Após se envolver com a polícia por dirigir alcoolizado, Kiefer Sutherland volta a interpretar Jack Bauer (ou o Capitão Nascimento americano) no seriado 24 Horas (exibido aqui pela Fox e a Rede Globo), que inicia em janeiro sua 7ª temporada.
Há muito o que fazer na volta da série que recebeu diversas críticas por estar se repetindo nesta última temporada, assim sendo, seus produtores resolveram chutar o pau da barraca e renovar a série com diversos novos personagens e um novo cenário, sai a CTU em Los Angeles e entra um escritório do FBI em Washington, que por acaso é onde Jack está sendo julgado por um cômite do Senado por seus “métodos de investigação”.
No entanto, a maior surpresa é a presença de um personagem que aparentemente havia morrido e que paticipou de diversas temporadas como um agente parceiro de Jack mas, que no vídeo abaixo além de ressuscitar, surge como um verdadeiro vilão da temporada (?).
Apesar de muitos acharem que houve poucos anúncios de cancelamentos até agora, a nova programação do fall season estreiou já faz um mês, o canal CBS iniciou á “caça aos seriados de baixa audiência” com o cancelamento de Viva Lughlin.
Obviamente, você não conhece (e dificilmente conhecerá) esta série que contava a história de um dono de cassino que se via, de repente, no meio de uma trama de assassinato. Mas, há um detalhe que não mencionei, a série é um musical, isto mesmo, em meio as conversas entre os personagens eles, simplesmente, começam a cantarolar. A série foi cancelada logo após a exibição do segundo episódio e era, com certeza, um cancelamento certo, se nos cinemas, o gênero musical produz vez ou outra um filme que preste imagina uma série tão específica funcionar na televisão aberta americana.
Aposta certa para o cancelamento
Ainda sobre séries, já foram confirmadas temporadas completas (normalmente de 22 a 24 episódios) das seguintes séries: Pushing Daisies (melhor estréia da temporada, com exibição pela Warner em 2008), Private Practice (série derivada de Grey’s Anatomy, acredito que o Sony exiba em 2008), The Big Bang Theory (comédia que estréia agora em novembro na Warner) e Gossip Girl (drama teen que também estréia em novembro na Warner). Um dos motivos para os poucos cancelamentos comenta-se que seja devido á greve de roteiristas que irá acontecer nos Eua apartir de novembro.
Na semana passada o canal Fox brasileiro (ou Raposa, nome que circula na internet desde que resolveu exibir toda sua programação dublada sem avisar os espectadores), terminou de exibir a segunda temporada de Prison Break. Produzida pelo cineasta Brett Ratner (da cinessérie Hora do Rush), Prison Break, surgiu na Fox americana como uma série tapa buraco para ser exibida enquanto não estreiava 24 Horas, no intervalo de setembro á janeiro. No entanto, a série conseguiu uma repercussão tão grande que além de ter uma temporada completa foi renovada para uma segunda e se tornou um dos carro-chefes da programação da Fox americana.
Elenco principal da primeira temporada
Para quem não conhece a série (sua primeira temporada já está disponível em dvd, a segunda chega em novembro), em Prison Break, Michael Scofield é um homem desesperado numa situação desesperadora. Seu irmão, Lincoln Burrows, está no corredor da morte e será executado em alguns meses, após ser condenado por um assassinato que Michael está convencido que Lincoln não cometeu. Sem outras opções e com o tempo diminuindo, Michael assalta um banco para que ele seja preso e levado para a penitenciária estadual Fox River, o mesmo local onde seu irmão está cumprindo pena. Uma vez lá dentro, Michael é um engenheiro civil com as plantas da prisão tatuadas em seu corpo e começa a executar um elaborado plano para libertar Lincoln e provar a inocência dele. Esta, na verdade, é a sinopse da primeira temporada da série porque, na segunda temporada, os produtores resolvem modificar o formato da série e colocar os, agora, fugitivos de Fox River sendo perseguidos pelo misterioso agente Mahone (excelente personagem de William Fichtner).
Na verdade, o grande sucesso de Prison Break se deve ao engenhoso e ágil roteiro do programa, sempre com excelentes ganchos entre os episódios (os já famosos cliffhangers), e, também, á tensão palpável criada em cada cena graças a boa trilha sonora. Mesmo na segunda temporada quando a qualidade não é a mesma da excelente estrutura da primeira, os roteiristas compensam com mais cenas de ação e construindo a narrativa em volta dos fugitivos e a busca dos mesmos pelo FBI.
Os fugitivos da segunda temporada
No entanto, um aviso: para acompanhar Prison Break é necessário deixar de lado a lógica pois o roteiro da trama utiliza de todos os meios possíveis e impossíveis para manter o clima de suspense da história, isto é, a verossimilhança (palavra difícil, hein?) passa longe da trama. Outro problema envolve a utilização da Companhia como vilão do seriado, na verdade, a trama nos empurra que tudo faz parte de uma grande conspiração mas, até agora, não sabemos quem está no comando dela.
Abaixo uma amostra da terceira temporada e, para quem for curioso, minha primeiras impressões sobre os novos episódios. Antes que alguém pergunte, a canal Fox brasileiro deve exibir Prison Break por aqui somente em 2008.
Aviso de spoilers
A terceira temporada está sendo exibida nos Eua (já em seu quinto episódio) e posso dizer, que o gancho do final da segunda temporada, quando Scolfield, T-Bag, Mahone e Bellick são presos em Sona, no Panamá, é, inicialmente, um pouco forçado demais, no entanto, os novos personagens e as situações que surgem em Sona melhoram muito no decorrer dos episódios, voltando a velha fórmula da primeira temporada: armar um plano para fugir da prisão (no caso, Sona), só que desta vez não há um plano de fuga.
A saída da atriz Sarah Wayne Callies, a dra. Sara Tancredi (em função de sua gravidez), prejudicou o início desta temporada de Prison Break, até porque a idéia de utilizar uma modelo para mostrar a personagem de costas foi um fiasco, contudo, a opção pelo final trágico da personagem na série foi um acerto, mesmo que tardio.
Depois que Jim Carrey e Adam Sandler resolveram diversificar suas carreiras ou tentar ganhar um Oscar, demonstrando talento em filmes dramáticos (hein?) como O Show de Truman/Número 23 (Carrey) e Embriagado de Amor/Reine sobre Mim (Sandler), abriu-se espaço para novos comediantes no cinema americano fazerem sucesso. Surgiram diversos nomes em Hollywood, porém quem se destacou com a crítica (pelos roteiros) e o público (pelas bilheterias) foram dois grupos de comediantes. Estes comediantes, normalmente, vindos de seriados cômicos televisivos ou do já lendário programa Saturday Night Live.
Um destes é o Frat Pack (nome em homenagem ao grupo de cantores e atores liderados por Frank Sinatra nos anos 60 reconhecido como Rat Pack), grupo variado de comediantes com nomes como Ben Stiller, Owen Wilson, Luke Wilson, Will Ferrell, Steve Carrell, Paul Rudd e Vince Vaughn, somente para citar alguns. Em seus filmes sempre algum deles protagoniza enquanto outros participam em papéis coadjuvantes ou somente em participações especiais. Vários são os exemplos dos trabalhos deste grupo: Zoolander, Entrando numa Fria, Com a Bola Toda, O Âncora, Penetras Bons de Bico, etc.
Abaixo, um vídeo que faz uma paródia com as cenas do filme O Âncora, um dos filmes mais sem noção do frat pack, com a narração monstruosa do filme 300. Obs:reparem na participação de Tim Robbins, Luke Wilson e Ben Stiller.
O último exemplar do grupo foi o filme Escorregando para a Glória, protagonizado por Will Ferrell e Jon Heder, de Napoleon Dynamite (quem sabe um novo nome no grupo), além deles ainda há a participação de Luke Wilson. Em comum, os filmes do grupo possuem um humor mais grosseiro, não muito ofensivo, e atuações e situações exageradas do tipo “sem noção”. A maioria de seus filmes também exaltam a amizade masculina: geralmente os protagonistas formam duplas ou equipes tentando superar um desafio em comum. Somente para relembrar em Escorregando para Glória, dois patinadores de gelo expulsos das competições solos se unem para voltar as competições como dupla, com direito a coreografias duvidosas e colãs brilhosos, mais engraçado impossível.
Ferrell e Heder “soltando a franga” no gelo
Já o outro grupo que anda se destacando é o liderado pelo diretor/roteirista/produtor Judd Apattow, de filmes como O Virgem de 40, Ricky Bobby – A Toda Velocidade, Ligeiramente Grávidos e Superbad- É Hoje (que estréia nesta sexta nos cinemas). Estes filmes que citei ultrapassaram bilheterias de 100 milhões de dólares somente nos Eua (sem contar que são produções, geralmente, baratas). Apattow é o produtor de dois seriados desta década considerados já cults, Freaks and Geeks e Undeclared, ambos não duraram uma temporada no entanto, revelaram o estilo de comédia de Apattow e diversos de seus atores como, Seth Rogen (que também trabalha como roteirista em Superbad), Jay Baruchel (Ligeiramente Grávidos e Menina de Ouro), Jonah Hill (Ligeiramente Grávidos e Superbad) e Jason Segel (atualmente, em How I Met Your Mother).
Que tal a dupla dinâmica de Superbad
O estilo cômico de Apattow é completamente diferente do Frat Pack, em suas produções, os roteiro são criativos, irreverentes, inteligentes (acima da média) e, até mesmo, com toques dramáticos. Outro fator que se destaca é o carinho com que a história trata seus personagens nerds, em sua quase totalidade masculinos, por mais ridículos e irresponsáveis que estes sejam, o roteiro permite que eles sejam infantis e bobos mas, sem apelar para idiotices grosseiras.
Ainda é cedo para apontar mas, futuramente, estes comediantes podem entrar para o Hall da comédia mundial, ao lado de ícones como os irmãos Marx, Charlie Chaplin, Jerry Lewis, Mel Brooks e Monty Phyton. Sorte nossa!
Como eu não sou pago para assistir séries (uma pena!), passado um mês das estréias do fall season americano chegou a hora de decidir quais as séries continuar acompanhado, pois além das estréias, e foram mais de 20 somente neste mês que passou, há aquelas das quais já sou fã, então tenho que optar por um número humanamente possivel de assistir ou aumentar as horas do meu dia.
Desde o retorno das novas temporada não ocorreu nenhuma explosão de audiência entre as novatas, muito pelo contrário, algumas já estão na corda bamba do cancelamento. Como exemplo, nestas primeiras semanas as maiores audiências continuam sendo C.S.I, o reality show Dancing With the Stars e Grey’s Anatomy. No entanto, até o momento nenhuma foi cancelada oficialmente, muito pelo contrário, Gossip Girl, série teen do canal Cw, recebeu sinal verde para uma primeira temporada completa. Além dela, Bionic Woman, Cane, Chuck, Journeyman e Life receberam pedidos de novos roteiros além dos 12 primeiros já confirmados, um bom sinal para quem acompanha elas e para a Warner (detentora da fama na qual a maioria de suas estréias sempre são canceladas), que exibirá Cane, Chuck e Gossip Girl, a partir de novembro.
Continua imbatível na audiência
Das 20 estréias desta temporada pude, até agora, asssitir a 11 novos seriados, como vocês poderão notar, não mencionarei as seguintes séries: The Big Bang Theory, Cane, Big Shots, Aliens in America, Carpoolers, Cavemen, Life is Wild, Women’s Murder Club e Samantha Who?. Algumas são por falta de interesse e outras por ainda não haver arquivo para assistí-las, mesmo assim, farei um apanhado geral do que vi, e futuramente poderei comentá-las melhor por aqui.
Das séries novatas de drama (que na verdade pode ser drama, policial ou suspense), já cancelei do meu HD: K-Ville, por ser um policial que nada inova a não ser pelo curioso ambiente de caos em Nova Orleans, no mais, a série depende muito da química dos protagonistas; Gossip Girl, nunca fui muito fã de dramas adolescentes acho tudo muito artificial, se acompanhar será quando sobrar tempo e pelo canal Warner; Journeyman, fala sobre viagem no tempo, no entanto, nada é muito explicado, pelo menos, nos dois primeiros episódios que pude ver, é interessante, mas teria que ter um ritmo mais ágil; Bionic Woman, outra série que pede um pouco mais de atenção como no momento não é possível, fica para quando estrear no canal A&E. Estas séries acima ficam no banco de reservas, por enquanto.
Apesar do argumento curioso, Journeyman possui trama reciclada e ritmo lento
Ainda tenho dúvidas se continuo assistindo Reaper e Moonlight. Reaper é uma série que mistura aventura, comédia com toques de sobrenatural, mesmo sendo divertido acompanhar as aventuras de Sam, que teve sua alma prometida para o Diabo, e agora é recrutado pelo mesmo para caçar criaturas que fugiram do Inferno, Reaper, por enquanto, somente se mostrou uma série de fórmula, a cada episódio Sam e seus amigos caçam um demônio diferente, ainda não houve um desenvolvimento de personagens, somente o Diabo, sarcasticamente interpretado por Ray Winstone, se destaca. Enquanto isso, Moonlight, que seria somente mais uma série de vampiros, se mostrou bastante inteligente ao trazer as lendas sobre vampiros para os dias atuais, fugindo do estereótipo e de seriados como Buffy e Angel. No entanto, ainda não dá para saber onde a série pretende ir, nem como trabalhará seus personagens e sua mitologia, vamos ver onde isso irá dar.
Pushing Daisies: série novata preferida
Entre minhas séries preferidas já se encontra Pushing Daisies, sobre Ned que desde criança possui a habilidade de ressuscitar coisas mortas, mesmo só vendo os dois episódios exibidos, há na produção um charme ímpar, desde o protagonista Lee Pace até o tom de fábula das histórias e o inevitável humor negro, tudo muito bem realizado, parece promissor. Também me agradou a série Chuck, mesmo contando com uma trama meio absurda, nerd especialista em computadores que trabalha numa megastore transforma-se num agente secreto ao se tornar possuidor de informações ultra-secretas, o tom cômico dos personagens com uma bem dosada trama de aventura, diverte e entretem.
Chuck: engraçada e despretensiosa
Private Practice, “filhote” de Grey’s Anatomy, começou com um episódio bastante duvidoso mas, soube trabalhar muito bem a trama dos personagens que desconhecíamos, afinal somente dra. Addison está presente na série, com os casos que surgiram na clínica nos episódios posteriores, seria como um mais do mesmo do que acontece em Grey’s, então quem é fã pode gostar por conhecer as tramas de criadora Shonda Rhimes. Como promessa futura de qualidade o elenco é bastante promissor, com destaque para a talentosa Amy Brenneman, como a psiquiatra Violet.
Já Dirty Sexy Money, mesmo parecendo um novelão tem um argumento interessante, advogado assume, após a morte do pai, representação dos negócios de uma familia rica e poderosa, a quem mantinha distância por diversos anos, possui como destaque seu elenco: Peter Krause (A Sete Palmos), Donald Sutherland (veterano com passagem em filmes como Maldição e Orgulho & Preconceito), William Baldwin (melhor que a encomenda) e a veterana Jill Clayburgh. Por último a série policial Life, que comecei a acompanhar despretensiosamente mas, que apresentou um argumento curioso: policial injustamente preso por 12 anos acusado de assassinato, ao sair da cadeia retorna como agente investigativo e ao mesmo tempo que investiga novos casos, tenta solucionar o crime que levou a ser condenado. No elenco, Damian Lewis (do filme Apanhador de Sonhose da minissérie Band of Brohters), cria um policial intimista e estranho, principalmente, ao enfrentar questões que ficaram para trás neste doze anos de confinamento, como o relacionamento com seu antigo parceiro e família.
Agradável surpresa
Na verdade, é muito cedo para especular sobre estes seriados, principalmente, os que apresentam histórias que envolvem mistérios, no entanto, fica como uma primeira dica para vocês terem um pouco de noção do que se passa em cada um deles.
A esta altura vocês já devem saber que há outra resenha sobre o filme Tropa de Elite aqui no AOE, do Atillah. A minha resenha, apesar de ter visto a cópia pirata, esperei para escrever depois de assistir a versão final do diretor Jose Padilha.
Posso dizer que continuo achando TROPA DE ELITE um filme sedutor, não pelo discurso ideológico, mas como a narração em off do capitão Nascimento (versão tupiniquim do agente Jack Bauer, do seriado 24 Horas), do BOPE, funciona como um advogado de defesa para os acontecimentos da trama, seria um olhar que justifica o mal necessário, principalmente, o uso exacerbado de violência como instrumento de repressão.
Polêmica do ano
Obviamente, dizer que o filme é fascista ou qualquer outra coisa é uma leitura equivocada e precoce para TROPA DE ELITE, que tem como maior mérito levantar questões sociais importantes nas pessoas que o assistem, pelo menos, imagino eu que todo mundo se choque ou mesmo se revolte com o que é mostrado na tela.
Estruturado como um excelente thriller americano, TROPA DE ELITE, é um feliz exemplo da diversificação de gêneros que tanto se pede para o sucesso do cinema nacional como um todo. Se esquecermos o contexto social e político, TROPA DE ELITE é um verdadeiro filme policial com um ritmo de ação alucinante, tanto isto é verdade, que a montagem com cortes abruptos de Daniel Rezende torna o contexto das situações sempre urgente e isso somente não ocorre quando o roteiro precisa trabalhar os personagens dramaticamente.
Além disso, a trama não linear resulta num filme de dois momentos, num primeiro acompanhamos o desgaste do Capitão Nascimento frente ao BOPE e os “aspiras” Matias e Neto afogados num mar de corrupção e burocracia de uma policia falida, num verdadeiro “momento onde nos vamos parar?” revoltante, já na segunda metade, vemos a transformação dos “aspiras” em homens do BOPE, o que não significa que saíram vitoriosos, tanto o capitão Nascimento quanto Matias e Neto pagam o preço de suas escolhas.
Capitão Nascimento: herói ou torturador?
O roteiro inteligente e provocador acerta, principalmente, na criação dos personagens, observem a riqueza de nuances dos três principais personagens, há até mesmo espaço para risos em cenas onde constatamos o ridículo das situações onde imperam a corrupção e a “burrocracia”, temos desde o transporte de corpos para modificar as estatísticas até a injusta (?) partilha do dinheiro sujo, legítimo exemplo de que se não fosse trágico seria cômico.
Claro que TROPA DE ELITE não seria o mesmo sem a força interpretativa e física dos atores, Caio Junqueira e André Ramiro compõem de maneira acertada seus personagens, tidos como coração e razão, respectivamente. No entanto, quem entra para a história, para o bem e para o mal, é o capitão Nascimento de Wagner Moura, num ano no qual o ator conseguiu se destacar como um ingênuo interiorano em Saneamento Básico – O Filme e como o grande vilão da tevê brasileira numa novela, Moura soube construir seu complexo e monstruoso personagem.
Aproveitando a polêmica em torno de Tropa de Elite, já leu a resenha de Atillah?, não perca tempo, resolvi comentar com vocês outras produções que ganharam uma aura imortal no Olimpo cinematográfico por retratarem em filmes polêmicas como religião, sexo e violência (como acontece em Tropa de Elite). Inclusive, assim que tiver assistido este filme nos cinemas (a estréia aqui no sul é neste findi), coloco mais fogo na discussão ao redor do filme aqui no AOE.
Wagner Moura como Capitão Nascimento no filme mais polêmico deste ano
Vou começar pela polêmica mais “prazerosa”, filmes que relatam sexo nos cinemas, não é de hoje que alguma produção com um forte apelo erótico (óbvio que não vale filme pornô), sempre consegue manchetes na mídia referentes a cenas ou atores envolvidos no filme, e acabam ganhado status de filme maldito. O exemplo mais recente é o filme independente Brown Bunny (sei que você nunca deve ter ouvido falar), drama intimista dirigido/roteirizado/protagonizado pelo ator Vincent Gallo (ator de filmes estranhos como Cidade Sombria), que ficou conhecido na mídia como filme no qual Chloë Sevigny (de Meninos não Choram e Zodíaco) pagou um boquete em Gallo, filmado com todos os detalhes, só não sei se isto favoreceu o filme a carreira do filme. Brown Bunny, no Brasil, somente foi exibido em circuito restrito mas, será lançado em dvd em novembro pela Europa Filmes.
Browm Bunny, mais conhecido como o filme do boquete
No entanto, polêmicas em torno de sexo não são de hoje, as cenas de orgia do filme Calígula, de 79, são até hoje mencionadas pela “liberdade” do conteúdo. Outro polêmica pertence á Marlon Brando no filme de 72, O Último Tango em Paris, e o uso de manteiga numa determinada cena entre seu personagem e a personagem da atriz Maria Schneider. Já em Crash – Estranhos Prazeres, a polêmica envolve a excitação sexual dos personagens através de acidentes automobilísticos, nem preciso comentar a bizarrice do fetiche.
James Spader atracando a atriz Deborah Unger em Crash – Estranhos Prazeres
No que se refere á religião, A Última Tentação de Cristo, do mestre Martin Scorsese, chocou setores conservadores da Igreja e da sociedade, por tratar a figura de Cristo de uma perspectiva humana, reconstruindo a trajetória de Jesus a partir da hipótese dele ter optado por uma vida comum, sem assumir o ônus da salvação da humanidade, além disso, o filme ainda retrata uma versão da vida de Jesus casado com Maria Madalena. Temas religiosos ainda rendem polêmica desde a acusação de anti-semitismo sobre A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, até ao tom esculachado da trama de Dogma, de Kevin Smith.
A única polêmica A Paixão de Cristo deveria ser a quantidade de sangue que jorra na tela
Voltando para o início da coluna, a polêmica em torno do retrato da violência no cinema também encontra exemplos em décadas atrás, como no filme de Stanley Kubrick, Laranja Mecânica ou mesmo, no retrato glamourizado de Oliver Stone para o casal de assassinos, Mickey e Mallory, de Assassinos por Natureza, até hoje criticado e elogiado pela idéia de justamente satirizar o sensacionalismo, a banalização e a atenção que a mídia presta a criminosos e á violência. Para fechar com chave-de-ouro, cito o fantástico e brutal Réquiem para um Sonho, de Darren Aranofsky, que retrata o vício em drogas num grupo de quatro personagens mas, que engloba além de drogas, remédios, roubo e prostituição para sustentar o vício num filme de imagens e questionamentos fortes.
O canal Sony foi o último canal, que utiliza novembro para estrear sua nova programação, para divulgar sua grade. Pois bem, quem tiver a oportunidade de cancelar a assinatura com o canal pode fazê-lo, porque estas estréias são um verdadeiro fiasco. A maior novidade é a estréia de Ugly Betty com uma temporada de atraso, nos Eua já está sendo exibido o terceiro episódio da segunda temporada nesta semana.
A outra novidade é negativa, o seriado de maior audiência nos Eua, C.S.I – Las Vegas, foi transferido para o canal “irmão” do Sony, o AXN, que se juntará aos demais seriados da franquia, ou seja, a nova temporada (a oitava), deverã ser exibida somente em fevereiro quando o AXN estréia seus seriados. Portanto, quer saber o que aconteceu com Sarah que foi sequestrada pela assassina de miniatura? Sente e espere até fevereiro ou corra para baixar o seriado.
Contrariando minha coluna sobre a crise dos sitcom, leia aqui, o canal Sony estreará cinco novas comédias, além de um drama canadense, The Best Years, a segunda temporada de Friday Night Lights ao término da primeira e o jornalistíco cômico The Daily Show with Jon Stewart (o cara que apresentará o Oscar no ano que vem).
Veja a grade:
Segunda-feira (05/11):
20h – My Boys (nova série);
20:30hs – Samantha Who? (nova série);
21h – Big Day (nova série);
21:30hs – Rules of Engagement (nova série);
22h – Grey’s Anatomy (reprise);
Terça-feira (06/11):
20h – 30 Rock (segunda temporada);
20:30hs – Scrubs (reprise);
21h – Ball of Steel (segunda temporada);
22h – Da Ali G Show (terceira temporada);
22:30hs – The Daily Show with Jon Stewart (nova série);
Quarta-feira (07/11):
20h – Ugly Betty (nova série);
21h – Brazil’s Next Top Model;
22h – Desperate Housewifes (reprise);
Quinta-feira (08/11):
20h – Falcon Beach (segunda temporada);
21h – The Best Years (nova série);
22h – Ghost Whisperer (terceira temporada);
Sexta-feira (09/11):
20h – Carpoolers (nova série);
20:30hs – ‘Til Death (segunda temporada);
21h – Everybody Hates Chris (terceira temporada);
21:30hs – The Game (segunda temporada);
22h – Friday Night Lights (segunda temporada a partir de 16/11);
Voltam também a grade de programação aos sábados: 7th Haven (que já havia terminado e foi ressuscitada, porém, agora, terminou de vez), Celebrity Poker Showdown, Queer Eye for the Straight Guy e Jamie Kennedy Experiment.
Se você não se empolgou com o canal, para 2008 as coisas prometem mudar, a partir de fevereiro voltam para novas temporadas:American Idol, Desperate Housewifes, Grey’s Anatomy, Medium, Scrubs, American Next Top Model e Saturday Night Live.
Além disso, para esta época ficaram prometidas as estréias das novatas: Private Practice, Reaper, Cashmere Mafia, Canterbury’s Law e Viva Laughlin.
Fazendo jus ao nome da coluna, hoje comento o momento delicado dos sitcom. O sitcom estilo cômico tipicamente americano (aqueles com as risadas no fundo), na televisão se encontra em baixa, pode parecer um fato estranho em tempos onde a produção de seriados é qualificada e diversificada, que um gênero familiar e clássico (vide os sucessos de décadas atrás como I Love Lucy, Mary Tyler Moore, Cheers e, recentemente, Seinfeld e Friends) esteja em crise com o grande público.
Friends, já considerado um sitcom clássico
Após o término de Friends, depois de dez temporadas, a única série que realmente obteve grande retorno de audiência foi Everybody Loves Raymond (exibido pelo canal Sony), que garantiu ao gênero muito sucesso de público e crítica, a série terminou em 2005 após nove temporadas. Desde então, a cada nova temporada todos os canais tentam de alguma maneira inovar o formato (como variar a narrativa, o uso de cenários e número de câmeras). Isto ocorre em séries como The Office, 30 Rock, My Name is Earl, Everybody Hates Chris e Scrubs, no entanto, quanto á audiência todas tentam sobreviver na dura competição do horário nobre americano.
exemplo da diversificação do formato, The Office parece um documentário
Nesta nova temporada que se iniciou há três semanas, somente uma comédia volta a aparecer entre as séries mais vistas, assim como ocorria na temporada passada, é Two and a Half Men (exibido pelo canal Warner e pelo SBT), com médias superiores a 13 milhões de espectadores a cada semana. Em sua quinta temporada de sucesso, a trama da série é sobre Charlie Harper (Charlie Sheen) um solteirão bem de vida que vive numa casa na praia, tem um belo carro na garagem e tem uma grande facilidade de conquistar as mulheres. Seu estilo de vida casual em Malibu é interrompido quando seu irmão Alan (Jon Cryer), que está no meio de um divórcio, e seu sobrinho de 10 anos Jake (Angus T. Jones), chegam para morar com ele, trama simples, mas, eficiente.
Com o formato clássico de meia hora, Two and a Half Men é a única série que consegue unir uma grande audiência com boas críticas, porém, com a diversificação dos seriados surgiu um novo gênero na televisão americana, a comédia dramática com duração de uma hora cada episódio. Representantes deste novo subgênero surgiram como opção para os formatos de sitcom, como Ally McBeal (inesquecível pela trilha sonora e personagens carismáticos), e hoje em dia, são representados pelos sucessos Desperate Housewifes (um campeão de audiência já em sua quarta temporada, exibido pelo canal Sony), mostrando o lado cômico, misterioso e dramático de donas de casas do subúrbio americano e, na novata, Ugly Betty (estréia na Sony em novembro, já em sua segunda temporada), que mescla o tom exagerado das telenovelas mexicanas com os estereótipos do mundo da moda.
Olha a gatinha
Nesta temporada as emissoras continuam tentando encontrar uma série neste formato que encontre sucesso com o grande público, no formato tradicional, tivemos as estréias de The Big Bang Theory, Aliens in América, Carpoolers, Cavemen e Sam I Am, já no formato com duração de uma hora, estrearam Reaper e Pushing Daisies, até agora, somente Pushing Daisies estreou com audiência considerável, no entanto, é muito cedo para analisar quem ganhará espaço fixo na grade de programação americana ou será cancelado.
Particularmente, sitcom não é um gênero que me cative muito, acompanhei diversas séries como Ally McBeal, Friends, Sex and the City entre outros. Atualmente, acompanho, inclusive destas que citei Entourage (do canal HBO), The New Adventures of Old Christine (que retorna para terceira temporada somente no mid season americano), Desperate Housewifes, Ugly Betty, as novatas Reaper e Pushing Daisies. Porém, quem me faz gargalhar incessantemente é How I Met Your Mother, contada como um longo flashback, mostra como o personagem Ted conheceu a mãe de seus filhos juntamente com seus amigos, lembra, inevitavelmente, Friends, o que como comparação é um elogio, uma pena a série ser exibida pelo canal Fox Life (que eu não conheço quem tenha), mas o roteiro é inteligente, agradável e recheado de referências pop tendo, inclusive, o melhor coadjuvante cômico do momento (desculpem, mas eu acho isso), Barney e seu já famoso legendary.
Assim como os canais Warner e Sony, o Universal Channel também estreará novas temporadas em novembro, assim sendo, quem acompanha por estes canais terá somente dois meses de diferença com a exibição americana (por outro lado, haverá reprises durante a exibição assim como ocorre nos EUA).
Dos retornos, com certeza, o mais esperado é House (quarta temporada), quinta-feira 22/11 ás 23hs, como será que House se comportará agora que seus auxiliares pediram demissão?, o retorno posso garantir (no momento, assisti aos dois primeiros episódios) continua intenso e hilário.
Os outros dois seriados que retornam são:
Monk (quinta temporada), estréia no domingo 18/11 ás 20hs, o seriado conta as divertidas aventuras de Adrina Monk, um detetive que sofre com uma doença obsessiva-compulsiva. O seriado retorna com 16 episódios novos divididos em duas partes, cada uma com 9 episódios. Nesta temporada participam do seriado a comediante Sarah Silverman, o rapper Snopp Dogg e Alfred Molina (Homem-Aranha 2);
Lei & Ordem: Unidade de Vítimas Especiais (nona temporada), estréia 13/11 ás 23hs, seriado que surgiu da franquia Law & Order, hoje dá mais audiência que o original, conta os terríveis e polêmicos crimes que envolvem questões sexuais, a dupla protagonista continua sendo Olivia Benson (Mariska Hargitay) e Elliot Stabler (Christopher Meloni), nesta nova temporada o seriado conta com as participações de Cythia Nixon (Sex and the City), Melissa Joan Hart (da série Sabrina), Gloria Reuben (de E.R.), Aindan Quinn e entra no elenco principal Adam Beach, como o agente Chester Lake, que já havia participado de alguns episódios da oitava temporada