Feliz Natal: estréia na direção do multimídia Selton Mello, com certeza, um dos melhores atores de sua geração. Na trama, Caio tem quarenta anos e trabalha em um ferro-velho no interior. Naquele universo cercado de pedaços e peças enferrujadas ele tenta montar o quebra-cabeça da própria existência. Hoje ele tem uma companheira leal e uma ocupação constante, mas nem sempre foi assim. Em outros tempos ele vivia em alta velocidade e total irresponsabilidade. Por sorte saiu vivo, mas teve que se afastar da cidade, da família e dos amigos. Hoje, perto do natal e das festas de final de ano, ele faz um balanço dos acontecimentos e decide voltar pra capital. Chegando lá encontra Theo, seu irmão, um homem enredado na teia corporativista e vivendo um casamento em crise. Miguel, seu pai, agora vive com uma moça de caráter duvidoso. Mércia, sua mãe, a mãe abandonada, a mãe de todos os males, se sustenta à base de coquetéis alcoólicos e psicotrópicos. Fabiana, sua cunhada, está perdida entre frustrações de um casamento naufragado. Os sobrinhos Bruno e Vitor crescem rapidamente e estão cada vez mais exigentes, e seus amigos do peito, Neto e Alex, pararam no tempo gastando suas vidas em noitadas repletas de excessos. Muitas coisas permaneceram iguais, outras nem tanto, mas sua simples presença causará transformações, pois pequenos fatos isolados que acontecem em frações de segundo modificam radicalmente a vida de várias pessoas todos os dias. E então finalmente Caio reencontrará um homem que ele não via há muito tempo. Ele mesmo. continue lendo »
Austrália: trabalho mais recente do corajoso Baz Lurhmann (diretor de filmes sempre excêntricos, como Moulin Rouge), era cotado como um dos filmes na corrida para o Oscar, no entanto, não foi o que aconteceu, nem por parte da crítica quanto do público. Parece que Lurhmann queria reviver os “áureos” tempos do romances épicos. A trama se passa no norte da Austrália, no período da Segunda Guerra Mundial e foca em uma aristocrata inglesa (Nicole Kidman) que herda uma fazenda de gado do tamanho do estado de Maryland (EUA). Quando os barões do gado tramam conquistar suas terras, ela, relutante, une forças com um homem áspero (Hugh Jackman) para guiar suas duas mil cabeças de gado através de milhares de quilômetros das terras do país. Confira a resenha AQUI.continue lendo »
Na quinta-feira passada foi ao ar, pelo canal NBC, o episódio final (número 331) da quase eterna série ER (15ª temporada), também conhecida por aqui como Plantão Médico, que em seus primeiros anos era exibido pela Rede Globo em horário nobre, faz tempo, e desde então a mesma emissora não respeita mais as séries americanas que adquire. Voltando a ER, a série teve uma temporada de despedida, o que sempre é o melhor para qualquer fã da série, houveram retornos inesperados e esperados, referências a tramas antigas e muitas homenagens a uma das séries de maior audiencia da tevê americana. continue lendo »
Queime Depois de Ler: os irmãos Coen provam sua versatilidade aliada ao talento como roteiristas num ano onde ganharam o Oscar pelo violento e sisudo Onde os Fracos Não Tem Vez e, meses depois, lançam esta comédia americana paranóica calçada num excelente elenco (George Clooney, Brad Pitt, John Malkovich, Frances Mc Dormand, entre outros). Na trama, ao ser demitido por alcoolismo, o veterano da CIA Osborne Cox decide escrever um livro revelando segredos do governo. Ao saber disso, sua mulher Katie rouba os arquivos para usar contra ele no processo de divórcio. Acidentalmente, o material cai nas mãos de dois funcionários de uma academia nos subúrbios de Washington, Linda e Chad. Visando arranjar dinheiro para pagar as cirurgias plásticas que Linda sonha em fazer, eles chantageiam Cox. Para resolver o caso, é contratado o agente Harry Pfarrer, que coincidentemente é amante de Katie e mantém uma relação virtual com Linda. Confira a resenha AQUI.continue lendo »
A novidade desta semana na tevê a cabo brasileira é a estréia do telefilme 24 Horas: Redenção (31/03, às 22hs.), já disponível em DVD, mas estreiando na tevê. O telefilme serve necessariamente como uma introdução para a 7ª temporada que não foi exibida em 2008 devido à greve dos roteiristas. Dezoito meses após o final da 6ª temporada, o ex-agente Jack Bauer (Kiefer Sutherland), procurado pelo governo americano, está trabalhando como missionário na África e, com a ajuda de seu mentor, Carl Benton (Robert Carlyle), terá que impedir que um perigoso chefão do crime organizado recrute crianças inocentes para uma milícia assassina. Enquanto Jack enfrenta mais uma crise internacional, os Estados Unidos se preparam para a posse da nova presidente, Allison Taylor (Cherry Jones). continue lendo »
A atual crise econômica mundial parece ter atingido rapidamente as séries americanas, com consequências que podem ser observadas de duas maneiras: 1) como tema abordado pelos roteiristas em diversas séries, desde os dramas ou dramédias como, Desperate Housewives, até motivo de crimes em séries policiais investigativas, como em Life; 2) são os inevitáveis cortes de orçamento e o custo das séries frente sua audiência semanal: resultando em desequilibrado, gera o inevitável CANCELAMENTO. continue lendo »
Rebobine, Por Favor: Filme mais homenageando a magia do cinema do que comédia propriamente dita. O roteiro mostra a paixão do cinéfilo pelo cinema, ainda em vhs, e cria verdadeiras pérola visuais, num tom extremamente carismático, méritos de Michael Gondry, e a figura sempre engraçada de Jack Black. Na trama, um certo dia, Jerry, mecânico atrapalhado, tem o corpo magnetizado e destrói acidentalmente todas as fitas de vídeo da locadora onde seu amigo Mike trabalha. Para garantir a sobrevivência da loja, os dois arranjam uma solução alternativa: filmarem remakes das fitas. Suas inspiradas versões fazem enorme sucesso na vizinhança, que encomenda todo tipo de filme, de King Kong a Rei Leão. Mas o sucesso tem um preço, e logo advogados de Hollywood aparecem cobrando direitos autorais. Agora, eles terão de bolar um grande plano ou a locadora será definitivamente fechada. continue lendo »
Após a explosão mundial nos 90, no reconhecimento das séries televisivas americanas, (antes denominadas pejorativamente de “enlatados”) principalmente, por buscar uma qualidade cinematográfica e tramas mais inteligentes e/ou dramáticas, vide o reconhecimento de séries como Arquivo X, Friends, ER e Seinfield, notadamente nos anos 2000 ocorreu uma evolução. Notem como houve uma valorização por personagens mais complexos, nem tão heróicos e muito menos vilões novelescos, mas sim, personagens mais humanos com suas qualidades e defeitos, verdadeiros anti-heróis.
Vicky Cristina Barcelona: Os ares europeus continuam fazendo muito bem para o veterano diretor/roteirista Woody Allen. Agora, filmando na Espanha (anteriormente na Inglaterra), o diretor chamou a a nata dos atores espanhóis (Penelope Cruz, oscarizada 2009, e Javier Bardem, oscarizado em 2008) junto a sua nova atriz inspiração, Scarlett Johansson, numa trama bastante sedutora e passional. Na trama, Vicky e Cristina, jovens americanas, viajam de férias para Barcelona. Vicky é sensata e está prestes a se casar; Cristina é impulsiva e curte aventuras amorosas. Ao conhecer o sensual pintor Juan Antonio numa galeria, Cristina se sente imediatamente atraída por ele. Seu interesse só aumenta quando fica sabendo que ele tem uma relação intempestiva com a ex-mulher, Maria Elena. Juan convida as duas para um fim-de-semana na montanha, bebendo e fazendo amor. Vicky fica horrorizada, mas Cristina a persuade de entrar na aventura. Confira a resenha AQUI.continue lendo »
Numa temporada marcada pela irregularidade, talvez as séries da tevê a cabo americana ainda sejam o porto seguro de qualidade das séries televisivas. Um bom exemplo é que mesmo o desgastado e criticado gênero policial encontra na tevê a cabo qualidade acima da média: The Closer (aka, Divisão Criminal, no SBT).