Após o sucesso de Hairspray – Em Busca da Fama, o gênero musical comprava seu bom momento com o lançamento de Across the Universe, da diretora Julie Taymor (responsável pela adaptação na Broadway de Rei Leão e pelo filme Frida).
Uma história de amor num cenário ambientado na década de 60 em meio aos anos turbulentos de protesto contra a guerra, exploração da mente e rock ‘n roll, o filme vai das docas de Liverpool ao universo criativo e psicodélico de Greenwich Village, das ruas tomadas pelos protestos em Detroit aos campos de morte do Vietnã. Os artistas namorados Jude (Jim Sturgess) e Lucy (Evan Rachel Wood), na companhia de um pequeno grupo de amigos e músicos, são atraídos pelos movimentos contrários á guerra e da contracultura que surgiam, com o “Dr. Robert” (Bono) e “Mr. Kite” (Eddie Izzard) como seus guias. Forças turbulentas fora do controle deles acabam separando os dois jovens, obrigando Jude e Lucy – contra todas as adversidades – a encontrarem um jeito de voltar um para o outro. Além da sinopse Paz & Amor, o filme é recheado de músicas dos Beatles, como pode ser visto no trailer abaixo, tem previsão de estréia por aqui em 07/12.
O filme ainda conta com a participação especial de astros como Bono (U2), Eddie Izzard, Joe Cocker e da atriz Salma Hayek.
Com a notícia divulgada nesta semana que Natalie Portman (gatíssima, de V de Vingança), entrou no elenco de Brothers, com Tobey “Homem-Aranha” Maguire e Jake “Brokeback Mountain” Gyllenhall, lembrei que este filme é, na verdade, uma refilmagem de um filme homônimo dinamarquês recente, acho que 2004, mas lançado comercialmente por aqui em 2005 (o dvd foi distribuído pela Califórnia Filmes). Brothers faz parte de uma nova “moda” do cinema americano, refilmar recentes filmes não falados em inglês (isto mesmo, americano é preguiçoso e não gosta de ler legendas), para o mercado americano.
Musa inspiradora da coluna
Ou pior do que não querer ler legendas, o grande problema por trás disso é a falta de originalidade das produções americanas atuais que, quando não são continuações ou são adaptações literárias ou são refilmagens de clássicos antigos. Fez sucesso internacional ou ganhou prêmios em festivais, compra-se os direitos (investimento mais barato e com certa garantia) e se refilma com mais dinheiro e um elenco mais conhecido com todos falando um inglês bastante fluente.
Num primeiro momento, você lembra que isto acontece somente com produções orientais, até porque, se acostumar com uma língua como a chinesa onde, por exemplo, parece que todos estão gritando (principalmente as mulheres) é irritante. São vários os filme já adaptados pelos americanos, temos desde os já famosos O Chamado (1 e 2), O Grito (1 e 2), Ígua Negra até os mais recentes e prontos para serem lançados One Missed Call (que teve o pôster divulgado aqui) e The Eye (este imperdível pela presença da hot Jessica Alba). Mas, nem só de assombrações de meninas cabeludas vivem estas refilmagens americanas, no ano passado, o argentino Alejandro Agresti dirigiu para o mercado americano a refilmagem de Siworea, romance sul coreano de 2000, que recebeu o título de A Casa do Lago, um dos melhores filmes de mulherzinha de 2006.
cena assustadora de The Eye ou “ahhh!Quemei o bolo!!”
Falando em argentinos, Steven Soderberg (cineasta da cinessérie Onze Homens…) produziu uma versão de Nove Rainhas (2000), espetacular filme de golpe e trapaça dirigido pelo falecido Fabian Bielinsky e protagonizado pelo ótimo ator Ricardo Darin (O Filho da Noiva), que na versão ianque recebeu o título de 171, mas, neste caso a refilmagem ficou muito aquém do original.
Dois outros exemplos recentes estiveram em cartaz neste ano: Um Beijo a Mais, comédia romântica dirigida por Tony Goldwin e protagonizada por Zach Braff (Scrubs), é na verdade, baseada no italiano O Último Beijo (disponível em dvd), do agora internacional diretor/roteirista Gabriele Muccino (Í Procura da Felicidade). Neste caso, os filmes se equivalem até porque na versão americana, o roteiro foi adaptado com algumas idéias criativas de Paul Haggis (roteirista da moda em Hollywood, escritor de Crash – No Limite e Menina de Ouro). O outro caso é Os Infiltrados, ganhador do Oscar neste ano, adaptado por Willam Monahan e dirigido pelo mestre Martin Scorsese, o filme original é o chinês Conflitos Internos (disponível em dvd), ambos os filmes muito bons, sendo que o chinês é um pouco menos convencional do que a versão americana.
Dois motivos para ver Um Beijo a Mais: Rachel Bilson e Jacinda Barrett
Claro, que não há convenção que diga que uma refilmagem, necessariamente, seja inferior ao original, somente o que me chama a atenção é esta tendência do mercado americano de mimetizar (palavra difícil, hein?), outras produções que, diferentemente deles, conseguem inovar em tramas e argumentos. Claro que facilita, principalmente na cabeça do produtor, que um filme já testado em outras platéias e aprovado, seja uma garantia de retorno financeiro para ele também, porém, este tipo de refilmagem está se tornando um hábito em tempos onde a criatividade é artigo raro em Hollywood, refletido no baixo número de filmes americanos originais que realmente impressionam as platéias atuais.
Atenção fãs de seriados! Para você que prefere acompanhar os seriados na tevê à cabo (obviamente que se você é fã e espera para acompanhar na televisão aberta, “I’m sorry”), ou não tem paciência para baixar pela internet, o canal Warner Channel divulgou as novas temporadas, estréias e os novos horários de seus seriados no horário nobre (somente não se apegue muito aos novos porquê a Warner sofre da maldição do cancelamento, a maioria de suas estréias são logo canceladas pelos canais americanos).
A nova programação do canal estréia a partir de 5 de novembro, em breve o canal Sony, outro canal responsável pelas estréias de seriados neste mês, deve divulgar sua nova programação.
Segunda-feira:
20h – Without a Trace (sexta temporada);
21h – Cold Case (quinta temporada);
22h – Cane (estréia);
Terça-feira:
20h – The Big Bang Theory (estréia);
20h30 – Two and a Half Men (quinta temporada);
21h – Smallville (sétima temporada);
22h – Californication (estréia);
Quinta-feira:
20h – Gossip Girl (estréia);
21h – Men in Trees (segunda temporada);
22h – ER (décima quarta temporada);
Na sexta-feira será exibido reprises de Friends e um horário de filmes. A última estréia ocorre no domingo ás 20h com o reality show Pussycat Dolls Present: The Search for the Next Doll.
Para saber mais informações sobre estas estréias veja as colunas do Sit.com: 1ª parte, 2ª parte e o final.
Eu sei, ninguém mais aguenta toda terça-feira eu comentando sobre a nova programação de seriados americanos, porém, se ainda houver espaço em seu HD, puxe um último fôlego e vamos para esta parte final, eu juro!
Ontem (01/10) houve a estréia de Aliens in America, comédia que mostra um garoto nada popular (Dan Byrd, de Clubhouse) que faz amizade com um jovem muçulmano vindo do Paquistão em um programa de intercâmbio. Amy Pietz (Tudo por um Gato) e Patrick Breen (Kevin Hill) estão no elenco. Também pelo canal CW, nesta segunda retornou Everybody Hates Chris (terceira temporada). O outro retorno da CW é a comédia Girlfriends (oitava temporada).
Dupla de protagonistas de Aliens in America
Nessa terça (02/10), a rede ABC estréia as comédias Carpoolers, que acompanha a vida de quatro colegas, de personalidade bem diferentes, que dividem o carro para ir ao trabalho. A série tem bom elenco formado por Fred Goss (Sons & Daughters), Faith Ford (Hope & Faith), Jerry O’Connell (Crossing Jordan), Jerry Minor (Saturday Night Live) e Allison Munn (What I Like About You) e Cavemen, que acompanha as vida de Nick, Jamie e Joel, três homens das cavernas modernos, que lutam para encontrar seu lugar no mundo. A série tem os mesmo produtores executivos de Grounded for Life e o nome mais conhecido no elenco é o de John Heard (Prison Break). Quem já viu comentou que a série é muito fraca.
Elenco de Carpoolers
Elenco de Cavemen, bizarro…
Na quarta-feira (03/10), pela rede ABC, estréia Pushing Daisies, do criativo produtor executivo Bryan Fuller (Wonderfalls, Dead Like Me) traz para a televisão mais uma idéia original. Em Pushing Daisies ele apresenta Ned, um homem que possui a habilidade de ressuscitar coisas mortas. Assim se torna um investigador particular único, já que tem a habilidade de falar com as vítimas. Lee Pace (Wonderfalls), Chi McBride (Boston Public), Swoosie Kurtz (Huff) e Kristin Chenoweth (The West Wing) estão no elenco da série, que teve o piloto dirigido pelo também produtor executivo Barry Sonnenfeld (Men in Black). Eu pude assistir o piloto e digo que parece um filme de Tim Burton (diretor de Peixe Grande e Edward Mãos de Tesoura), mesmo tratando sobre a morte consegue ser cômico e os personagens são bastante carismáticos, vale uma conferida.
Elenco de Pushing Daisies
Na quinta-feira (04/10), pelo canal á cabo USA, retorna a série Lei & Ordem: Criminal Intent (sétima temporada), ainda com episódios protagonizados ora pelo agente interpretado por Vincent D’Onofrio ora pelo agente interpretado por Chris Noth. Na NBC, retorna para a segunda temporada a queridinha da crítica, e agora ganhadora do Emmy de melhor comédia, 30 Rock (segunda temporada), torcendo para ter arrebanhado mais fãs e aumentar sua fraca audiência. Pela CW, retorna para fazer dobradinha com Smallville, Supernatural (terceira temporda), depois de um episódio final bastante empolgante os irmãos Winchester terão que lhe dar com diversos fantasmas liberados do Inferno e com a iminente morte de um deles.
Na sexta-feira (05/10), retorna pela NBC, também tentando aumentar sua base de fãs fiéis, Friday Night Lights (segunda temporada), um seriado muito bom que deveria ter melhor sorte, para comprovar assistam que o canal Sony exibe ele na sexta ás 22 horas.
No domingo (07/10), a rede CW, estréia Life is Wild, drama criado e produzido por Michael Rauch (Love Monkey, Beautiful People) baseado na série Wild at Heart. A série mostra um veterinário de Nova York que se muda com a mulher e os filhos para trabalhar numa reserva florestal na Ífrica do Sul. O seriado tem no elenco Leah Pipes (Clubhouse), Brett Cullen (o Goodwin de Lost) e Rutger Hauer (do filme Ladyhawke – O Feitiço de Íquila). O seriado foi adquirido pelo canal Warner, devendo estrear em breve por aqui.
Elenco de Life is Wild
Por último, as demais estréias e retornos ficam mais isolados por isto vou comentá-las e dar a possível data de estréia, sendo que esta pode ser modificada:
Men in Trees (segunda temporada), retorna na rede ABC dia 12, uma sexta-feira;
Women’s Murder Club – Baseado numa série de romances de James Patterson, este drama da 20th Century Fox mostra quatro mulheres que unem suas diferentes habilidades para resolver crimes. Uma é detetive, outra promotora, uma legista e a última repórter. Paula Newsome (The Lyon´s Den), Aubrey Dollar (Point Pleasant), Angie Harmon (Lei & Ordem) e Laura Harris (Dead Like Me) estão no elenco. Estréia também dia 12 de outubro;
Elenco feminino de Women’s Murder Club
Samantha Who – Comédia que marca o retorno de Christina Applegate (Um Amor de Família, Jesse), a televisão. A série mostra ela no papel de Sam, uma mulher que após um acidente acorda com amnésia e descobre que antes do acidente ela era uma completa “bitch”. Com uma nova chance de recomeçar, ela terá que lutar entre fazer o bem e resistir ás tentações de sua velha personalidade. No elenco estão Jennifer Esposito (Related), Melissa McCarthy (Gilmore Girls) e Jean Smart (24 Horas). Estréia pela rede ABC dia 15 de outubro;
Elenco de Samantha Who
Viva Laughlin – O Wolverine, Hugh Jackman, estréia como produtor executivo de televisão neste drama de mistério. O seriado é baseado na série britânica Viva Blackpool e acompanha Ripley (Lloyd Owen, de O Jovem Indiana Jones) um dono de um novo cassino que se vê obrigado a trabalhar com um inimigo e é envolvido numa acusação de assassinato. No elenco estão Madchen Amick (Freddie), Carter Jenkins (Surface), Eric Winter (Wildfire) e D.B. Woodside (24 Horas). Hugh Jackman irá participar do piloto. Estréia de rede CBS dia 18;
Scrubs (quarta temporada), retorna dia 25 de outubro;
Não se preocupe se você chegou até o fim desta trilogia sobre a volta dos seriados americanos e não viu seu seriado favorito citado, diversas séries têm seu início previsto para o ano de 2008, normalmente janeiro ou fevereiro, como 24 Horas (sétima temporada), Lost (quarta temporada), The Sarah Connor Chronicles (estréia) e American Idol (sétima temporada). Ou mesmo, há séries com previsão de estréia para o chamado mid-season (meio da temporada), que seria mais ou menos entre final de fevereiro e março, como a comédia The New Adventures of Old Christine (terceira temporada). Quaisquer novidades ou mudanças podem deixar que aviso por aqui e a partir de semana que vem já começamos a comentar o que está rolando nestas novas temporadas. Até lá e ótimos episódios.
Estava eu assistindo a segunda temporada do seriado Entourage, que mostra os bastidores de um astro em Hollywood, quando surge uma questão bastante curiosa: após fazer um filme independente, o jovem astro Vince Chase é meio que obrigado pelo seu agente a fazer o filme Aquaman, uma super produção com um cachê milionário, que Vince necessita para pagar sua nova mansão e seu dispendioso custo de vida. Assim, me lembrei que vira e mexe algum ator de prestígio, principalmente após ganhar um prêmio como o Oscar, se envolve em produções de qualidade duvidosas que somente se justificam por inflacionarem seus cachês, escolhas equivocadas do próprio ou a divulgada Maldição pós-Oscar.
O primeiro nome que me vem á mente é Nicolas Cage. Sobrinho do diretor Francis Coppola, Cage abocanhou o Oscar em 94 pelo excelente desempenho como alcoólatra em Despedida de Las Vegas. Desde então, o ator vem diversificando suas escolhas em produções menores e filmes de ação, como 60 Segundos e Com Air. No entanto, nestes últimos dois anos Cage apareceu em nada mais, nada menos do que em cinco produções: O Sol da Cada Manhã, As Torres Gêmeas, O Sacrifício, Motoqueiro Fantasma e O Vidente (que estréia agora). Em comum, todos os filmes foram mal de bilheterias, inclusive Motoqueiro Fantasma, que mesmo rendendo mais de 100 milhões de dólares nos EUA, era esperado muito mais pelo investimento no filme (também na faixa dos 100 milhões).
“Como este roteiro porcaria caiu em minhas mãos?”
O futuro de Cage ainda está atrelado a filmes comerciais como a continuação do seu último sucesso A Lenda do Tesouro Perdido, que estréia no final do ano nos Eua e por aqui em janeiro. Mas ainda em 2008 Cage terá a chance de se redimir no drama Amarillo Slim, do excelente diretor Milos Forman, de Amadeus e O Estranho no Ninho.
Outro exemplo fácil de encontrar é o ator Cuba Gooding Jr., que ganhou o Oscar de ator coadjuvante por Jerry Maguire (da famosa cena “Show me the Money”). Depois do prêmio, Cuba ainda se envolveu em produções como Homens de Honra, com Robert De Niro. No entanto, nos últimos anos encontra-se o ator fazendo filmes de ação de segunda categoria, como End Game e Dirty (lançados diretamente me dvd) e nas comédias idiotas americanas como Norbit e na continuação de A Creche do Papai, que irá estrear nos cinemas (a princípio) com o título Acampamento do Papai, fracasso de bilheteria nos Eua. Imaginem a qualidade do filme.
Bom ator? dúvidas…
Contudo, esta situação não se restringe somente aos atores. Atrizes de renomado talento se perdem em produções de pouco reconhecimento, como Marisa Tomei, que ganhou o prêmio de atriz coadjuvante por Meu Primo Vinny (alguém ainda lembra deste filme?). Mesmo a bi-oscarizada Hilary Swank, que a cada Oscar ganho faz produções como O Núcleo e A Colheita do Mal. Porém, atriz que me chama a atenção pelas más escolhas é Halle Berry. De talento inegável (quem viu A Última Ceia pode notar), vem optando por produções de grandes estúdios, como a cinessérie X-Men e 007, ou ainda produções constrangedoras como Mulher-Gato, Na Companhia do Medo e o recente A Estranha Perfeita. A atriz ainda não conseguiu encaixar um filme decente desde seu merecido Oscar. Com certeza isto deve estar preocupando seu agente e a própria atriz.
Uma foto menos formal
De concreto, fica-se com impressão da difícil tarefa que deve ser escolher um filme somente pelo roteiro, ou mesmo argumento, sem saber direito quem deve ser o diretor ou os demais atores do elenco. Mas nota-se que sempre que um ator se destaca por uma interpretação num filme menor, inegavelmente seu agente ou empresário deve forçá-lo a aceitar o convite de algum produtor de Hollywood para aumentar o cachê do mesmo, independente do filme. Por vocês que atores se venderam por um ótimo cachê em um filme ruim?
Posso estar escrevendo no calor do momento, mas acredito que não vi filme tão engraçado como LIGEIRAMENTE GRÁVIDOS (onde eles tiram estes títulos?) este ano. Me agrada muito este estilo de comédia mais humana, onde se ri do protagonista, normalmente nerd ou um típico “loser”, no entanto, o roteiro da trama o faz tão carismático que é impossível não simpatizar com os problemas e desafios do mesmo.
Aqui, Ben (Seth Rogen, ótimo), um típico nerd americano que mora com os amigos (obviamente, uma turma bastante excêntrica), se encontra com Alison (a bela Katherine Heigl, de Grey’s Anatomy), repórter recém promovida à apresentadora do canal E! (inclusive, no início surge o apresentador Ryan Seacrest fazendo piada sobre os jovens talentos), numa boate. Alison já bêbada passa a noite curtindo Ben, depois da saída espicham a noite até a casa de Alison, e durante o bem bom, Ben abre mão da camisinha sendo que semanas depois vem o resultado: gravidez.
Mesmo que em momento algum Alison pense em aborto, o que não seria nada anormal visto a maneira como ocorreu e com a pessoa de Ben (da qual Alison se arrepende na manhã seguinte, numa cena hilária), LIGEIRAMENTE GRÁVIDOS acerta na maneira como retrata este impasse tão atual: jovens imaturos e despreparados enfrentando uma gravidez indesejada e, ainda, com uma pessoa desconhecida. Além da relação que nasce desta gravidez entre Alison e Ben, também o filme retrata o casamento de Debbie (Leslie Mann, mulher do diretor Judd Apatow), irmã de Alison, e Pete (Paul Rudd, ótimo), que mesmo casados há mais tempo, inclusive com duas filhas, enfrentam problemas de relacionamento.
“A Bela e o Nerd”
Na verdade, o roteiro de Judd Apatow, responsável pelo ótimo O Virgem de 40, constrói personagens e diversas situações que demonstram o quanto a geração dos vinte e poucos anos está despreparada para assumir responsabilidades sérias como casamento e filhos, por serem egoístas e infantis em demasia. Pode parecer um tema sério, mas LIGEIRAMENTE GRÁVIDOS sabe dosar as situações dramáticas criando diversas seqüências cômicas e com participações de atores como Steve Carrell, James Franco, Eva Mendes e do diretor Harold Ramis. O filme somente não precisava abusar da metragem de mais de duas horas, que para uma comédia fica acima do suficiente.
Foi divulgado o candidato brasileiro que tentará uma vaga entre os cinco finalistas ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2008. O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias foi o filme escolhido pelo comissão formada por cineastas e críticos. Os demais candidatos eram Tropa de Elite (era o favorito, estréia em 12/10 nos cinemas), O Cheiro do Ralo (disponível em dvd), Batismo de Sangue (disponível em dvd), Antônia – O Filme (disponível em dvd), O Ceú de Suely (disponível em dvd) e Saneamento Básico – O Filme (ainda em cartaz nos cinemas).
Na minha opnião a escolha é óbvia e bem arquitetada para tentar uma vaga entre os cinco indicados (no total são mais de 100 filmes), pois O Ano em que… é um filme com temática social e política (se passa durante a Ditadura), com a narrativa de um menino (a Academia adora filmes com crianças) e o relacionamento deste menino com um velho judeu ortodoxo (em sua maioria os votantes são pessoas mais velhas e judias). Mesmo não sendo meu predileto (Tropa de Elite é muito violento para os “velhinhos”), o filme de Cao Hamburger possui uma carreira internacional bastante reconhecida e é um filme muito bom, confiram e torçam pelo cinema nacional.
Ou a segunda parte da coluna de semana passada que você pode ler aqui. Se você achou que seu HD ainda não está cheio o suficiente, se prepare porque a maratona de estréias e retornos é grande, a maioria dos seriados retornam nesta semana, não esquecendo que nesse momento já devem estar disponíveis para baixar os episódios de Heroes e Two and a Half Man, só para citar os seriados que voltaram ao ar ontem (24/09). Um detalhe esquecido na coluna anterior, dois terços dos seriados que estreiam não conseguem terminar a primeira temporada, por isto não se apegue muito nas séries estreantes.
Como são muitas as estréias resolvi separá-las por dia, a partir de hoje, terça-feira (25/09):
TERÇA-FEIRA (25/09):
Pela Fox americana retornam Bones (terceira temporada, com a entrada de um serial killer) e House (quarta temporada, com o desdobramento da saída da equipe médica de House); já na pela NBC, retorna Lei & Ordem: Unidade de Vítimas Especiais (na nona temporada); a CW, estréia a simpática Reaper, drama sobre um jovem que se torna um caçador a serviço de satã, recolhendo almas que escaparam do inferno. O piloto teve direção do consagrado Kevin Smith (Dogma) e a série tem a assinatura da Mark Gordon Company, a mesma produtora de Criminal Minds. No elenco estão Bret Harrison (Grounded for Life), Tyler Labine (Invasion), Nikki Reed (The O.C.), Valarie Rae Miller (Dark Angel) e Ray Wise (24 Horas) no papel de Satã.
Elenco principal de Reaper
Ainda na terça-feira, pela emissora ABC retorna Justiça Sem Limites (para sua quarta temporada, agora, com o recente Emmy de melhor ator para James Spader) e a estréia de Cane, drama sobre uma rica família latina-americana que vive no sul da Flórida. A série é estrelada por Jimmy Smits (The West Wing) e tem no elenco Hector Elizondo (Chicago Hope), Nestor Carbonell (Strong Medicine), Alona Tal (Veronica Mars) e Polly Walker (Roma), entre outros. Se comenta que seria uma versão latina de O Poderoso Chefão, tem exibição garantida pelo canal Warner.
Jimmy Smits protagonista de Cane
QUARTA-FEIRA (26/09):
Dia do maior número de estréias da temporada, pela rede ABC, Private Practice, a doutora Addison Montgomery está mesmo de partida de Grey’s Anatomy. Kate Walsh é a estrela do spin-off do drama médico, que mostra Addison trabalhando em uma clínica de Los Angeles. O elenco da série já foi testado em um episódio de Grey’s Anatomy e tem as presenças de Tim Daly (The Nine), Taye Diggs (Kevin Hill), Paul Adelstein (Prison Break), Merrin Dungey (Alias), Chris Lowell (Veronica Mars) e Amy Brenneman (A Juíza). O episódio no qual foi apresentado estes personagens foi um fiasco, no entanto, nestes últimos meses, a criadora de ambos os seriados, Shonda Rhimes, promete colocar o seriado nos trilhos.
Elenco de Private Practice
Outra estréia da ABC, bastante promissora é Dirty Sexy Money, esta série produzida por Greg Berlanti (Everwood) e estrelada por Peter Krause (A Sete Palmos) vai mostrar um advogado idealista, que é chamado para assumir os negócios da família após a morte do pai, entrando num mundo de poder, dinheiro e cobiça. Donald Sutherland (Commander in Chief), Natalie Zea (Eyes) e Samaire Armstrong (The O.C.) estão no elenco.
Elenco de Dirty Sexy Money
Já a rede CBS, retorna com os seriados Criminal Minds (terceira temporada, sem o retorno do protagonista Mandy Patinkin, o profiler Gideon, entra no elenco Joe Mantegna, no entanto, a abertura da nova temporada será um episódio não exibido da segunda temporada) e C.S.I.: New York (quarta temporada).
Michelle Ryan protagonista de Bionic Woman
As demais estréias são da rede NBC: a já bastante comentada Bionic Woman, a atriz Michelle Ryan faz o papel de Jaime Sommers neste remake da série clássica A Mulher Biônica, que tem ainda no elenco Isaiah Washington (recém demitido de Grey’s Anatomy), Mae Whitman (Arrested Development), Miguel Ferrer (Crossing Jordan) e Molly Price (Third Watch), entre outros. Atrás das câmeras estão os produtores executivos David Eick (Battlestar Galactica) e Glen Morgan (Arquivo X); e Life, drama sobre um detetive que ganha uma segunda chance. Damian Lewis (Band of Brothers) passou anos na prisão e agora foi reincoporado á força policial. Sarah Shahi (The L Word), Robin Weigart (Deadwood) e Adam Arkin (Chicago Hope) estão no elenco.
Os protagonistas de Life
QUINTA-FEIRA (27/09):
Quinta é o dia da semana onde reside os maiores campeões de audiência da televisão americana, é um dia complicado de estreiar, tanto que nesta temporada somente uma estréia ocorre neste dia e é da rede ABC, Big Shots, drama produzido pela Warner Bros. que acompanha as vidas de quatro executivos e suas vidas disfuncionais. O elenco tem as presenças dos galãs Michael Vartan (Alias) e Dylan McDermott (O Desafio) e outros atores conhecidos como Christopher Titus (Titus), Joshua Malina (The West Wing), Nia Long (Third Watch) e Jessica Collins (The Nine). Charles McDougall, diretor do piloto de Desperate Housewives, dirigiu o primeiro episódio. É a escolhida pelo canal para reter a audiência de Grey’s Anatomy. Os demais horários do canal serão preenchidos com a volta de Ugly Betty (segunda temporada, com estréia garantida no canal Sony, vale a pena) e Grey’s Anatomy (quarta temporada), segundo seriado mais visto pelos americanos, terá que lidar com as críticas da temporada anterior e a saída da Dra. Adison e Dr. Burke.
Elenco principal de Big Shots
O canal CW retorna com seu principal seriado, Smallville (sétima temporada), prometendo revelar o que ocorreu com Lana Lang e Chloe, ainda na estréia surge a nova personagem Supergirl. Já a CBS, retorna com a oitava temporada de C.S.I., seriado de maior audiência dos Eua, onde a grande questão é qual será o destino da personagem Sara, vítima da serial killer da temporada anterior. O outro retorno do canal é o seriado policial Without a Trace (sexta temporada). Já na NBC, retornam ER (décima quarta temporada), My Name is Earl (terceira temporada) e The Office (quarta temporada).
SEXTA-FEIRA (28/09):
O canal á cabo SciFi estréia a quarta temporada do seriado de ficção científica Stargate: Atlantis. O canal NBC, exibe o retorno de Las Vegas (quinta temporada, sem a presença de James Caan, entrando em seu lugar, Tom Selleck). Já o canal CBS, estréia o seriado Moonlight, que mostra um vampiro que é detetive particular. A série é assinada pelo produtor Joel Silver (Matrix) e pela Warner Bros. e estrelada por Alex O’Loughlin. Retornam, também pelo canal, Numbers (quarta temporada) e Ghost Whisperer (terceira temporada).
Será que ainda há interesse em histórias sobre vampiros?
DOMINGO (30/09)
Dia do retorno do ótimo seriado Dexter, em sua segunda temporada, que já teve dois primeiros episódios vazados na internet, e posso dizer que a história continua excelente. Já o canal ABC, retorna com Brothers & Sisters (segunda temporada, sendo que o canal á cabo Universal Channel começa a exibir o seriado em Outubro) e Desperate Housewifes (quarta temporada).
Na próxima coluna termino de divulgar as estréias deste fall season e já poderemos comentar melhor cada uma das estréias e das novas temporadas. Até lá e uma semana de ótimos episódios.
Conforme o companheiro Atillah em seu Manual do Pirata Contemporâneo (leia aqui), Nunca é Tarde para Amar (título saído diretamente do século passado), é mais um exemplo de filme que atende a um nicho específico de mercado: mulheres e tangas.
Veja o porquê num resumo da sinopse: Michelle Pfeiffer (Rosie) é uma mãe moderna que se apaixona pelo jovem ator Adam (Paul Rudd). Sua filha (Saoirse Ronan) é uma adolescente que se apaixona pela primeira vez. O filme retrata os vários papéis da mulher na sociedade, suas conquistas amorosas, os cuidados com a beleza e suas batalhas no mercado de trabalho.
Daí você (no caso, eu) se pergunta o que está fazendo no cinema, até porque ninguém está apontando uma faca em seu pescoço. E o pior, além de ser uma comédia romântica com toques surreais (no filme há a presença da Mãe Natureza, a engraçada comediante inglesa Tracey Ullman, como subconsciente da personagem de Rosie), Nunca é Tarde para Amar parece forçar um discurso contra o preconceito de idade e críticas contra a televisão americana (na novela a lá Malhação, produzida por Rosie, os atores que fazem os adolescentes são todos adultos), no entanto, o roteiro de Amy Herckerling não consegue aprofundar nenhuma das questões.
Se observado que a diretora/roteirista Heckerling tem em sua filmografia filmes como Olha Quem está Falando e As Patricinhas de Beverly Hills, não há muito que se esperar de seriedade e reflexão sobre mulheres namorando homens mais novos, mesmo assim, o filme podia ter um tom menos caricatural e farsesco.
Sortudo o rapaz, hein?
Pelo menos, temos a beleza madura de Michelle Pfeiffer (ainda dando um caldo) e o melhor comediante da atualidade, Paul Rudd (que também está em Ligeiramente Grávidos), que de coadjuvante em diversas comédias, tem sua chance, como a chapliniano Adam, de mostrar que tem o timing da comédia.
Nesta semana entrou em cartaz nos cinemas Hairspray – Em Busca da Fama, refilmagem de um obscuro filme dos anos 80, que agora recebeu um investimento de superprodução e grande elenco. Apesar de se comentar a presença de John Travolta (eterno Tony Manero, de Embalos de Sábado á Noite) que volta aos musicais e ainda interpretando uma mulher (Edna Turnblad, mãe da protagonista), Hairspray é mais uma tentativa de retificar a volta, nesta década, deste gênero tão caro ao cinema americano, os musicais.
“Cantando e dançando com John Tra…, Edna Turnbald!”
Este gênero é o legítimo representante do ame-o ou deixe-o cinematográfico. A maioria das pessoas odeia esta história de uma conversa que daqui a pouco se transforma num dueto, num solo ou numa ópera, no entanto, os musicais possuem apreciadores fanáticos. Tanto isto é verdade que a Broadway possui toda uma estrutura milionária em Nova York somente em função de peças teatrais musicais.
Nos cinemas já foi assim também; nos anos 50 era a época de artistas (atores+cantores+dançarinos) como Gene Kelly e Fred Astaire faturando alto para os grandes estúdios de Hollywood, porém desde os anos 80 (época de Flashdance e Footloose) diminuiu-se em muito a produção de musicais e quase nenhum filme conseguiu ganhar notoriedade. Esporadicamente surgiam filmes como Todos Dizem eu Te Amo de Woody Allen, em 1996.
No entanto, em 2001, o australiano Baz Luhrmann (que já havia flertado com o gênero em Vem Dançar Comigo e Romeu + Julieta, dramas musicados) realizou um verdadeiro musical moderno, sucesso de público e crítica: Moulin Rouge – Amor em Vermelho, o filme tem romance proibido, bons coadjuvantes, uma reconstituição de época brilhante e números musicais originais e releituras de músicas já conhecidas de David Bowie, U2 e Sting. Abaixo o vídeo de uns dos melhores momentos do filme: Elephant Love Medley, com os protagonistas Nicole Kidman e Ewan McGregor.
Após o sucesso de Moulin Rouge houve a consagração de Chicago, que inclusive recebeu o Oscar de melhor filme do ano em 2003. Na verdade, Chicago é um musical mais clássico que Moulin Rouge, tanto pela temática -a busca pela fama a qualquer preço- quanto pelo estilo musical onde músicas soam como diálogos cantados. No elenco, Renée Zellweger, Catherine Zeta-Jones e Richard Gere. No video abaixo Catherine canta All That Jazz.
Assim, os produtores americanos observaram que existia, novamente, uma faixa de mercado a ser trabalhada (isto é dinheiro a ser ganho). Desde então, foram lançados inúmeros musicais, principalmente adaptações de peças da broadway (mais cômodo) como o clássico O Fantasma da ópera, Rent – Os Boêmios, Os Produtores. Além disso, se apostou em dramas com temática musical como 8 Mile – Rua das Ilusões (do rapper Eminem), Ray (biografia de Ray Charles), Johnny & June (biografia de Johnny Cash e June Turner) e O Ritmo de um Sonho (este original sobre um cafetão, Djay, que quer fazer sucesso com suas composições de hip-hop).