da trilogia de Park Chan-Wook (o mesmo de Oldboy), Lady Vingança. Da Alemanha, o ganhador do Oscar deste ano, A Vida dos Outros. Da Argentina, uma das melhores filmografias atuais, As Leis de Família e O Passado, novo filme do naturalizado brasileiro Hector Babenco. Da Ífrica do Sul, o vencedor do Oscar do ano passado, Infância Roubada. Da Comunidade Européia, A Vida Secreta das Palavras, Princesas, O Tigre e a Neve, do chato Roberto Benigni, Ventos da Liberdade, do cineasta engajado Ken Loach, Inferno, segunda parte da trilogia Paraíso, Inferno e Purgatório escrito pelo falecido cineasta Krzysztof Kieslowsky (responsável pels Trilogia das Cores).
Pra não Passar em Branco
Além de alguns filmes citados acima, nesta categoria menciono os filmes que se destacaram de alguma maneira durante o ano: Perfume, primeiro filme com olfato; Cartas de Iwo Jima, Clint Eastwood é mestre; A Rainha, Helen Mirren a atriz do ano; Borat, troféu non sense 2007; Atirador, melhor filme dos anos 80 passado atualmente; Notas sobre um Escândalo, dupla feminina: Cate Blanchett e Judi Dench; Ponte para Terabítia, amizade e juventude; Pecados Intímos, quando se cresce mas não se amadurece; O Bom Pastor, épico sobre os bastidores da CIA; Possuídos, paranóia e insanidade; Sem Reservas, pra agradar a guria no findi; Um Crime de Mestre, dupla masculina: Anthony Hopkins e Ryan Gosling; Hairspray, balançando os pés no escurinho do cinema; Garçonete, a vida é ruim mas pode ser boa; Morte no Funeral, porque família é divertida até em enterro;
Os melhores filmes do ano, na humilde opnião de quem vos escreve se encontra aqui no Isso Não é um Top 10 de fim de ano – Cinema.
Na coluna Primeira Fila de sexta passada, leia aqui, comentei sobre os filmes indicados ao Globo de Ouro 2008, os votantes me decepcionaram por abrirem mão de produções mais “modernas”, pelas produções mais conservadoras, em compensação, nas indicações de séries, os votantes chutaram o pau da barraca, deixaram de lado as séries mais reconhecidas do público e crítica, como a última temporada da unânime The Sopranos (somente lembraram da série para melhor atriz dramática), a incrível terceira temporada de Lost, Heroes (com razão) e até mesmo, a elogiada comédia The Office (que recebeu indicação somente por seu protagonista, o impagável, Steve Carell).
As maiores apostas do Globo de Ouro recaíram sobre as séries pouco conhecidas do grande público, pertencentes aos canais a cabo. Para quem não sabe, assim como ocorre nas categorias cinematográficas, o GO divide as categorias televisivas em comédias (sitcom e dramédias) e dramas (qualquer outro genêro), além deles, ainda há categorias separadas para os filmes e minisséries televisivas. Vamos aos indicados:
Melhor Série Drama
Amor Imenso, Big Love, do canal HBO; Damages, previsto para estrear em fevereiro no canal AXN; Grey’s Anatomy, do canal Sony; House, do canal Universal Channel e Rede Record; Mad Men, inédito por aqui; The Tudors, recém terminada no canal People+Arts;
Como vocês podem notas destas seis séries somente duas são exibidas na televisão aberta americana, Grey’s e House, as demais todas são da tevê a cabo, sinto a falta, no entanto, de Dexter, insuperável nesta segunda temporada, e Lost, excelente na terceira temporada.
Minha Aposta:Damages
Melhor Série Comédia
30 Rock, do canal Sony; Californication, do canal Warner; Entourage, do canal HBO; Extras, do canal HBO; Pushing Daisies, estréia nos próximos meses na Warner;
Aqui o destaque fica para as estreantes Californication e Pushing Daisies, notem como entre as indicadas não há nenhuma sitcom clássica, com cenário fixo e platéia. Extras, série inglesa, é uma surpresa estar aqui, assim como a ausência de The Office, sempre aclamada pela crítica, ou mesmo de Desperate Housewives.
Minha Aposta: Pushing Daisies
Melhor Ator Drama
Michael C. Hall, Dexter; Jon Hamm, Mad Man; Hugh Laurie, House; Jonathan Rhys Meyers, The Tudors; Bill Paxton, Amor Imenso;
Acredito que aqui a disputa seja entre House vs. Dexter, como já considero Hugh Laurie hour concurs, sendo o ator o último vencedor do prêmio, minha torcida fica então com Michael C. Hall, que nesta temporada evoluiu junto com seu magnifíco personagem.
Minha Aposta: Michael C. Hall
Melhor Ator Comédia
Alec Baldwin, 30 Rock; Steve Carell, The Office, do canal FX; David Duchovny, Californication; Rick Gervais, Extras; Lee Pace, Pushing Daisies;
Categoria complicada, para vocês terem noção, Alec Baldwin é o atual vencedor dela, no entanto, Steve Carell já venceu e Rick Gervais ganhou o último Emmy (principal premiação televisiva). Tenho um apreço pelo personagem Ned, de Lee Pace em Pushing Daisies, mas o retorno de David “Fox Mulder” Duchovny em Californication (mesmo não sendo uma comédia, propriamente dita) ganha minha torcida.
Minha Aposta: David Duchovny
Melhor Atriz Drama
Patricia Arquette, Medium, do canal Sony; Glenn Close, Damages; Minnie Driver, The Riches, do canal Telecine Light; Edie Falco, The Sopranos, do canal HBO; Sally Field, Brothers & Sisters, do canal Universal Channel; Holly Hunter, Saving Grace, inédita por aqui; Kyra Segdwick, The Closer, do canal TNT;
Não sei quem faltou indicar aqui, parece todas as protagonistas de séries dramaticas (faltou Mariska Hargitai, de Lei & Ordem: Unidade de Vítimas Sexuais), no entanto, a categoria promete ser uma surpresa, todas são candidatas fortes, sendo cinco atrizes de séries da têve a cabo. Gosto muito de Kyra Segdwick, atual vencedora da categoria, mas, acredito que Glenn Close (grande atriz do cinema, excepcional nesta série) deva levar o Globo de Ouro.
Minha Aposta: Glenn Close
Melhor Atriz Comédia
Christina Applegate, Samantha Who?, do canal Sony; America Ferrara, Ugly Betty, do canal Sony; Tina Fey, 30 Rock; Anna Friel, Pushing Daisies; Mary-Louise Parker, Weeds, do canal GNT;
Num mundo real minha torcida seria para a hilária America Ferrara em Ugly Betty (vencedora do último Emmy), no entanto, nesta segunda temporada a série está muito dramática para meu gosto, faltam aquelas situações sempre constrangedoras e engraçadas de Betty. Sendo assim, acho que Mary-Louise Parker, como a mãe de família que trafica maconha em Weeds, ou mesmo, o retorno de Christina Applegate, em Samantha Who, podem levar o prêmio. Senti falta das atrizes de Desperate Housewives e de Julia Louis-Dreyfus, de The New Adventures of Old Christine (minha atriz predileta de comédia).
Minha Aposta: Mary-Louise Parker
Melhor Filme ou Minssérie feita para tevê
Bury My Heart at Wounded Knee; The Company, já exibido no canal HBO; Five Days; Longford; The State Within;
Aqui as categorias ficam um pouco mais complicadas de serem chutadas, pois a maioria das produções demoram um pouco para chegar na tevê ou mesmo em dvd. Bury My Heart… foi o grande vencedor do último Emmy nesta categoria e The Company, produção recém lançada, chama a atenção pelo elenco com nomes como Chris O’Donnell e Michael Keaton. Sem apostas.
Melhor Ator em Filme ou Minissérie
Adam Beach, Bury My Heart…; Ernest Bornigne, A Grandpa for Christimas; Jim Broadbent, Longford; Jason Isaacs, The State Within; James Nesbitt, Jekyll;
Grande nomes nesta categoria como os veteranos Borgnine e Broadbent, acredito que como, normalmente, acontece deve ser uma premiação “homenagem” para algum deles (claro, que sem retirar o mérito da premiação). Sem apostas.
Melhor Atriz em Filme ou Minissérie
Bryce Dallas Howard, As You Like It; Debra Messing, The Starter Wife, exibido pelo canal Telecine; Queen Latifah, Life Support, exibido pelo canal HBO; Sissy Spacek, Pictures of Hollis Wood; Ruth Wilson, Jane Eyre;
Com a saída de Helen Mirren da categoria (pelo término de sua série de filmes, Prime Suspect), abriu-se um leque bastante diversificado de opções, sinceramente, não sei o que pode acontecer, de repente, Queen Latifah, pela personalidade e papel social de seu filme (trata da AIDS), seja a vencedora da categoria. Sem apostas.
Melhor Ator Coadjuvante
Ted Danson, Damages; Kevin Dillon, Entourage; Jeremy Piven, Entourage; Andy Serkis, Longford; William Shatner, Boston Legal, do canal Fox; Donald Sutherland, Dirty Sexy Money, inédito por aqui;
Estas categorias de atores coadjuvantes misturam séries (comédia e drama), filmes e minisséries, aqui, o favoritismo sempre é de Jeremy Piven (Ari Gold, o agente do ator Vincent Chase), apesar de estar sendo seguido de perto pelos estreantes na categoria, Ted Danson (num papel genial, muito diferente de suas recorrentes comédias) e o talentoso veterano Donald Sutherland (como patriarca da família Darling).
Minha Aposta: Ted Danson
Melhor Atriz Coadjuvante
Rose Byrne, Damages; Rachel Griffiths, Brothers & Sisters; Katherine Heigl, Grey’s Anatomy Samantha Morton, Longford; Anna Paquin, Bury My Heart…; Jamie Pressly, My Name is Earl, do canal FX;
Discordo um pouco da representante de Grey’s Anatomy na categoria, acho que Heigl perde feio para a oriental Sandra Oh e a “chefe nazi” Chandra Wilson (que voltou a ter espaço neste quarta temporada), sendo assim, acredito que Rachel Griffiths (vista também em A Sete Palmos) por respresentar uma série realmente dramática, Brothers & Sisters, leva o prêmio.
Com a revelação dos indicados ao Globo de Ouro foi dada a largada para a temporada de premiações 2008, que tem no Oscar, em fevereiro, seu ápice.
O Globo de Ouro é uma premiação dos jornalistas estrangeiros que trabalham em Hollywood, são 80 e poucos votantes, sendo, inclusive, uma brasileira, Ana Maria Bahiana. O GO premia, em algumas categorias, não tantas como o Oscar, o Cinema e a Televisão. Em ambas ainda há uma divisão entre os dramas e as comédias/musicais. Na terça-feira comento os indicados para os prêmios televisivos. Confira os indicados e algumas considerações sobre os candidatos do cinema.
Melhor Filme Drama
American Gangster, O Gângster – previsto para estrear em janeiro; Atonement, Desejo & Reparação – previsto para estrear em fevereiro; Eastern Promises, Senhores do Crime – previsto para estrear em fevereiro; The Great Debaters, sem título nacional e previsão de estréia; Michael Clayton, Conduta de Risco, já em cartaz nos cinemas; No Country for Old Men, Onde os Fracos não Tem Vez – previsto para estrear em fevereiro; There Will Be Blood, sem título nacional – previsto para estrear em fevereiro;
Como sempre acontece a maioria dos filmes que concorrem a estas premiações estreiam nos cinemas somente em janeiro/fevereiro, época antes do Oscar ou puderam ser conferidos em festivais e mostras neste final de ano, aqui a grande surpresa é o filme dirigido por Denzel Washington, The Great Debaters, que dificilmente era citado nas listas de melhores do ano. Normalmente, são sempre cinco os indicados, aqui já aparecem sete, número que reflete que não houve um grande favorito nas indicações.
Melhor Filme Comédia/Musical
Across the Universe, já em cartaz nos cinemas; Charlie Wilson’s War, Jogos do Poder – previsto para estrear em fevereiro; Hairspray, já exibido nos cinemas, em breve em dvd; Juno, previsto para estrear em fevereiro; Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street, previsto para estrar em fevereiro;
Senti falta de um candidato verdadeiramente cômico entre os indicados, como por exemplo, Ligeiramente Grávidos ou Superbad – É Hoje. Acredito que o prêmio deva ficar com Sweeney Todd, nova parceria entre o cineasta Tim Burton e Johnny Depp. Aqui ainda está a decepção do prêmio o mega citado Jogo do Poder, que reúne Tom Hanks, Julia Roberts e Philip Seymour Hoffman, todos indicados mas o filme ficou abaixo da espectativa pelas críticas estrangeiras, somente conferindo para descobrir;
Melhor ator em Drama
George Clooney, Conduta de Risco; Daniel Day-Lewis, There Will Be Blood; James Mc Avoy, Desejo & Reparação; Viggo Mortensen, Senhores do Crime; Denzel Washington, O Gângster;
Destes atores, uns quatro pelo menos devem estar nas indicações ao Oscar (acrescento Johnny Depp, que está na categoria abaixo). O GG adora oa atores Denzel e George Clooney, este último é meu chute particular para levar o prêmio.
Melhor ator em Comédia/Musical
Johnny Depp, Sweeney Todd; Ryan Gosling, Lars and the Real Girl; Tom Hanks, Jogos do Poder; Philip Seymour Hoffman, The Savages; John C. Reilly, Walk Hard: The Dewey Cox Story;
Johnny Depp é o nome certo para o prêmio, Philip Seymour Hoffman conseguiu esta indicação e outra como coadjuvante por Jogos do Poder, outro nome a se observar é do jovem Ryan Gosling, que no ano passado concorreu a melhor ator pelo, ainda inédito, Half Nelson.
Melhor atriz em Drama
Cate Blanchett, Elizabeth: The Golden Age; Julie Christie, Away from Her (Longe Dela, título nacional); Jodie Foster, The Brave One (Valente, título nacional); Angelina Jolie, The Mighty Heart (já em cartaz como O Preço da Coragem, crítica aqui); Keira Knightley, Desejo & Reparação;
Categoria complicada, acredito que Julie Christie, citada em diversas listas, Angelina Jolie e Keira Knightley sejam as favoritas. Jodie Foster é lembrada pelo retorno aos filmes, Valente, foi mal de bilheteria e chega direto em dvd por aqui, momento contigo: nesta semana Jodie, num discurso de agradecimento, assumiu sua homossexualidade, citando sua companheira Cydney, com quem vive desde 1993.
Melhor atriz Comédia/Musical
Amy Adams, Encantada (estréia neste findi nos cinemas); Nikki Blonsky, Hairspray; Helena Bonham Carter, Sweeney Todd; Marion Cotillard, Piaf – Um Hino ao Amor (já em cartaz); Ellen Page, Juno;
Dentre estas indicadas acredito que quem tenha chance seja Marion Cotillard, como a cantora Edith Piaf, numa interpretação irrepreensível, com certeza, deve estar no Oscar, e Ellen Page (lembram dela em X Men 3 e MeninaMá.com), que está no filme independente do ano, a comédia Juno, do diretor Jason Reitman, o mesmo de Obrigado por Fumar.
Melhor ator coadjuvante
Casey Affleck, Assassinato de Jesse James pelo coverda Robert Ford (em cartaz nos cinemas); Javier Bardem, Onde os fracos Não Têm Vez; Philip Seymour Hoffman, Jogos do Poder; John Travolta, Hairspray; Tom Wilkinson, Conduta de Risco;
Categoria complicada, tirando John Travolta e Philip Hoffman, acredito que os demais estejam nas mesmas condições de levar o prêmio;
Melhor atriz coadjuvante
Cate Blanchett, I’m Not There (sem título nacional); Julia Roberts, Jogos do Poder; Saiorse Ronan, Desejo & Reparação; Amy Ryan, Gone by Gone (Medo da Verdade); Tilda Swinton, Conduta de Risco;
Blanchett sai na frente como uma das versões de Bob Dylan, em I’m Not There, esquecido nas demais categorias do GG.
Melhor Diretor
Tim Burton, Sweeney Todd; Ethan e Joel Coen, Onde os Fracos Não Têm Vez; Julian Schnabel, Le Scaphandre et le Papillon (O Escafandro e a Borboleta); Ridley Scott, O Gângster; Joe Wright, Desejo & Reparação;
Senti a falta de Paul Thomas Anderson, por There Will Be Blood, acredito que Ridley Scott não chegue ao Oscar, mas estou surpreso pela presença de Julian Schnabel pelo filme estrangeiro O Escafandro e a Borboleta, conseguindo indicações em categorias que não só a de filme estrangeiro. O favoritismo é dos irmãos Coen.
Melhor Roteiro
Desejo & Reparação, Christopher Hampton; Jogos do Poder, Aaron Sorkin; O Escafandro e a Borboleta, Ronald Harwood; Juno, Diablo Cody; Onde os Fracos Não Têm Vez, Joel e Ethan Coen;
Também acredito que os irmãos Coen levam aqui, fico feliz com a indicação do roteirista televisivo Aaron Sorkin, responsável por série como The West Wing e Studio 60th, por Jogos do Poder.
Melhor Filme Estrangeiro
O Caçador de Pipas O Escafandro e a Borbolete Lust, Caution Persepolis 4 Meses, 3 Semana e 2 Dias
Esta categoria pouco significa no Oscar devido a diferentes regras, o filme estrangeiro mais comentado até agora, é o romeno 4 Meses…, filmografia que está conquistando o mudo todo.
Melhor Animação
Bee Movie, nos cinemas; Ratatouille, já em dvd; Os Simpsons – O Filme, janeiro em dvd;
Categoria previsível e acredito que Ratatouille leva fácil, gostaria de ver aqui a curiosa animação Tá Dando Onda, que eu particularmente gostei bastante pelo fomrato diferente.
Melhor Trilha Original
O Caçador de Pipas, Alberto Iglesias; Desejo & Reparação, Dario Marianelli; Grace is Gone, Clint Eastwood; Into the Wild (Na Natureza Selvagem), Eddie Vedder, Michael Vedder e Kaki Vedder; Senhores do Crime, Howard Shore;
Nestas categorias musicais prefiro me recolher a minha ignorância, chama minha atenção a presença do músico Eddie Vedder, que com certeza deve estar no Oscar, e Clint Eastwood, sempre querido pelos votantes do GG.
Melhor Canção Original
Despedida, O Amor nos Tempos de Cólera (Shakira e Antonio Pinto), estréia de 28/12; Grace Is Gone, de Grace Is Gone (Clint Eastwood e Carole Bayer Sager); Guaranteed, de Na Natureza Selvagem (Eddie Vedder); That’s How I Know, de Encantada (Alan Menken); Walk Hard, de Walk Hard: The Dewey Cox Story (Judd Apatow, Kasdan, John C. Reilly e Marshall Crenshaw)
Assim como dito acima não me pronuncio nestas categorias musicais, prefiro deixar para quem entende mais.
Para vocês terem noção dos favoritos no momentos, além das indicações do GG, nesta última semana saíram os vencedores de alguns prêmios da crítica americana, confiram:
Círculo de Críticos de Cinema de New York
Filme: Onde os Fracos Não Têm Vez; Direção: Joel e Ethan Coen; Ator: Daniel Day-Lewis; Atriz: Julie Christie;
Associação de Críticos de Los Angeles
Filme: There Will Be Blood; Direção: Paul Thomas Anderson; Ator: Daniel Day-Lewis; Atriz: Marion Cotillard;
National Board Review
Filme: Onde os Fracos Não Têm Vez; Direção: Tim Burton; Ator:George Clooney; Atriz: Julie Christie; Ator Coadjuvante: Casey Affleck; Atriz Coadjuvante: Amy Ryan; Direção Estreante:Ben Affleck, Medo da Verdade; Roteiro Original:Juno e Lars and the Real Girls; Revelação:Ellen Page; Melhores Filmes do Ano:
O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford, de Andrew Dominik;
The Bucket List, de Rob Reiner;
O Caçador de Pipas, de Marc Foster;
Conduta de Risco, de Tony Gilroy;
Desejo & Reparação, de Joe Wright;
Juno, de Jason Reitman;
Lars and the Real Girl, de Craig Gillespie;
Na Natureza Selvagem, de Sean Penn;
Swenney Todd, de Tim Burton;
O Ultimato Bourne, de Paul Greengrass
Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.
Não poderia deixar de fazer uma listinha do melhor que pude assistir este ano nos cinemas, obviamente, que para não haver bagunça, vale somente os filmes que entraram em cartaz de janeiro deste ano até hoje. Já vale dizer que alguns filmes que eu gostaria de ter visto e que poderiam estar nesta lista não chegaram onde esta pobre criatura que vos escreve mora, por exemplo, O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford, No Vale das Sombras, Conduta de Risco, somente para citar alguns que lembro.
Os piores do ano, provavelmente quase ninguém viu, porque só de olhar ou ler sobre eles vocês se afastariam, no entanto, eu como um bom louco por filmes confiro todos que eu consigo, vai ver é minha tendência masoquista. O ano em si foi muito estranho, foram incontáveis continuações, trilogias e refilmagens, além da sensação dos filmes serem todos meios parecidos.
Piores Filmes de 2007
7 – Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado
Se o primeiro já era idiota o que dizer da continuação, o filme se acha engraçadinho demais, ressuscita um vilão sem explicação mas, pelo menos, temos a beleza em cena de Jessica Alba.
6 – Motoqueiro Fantasma
Nem mesmo Eva Mendes (morenaça) consegue fazer alguma coisa nesta adaptação medooonha dos quadrinhos, vilões fracos e Nicolas Cage de peruca derrubam este fraco blockbuster.
5 – Luzes do Além
Odeio continuações que se apropiam do título original somente para vender/locar em cima dos fãs do filme anterior. Se em Vozes do Além existia uma história, pelo menos, interessante, este naufraga na intenção de assustar em virtude de uma experiência de quase morte, parece um filme feito pra tevê e exibido no Supercine sábado á noite.
4 – A Estranha Perfeita
Outro representante do Supercine, suspense que tenta ser “sensual” com um elenco acima da média, Bruce Willis e Halle Berry mas, completamente, perdidos em cena e na confusa história. Também, dizem que o filme foi rodado com quatro finais diferentes, como pode haver uma lógica na trama se quatro pessoas podem ser os assassinos da história.
3 – Turistas
Esta onda de filmes torture porn (onde imperam cenas de tortura) já mostra sinais de fraqueza neste Albergue tupiniquim. Aqui, um médico caça órgãos em turistas estrangeiros para “doar” a hospitais públicos, parece piada mas é verdade, ou seria então o filme uma comédia.
2 – Caçados
Aventura medonha e medíocre que se passa na Africa (pelo menos os cenários são verdadeiros), onde uma família fica presa num jipe rodeado de leões, é isto, como não havia muito dinheiro os leões parecem saídos de um documentário da Discovery Channel, mas o mais divertido é a “brilhante idéia” do diretor de utilizar a visão dos leões em determinadas cenas, bizarro!
1 – Sangue & Chocolate
A cada ano ainda surge algum adaptação de Vampiros ou Lobisomens como se ainda houvesse necessidade. Neste filme, claramente copiado de Anjos da Noite (que já não é nenhuma maravilha), uma lobisomen mulher se apaixona por um simples humano, não preciso dizer mais nada, o pior é que os lobisomens na verdade são, lobos (o animal) numa transformação que faria o criador de Um Lobisomem Americano em Londres (feito há mais te 30 anos, até hoje imbatível) ficar envergonhado.
Para os Melhores decidi diversificar os gêneros, acho que há um pouco de tudo da produção deste ano, claro que diversos ficaram de fora, e se fosse montar uma nova lista provavelmente estaria diferente desta apresentada aqui, estas listas nunca são definitivas.
Melhores Filmes de 2007
7 – Superbad – É Hoje
Melhor comédia do ano, vindo da mesma turma responsável por Ligeiramente Grávidos, aqui o acerto continua sendo o retrato dos jovens e das situações pelos quais eles passam, nada como um toque de nostalgia e carisma para os torcermos pelos personagens principais. Detalhe, como não esquecer McLovin, o melhor personagem de todos.
6 – Labirinto do Fauno
O cinema fantástico continua entregando filme muitos bons, aqui, o mérito é do cineasta mexicano Guillermo del toro (responsável por filmes como A Espinha do Diabo e Hellboy), diretor e roteirista, através de uma fábula sobre uma menina refugiada na floresta, com a mãe e o padrasto representante da ditadura, que entra em contato com um misterioso Fauno, destaque para os aspectos técnicos e pelo roteiro com metafóras sobre a Espanha fascista de Franco em 1944.
5 – O Ultimato Bourne
Melhor representante da temporada de blockbuster, a trlogia do ex-agente Jason Bourne fechou com chave de ouro, criando inúmeras cenas de tirar o fôlego, contando com um ótimo elenco e um roteiro bastante sintonizado com os temas atuais.
4 – Possuídos
Um pequeno filme, baseado numa peça teatral, dirigido pelo mestre William Friedkin (o mesmo de Exorcista) que retrata o terror da paranóia, conspiração e da solidão do ser humano, como poucas vezes se viu no cinema. Um filme para poucos até porque a ação ocorre quase que num mesmo cenário com poucos atores em cena, destaque para Ahley Judd, espetacular.
3 – O Hospedeiro
Vocês poderiam imaginar que um filme de monstro poderia entrar na minha lista? Pois é, mas isto aconteceu, O Hospedeiro mostra a força criativa do cinema coreano (alguém aí lembrou de OldBoy), como um cinema que consegue pegar elementos clichês bastante usados e estabelecer uma nova fórmula, aqui há terror, ação, suspense, drama social e comédia, numa mistura impecável e sedutora.
2 – Zodíaco
Depois de mostrar como executar um filme de “serial killer” em Seven, David Fincher subverte o tema que lhe consagrou e entrega um épico (devido a duração) sobre personagens obsessivos, há um serial killer, mas ele não foi realmente encontrado, a história é real e as investigações que começaram nos anos 70 até hoje ainda estão em aberto (claro que há teorias que fecham a trama no filme). Cinema para gente grande, Zodíaco é um trabalho de mestre de Fincher, do seu elenco e da excelente produção que cerca o roteiro.
1 – Tropa de Elite
Não havia como essa posição pertencer a outro filme em 2007, o filme é f…, tem ação, drama e toques de comédia. Há uma excelente discussão por trás dele (mesmo que seja alienada), o filme incomoda por jogas na nossa cara algumas verdades, além disso, Tropa de Elite já virou referência de frases (“Pede pra Sair”, “Pega o Saco”), comédias e o Capitão Nascimento é nossa versão para o Jack Bauer, da série 24 Horas.
Quer mais dicas e comentários sobre os outras tantos filmes, toda sexta-feira a coluna Primeira Fila, deste que vos escreve, tenta mostrar o que tem de interessante e curioso no universo dos cine maníacos.
Eles foram chegando aos pouquinhos e, com o passar dos anos, tomaram conta de, pelo menos, um persongem em cada série policial investigativa, os nerds, colocavam a disposição sua facilidade em mexer com computadores e com conhecimentos específicos. Nesta atual temporada, os nerds viraram protagonistas de suas próprias séries e mostram que, também amam.
Se em anos anteriores, os personagens nerds estavam restritos aos dramas investigativos, como Zack Addy (Bones), Penelope Garcia e Griebler (Criminal Minds), Charlie Epps (Numb3rs), ou mesmo, em séries policiais como 24 Horas, como esquecer a emburrada Chloe O’Brian, braço direito de Jack Bauer. Agora, os nerds estão na moda através de séries como The Big Bang Theory, Chuck e Reaper.
Musa dos nerds, Chloe O’Brian
Em The Big Bang Theory, as sutilezas não existem Leonard e Sheldon, além de seus amigos, retratam todos os estereótipos dos nerds, claro que para fazer graça (apesar de eu achar que nem sempre funciona). As referências são engraçadas, para quem conhece, do universo nerd, e a adição de uma vizinha loira gostosa (nem tanto) serve para desestruturar o universo controlado destes guris. Realizada como um sitcom clássico, com direito a cenário com presença de público, The Big bang Theory tem conseguido uma audiência equilibrada para a CBS, que deve renová-la para uma segunda temporada.
A Bela e os Nerds
Já um Chuck, comédia de ação do criador de The OC, Josh Schwartz, Chuck Bartowski é um nerd típico que trabalha numa loja de departamento consertando computadores e similares, mora com a irmã, e vive sua vidinha com seu melhor amigo, Morgan, até que um dia recebe um email de um antigo desafeto da Universidade que acaba por fazer um download de um programa secreto do governo, Intersect, diretamente para o cérebro de Chuck. Assim, Chuck se transforma num “banco de dados ambulante” e passa a ser protegido pelos Major John Casey, da Agência Nacional de Segurança, e pela agente da CIA, Sarah Walker, em missões que envolvem assassinos e terroristas internacionais.
Elenco de Chuck: Morgan, Ellie (sua irmã), John, Chuck e Sarah
Sei que a trama parece idiota, mas o tom descompromissado da história acaba por divertir bastante, parece a série de espionagem Alias em tom debochado, se no início os episódios parecem independentes, quando a temporada engrena surge um arco narrativo quanto ás escolhas de Chuck que esconde dos amigos e da irmã sua condição, além disso, Chuck se apaixona pela agente Sarah que, coincidentemente, era a antiga namorada do desafeto de Chuck. Atualmente, sendo exibida pela Warner na quartas-feiras, Chuck já garantiu a temporada completa (se a greve dos roteiristas permitir).
Já na outra série novata, Reaper, única das séries sem previsão de estréia por aqui, o contexto é um pouco diferente. Reaper conta a história de um guri, Sam, que ao completar 21 anos descobre que sua alma foi vendida pelos seus pais ao Diabo antes de nascer. Ele leva a sua vida como um adolescente: não foi a faculdade, tem um emprego medíocre numa loja de departamento (pelo jeito, lugar recheado de nerds conforme os roteiristas), e seus amigos são um bando de losers (sendo o Sock, o melhor personagem da série). Sam é apaixonado há anos por sua colega de trabalho, Andi, e não tem coragem de se declarar. No dia do seu aniversário, o diabo em pessoa (Ray Wise melhor em cena) diz a Sam qual é a sua missão: recolher as almas perdidas e mandá-las de volta para o quinto dos infernos.
Sam (no meio), Andi, Sock e no canto o Diabo em pessoa
Mesmo não sendo nenhuma maravilha de série que irá mudar sua vida, até porque a fórmula “demônio fugitivo da semana” cansa um pouco, o carisma dos personagens e as situações absurdas divertem, detalhe, o primeiro episódio foi dirigido pelo cineasta cool, Kevin Smith (de filmes como Dogma e Procura-se Amy).