Pois é, quando um site tem grande acesso, ele pode se dar ao luxo de dar prêmios para seus leitores. Coisas assim você já conferiu aqui no Ato ou Efeito. Como tudo que a gente toca ou vira um exemplo pra todo mundo ou caso de vergonha total, venho até aqui anunciar a todos os leitores que ainda não conferiram a nossa seção AOE Blogs uma promoção.
Pois bem, um de nossos parceiros não-sexuais e possivelmente assexuado está a fazer uma promoção que irá comemorar seus 5 anos de carreira bloguistica, se é que essa palavra existe. De presente para seus leitores, ele estará sorteando dois livros: o primeiro é O Guia do Mochileiro das Galáxias, que você já deve conhecer por aqui. O outro livro se chama Ficções, do Jorge Luis Borges, que admito nunca ter lido. Podem me executar agora.
Para participar é simples: É só fazer um Post em seu blog ou site contando o maior mico ou roubada que vocês já passaram e avisar o cara com o link. O post que detalha a promoção pode ser conferido aqui e o vencedor leva os ois livros pra casa. Como eu também quero participar, lá vai uma história minha, até porque não é difícil eu entrar em roubadas:
Tudo começa em um dia que eu tinha resolvido ir para o centro de Curitiba, fazer exatamente o que eu não me lembro, mas eu estava indo pra lá. Lá estava eu, todo concentrado, com um livro na mão pra variar um pouco, quando do meu lado se encostam duas velhas e começam a conversar. O sol estava batendo exatamente onde elas estavam e uma delas sugeriu saírem dali e esperar em outro canto. Como a vida é um lugar engraçado, entra no tubo exatamente nesse momento um bêbado, que ao ver as duas se afastarem, começa a gritar com elas:
– EI, SUAS VACAS! EU NÃO SOU LADRÃO NÃO, EU TÆINDO PRA CASA PORQUE EU MORO NO CENTRO AQUI TÍ A MINHA CHAVE DO HOTEL E VOCÊS ACHAM QUE EU VOU ROUBAR VOCÊS? SUAS VELHAS METIDAS PIRANHAS! MEU PAI É SARGENTO E EU PODIA ACABAR COM VOCÊS AQUI, MAS EU SOU LIMPO, NÃO FAÇO ISSO (complete com o papo de bêbado de sempre aqui por mais umas 4 linhas)
Nessa hora, as mulheres começaram a desfiar um monte de desculpas para o cara e ele ainda continua a xingar elas. Como já disse, a vida é engraçada e dou uma chance pra vocês adivinharem ao lado de quem o bêbado foi se encostar para gritar com as mulheres.
Pois bem, lá estava eu, ao lado de um Pudim de pinga, com mais álcool que sangue no corpo, com cara que tinha acabado de sair de um puteiro, gritando ao meu lado e atrapalhando minha leitura. A essa hora, deviam ter umas 20 pessoas no tubo, além dos já citados aqui. Depois de ter minha leitura atrapalhada, eu já não conseguia mais ler em paz e como o livro era um pouco largo, o fechei com força, fazendo um barulho que calou a boca do bêbado por alguns segundos, pois ele logo havia retomado suas ofensas sem sentido.
Nessa hora, sei lá o que me deu, eu resolvi que isso tinha que acabar. Virei por lado, olhei bem pra cara do bêbado e falei pra ele calar a boca, que ele estava incomodando todo mundo.
-OLHA Só, TEM UM CARA AQUI QUE NÃO É GAGO NÃO! FALA FIRME, NEM TEM MEDO! TEM QUE OUVIR O QUE UM CARA DELE TEM O QUE FALAR E EU VOU FICAR QUIETO ANTES QUE ELE ME FAÇA ALGO!
Nisso, ele fica quieto por uns 2 minutos, me encarando. Retiro o livro da mochila novamente e sob olhares de todos no tubo, retomo minha leitura. De repente, esse filho-da-puta começa a resmungar:
-Quem pensa que é pra me mandar a calar a boca? Acha que sou gago? SOU FILHO DE GENTE GRANDE, NÃO DEVIA MEXER COMIGO, TENHO DINHEIRO MORO NO CENTRO (E basicamente tudo o que ele tinha dito antes, agora direcionado a minha pessoa).
Pensei: “Já que comecei, é melhor terminar”. Enquanto ele falava/ gritava, guardei o livro novamente e peguei no ombro dele, apertando sutilmente, enquanto falava que ele estava incomodando todo mundo e que se ele não parasse com aquilo, teria que tomar alguma providência. Como se minha mão fosse um pedaço de carne podre que tivesse caído ali, ele começou a encarar ela, enquanto falava:
-Vai fazer o que? me bater? É? Vem, pode me bater que tu tá fodido!
Ainda com a mão no ombro dele, falei que não era isso, e comecei a puxar ele pra fora do tubo, sobre olhares de todos. Nessa hora, ele vira para mim se soltando de minha mão e começa a me encarar.
Como se estivesse seguindo um roteiro, o ônibus se aproxima, eu olho pra ele e digo:
-Cara, eu ia fazer algo por você, mas agora meu ônibus chegou, se fode aí e não me enche o saco.
E entro no ônibus.
Lá dentro, todo mundo me encara. As duas velhas que iniciaram tudo isso se afastam e ficam no seu canto, caladas. Segundos depois do ônibus começar a se movimentar, sinto uma mão em meu ombro e um bafo característico. Era o bêbado novamente.
-Cara, que você ia fazer lá?
-Nada, talvez te ajudar, sei lá.
-Sabe quem eu sou? Já ouviu falar de (insira nome impronuniciável aqui)? Eu sou o cara abaixo dele, toda a droga do centro passa pela minha mão.
-Tá certo, e daí?
-Sabe, você com essa cara parece um dos balãozinho que a gente usava pra transportar, tu tem mó cara de quem mexe com droga.
-Tenho? isso é uma surpresa pra mim.
-É, tem sim. Sabe que eu podia ter matado você ali? Tua sorte é que eu tô sem meu berro.
-Cara, por mim, você que se foda, não ligo pra quem você é, o que faz ou quem já matou, mas fica na sua e não incomoda ninguém aqui, ok? Olha, tem um lugar livre ali, senta e tira um cochilo, ok?
Nessa hora, com o cu na mão, nem sei de onde tirei coragem pra falar isso, mas foi o que eu disse
-Olha que tu não é gago mesmo, hein? Vou ali mesmo e ficar no meu canto. Meu nome é (tal nome, nem lembro), você se chama como?
-Carlos.
-Olha, Carlos, se precisar de algo, fala comigo em (tal lugar, me forcei a esquecer), te arranjo algo na faixa.
Pode parecer algo idiota agora, mas acredito que essa foi a maior roubada que eu mais me arrisquei nesse ano. Abro espaço aqui pra falar um pouco sobre que tipos de pessoas estavam no ônibus. Tinham vários estudantes, pessoas comuns como eu, 2 caras que pareciam estar indo pra academia, o que confirmei na parada final, um grupo que estava indo para seu curso de SEGURANÇA, com aqueles uniformes e tudo o mais. Acredito que, se eu tivesse caído no chão, eles teriam passado por cima de mim, o que me deixa com mais certeza que eu só posso confiar em eu mesmo.
É, ficou um pouco mais longa do que eu pretendia, mas o fato foi tão estranho que me fez andar pelas ruas da cidade umas 2 semanas vigiando as minhas costas, pra ver se não estava sendo seguido. Bom, recado dado, agora é com vocês, participem da promoção e concorram a esses dois ótimos livros.
E aqui estamos para mais uma resenha dessa série, agora com o livro mais significante de todos, assim como o primeiro, o segundo e todos os que vem depois desse. Na realidade, toda a série é FODA, só falei isso pra que todos vocês tenham certeza que ler essa série é a melhor opção.
Iniciando de maneira diferente do livro anterior, esse se inicia 5 anos depois dos acontecimentos que levaram Arthur Dent de volta para a Terra na época Pré-Histórica. Logo depois de encontrar Ford Prefect e de pegarem um sofá a unha, eles são lançados para o tempo atual, no meio de um campo de criquete, exatamente no meio de uma partida que logo é interrompida por causa de um ataque de robôs que aparecem do nada em uma nave.
Tudo isso é só a introdução de uma nova viagem pelos locais mais estranhos da galáxia, acompanhados de Slartibartfast e sua nave protegida por um POP (Problema de Outra Pessoa), o Propulsor Bistromático, uma nave que se assemelha muito a um… restaurante.
O problema dessa vez envolve uma raça chamada Krikkit, que foi aprisionada há muito tempo em um lugar inacessível, que só poderia ser aberto com uma chave que, por coincidência, foi dividida em CINCO partes e espalhadas por toda a galáxia. Os robôs interessados em libertar a raça estão juntando os pedaços e é tarefa de Arthur, Ford e Slartibartfast impedirem que eles tenham sucesso nessa tarefa.
Nesse volume, temos passagens interessantes, como a parte que Arthur Descobre como errar o chão, um pouco sobre a sociedade na galáxia, que tem tantas raças diferentes e estranhas, capazes de fazer as coisas mais incríveis e idiotas.
A aparição de algo que tem a sina de sempre ser morto por Arthur resolve confrontá-lo também, em uma das partes mais estranhas e tensas do livro, senão a única, pois o restante dela é nonsense puro. Essa mesma parte explica uma frase sem sentido dita no primeiro volume também, o que me fez reler todos os livros para juntar alguns pontos que depois disso tem algum sentido.
Digo que esse é o livro mais movimentado de todos, com a participação de todos os personagens de antes, mais alguns que tem suas aparições relâmpago apenas nesse volume. A raça de Krikkit é um bom exemplo de tipos de pessoas que dá pra analisar e tirar algumas lições dela, recomendo prestar atenção as partes que ela é citada, pois isso pode ser um reflexo do que ainda pode acontecer…
Amanhã, a quarta parte dessa série entra em cena, considerada como a última por alguns fãs, que ignoram o último livro. Não percam.
A Vida, O Universo e Tudo Mais
Life, The Universe And Everything Ano de Edição: 1982 Autor: Douglas Adams Número de Páginas: 221 Editora:Editora Sextante
Continuando com as resenhas sobre a série O Mochileiro das Galáxias, vamos agora para o segundo volume. O primeiro você pode conferir a resenha aqui.
Depois de percorrerem os cantos mais escuros do universo, conhecer a verdadeira história do planeta Terra, serem ameaçados, alvos de tiros de Raio-da-morte, quem é que não ficaria com fome? É exatamente essa situação que se encontra os personagens do livro, que se inicia algumas horas depois do final do volume anterior. Os Vogons que os perseguiam ainda estão em seu encalço, algo que eles descobrem tarde demais, quando a nave está preocupada com um problema mais importante e sem condições de se defender. Em uma atitude desesperada, Zaphod invoca seus ancestrais para que eles possam salvar suas vidas, que estão perto do fim. Algo dá errado e Zaphod juntamente com Marvin vão para um lugar muito diferente do que estavam, mais exatamente em Beta da Ursa menor, a sede do Guia do Mochileiro das galáxias.
Se comparado ao volume anterior, que mostrava mais como Arthur se adaptava as suas bruscas mudanças, esse se foca mais em Zaphod e sua parte do cérebro inacessível. Essa parte do cérebro dele é a que tem as idéias importantes, mas que se fossem descobertas, impediriam que ele fosse o presidente da galáxia. Essa área as vezes aparece e joga umas idéias nada divertidas para ele, coisas que ele tem que fazer senão sua vida focada na felicidade não fica assim tão feliz e lá vai ele em frente, fazer algo que não quer para que tudo volte ao normal para ele.
Muitas das idéias apresentadas nesse livros são aquelas que dão pra pensar um bocado, como a parte que explica o funcionamento do Vórtice de perspectiva total, uma máquina que basicamente mostra exatamente a sua posição no universo em uma visão de fora dele.
A parte que eles estão no restaurante também é algo que é legal, pois todos estão reunidos na mesa, falando besteira, enchendo o saco um dos outros e explicando teorias mais loucas ainda que só servem para que cheguemos a conclusão de que Adams era um gênio mesmo.
Peço para darem atenção especial ao capítulo 7 do livro, um dos que eu leio sempre que posso. Não direi o que acontece nele, só digo que quem é o personagem focado nesse em especial é Marvin.
Dessa vez, o final da história deixa em aberto uma grande revolução na história, fazendo com que as mais estranhas e bizarras teorias brotem na cabeça do leitor, o forçando a ler o próximo volume para ver o quão certo ou errado elas estão em relação a verdade. Mas é claro, isso é só amanhã, esperem…
O Restaurante do Fim do Universo
The Restaurant At The End of The Universe Ano de Edição: 1980 Autor: Douglas Adams Número de Páginas: 229 Editora:Editora Sextante
Depois de quase um ano de site, finalmente consegui uma justificativa para falar sobre essa série de livros, pois não queria falar sobre ela assim, sem ter um motivo forte o suficiente. Então, aproveitando o Dia da toalha que se aproxima e que estamos no overdose Sobre Sci-Fi, vamos em frente para destrinchar essa trilogia de 5 livros.
Como não podia ser diferente, (ou podia?) vamos começar pelo primeiro volume da série, conhecido pelo título de O Guia do Mochileiro das Galáxias.
Esse primeiro livro é nada mais do que um grande começo de uma viagem que não tem ponto de volta, porque ele foi destruído. Arthur Dent era um cara comum, talvez comum até demais, com uma grande dose de azar a dominar a sua vida. Um dia, pouco antes de sua casa ser destruída, seu amigo chamado Ford Prefect o chama para ir ao bar tomar umas e terem uma conversa séria. Nessa conversa, ele revela para Arthur que não é um humano, mas sim um viajante espacial, mais exatamente de Betelgeuse. Paralelamente a esse fato, uma frota de naves Vogon se posiciona para destruir a Terra, porque ela está no caminho de uma construção e deve ser removida dali. Como bons mochileiros, os dois se hidratam o máximo possível (no bar, sacou?) e pegam uma carona em uma dessa naves Vogon, que são a raça que mais odeia mochileiros.
Daí pra frente, o livro se foca em Arthur Dent e suas impressões sobre o universo. Mas isso não dura muito, pois outros personagens tão ou mais loucos que os dois antes apresentados aparecem na história, adicionando a ela um elemento que tem grande importância nos livros seguintes da série: A improbabilidade infinita, principal motivo que faz a nave coração de ouro se movimentar a velocidades Impossíveis, de acordo com o próprio livro:
Quando o Gerador de Improbabilidade Infinita alcança improbabilidade infinita, ele passa por todos os pontos do Universo quase que ao mesmo tempo. Resumindo: Você nunca sabe onde vai parar, e nem que espécie vai ser quando chegar.
O responsável por essa nave é uma figura chamada Zaphod, o presidente da galáxia que rouba-a pouco antes de ela ser apresentada ao público. Há também a personagem feminina chamada Trillian, que tem seus poucos momentos, mas fica muito jogada ao canto. Agora, só pra puxar um pouco o saco, vou falar do personagem mais conhecido de todos, o personagem que me fez querer chegar ao fim de todos os livros. Esse personagem é o Marvin.
Um robô que tem um cérebro do tamanho de um planeta e um QI 30 bilhões de vezes maior que o de um humano. Esse fato faz com que ele fique deprimido, pois não existe tarefa conhecida que possa usar toda a sua capacidade cerebral, o que faz ele ter um total desprezo por tudo que é vivo. Tal personagem assim não poderia ser deixado de lado, tendo sua presença garantida em quase todos os momentos do livro. Sua participação no segundo livro é ainda mais importante, mas isso é pra ser dito na próxima resenha.
O Guia do Mochileiro das Galáxias
The hitchkiker Guide to the galaxy Ano de Edição: 1979 Autor: Douglas Adams Número de Páginas: 204 Editora:Editora Sextante
Esses filmes que tentam abordar algum aspecto futurista sempre têm partes que acertam e que erram pra caramba. Minority Report não é diferente. Desde o início do filme, tive a impressão de que ele ia ter algo que me faria me surpreender, mas é claro, ainda não sabia o que era.
No ano de 2054, os casos de homicídio que ocorrem são próximos de zero. Tudo isso é por causa de um sistema criado para prever crimes e prender os futuros assassinos antes de os realizarem. Isso é por causa de certas pessoas que têm essa capacidade de ver o futuro, os chamados pré-cogs. Mas apesar disso, essas 3 pessoas ficam em um estado semi-adormecido em que suas visões podem ser identificadas por programas e analisadas por uma equipe, essa sim a responsável por conseguir todos os dados necessários para evitar o crime.
Os Pré-cogs
Tudo ia muito bem, até que um desses Pré-cogs tem uma visão de que um cara chamado John Anderton iria matar uma pessoa dali a 36 horas. Seria apenas tarefa rotineira, se não fosse um porém: John Anderton era o policial que analisava esses fatos e comandava a equipe de prevenção de crimes.
Daí em diante, o filme se concentra em mostrar a fuga dele para tentar provar que o sistema é errado, indo até as ultimas conseqüências para provar sua inocência.
Até leva umas porradas
Baseado em um conto com o mesmo título de Philip K. Dick, o filme é um bom exemplo de um futuro que ainda pode acontecer, dado ao grande numero de elementos nada distantes da realidade atual, como as telas de toque que o personagem de Tom Cruise manipula ou os sistemas de comunicação e reprodução de vídeos mostrados durante o filme. Acredite, é um bom exercício mental ficar tentando identificar as tecnologias que aparecem no longa, juntamente com as marcas que lhe são atribuídas a eles. Por exemplo, sei que no futuro possivelmente terá PEPSI.
Com ação do início ao fim, esse filme tem bons momentos, como a parte em que ele vai a um médico de credibilidade duvidosa se submeter a uma operação. Ou a parte que ele resolve fugir de seu próprio automóvel, cenas que valem a pena rever, juntamente com outras que aparecem mais a frente e que não vou citar aqui, pois espero que vocês decidam por si mesmos as melhores cenas.
Minority Report – A Nova Lei
Minority Report (146 minutos – Ficção científica) Lançamento: 2002, Estados Unidos Direção: Steven Spielberg Roteiro: Baseado em conto de Philip K. Dick, com roteiro de Scott Frank, Jon Cohen Elenco: Tom Cruise, Max von Sydow, Steve Harris, Neal McDonough, Patrick Kilpatrick, Jessica Capshaw, Richard Coca e muitos outros
Bom, pra mim é meio difícil falar algo de novo sobre esse dia, então farei um esforço pra colocar algo original sobre isso aqui, ok?
Antes de tudo, vamos ao inicio de tudo, lá pelo longínquo ano de… 2001. Esse foi o ano que o autor de livros Douglas Adams resolveu fazer uma viagem pra um lugar que ele não poderia dar notícias. Ele havia batido as botas, abotoado o paletó de madeira, entrado em um sono eterno, virado futura comida de verme, essas coisas. Em resumo, ele MORREU.
Fãs de sua obra, a mundialmente conhecida trilogia de cinco livros O Mochileiro das Galáxias, ficaram tristes com sua morte; mas como ele tinha dedicado toda a sua vida a fazer todos os seus leitores rirem, foi decidido que esse dia não deveria ser um dia triste. Esses mesmos fãs, se baseando em uma das partes do livro, mais especificamente a parte que é dedicada a falar sobre as utilidades de uma toalha pra um mochileiro, resolveram fazer desse dia o chamado Dia da Toalha.
Apesar de Douglas Noel Adams ter morrido no dia 11 de maio, foi decidido que a comemoração deveria ser no dia 25 de maio. Essa foi a data que foi realizado o primeiro encontro entre fãs da obra e desde esse dia, todos os anos são realizados esses encontros. O porque dessa data continua ainda um mistério, pelo menos um mistério pra mim.
Nesse dia, todos os participantes carregam uma toalha. O estranho objeto é utilizado de diversas maneiras, que tentarei demonstrar a frente, com o melhor modelo fotográfico que meu dinheiro pode pagar:
ombro
No ombro: Maneira clássica de carregar. Simplesmente a jogue no ombro e a carregue por aí, usando ocasionalmente para limpar o suor, ou para utilizar rapidamente, caso seja desafiado para um duelo.
costas
Nas costas: Outra maneira que é bastante utilizada. Colocando ela por dentro da camiseta ou utilizando um alfinete para afixá-la, essa maneira é para quem quer se esquentar se está sem casaco, ou quer se mostrar superior.
turbante
Turbante: Acredito que isso não é muito usado, mas é sempre bom dar idéias de uso. Seja para afastar tentativas de lerem sua mente ou pra impedir que seu cabelo molhado respingue por aí, é uma outra maneira de usar.
máscara
Máscara: Boa maneira para aqueles dias em que está frio, e que aquele vento maldito insiste em te deixar com a cara congelada. Ou por caso você queira roubar uma loja de conveniências, nunca se sabe, não é?
Existem variações desses tipos de usar a toalha, mas não vou falar sobre elas aqui. O principal nesse dia é todos se reunirem, conversarem, tirar fotos, fazer novos amigos, essas coisas que sempre rolam normalmente por aí se você tem uma vida social normal. É claro, cada um com sua toalha.
Como disse logo no começo desse texto, esse encontro é feito em todo o mundo, e aqui no Brasil não será diferente. Diversas comunidades do orkut já estão se mobilizando e marcando encontros pelo Brasil inteiro. Uma busca pelo termo por lá retorna vários resultados de várias regiões. Se você é de uma dessas regiões, compareça com sua toalha e se divirta um pouco, o que você tem a perder?
Se quer mais informações desse dia, não deixe de conferir também o site oficial desse dia em inglês ou Português. Se perder esse ano e tem interesse em participar, é só esperar, ano que vem terá outro.
E só lembrando: o dia é 25 DE MAIO. Se te falaram que é outro dia, ignorem esse cara, porque ele está mais louco do que eu, o que não é algo muito bom. Se você participar de alguma reunião, entre em contato com a gente para que possamos divulgar as fotos das reuniões que foram feitas. Espero a participação de vocês e as fotos para que eu possa divulgar aqui mesmo. Para isso, envie ela para o endereço de e-mail que se encontra na parte de equipe, ou se você for muito preguiçoso, só copia daqui: santhyago@atoouefeito.com.br
Essas diferenças entre os mundos de ficção científica é o que mais me diverte enquanto leio as obras. Enquanto me preparava para o Overdose, li 19 livros de diversos autores, mas 3 em especial me chamaram a atenção, pois suas obras eram muito iguais em abordagem de temas mas os mundos que eram apresentados aos leitores eram um tanto diferentes de um para o outro.
Começando por Isaac Asimov, que aqui você já pode conferir a resenha de alguns livros dele, como Eu, Robô e O Homem Bicentenário. Ele era um cara que escrevia muito, mas quando digo muito, era realmente bastante, escrevia tanto que eu cheguei até a ter dificuldades pra escolher quais livros dele falar mais, mas isso não vem ao caso. Suas histórias falavam sobre um futuro que a humanidade era bem desenvolvida, mas tudo com a ajuda da robótica, e os robôs eram regidos pelas três leis da robótica, que garantiam que eles nunca iriam machucar um ser vivo e sempre obedecer qualquer ordem, se não fosse contra as regras.
O segundo autor em questão é Arthur C. Clarke, escritor de 2001: Odisséia espacial e que morreu nesse inicio de ano, que também tem suas histórias focadas em viagens espaciais e como não pode deixar de ser, inteligências superiores a da raça humana, seja criada ou muito mais antiga que o próprio universo.
O terceiro autor só entrará em campo daqui a pouco. Primeiro de tudo, vamos fazer com que esses dois autores entrem na porrada tenham suas diferenças apresentadas, só pra facilitar um pouco.
Enquanto um era O CARA pra falar sobre tecnologia e sobre um futuro que era mais parado, que ficava mais tempo no planeta e que demorou séculos para conseguir se expandir, o outro foi mais otimista, falando sobre viagens distantes em anos que já se passaram atualmente. As tecnologias também eram regidas por diferentes aspectos. Enquanto em um os robôs eram apenas auxiliares, muitas vezes sendo considerados menos do que isso, em outro a tecnologia tinha um papel por vezes superior ao confiado a humanos. Mas apesar de serem diferentes, eles compartilhavam vários tipos de idéias parecidas, como essas mesmas tecnologias com problemas que muitas vezes davam mais trabalho do que ajudavam. Vide HAL-9000 para mais detalhes. Æcomputador mais… filho da puta.
Agora que esses dois já foram meio que comparados, vamos colocar mais um na linha de tiro. O autor que entrará agora é um cara que falava do futuro como se fosse um reflexo de um passado muito sujo, com drogas, assassinatos, lixo, muito lixo, destruição e sociedades muito relaxadas. O autor que estou falando se chama Philip. K. Dick.
Suas histórias sempre tinham (tem, livros são eternos) elementos que fazem com que o futuro, muitas vezes mostrado como um lugar frio e com pessoas muitas vezes reservadas demais, tenha um lado mais humano, com pessoas divertidas, fazendo coisas que não se diferenciam muito das feitas atualmente. as inteligências superiores ainda estão por lá e as viagens planetárias também, mas elas são muito diferentes. Em uma das histórias do livro de contos O Vingador do Futuro, chamada A Mente Alienígena, há um bom exemplo de como formas alienígenas podem ser maldosas e bem humoradas ao mesmo tempo. Esse livro é um pouco difícil de encontrar por aí, mas se encontrar, pegue pra ler nem que seja essa história, pra entender o que estou dizendo.
Mas o que podemos concluir disso tudo? Que o futuro é um lugar que ainda não existe, pelo menos não da maneira que eles falam. Se fosse pra escolher, pegaria o futuro de Phillip K. Dick. Se é pra viver num futuro, quero que ele pelo menos tenha coisas legais para se fazer.
Um clássico que merece ter seu espaço aqui entre o que há de melhor de ficção científica. Não por causa de seus efeitos, que até hoje ainda acho incríveis, mas sim por causa de sua história, tão simples e cativante do inicio ao fim.
Roy Neary é um cara que trabalha para uma companhia de energia elétrica e considerado por mim um pai muito dos filho da puta, pois trata seus filhos de uma maneira que nunca me esqueci e que pretendo anotar pra tratar os meus da mesma maneira. Logo no início, ele pergunta a um de seus filhos: – Quantos anos você tem?
– Oito.
– Quer chegar aos nove? Vamos assistir pinóquio!
Roy e seu bronzeado psico
Mais a frente, há mais partes que provam que ele é um “”bom”” pai. Enfim, no meio da noite, ele recebe uma ligação para checar umas linhas elétricas que estão falhando, mas no caminho pro local ele se perde. Enquanto tenta encontrar a rota certa, as naves do filme entram em contato com ele e com mais uma pá de gente, que pelo visto esperavam que as naves passassem por lá também. Um pouco antes do início do filme, aparecem umas cenas que parecem não fazer sentido, como aviões no meio do deserto que surgiram sem pilotos depois de terem sido dados como desaparecidos a pelo menos 30 anos, um navio no meio do deserto, e outras coisas mais; mas acredite, isso tudo é só pra dar um tom mais louco para o filme, que de comum não tem nada.
Como disse logo no começo, os efeitos são muito bons. Mesmo com mais de 25 de idade, o filme ainda consegue surpreender em algumas partes. Preste atenção na seqüência final que você irá entender o que estou falando. Mas é claro, eu não esperava menos de Steven Spielberg, diretor executivo desse filme.
Algumas das naves
A trama também tem seus momentos dramáticos, como nas partes que mostram os conflitos familiares de Roy com sua familia, que se mostra preocupada e incomodada com o interesse que ele demonstra aos fatos que ocorreram. Apesar de tudo, não quer dizer que ele não tenha pontos fracos. Por exemplo, as cenas em que aparecem os soldados do governo. Até agora não consigo acreditar como eles são lerdos. Podem dizer que isso era justificativa para que a trama continuasse, mas acho que existe outras maneiras de que tudo siga seu rumo, não fazer com que civis corram mais que os soldados.
E as 5 notas que servem de cartão de visitas dos Discos voadores? aquela seqüência de sons é algo muito legal, ainda mais combinado com a sequência de sinais manuais que um dos personagens do filme utiliza em algumas partes:
essa aí, ó
Resumindo tudo: assistam. Relembrar é sempre bom, e se o filme melhorou depois de alguns anos, é melhor ainda.
Contatos Imediatos do Terceiro Grau
Close Encounters of the Third Kind (137 minutos – Ficção Cientifica, drama, suspense) Lançamento: 1977 (Estados Unidos) Direção: Steven Spielberg Roteiro: Steven Spielberg Elenco: Richard Dreyfuss, François Truffaut, Melinda Dillon, Teri Garr, Gary Guffey, Lance Henricksen
Novamente, o filme que leva o nome do livro não tem muito a ver com o próprio, a não ser o conto que dá o nome ao livro. Apresentado esse fato, vamos em frente. O Homem Bicentenário é um livro de contos de Isaac Asimov, assim como o Eu, Robô, apresentado um pouco antes aqui mesmo nesse Overdose. Dessa vez, as histórias são apresentadas seguidas por um pequeno comentário do próprio autor, que conta as situações que ocorreram para a produção da história, onde foi publicada pela primeira vez e outras curiosidades.
Todas as histórias dessa vez contam situações nem sempre focadas em robôs, mas isso não quer dizer que eles não apareçam, não ao menos diretamente.
As doze histórias que compõem o livro (mais exatamente onze histórias e um poema) mostram mais alguns fatos do futuro criado por Asimov, tão complexo e interessante. De todas as histórias, as que mais se destacam no volume e que recomendo que sejam lidas com certa prioridade são as seguintes: O Estrondo da Ígua– Essa história conta sobre um intercâmbio galático, em que uma pessoa que mora na lua vai até uma das estações submarinas que existem na Terra. Tem muito mais, mas não contarei mais nada, leia que vale mais a pena do que ficar esperando eu falar algo sobre. Estranho no Paraíso– Dois irmãos que depois de muito tempo se encontram para se dedicarem a uma tarefa em comum, mesmo que isso seja muito estranho para eles próprios. O Homem Bicentenário– A história que dá título ao livro. Se for para compará-la ao filme, eu diria que ela é mais focada na história do robô. Para dar mais tempo e profundidade ao roteiro, foi colocado e enfeitado muita coisa para a história, mas nada que lendo o original não se perceba e se escolha que a parte escrita é melhor.
Bom, recomendo muito esse livro, ficção das boas e com uma linguagem que não é nada complicada, fazendo com que ler sobre coisas que nunca entenderemos seja algo relativamente fácil. E os fatos referentes a cada história são agradáveis também.
O Homem Bicentenário
The Bicentennial Man and Other Stories Ano de Edição: 1976 Autor: Isaac Asimov Número de Páginas: 238 Editora:Editora Hemus
Antes de tudo, já peço pra esquecerem o filme com o mesmo nome e com Will Smith no papel principal. Esse filme foi todo baseado na obra de Asimov, em seus personagens e situações apenas. O livro que deu o nome a esse filme é bem diferente.
Contando diversas histórias, todas elas com os robôs nas principais situações apresentadas por Susan Calvin para um repórter que está para fazer um artigo sobre a vida e carreira dela para um jornal. A doutora Susan Calvin é uma robô psicóloga, especializada nos cérebros das máquinas, algo que com o andar da história, dá pra ver que é algo muito complexo e interessante.
Todas as histórias do livro (9 ao total, sem contar a introdução) têm personagens em comum, ora aparecendo em uma história ou sendo citados em outras, um fator que me fez perceber que apesar de o mundo da robótica apresentado ser muito grande, poucas eram as pessoas que realmente o entendiam.
Com o propósito de ser uma coletânea de contos, o livro consegue ser bem amarrado com partes que são como se fossem trechos de entrevistas do repórter com a doutora, fazendo com que as histórias sejam bem apresentadas e juntas se tornem algo praticamente único.
Uma das melhores histórias é a chamada Mentiroso!, que apresentou um outro lado de robôs e uma outra maneira de cada um ver a questão das 3 leis da robótica, algo que eu achava que era simples e praticamente sem falhas.
Eu,Robô
I, Robot Ano de Edição: 1950 Autor: Isaac Asimov Número de Páginas:296 Editora:Editora expressão e cultura