Atenção fãs de quadrinhos, a adaptação de The Spirit, de Will Eisner, roteirizada e dirigida por Frank Miller vai estrear no inverno americano de 2009 (16 de janeiro), as filmagens iniciam em outubro no Novo México. No elenco, Gabriel Macht (Em Má Companhia) viverá Spirit, ainda no elenco, Samuel L. Jackson e as belíssimas Eva Mendes (Motoqueiro Fantasma) e Scarlett Johansson (Match Point).
Teaser pôster oficial
No longa, Spirit é um detetive que combate o crime em Central City usando apenas seus punhos e perspicácia. Seu maior inimigo é Octopus (Este não é o nome do inimigo de Homem-Aranha?), um cruel vilão que jamais revela seu rosto.
Atenção fãs de Arquivo X (eu, eu, eu), David Duchovny confirmou que ja leu o roteiro, porém, por motivos contratuais que exigem sigilo sobre a trama do filme, não pode comentar nada sobre a história (ahhhh). O roteiro de Chris Carter, criador do seriado, está sendo escondido à sete chaves, mas comenta-se que seria uma história isolada não envolvendo a conspiração de invasão alienígena. Como fã, o que importa é a existência deste segundo filme reunindo novamente Mulder e Scully (a atriz Gillian Anderson também está confirmada).
Enquanto isso, David Duchovny continua “comendo” quase todo o elenco feminino da divertida e pervertida série Californication.
Aproveitando a chegada do Box da 1ª temporada de Heroes, prevista agora para o dia 29/08, comento alguns detalhes desta primeira temporada, informações especiais do Box e algumas novidades da próxima temporada.
“Gente demais pra roteiro de menos”
A estréia de Heroes, criação de Tim Kring, responsável pelo seriado Crossing Jordan (exibido no canal USA, assim como o próprio Heroes), veio cercada de expectativa, pois um seriado televisivo sobre pessoas comuns que descobrem poderes gera um gasto óbvio com efeitos especiais que, normalmente, são exceção neste formato em função do orçamento, e utilizar efeitos com qualidade duvidosa com certeza afastaria a audiência principal do seriado que são os jovens.
Mas ao situar a trama de Heroes nos dias atuais favoreceu no controle do que se refere ao uso de efeitos especiais e ainda colaborou para ocorrer uma identificação imediata entre público e personagens, os perfis dos personagens são facilmente identificados por todos, há um nerd e seu fiel parceiro (Hiro e Ando), uma menina cheerleader e sua família (Claire), uma mãe que trabalha fazendo strip-tease para sustentar o filho (Niki e Micah) e um jovem que busca nas pesquisas do pai descobrir o porquê de seu assassinato (Mohinder). Ainda há alguns personagens principais, como Nathan e Peter Petrelli, o policial Matt e o assassino “sugador de poderes” Sylar, juntamente com uma dezena de personagens que participaram desta primeira temporada.
Uma característica de Heroes são seus chamados arcos, um conjunto de episódios envolvidos numa questão maior. Por exemplo, nos primeiros episódios temos a famosa frase “Save the cheerleader, Save the World”, que ficou marcado como primeiro arco de Heroes. Outra característica estrutural dos episódios são os cliffhangers. Explico, é aquela cena final onde ocorre um grande gancho para o episódio posterior (Heroes é um grande usuário deste método, assim como Lost). Além disso, o visual de Heroes é moderno e sua estrutura de narrativa lembra quadrinhos, tanto que o canal NBC, que produz e transmite Heroes, lançou no site do seriado, os episódios no formato de HQ.
No entanto, Heroes possui um grande problema em sua primeira temporada, seus roteiros são bastante irregulares com diálogos previsíveis. Isto se deve, principalmente, a dois motivos: 1) Heroes possui muitos personagens, sendo a maioria fracos ou pouco desenvolvidos (nem estou me referindo aos atores), como por exemplo, Mohinder e o núcleo da família de Niki, além disso, esta quantidade de personagens gerou durante quase toda temporada uma segmentação de situações que desperdiçou muito do conteúdo dos episódios (e da paciência do espectador); 2) o tamanho no qual Heroes se transformou após os primeiros episódios gerou uma repercussão muito grande por parte de fãs (principalmente na internet) sobre Heroes, criando uma expectativa positiva em cima do seriado que acabou por entregar um episódio final fraco (How to Stop an Exploding Man), onde os conflitos de toda uma temporada foram resolvidos de maneira decepcionante.
No entanto, é inegável a maneira como o seriado seduz o espectador, sua aura “cool” e “hypada” (claramente, dirigido para o público jovem) também conquista o espectador comum á procura de uma história que tenha aventura, suspense, comédia e drama. Tenho esperança que pelas notícias desta quarta temporada (ler tópico abaixo) tanto no que se refere ao elenco como por alguns eventos já citados no episódio final, Heroes pode crescer mais ainda, principalmente, se Kring e sua equipe cuidarem melhor dos roteiros dos episódios, como ocorreu no melhor episódio da temporada, “Five Years Gone”.
Informações especiais sobre o box em dvd:
Making of da Série (espero que eles mostrem como fazem um episódio desde sua criação no papel até as gravações e pós-produção / Efeitos Visuais (não poderia deixar de ter aquela cena na qual Claire acorda no necrotério já sendo autopsiada, esta palavra existe?)/ Tim Sale e os Desenhos de Isaac Mendez (este deve ser bem interessante, a qualidade dos desenhos eram bastante impressionantes) / Perfil dos Personagens / Making Of de Dublês (vamos conhecer a ou o dublê da personagem Claire?) / Cenas Deletadas (não podem esquecer de colocar os erros dos atores)
O que está por vir na 2ª Temporada:
Quanto ao elenco principal parece que somente D.L. corre o risco de não voltar novamente (que pena, poderia citar mais uns cinco personagens nesta lista);
De novidades no elenco, a última aquisição foi a lindíssima Kristen Bell (a adorável protagonista de Verônica Mars) como a vilã Elle, Jessica Collins (a assassina das miniaturas desta última temporada de C.S.I.), David Anders (o vilão Sark, de Alias), entre outros;
A confirmação da minissérie Heroes: Origins, onde seriam apresentados novos heróis a cada semana, parece que a minissérie teria seis episódios, e já tem como diretor do primeiro episódio o nerd oficial de Hollywood, Kevin Smith (bastante conhecido do mundo das HQs), diretor de filmes como O Balconista e que, recentemente, participou de Duro de Matar 4.0 como hacker Worlock;
O episódio de estréia da nova temporada será dia 24 de setembro nos Eua (e nos computadores do resto do mundo) com o título “Four Months Later”;
Obviamente, com o sucesso do longa se esperaria uma continuação, mas não foi o que aconteceu. Este título Espíritos 2: Você nunca está Sozinho (os malditos subtítulos estão de volta), é ludibriação da distribuidora, o único fator que ambos os longa dividem são os diretores (os nomes indescritíveis Banjong Pisanthanakun e Parkpoom Wongpoom, quero vê-los repetir três vezes sem errar!).
Impressão minha ou a moça parece aquela atriz da novela das oito?
A surpresa está no argumento bizarro do roteiro: A relação de irmãs siamesas (com exposição de diversas fotos no curioso crédito do filme). Sabemos que, atualmente, somente uma sobreviveu após a cirurgia de separação durante a adolescência. São elas, Ploy e Pim, quem sobreviveu e casou com o amor da adolescência. No entanto, em sua volta a Tailândia devido á doença da mãe, Pim se hospeda na casa em que viveu com Ploy, e estranhos eventos colocam em xeque sua sanidade e vida.
Gêmea má e gêmea boa?
Durante uma hora, Espíritos 2 aposta no básico do suspense oriental, sustos com sons agudos em espelho, debaixo da cama e na inesquecível (no mau sentido) cena de banheira. Mesmo assim, o longa possui uma ambientação interessante na sombria casa de Pim, e nos constantes flashbacks que retratam a relação de Pim e Ploy quando crianças e quando adolescentes. O ritmo é meio cambaleante, como os sustos são previsíveis a trama demora a engrenar para a surpresa no ato final, porém, como produção a dupla de diretores evoluiu visivelmente, os planos e até a utilização de uma trilha lembrando canções de ninar contrasta com o está para surgir na telona.
Confesso que não esperava a reviravolta e, sinceramente, me agradou a maneira como ela ocorre, deixando um pouco de lado o sobrenatural e expondo uma obsessão e egoísmo, contrastando com o que sabíamos até aquele momento no filme.
Com a estréia de Espíritos 2 neste fim-de-semana, uma produção tailandesa, lembrei que o cinema oriental é, atualmente, o mais reconhecido em Festivais e Mostras pelo mundo. Obviamente, o gênero fantástico é o mais lembrado pelo grande público, mas já mostra sinais de cansaço há um bom tempo, até porque foi incorporado por Hollywood e as histórias não fogem á regra onde um espiríto (normalmente uma assustadora menina cabeluda) busca vingança contra seus malfeitores. No entanto, os bons diretores orientais conseguem garantir uma safra de filmes excelentes quase todos lançados nos cinemas (mesmo que em pequeno circuito) ou em DVD. Há uma diversidade imensa de gêneros, desde suspense, policial, filme de monstro até os consagrados dramas humanistas.
“Socorro! Lá vem outra assustadora menina cabeluda
O cinema do coreano Joon-Ho Bong estorou este ano com o lançamento de O Hospedeiro (que chega em DVD em setembro), um misto de aventura, monstro, comédia e drama, é uma releitura de diversos clichês muito bem armados pelo roteiro e dirigidos com maestria por Joon-Ho, que no Brasil também possui o suspense Memórias de um Assassino, já lançado em DVD.
Um dos melhores filmes de 2007
Outro diretor coreano bastante divulgado aqui no Brasil é Chan-Wook Park, do excelente Oldboy, que faz parte de uma trilogia sobre vingança, os outros dois são Mr. Vingança (o primeiro, inédito nos cinemas com lançamento previsto para Outubro) e Lady Vingança (o último filme da trilogia, lançado nos cinemas e com chegada prevista agora em setembro em DVD). Em comum, são filmes com uma estética bastante moderna e diversas cenas de ação espetaculares, não esquecendo os roteiros surpreendentes.
Final de cair o queixo
Já o chinês Johnnie To lembra Scorsese pela temática, o submundo de organizações criminosas, policiais e assassinos de aluguel. Seus últimos filmes lançados por aqui foram Eleição, Profissionais do Crime e Exilados (Eleição possui uma continuação, então acredito que em breve deve ser disponibilizado em DVD). Johnnie To faz um cinema policial muito bom, em nada perde para o cinema comercial americano, muito pelo contrário, To adiciona sequencias eletrizantes de ação e tiroteio como há muito não se vê em Hollywood.
Por último, mas não menos importante, está Yimou Zhang, com certeza o mais conhecido destes diretores que estou indicando. Yimou surgiu no contexto mundial com dramas humanistas como Caminho para Casa e Nenhum a Menos, filmes intimistas com questões socias da China que se modificava a uma década atrás. Depois disso, Yimou abraçou o gênero mais popular chinês, wuxia, aqueles filmes de aventura onde os personagens vencem as leis da física e voam, andam em arvóres e utilizam espadas para contar histórias de heroísmo, amores proibidos e, sobretudo, edificar as lendas culturais chinesas. Neste embalo, Yimou dirigiu Herói (fotografia soberba), O Clã das Adagas Voadoras e, por último, A Maldição da Flor Dourada (com estréia prevista para outubro nos cinemas). Nestes filmes há uma grande preocupação com a estética, fotografia, figurinos, por isto são belíssimos filmes.
Um dos filme mais belos do cinema
O mais importante nestas dicas é a procura pela diversidade de diferentes maneiras de uma história ser contada no cinema, atráves de diferentes culturas. Ainda há uma lista enorme de diretores orientais conhecidos que valem uma conferida como, por exemplo, Takeshi Miike (do qual Quentin Tarantino é fã), os irmãos Pang (que depois de Visões e Assombração foram para os EUA realizar Os Mensageiros, com estréia prevista para setembro) e Hideo Nakata (criador de O Chamado e O Grito e seus similares).
Cloverfield (ainda nome provisório), mais conhecido como o projeto de um filme de monstro do produtor J.J. Abrams (do seriado Alias, Lost e do filme Missão Impossível III), acaba de receber uma previsão de estréia para sua exibição aqui no Brasil em 1º de fevereiro (pouco tempo depois de sua estréia nos Eua, 18/01).
“Cara, cadê minha cabeça?”
Para quem não ouviu falar o filme é dirigido por Matt Reeves (do seriado Felicity), somente com câmeras digitais caseiras e a trama acompanha a história de Rob, que ganha uma festa de despedida de seus amigos já que está de mudança para o Japão (olha a homenagem ao mais conhecido monstro do cinema mundial, Godzilla), no entanto uma iminente tragédia está para acontecer nesta noite.
Não é que o produtor Michael Bay é esperto, observem o que ele vem fazendo com as refilmagens de filmes de terror: elenco jovem e bonito, incluindo uma garota sexy com trajes mínimos, acrescente tripas, sangue e um diretor de videoclipes que saiba deixar a película mais caprichada esteticamente (adequado para o público alvo, os adolescentes). Pronto, está é a fórmula utilizada em O Massacre da Serra Elétrica, O Massacre da Serra Elétrica: O Início, Horror em Amityville e, agora, em A MORTE PEDE CARONA, um filme cult dos anos 80 que trazia no elenco Rutger Hauer e C. Thomas Howell (alguém sabe por onde andam estes atores?).
A única característica que difere esta nova versão das cópias que surgiram depois do primeiro (nos últimos anos foram lançados A Morte pede Carona 2 e Velozes e Mortais, ambos os filmes ruins), é a ascensão de uma guria como heroína. E que guria, Sophia Bush (personagem Brooke Davis do seriado One Tree Hill), está um fetiche ambulante em cena, uma bela morena de minissaia, blusa justa, botas e com uma arma na mão, para alegria dos barbados.
Sophia em A Morte Pede Carona
No que se refere ao roteiro, a primeira versão possuía um clima claustrofóbico angustiante, nesta nova versão isto foi deixado de lado, ao invés disso, investiram em perseguições nas estradas, mortes e sangue. Porém, o filme é previsível e não fosse a beleza de Sophia com a quietude doentia do assassino de Sean Bean, tudo seria um equívoco.
A terceira temporada de House, que terá seu término nesta quinta-feira (23/08) no canal Universal Channel com o episódio Human Error (não esquecendo que a Rede Record começou a exibir o seriado em sua segunda temporada) foi marcada pela polêmica participação do policial Tritter, personagem do ator David Morse, cujo arco de 6 episódios revelou a real situação fisiológica e psicológica do Dr. Gregory House quanto ao seu vício em vicodin. Para alguns, a entrada de personagens que batem de frente com o dr. House pode parecer truque dos produtores do seriado, no entanto, não esqueçam que o dr. House é uma pessoa que não prima pelo bom relacionamento, sendo antiético, irresponsável, mal educado e extremamente sarcástico com seus colegas e pacientes, que do lado de cá de tela surge engraçado, até porque, sabemos de sua eficiência em resolver diagnósticos impossíveis, mas no mundo real não funciona desta maneira.
Mesmo com a participação de David Morse nesta temporada, o seriado poucas vezes fugiu de sua estrutura de “diagnóstico indecifrável da semana” (convenhamos, os consultores médicos se esforçam para criar diagnósticos complicados), exceção o reflexivo episódio One Day, One Room, onde House se via conversando quase a totalidade do episódio com uma jovem mulher com DST. Esta foi uma temporada onde os demais personagens do seriado tiveram espaço com histórias centradas em suas vidas pessoais e escolhas médicas (como o envolvimento sexual de Cameron e Chase, e o arco envolvendo o pedido de demissão de Foreman, que está ocupando os últimos episódios desta temporada).
Contudo, mesmo House sendo um seriado adulto com ótimos roteiros e dramas pesados, nada me diverte mais do que ver dr. House fazendo clínica no Hospital (como a cena onde ele oferece 50 dólares para quem sair da fila do atendimento, hilário). Dr. House, atualmente, é o melhor personagem masculino da televisão, sendo a indicação de Hugh Laurie ao Emmy, prêmio máximo da televisão americana que ocorre agora em setembro, uma aposta quase certa de premiação (rivalizando com James Gandolfini de Sopranos). Detalhe: House também concorre nas categorias de Melhor Drama e Melhor Ator Convidado, David Morse.