Arquivo Morto

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 30 de junho de 2008 – 4 comentários

Uns dias atrás estive andando pelas sebos da cidade, estava folheando uns livros do balcão de descontos (entenda “5 livros por 3 reais”) e não pude de deixar de notar uma coisa. Todos aqueles livros tinham algo entre suas páginas, pelo menos a maioria deles.
Antes de começar a falar sobre isso, quero explicar que colocar coisas no meio de livros é algo comum quando se tem mais livros do que calças, algo que é uma verdade no meu caso. Enfim, no meio de meus livros guardo de tudo: Bilhetes, anotações, dinheiro e aquelas fitas que dão nos matsuris que dizem dar sorte. Estão perdidas no meio deles até hoje, apesar de ter que queimar elas para que dêem a tal da sorte. Então ver essas coisas entre as páginas dos livros pra mim é comum, acharia estranho até se não tivesse nada em algum livro que pudesse servir de marcador de páginas na falta de um.
Explicado isso, vamos voltar aos livros do tal balcão de descontos. Entre suas páginas, achei uma grande coleção de flores, pétalas de rosas, folhas de árvores, agulhas de pinheiro e outros exemplares da fauna e flora Brasileira.
Entre as páginas sabe-se lá quanto tempo, eles já tinham se incorporado a elas, praticamente ficando um pouco mais grossos que as páginas do livro e com uma resistência igual a de papel de seda.
Não comprei esses livros (Diana, Sabrina e outros livros melosos com histórias pouco mais profundas que um pires), mas isso me fez pensar na infinidade de pessoas que tornam seus livros caixões para esses objetos, os tornando para sempre um pedaço daquele livro. Ou até que o primeiro o retire dali e o jogue no lixo, vai saber…
Com essa idéia na cabeça, fui dar uma olhada nos livros que não me pertencem aqui em casa (Bíblia, Agendas, A Cura Pelas Plantas, esses livros que tem em quase todas as casas) e constatei que todos eles tinham algo parecido dentro deles. Pedaços de arruda, pétalas de rosa, sementes de laranja e maçã, um verdadeiro arsenal de produtos naturais.
Só que aqui em casa, eu pude saber a origem de cada uma dessas coisas. As sementes são distrações, coisas jogadas só pra marcar uma página e esquecidas ali. O galho de arruda é um negócio pra afastar mal olhado e aquele galho em específico é detentor de uma história da família que não vem ao caso aqui. Já as pétalas de rosas foram de um velório de uma pessoa próxima da família, não perguntei mais nada quando soube de onde elas vieram.
O que posso tirar de tudo isso? Cada pedaço estranho dentro de um livro é um tipo de lembrança que aconteceu com o dono do livro. Sejam fotos, pedaços da natureza, mosquitos, bilhetes, papéis de bala, bombom ou coisas parecidas, tudo o que está no meio significa algo pra pessoa que era dona desse livro.
O que me faz pensar uma coisa aqui: Qual será a história por trás de cada um daqueles negócios que tinham nos livros do balcão de descontos? Se for tomar como base os títulos de cada livro, posso acabar pensando que tudo aquilo são lembranças de decepções sexuais e de ex-namorados que a (presumo que seja uma mulher) abandonaram. Mas isso são só especulações, não sou pago pra criar histórias com base nisso, então vou arquivar essa inspiração pra outro momento. Fico por aqui, deixando um pacote de balas 7 belo no meio de um volume de Eragon.

A Maneira de Escrever Altera o Produto Final?

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 23 de junho de 2008 – 9 comentários

Estava aqui eu escrevendo um trecho de minha história, mais um daqueles capítulos que demoro um tempo pra pensar e algumas horas pra passar pro papel. Enquanto estava concentrado nessa tarefa, chega do meu lado meu irmão e pergunta por que eu estava escrevendo a lápis. Depois de explicar pra ele que aquela era a única maneira que eu conseguia escrever, ele vem com o papo de que minha letra é uma bosta, de que se ele fosse ler aquilo, esperaria a versão impressa.
Esse fato me fez pensar aqui em umas coisas. A maneira que alguém coloca suas idéias no papel alteram o sentido delas de alguma maneira?
Muitos escritores usam seus próprios sistemas de escrever suas histórias. Alguns recorrem a esqueletos, maneiras de colocar os fatos da história de uma maneira organizada, para caso seja necessária uma consulta a algum fato que aconteceu antes aquilo possa ser feito da maneira mais rápida possível. Já outros utilizam a maneira mais simples e que pode demorar mais, mas é a maneira preferida, adotada por mim: Escrever apenas enquanto as idéias aparecem. ás vezes, a história já está toda definida na cabeça do autor, só faltando alguns detalhes para que ela funcione realmente.
Mas isso são algumas maneiras de arrumar a estrutura da história, não é exatamente disso que quero falar. Estive lendo a algum tempo atrás O Apanhador de Sonhos de Stephen King e pelo que me lembro esse livro ele revela logo no início ou no final que foi escrito por ele enquanto se recuperava de um acidente, na cama de hospital, usando um bloco e canetas. Posso estar errado sobre o livro, mas tenho certeza que o autor é o certo. Quem já leu essa história, sabe que ela não tem nada de ruim, sendo uma das melhores histórias dele. Antes que existisse toda essa tecnologia, muitos autores conhecidos como Edgar Allan Poe, Charles Dickens ou ainda Julio Verne utilizavam essa maneira de escrever e nem por isso que suas histórias deixavam de ser lidas por todos os lugares. Se elas só foram lidas depois da morte deles, isso não vem ao caso ainda.
Mas mesmo assim, resolvi mudar minha maneira de escrever, fui atrás de uma maneira alternativa e que ainda assim que não me envergonhasse caso eu contasse pra alguém que eu escrevia dessa maneira. Fuçando alguns lugares escuros daqui de casa, encontrei uma máquina de escrever portátil. Com uma aparência de que não era usada a pelo menos uns 10 anos, a retirei de sua maleta e a coloquei na mesa, onde logo comecei a digitar algumas besteiras. Após algum tempo, mais ou menos uns 10 minutos, enchi uma sulfite e resolvi ler o que tinha escrito. Tinha ficado uma bosta. Escrever ali cortava toda a graça de pensar enquanto se desenha cada letra e não poder apagar fazia com que cada coisa que eu escrevesse se tornasse definitiva, como se eu não pudesse alterar, o que no fim de tudo era verdade, pois tudo que escrevi ficou ruim demais.
A máquina de escrever já é algo mais conhecido, ela facilitou muito que as histórias fossem passadas para o papel, mas também fez com que elas ficassem com um estilo diferente das escritas com canetas e lápis. Os autores que podem definir esse estilo de escrita são aqueles de mais ou menos 1975, uma época anterior a criação dos editores de texto, essa ferramenta tão estranha e usada hoje em dia. Mas antes, vamos a próxima parte da história.
Logo após decidir que uma máquina de escrever era algo muito ruim, resolvi tentar escrever no Word, porque bloco de notas é coisa pra escrever post em blog e e não sou blogueiro. Abro o programa, dou uma olhada em umas partes, configuração de fonte, essas frescuras, e após alguns minutos começo a escrever alguma coisa. A história que tinha aparecido em minha mente tinha como protagonista um filete de nuvem que eu tinha visto, então comecei a escrever tudo o que conseguia pensar. Depois de 30 minutos, eu tinha uma história completa, com início, meio e fim. Uma verdadeira… porcaria total. A maneira de escrever nos editores de texto fazem com que as idéias sejam passadas no papel da maneira mais rápida possível, sem que elas tenham aquele tempo para amadurecer na mente, para que elas realmente sejam boas e mereçam ocupar um espaço no papel.
Acredito que seja por esse motivo que temos centenas de livros de auto-ajuda e de histórias que no fim de tudo, só contam tramas sem sentido e que não adicionam nada as pessoas que a lêem. Se eu citasse autores que se encaixam nessa categoria, isso aqui ficaria muito mais longo do que já está, então, vamos a última parte da história.
Depois de passar por todos os estilos que eu tenho a mão pra escrever, voltei ao caderno. Ali, mesmo que minha letra seja feia, eu tenho a vantagem de poder escrever onde quiser, sem ter o risco de ser roubado, problemas com baterias e peso de um notebook ou uma máquina de escrever sempre comigo.
Escreverei a história no PC, mas só quando ela estiver finalizada, com todos os seu fatos e detalhes totalmente definidos no papel. Até lá, onde eu puder escrever as partes, eu o farei. Termino por aqui, com um lembrete: Destruir esperanças de uma ótima história não faz com que ela morra.

Publicidades Literárias

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 16 de junho de 2008 – 7 comentários

Esse é um dos fatores que tornam tão difícil a literatura ser conhecida fora dos locais de sempre, como bibliotecas, livrarias e sebos. Propagandas de livros são complicadas de se ver por aí porque o mesmo pessoal que deveria fazer as propagandas não tem nenhum contato com algum tipo de literatura. Vide aquelas celebridades que em entrevistas a revistas ruins falam que seus livros de cabeceira são a Bíblia e alguma coisa de Paulo Coelho. Acredito que eles só dizem isso por dois motivos que servem para os dois citados acima: Puxar o saco e parecer espirituoso.
Mas esse não é o caso aqui, não vou reclamar de Paulo Coelho e nem de Deus, há outros que sabem fazer isso melhor do que eu e com mais raiva do que posso demonstrar, então vamos seguir em frente com as propagandas em foco. Como se eu pudesse me manter em foco em algum assunto…
Ao contrário de cerveja e cigarro que tem seu público bem definido, livros não têm sua parcela da população tão a vista assim. Logo, investir nisso pode parecer desperdício para as editoras, que tem em mãos pouca verba já para a divulgação normal que fazem por aí, que envolve muitas vezes aqueles displays com foto da capa ou do autor. Mas fora isso, o máximo que já vi por aí foi aqueles cartazes que se cola em pontos de ônibus e que duram… sei lá, 40 segundos no lugar. Eu mesmo arranco eles pra guardar, mas sou eu, é claro. Outros vândalos menos cultos só arrancam pra limpar a bunda ou fazer lixo.
Propagandas em livrarias também são só para livros que tem garantias de retorno, o que eu acho algo bom, afinal, se o negócio vai fazer com que o investimento retorne, nada melhor do que gastar o que se encaixe com aquilo, não é? É só ver as obras de Dan Brown, que tem de tudo nesses lugares: marcadores, folhetos, e algumas vezes, até o primeiro capítulo do livro em alguns pequenos cadernos. Mas é claro, isso não quer dizer que o livro é realmente bom.
Outros livros que sempre têm destaque são aqueles dos quais seus autores vão a TV pra falar um pouco sobre o que escreveram, mas se não é um programa como o Jô Soares, onde a maioria das pessoas que vêem estão mais dormindo do que acordadas, a chance de o entrevistador fazer uma pergunta inteligente é perto de zero. Não que o Jô Soares faça perguntas inteligentes, mas enfim…
A única maneira que acredito que realmente funcione de divulgar um livro que não tem seu espaço garantido em vários pontos de distribuição são aquelas que dependem exclusivamente dos leitores. Propaganda boca-a-boca, emprestar o volume e ter a chance de nunca mais o ver, blogs e sites que têm seu espaço pra resenhas e para opiniões dos leitores, todos esses espaços são os que deveriam ser mais utilizados pelas próprias editoras, que normalmente tem em seu poder um bom material, mas que quase nunca chega ao público. Mas algumas devem achar esses lugares onde cada um coloca sua opinião um lugar perdido, pois muitas vezes esses mesmos lugares nunca chegam a entrar em contato com a editora para divulgar o que estão fazendo, ficando ruim para os dois lados que não conseguem tirar proveito de nada do que tem em mãos.
Mas apesar de tudo, acho até bom que livros assim nunca cheguem ao conhecimento do público normal. Me diga qual seria a opinião de alguém que nunca teve contato com Lovecraft ser jogado em meio a um programa que discutiriam Cthulhu e que no final só chegariam a conclusão que aquilo ali é só um programa de loucos? Já temos amostras de como isso é recebido em programas quando tentam discutir RPG e nunca sai algo que o lado dos livros e leitores fiquem com uma imagem positiva.
Mas discutir literatura é algo que falarei em outra oportunidade, porque agora já me alonguei demais nisso. Até mais e que todos usem marcadores em seus livros, NÃO AS ORELHAS DOS PRóPRIOS, OK?

O Terror de Edgar Allan Poe

Livros sexta-feira, 13 de junho de 2008 – 9 comentários

Hoje, sexta feira 13, nada como arranjar algo que seja relacionado ao tema para combinar com esse dia, não é?
Eu pretendia escrever algo falando sobre os livros de Poe, mas quando vi que suas histórias estão sobre domínio público, não poderia perder essa chance de falar sobre as que mais gosto e que acho que combina mais com esse dia considerado maldito para alguns e apenas mais um dia para outros.
Mas isso não vem ao caso, pelo menos eu acho. Edgar Allan Poe foi um autor de diversos contos e poemas, muitos com o terror e o suspense como principal tempero para chamar a atenção de seus leitores, fascinados com seu estilo de narrativa que mesmo sem entrar em muitos detalhes, faz com que uma cena seja criada.
Mas mesmo sendo O CARA pra fazer histórias com finais surpreendentes e muitas vezes trágicos, muitos outros autores se inspiraram nelas para criar seus próprios personagens, como Conan Doyle, que se inspirou em Auguste Dupin e seu raciocínio analítico para criar seu mais conhecido personagem, Sherlock Holmes.
Eu poderia ficar escrevendo sobre Poe aqui por horas mas tenho certeza que vocês não leriam, então vamos a parte que interessa, que são as histórias que melhor podem representar o gênero escolhido para o dia de hoje. Já adianto que aí está o que eu considero o melhor, então, não me venham com essas de “noça kra, vossê eskçeu akela lá!“.
Vamos começar com uma história de 1843, intitulada O gato Preto. Nessa história, somos apresentados a um personagem que tem um grande amor por animais, em especial um gato preto chamado Plutão. Apesar de amar o animal, ele não tem controle sobre alguns impulsos que foram surgindo no decorrer dos anos, que pro fim acabam fazendo com que ele dê fim ao pobre animal. Pouco depois, surge outro gato idêntico ao que ele havia dado fim, que é adotado por ele. Logo depois disso, as coisas seguem um rumo muito surreal…
Nota do editor: O que acontece? Espetinho de gato? É NóIS. – théo
Bom, essa foi legal pra começar, mas se é pra ter uma amostra do que é terror, isso não é suficiente. Então vamos seguir em frente, agora com um conto que pode lembrar algum tipo de fábula, mas os elementos malignos estão lá. Esse conto é o chamado Hop-Frog ou Os Oito Orangotangos.
Um bobo da corte e um rei com seus ministros e uma festa a fantasia, todos fatores que isolados não dizem nada, mas que no controle da narrativa de Poe tomam um rumo muito diferente do que poderia ser imaginado por qualquer autor conhecido. Não falarei mais sobre esse conto, ele é bom demais pra ser estragado com o que eu poderia dizer.
Os poemas de Poe não são diferentes, trazendo toda a angustia e sofrimento característicos de seus contos. Dá uma olhada no conto O Corvo que ali você tem uma boa idéia do que estou tentando expressar.
É tão difícil tentar colocar o que eu acho de melhor dele por aqui, que prefiro deixar essa tarefa assim, incompleta. Cabe a cada um de vocês saber o que escolher dele, mas já adianto que seja lá qual for sua escolha, ela será perfeita, afinal, se estamos falando de Poe, tudo o que ele escreveu é digno de apreciação.
Mas mesmo assim, não posso deixar de citar outras histórias que merecem atenção, como O Poço e o Pêndulo e A Queda da Casa de Usher. Seria muita sacanagem minha não citar elas aqui e correr o risco de vocês acabarem as ignorando.
Espero que isso tenha ajudado vocês a terem uma pequena noção de como é o estilo dele, e que hoje, sexta feira 13 vocês sacrifiquem um bode vocês tenham um dia repleto de circunstâncias estranhas e fatos inexplicáveis.

Editoras próprias

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 09 de junho de 2008 – 7 comentários

Sabe, isso é uma das únicas coisas que me confundem no mundo da literatura. Antes de tudo, vou apresentar uns fatos, pra que depois tudo não fique complicado.
Um autor vai lá e escreve um livro. Depois disso, começa a luta para que ele saia do rascunho e finalmente chegue até as livrarias ou algo que valha. De editora em editora, ele vai pulando, recebendo “não” em cada uma delas, até que depois de receber notícias negativas de TODAS, ele só tem duas opções: Ou desiste, deixando que aquela publicação tão importante para ele e que tomou tanto tempo para ser escrita seja esquecida PARA TODO O SEMPRE MWAHWAHWAHWA!!!
Opa, me empolguei.
Bem, a outra opção é ele próprio bancar a publicação de seu livro, o que leva ele a criar sua própria editora ou usar a de algum autor que resolveu seguir o mesmo caminho. Publicar seu próprio livro não é algo fácil, mas esses caras tentam mesmo assim. Mas não pretendo me adentrar muito nesse assunto aqui, pelo menos não agora, afinal, só estou começando a correr atrás disso agora.
Então voltarei ao início, sobre os livros publicados pelos próprios autores. Tenho em meu PODER (MWAHWA…) vários livros de autores próprios. A maioria são comprados em sebos mais pelo motivo de que eu me interessei pelos assuntos deles ou porque são idiotas ao extremo. “E daí?”. são esses livros que menos ficam comigo, pois sempre que conto algo sobre eles pra alguém, todo mundo quer ler. Como nunca encontram em lugar nenhum, a única maneira de ler esse livro é pedindo a minha cópia emprestada. Esses eu faço questão que devolvam, sob pena de multa e possível assassinato. Mas é claro isso AINDA não aconteceu.
O principal problema com esses livros é os lugares onde você pode encontrar eles. Como disse, sempre compro esses em sebos e normalmente já são de segunda mão, ao menos é nisso que eu acredito, então não dá pra saber muito sobre o histórico dele, de onde ele realmente saiu.
Existe uma pequena coisa que se colocam em livros, chamada ISBN, que é uma sigla que significa International Standard Book Number. Isso é obrigatório ter em todas a publicações e a falta disso causa muitos problemas. Nisso há todas as informações básicas sobre o livro, que muitas vezes pode ajudar a traçar a origem dele, como autor, editora e local da edição, seja lá o que isso signifique.
Só que acontece que esses mesmos malditos livros não tem uma informação útil que seja nesse tal de ISBN, o que acaba por confundir mais ainda quem quer saber mais sobre a publicação. Estou falando tudo isso porque finalmente depois de 3 anos com centenas de pedidos de empréstimo, resolvi fazer uma cruzada atrás de UM livro desses próprios, o que é mais emprestado de mim. O nome desse livro é A vida é besta (Mas é legal).
No próprio livro existem várias citações, maneira de entrar em contato com o autor por e-mail, páginas na internet e tudo mais, mas o problema é que NENHUM desses funciona. A pesquisa do ISBN dele só faz com que eu chegue a outras informações, mas nenhuma delas útil, pelo menos a princípio. Acredito que se um autor, mesmo um que publicou seu próprio livro, deveria ter maneiras de entrarem em contato com ele, caso contrário, ser conhecido se torna uma coisa impossível, como é o caso desse autor, que na capa do livro diz se chamar Joshua.
Mas acho que já entrei demais nesse assunto hoje. Quem sabe de uma próxima vez eu volte a falar disso. Ah sim, aproveitando o público que lê essa coluna (umas 10 pessoas) quero saber se por acaso algum de vocês já ouviu falar desse livro, porque no momento estou perdido por causa disso. Até semana que vem, se conseguir eliminar os mafagafos de minha prateleira…

Spoiler é bom?

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 02 de junho de 2008 – 17 comentários

Sabem, eu não ligo pra spoiler, mas tem muita gente que considera isso a pior coisa do mundo. Estava lendo a coluna do Paulo sobre o fim das séries e percebi que ela era cheia de citações que poderiam acabar com a graça de alguns fatos para os fãs de séries. E na literatura, os spoilers são assim tão graves também?
Como disse, eu não ligo pra spoiler. Mas é só pelo fato de que eu gosto de saber como é que aquilo acontece, o caminho que se percorre para chegar áquele ponto. Contar um final de livro pra mim pode ter duas conseqüências: Ou eu ignoro completamente e continuo como se nada tivesse sido dito ou eu fico mais empolgado, pra ver como que aquilo irá acontecer. Saber o que acontece pode ser um incentivo diferente para eu continuar a ler, ajuda até. Mas isso porque não me apego a histórias por muito tempo, no máximo por algumas semanas.
Mas, qual é objetivo de alguém quando conta o final de um livro? será que é pra acabar com toda a graça e felicidade que a pessoa poderá ter ou é um ato de filho da puta, normal até para alguns?
Vamos ver um fato recente. Na época do lançamento do último livro de Harry Potter, teve aquilo do livro ter umas versões que saiu algumas semanas antes. Centenas de pessoas se aproveitaram desse problema para acabar com as esperanças e teorias de fãs pelo mundo inteiro, contando fatos que aconteciam muito tempo antes do lançamento, uma beleza. Admito que eu fiquei tentado a fazer o mesmo aqui no Brasil na estréia do livro em inglês, mas muitos problemas aconteceram e me impediram de continuar com o plano, mas isso não vem ao caso agora. O que importa é que muitos outros fizeram o mesmo e acabaram com a graça do livro pra muitas pessoas. Até hoje ouço reclamações de algumas pessoas que estão inconsoláveis até agora.
Mas depois de perceber umas coisas, cheguei a uma conclusão sobre isso tudo: Essas pessoas que se decepcionaram com o final revelado antes são as mesmas pessoas que não lêem muito. Esse era o único livro que elas acompanharam desde o começo, era a única coisa que eles tinham expectativas. Logo, a questão delas se concentrarem demais em criarem esperanças sobre isso fazia com que elas se decepcionassem mais com o que aconteceu.
Isso tudo que escrevi até agora é baseado em observações minhas sobre esse fato, algo contestável e passível de mudanças, é claro. Depois que tentaram acabar com a graça de alguns livros que eu lia, eu fiquei meio que imune a spoilers de qualquer tipo de mídia. Acho que essa é a melhor maneira de escapar deles, pois quando você não liga pra um, é como se ele não tivesse sido dito, acho que é mais ou menos isso.
A melhor parte de tudo também é quando você inventa spoiler, só pra criar falsas expectativas. O spoiler falso favorito meu consiste em dizer “não é esse que o (nome do personagem principal) morre no final?”. Te digo que já vi centenas de reações sobre isso, muitas delas impossíveis de narrar aqui. O foda é quando você acerta, aí sim é que os problemas só começam…
Nas resenhas de livros também rolam uns problemas desse tipo. Qual a hora certa de parar de contar o enredo de um livro para que ele ainda tenha a mesma graça para que irá ler? Estive lendo algumas resenhas essa semana que passou e vi que muitos que as fizeram não souberam parar, cometendo o erro de passarem do ponto e contarem o final do livro. Acho que isso é uma cagada das feias, mas enfim, não é todo mundo que consegue segurar a sua empolgação sobre algo e parar na hora certa.

Overdose Sci-Fi: Praticamente Inofensiva (Douglas Adams)

Livros segunda-feira, 26 de maio de 2008 – 3 comentários

Seria esse livro o real final ou apenas uma nova maneira de terminar a história? É o que vermos em frente, pois ele é aberto as duas explicações.
Primeiro de tudo, vamos a um pequeno resumo da história: A Terra continua inteira, Trillian ainda vive nela e a história se passa como se ela não tivesse entrado na nave com Zaphod, algo que acontece no primeiro livro. Daí em frente, a história conta o que acontece com ela depois disso, as decisões dela e o que ela aprendeu com isso. Até aí está confuso, mas acredite, fica mais ainda.
Logo depois, entra em cena Ford Prefect na sede do Guia, que acaba de mudar de planeta novamente, mas dessa vez com algumas diferenças logo percebidas por ele. Não demora muito para ele perceber que além de o lugar ter mudado sutilmente, todo o clima do lugar está muito diferente do que ele está acostumado, o que causa uns problemas que sempre o perseguem, sendo resolvidos de maneira um bocado… inusitadas.
Em outra ponta da galáxia, temos Arthur Dent, acho que a única pessoa que não mudou nada desde o último livro. Em busca da verdadeira Terra, agora sendo um viajante mais experiente, ele acaba se perdendo em um lugar muito mais confuso que o espaço: O tempo. Além de se perder no tempo, ele acaba se perdendo de Fenchurch, ficando sozinho novamente.
Como podem ver, cada um se encontra em um lugar diferente, fazendo coisas que em teoria não poderiam fazer com que se encontrassem novamente. Mas é claro, isso não acontece, pois tudo conspira para que eles se reúnam contra a sua vontade.
Uma nova versão do guia, uma filha que um deles não sabia que tinha ou uma mesma pessoa vivendo em terras diferentes faz com que tudo o que estava certo para cada um se torne duvidoso para todos quando eles se juntam.
E agora? O que esse livro tem de diferente em relação aos demais? Primeiro de tudo, o tempo. Esse foi escrito em 1992, oito anos depois do último e 20 anos depois do primeiro livro. O mundo mudou muito desde essa época e o humor de Adams também, pelo que se pode perceber nas páginas desse livro. Antes mais sutil, agora ele se supera soltando situações muito mais impossíveis e inusitadas, algo mais condizente com os dias de hoje.
Apesar de a história se passar alguns anos depois do último, tempo que é meio difícil de se especificar, ela ainda segue o mesmo ritmo de antes, com o estilo característico de cada um dos personagens sem mudar quase nada. As partes que são citadas situações da galáxia que são relacionadas as cenas que aparecem ou aparecerão no livro estão muito mais descritivas, interessantes de ler, como se Adams estivesse querendo apresentar mais do universo para quem lê, algo que deixa tudo mais marcante.
Alguns fãs consideram essa parte um falso final, ignorando toda a história como se não fosse parte da trilogia. Eu considero uma verdadeira maneira de amarrar as pontas soltas, acabando o livro com um belo final e com uma ótima história. Mas é claro, essa é minha conclusão do livro, cada um tem a sua.

Praticamente Inofensiva

Mostly Harmless
Ano de Edição: 1992
Autor: Douglas Adams
Número de Páginas: 208
Editora:Editora Sextante

Overdose Sci-Fi: Dia da Toalha – Como Foi

Livros segunda-feira, 26 de maio de 2008 – 5 comentários

No momento em que escrevo isso, o Dia da Toalha está próximo do fim, afinal, faltam poucas horas para acabar o dia, mas sabe o que tenho pra falar sobre hoje (ontem)? Que hoje foi um bom dia (sem propaganda).
Tudo começa as 8 da manhã, quando acordo e me dirijo para o ponto de encontro. Não que estivesse atrasado, mas eu quis chegar mais cedo. Doce ilusão.
Peguei meus equipamentos e me dirigi para o ponto de ônibus, onde atraí olhares estranhos de quem me via carregar uma toalha PRETA. Mas isso não foi nada, esperem.
Quando pego o ônibus para o centro, tinha a previsão de que ia chegar cedo o suficiente pra um café e pra poder esperar todo mundo sem me preocupar, aí é que tudo começou a dar errado. Uma maratona estava acontecendo, e adivinha que pista os corredores estavam utilizando? Resultado: o ônibus teve que apostar uma corrida com os corredores para cumprir seu horário. Por sorte, o motorista não era lá muito bem da cabeça e foi cortando as ruas e correndo como um possuído, fazendo com que eu chegasse a tempo (09:30).
Chegando lá, não pude tomar um café então escolhi um banco e fiquei esperando alguém chegar. Passa o tempo e exatamente as 10:06 chega os dois primeiros mochileiros: Guilherme GP e Moony. Guilherme cansado depois de ter emendado do show do Nazareth em Ponta Grossa chega com sua toalha branca, tão limpa que faz os olhos arderem (exagero, eu sei). Moony carregava uma toalha azul, pequena, mas isso não vem ao caso. Pouco a pouco começam a chegar todos: Luli com sua toalha roxa, comprada especialmente para o evento já arranja um canto para se encostar e quase tira um cochilo se não fosse minhas orelhas.

Luli, Santhyago e Moony

Logo depois, Luísa e sua toalha amarela chega meio que tímida, mas por pouco tempo, seguida de perto por Igor e sua toalha do Paraná clube. Na praça só chegou esse pessoal, enrolamos um pouco e lá pelas 11:00 saímos em direção ao Largo da Ordem, ode Luli havia dito que o homem estátua estaria com uma toalha também. Mas primeiro, uma pose pra foto, que não deu muito certo:

foto desáigner

Antes de sairmos, um cara chega com seu… acho que era um cachorro. Não podia perder essa oportunidade, então fui lá tirar uma foto com o animal:

“não morde não”

Existe uma outra versão dessa foto, mas eu estou meio EMO. Talvez um dia vocês a vejam. Andamos pelo largo por algum tempo em busca do cara, mas não o encontramos de jeito nenhum. Depois de algumas paradas em sebos estendidas no meio da rua e de pechinchar livros, seguimos rumo ao Mueller, onde esperávamos encontrar mais mochileiros.
Na praça de alimentação, juntamos algumas mesas e começa a difícil tarefa de escolher o que comer. Decidido que o alimento seria pizza, eu fui atrás de umas informações. Quando volto, todo mundo está rindo e olhando pro lado. Em uma mesa ao lado, uma senhora está sentada. Ao me sentar, me falam: “Ô Santhyago, tira uma foto lá dela!”. Como maior responsável (risadas livres) do grupo, fui lá. Ao me aproximar da mesa, rola um diálogo deveras diferente:
-Opa, será que eu p…
-Essa juventude sem respeito pelos mais velhos!
-Q?
-Esses jovens sem respeito, não conseguem ter respeito pelos mais velhos, ficam rindo da minha velhice e de minha deficiência, não tem respeito pelos outros!
-Como assim senhora? -Nessa parte eu já tinha puxado uma cadeira e me sentado.
-Ficam ali, rindo da deficiência alheia e da velhice, parece que não têm mãe, não respeitam ninguém, jovens assim têm que queimar no inferno!
– Entenda que a gente não estava rindo da senhora, a gente tá se reunindo pra comemorar algo e acredito que as risadas não sejam por sua causa.
-É bom mesmo, porque é só eu chamar os seguranças que eles expulsam vocês rápido daqui!
*chega a neta*
-Olha, eu estou aqui com minhas netas passando a tarde e não sou obrigada a aguentar isso… e olha só, ela chegou, pode voltar pra sua mesa?
-Ah sim, volto, mas quero te dizer que é só um mal entendido, nada de mais.
*olho pra neta dela*
-Olha, não é nada não, é só sua vó que achou que meus amigos estavam falando mal dela, ok?
– Ãhn, ok!
Volto pra mesa e me atualizo com o restante da história que havia perdido. De acordo com eles, Igor havia notado a semelhança da velha com uma personagem de familia dinossauros e compartilhado isso com os demais. Incomodada, a velha havia chamado todos pra briga, com o movimento de ombros e braços característico para tal atitude. Foi aí que eu cheguei. Não tirei uma foto da velha, mas digo que ela era IDÊNTICA a figura abaixo:

“Cadê o respeito desses jovens sem respeito?”

Passa o tempo, falamos besteiras, jogamos pega-varetas com alguns palitos de dente que eu havia roubado um pouco antes do lugar onde eu fui pedir a pizza que logo chega, momento que uso pra roubar pacotes de sal.
Devo admitir que foi um bom alimento, não sobrou nada pra contar história, apenas fotos:

Logo depois, chega Tita com sua toalha personalizada e um amigo do qual não me recordo o nome agora, que pareceu assustado, mas aos poucos se acostumou com o clima. Logo depois, seguimos até a ponte no estacionamento, coisa que eu não tinha visto por ali. Uma viagem de ida e volta, uns esporros de um segurança por terem sentado no corrimão, mas tudo bem. Um pouco depois, ao passar por um cartaz, não contive meus impulsos e tive que corrigir uma cagada:

No andar do cinema, aconteceu a galeria de fotos, que podem ser conferidas abaixo:

comofas o turbante, Santhyago?

Despedidas, cada um foi pra seu canto. Isso lá pelas 17:00, com planos pra todo mundo se juntar novamente. Mas é claro, isso é outra história…
Participou do dia da toalha? Tirou uma foto usando ela? Manda ela que eu coloco aqui. O e-mail é: santhyago@atoouefeito.com.br

A equipe do site mais quente da galáxia também tirou suas fotos, cada uma com seu estilo peculiar:

Para Bel, não digo nada, nem precisa
Atillah e seu modo exclusivo de usar uma toalha
O théo é tanga.
Nico, Acima da lei

Músicas em livros

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 26 de maio de 2008 – 3 comentários

Sabem, músicas em livros são legais, fazem entrar no clima do livro. Não importa se a música é exclusiva do livro, como as feitas só pra ele pelo próprio autor ou as que são citadas em trechos e que são de conhecimento de todos, elas dão um toque diferente á obra.
A chance de poder escutar naquele momento o mesmo que um personagem legal estava escutando, ou saber o que certo momento teve de diferente com alguma música é sempre uma experiência nova. Não são muitos livros que têm isso, pelo menos os poucos que conheço eu gosto muito.
No cinema, não há esse problema, afinal, a trilha sonora está aí pra isso. Em teatros ou em qualquer lugar sempre tem alguma música de fundo, o que auxilia bastante na imersão da pessoa com o ambiente. Já com a literatura não é possível isso. Um livro pode acompanhar um CD, mas não será a mesma coisa se não há estímulos suficientes para que certa faixa seja escutada em alguma parte. É claro que umas pessoas preferem ler com o maior silêncio possível, mas acredito que essas são uma minoria que ainda não teve as experiências corretas. Mas e quando o livro além de não ter músicas conhecidas mostra os personagens cantarolando elas?
Um deles é o clássico Senhor dos Anéis, que tem algumas canções que são legais. Não vou citar elas aqui, seria sem sentido e poderiam acabar com a graça de algumas partes. Mas digo que elas fazem com que tudo o que acontece no livro tenha um momento em que dá pra pensar nos personagens e aprofunda um pouco mais a personalidade de cada um.
Essas músicas que são cantadas por lá são criações de Tolkien, são marcantes e fazem com que algumas pessoas a fiquem cantarolando os trechos por alguns dias depois da leitura. Eu sei disso porque fiquei cantarolando uns trechos. Apesar de não terem ritmos definidos, elas parecem que já acompanham um ritmo das palavras, que ditam a maneira que a música deve ser pronunciada. Pode ser algum tipo de loucura minha, o que eu não duvido, mas acredito que não sou o único que faz isso.
Para não me alongar muito no tema, falarei agora de outro livro que tem músicas, mas músicas conhecidas. O livro que estou falando se chama Almost Blue de Carlo Lucarelli, uma publicação da editora Conrad. Nesse livro, um assassino que se intitula Iguana, mata pessoas e tenta se tornar elas. “Tá, mas e onde a música entra nisso?“. É simples, pequeno perguntador, a música entra em cada um dos assassinatos que ele faz. Desde o título do livro até cada um dos capítulos, a musica está presente. Em trechos e no título você pode reconhecer músicas como Reptile do Nine Inch Nails ou a própria Almost Blue de Elvis Costello. Tem outra música, mas não direi qual é, leiam que vocês descobrem mais sobre.
Bom, um exemplo de um livro com música na cara e outro com músicas que se impõem a você. O que mais precisamos pra hoje? Recomendo trilhas sonoras de filmes para acompanhar a leitura de alguns livros. Ou as músicas de um grupo chamado EPICA, com letras quase inexistentes e ritmos marcantes. Mas isso é música, não é minha praia, recomendo só o que eu gosto. Agora, ouçam música, ajuda muito a se concentrar.

Overdose Sci-Fi: Até Mais, e Obrigado Pelos Peixes! (Douglas Adams)

Livros sexta-feira, 23 de maio de 2008 – 0 comentários

Novamente estou aqui para falar a vocês sobre a série do Mochileiro das galáxias, mas dessa vez com o livro que é o real motivo para que essa série seja conhecida pelo nome de Trilogia de cinco livros.
Lembram do início do volume anterior, que Arthur Dent estava numa terra pré-histórica? Aqui novamente temos ele na terra, agora nos tempos atuais, como se os Vogons nunca tivessem aparecido e tudo estivesse como antes, com a diferença que os golfinhos não são mais vistos na terra. Agora, depois de algum tempo ele volta a sua casa e retoma todas as suas atividades aos poucos, com apenas uma dúvida em sua cabeça, que desde que ele havia pisado na terra novamente o perseguia: quem era a garota que estava no carro que havia dado carona a ele?
Entre essa pergunta e muitas outras, temos novamente um relato de situações estranhas, inimagináveis e finalmente vemos alguém que deu a volta no universo inteiro umas duas vezes pra pegar alguém. Mas como nada é perfeito, a volta de outra figura conhecida de todos faz com que os problemas que haviam sido esquecidos voltarem a tona, apesar de não quererem ser relembrados. Temos também finalmente uma pergunta para a resposta sobre a vida, o universo e tudo mais que é realmente convincente.
A galeria de personagens apresentada aqui é muito boa. O personagem que mais me chama a atenção em todo o livro é Fenchurch, a garota qe fica ao lado de Dent a maioria do tempo e que também recebeu um aquário. Outro que tem seus momentos legais é Wonko, o São, que é a única pessoa lúcida do livro inteiro, debaixo de sua personalidade excêntrica.
Como disse logo no inicio, esse livro é o real motivo para essa série se chamar trilogia de cinco livros. esse livro é um bom aproveitamento de situações que poderiam ter sido usadas antes, de momentos que antes seriam fracos ou sem sentido, mas que juntos assim, formam uma história perfeita, com ação, tiradas irônicas, e questionamentos que vão muito mais longe do que os feitos antes. Esse livro é um bom final para a série, termina todos os fatos de antes, colocando os personagens em lugares bem definidos, dos quais eu considero perfeitos. É claro que o último volume é um bom desdobramento, mas ele parece meio incompleto, não tenho bem certeza do que falta.
Mas isso é uma coisa que irei analisar na última e definitiva parte sobre essa série, vocês queiram ou não.

Até Mais, e Obrigado Pelos Peixes!

So Long, and Thanks for All the Fish
Ano de Edição: 1984
Autor: Douglas Adams
Número de Páginas:203
Editora:Editora Sextante

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