Nem demorou dessa vez, véi. Basta clicar nessa imagem aí no topo pra colar lá no hotsite do Metallica, que tá bem legal. Se você não gostar, também era esperado. Você tem mau gosto, afinal.
Daqui a pouco tem mais textos, e acho que toda noite eu vou atualizando a bagaça. CORRE PRA LÁ!
Eis que temos mais um Overdose, o Overdose Metallica. Eis que tenho mais uma missão difícil: Fazer um top 10 com as melhores músicas da banda.
Tudo se torna incrivelmente difícil quando a banda muda bastante de álbum pra álbum, que é o caso do Metallica. Meu top 10 será respeitável pra uns, polêmico pra outros e quase na medida pro resto, mas é pra isso que as listas servem: Pra vocês discordarem.
Qual foi meu critério? Sei lá, é um lance de espírito, de cada um. Excluí da lista o último álbum dos caras, Death Magnetic, que ainda não foi lançado. Bóra, então.
10 – Enter Sandman (Black Album)
Um som do Black Album não pode faltar na lista, é claro. Enter Sandman é um dos sons mais geniais do álbum, senão o mais genial. Qualidade musical ótima, peso na medida. Porra, esse som é um hino. E abre o nosso top 10.
9 – Holier Than Thou (Black Album)
Empolgante que só, mais um som do Black Album na lista. Não tem pra ninguém, essa sonzeira é uma obra prima, devia ser o som padrão do despertador de todo mundo. Sério, acordar com essa porrada é gratificante.
8 – Fight Fire With Fire (Ride The Lightning)
Thrash Metal é uma das melhores coisas do mundo, e esse som é uma das várias provas de que eu estou certo. Sério, quando ele REALMENTE começa, é como se ele estivesse te chamando pra porrada. E aqui você não arrega, cai pra cima… e apanha feio. EMPOLGANTE, véi.
7 – Damage, Inc (Master of Puppets)
Falando em Thrash Metal, da-lhe PEDRADA! Essa sonzeira é incrivelmente empolgante, impossível ficar de fora de um top 10. E obviamente não ia ficar fora deste. Enfim, mais uma prova de que o mundo seria melhor se o Metallica não tivesse “inovado”. Fiquem com um vídeo com direito a Yu-Yu Hakusho e DBZ (GAH!):
6 – Welcome Home (Sanatarium) (Master of Puppets)
Aqui o peso fica em segundo plano, a letra tem seu devido destaque. Devido E merecido. Em um ritmo que é PURA VIAGEM, Sanatarium te carrega fácil ao êxtase, principalmente na transição de “levesa” ao peso. Fantástico.
5 – Ride The Lightning (Ride The Lightning)
Aqui o peso está mais presente, e a viagem pode ser ainda mais alucinante pela pegada extremamente oldschool. Ou pela pegada Metallica? Véis, Metallica não é só oldschool, parem de encher o saco. E essa sonzeira não precisa de uma descrição maior ou convincente pra estar aqui. Apenas ouçam:
4 – Seek & Destroy (Kill ‘Em All)
Clássico. Precisa de mais? Talvez este som seja o maior hino da banda ENQUANTO thrash metal, mas o que vale mesmo à pena é que o som é um dos maiores hinos da banda. Foi difícil colocar um som desses fora do top 3, inclusive. Foi difícil deixar de fora da primeira posição, pra falar a verdade. Bom, o que está por vir então PROMETE.
3 – Battery (Master of Puppets)
Sério, a palavra “empolgante” já é desnecessária nessa altura do campeonato. Battery é, definitivamente, uma bateria pros seus nervos. Uma bateria pra QUALQUER coisa, deviam tocar este som para pacientes em coma ao invés de apenas mantê-los vivos. Noobs.
2 – Master of Puppets (Master of Puppets)
Nesse momento eu estou com uma blusa do Metallica, do álbum Ride The Lightning. E daí? Porra, ao ouvir Master of Puppets, você começa a sentir seu organismo VIVENDO Metallica. É incrível, é como se você fizesse parte da música, é como se você fosse o quinto integrante da banda. Ou até mais que isso, porra, é como se você fosse a música. E, véi, se você for essa música, você é a gordinha mais comestível da galáxia. Entre em contato.
1 – One
Já tava mais do que óbvio de que esse seria O SOM. Aqui temos tudo junto: Qualidade, peso, empolgação, criatividade E obra prima. Sério, tá absurdamente longe de nascer um som melhor que One, e olha que ele faz parte de um álbum que nem é tão bom quanto os anteriores. Enfim, nada mais merecido, nada mais espetacular.
Não tem pra ninguém: O álbum de estréia do Scars on Broadway, que leva o mesmo nome da banda, é ESPETACULAR. É um dos melhores álbuns do rock contemporâneo. E EU SÓ DEI NOTA 9? Ah não.
Pois bem, a faixa World Long Gone é uma das mais empolgantes do álbum, e é dela o novo clipe:
Coisa simples, com a pitada de crítica social e um visual bizarro pro tipo de som da banda. Aliás, bizarro pros caras, que ficaram bem… bizarros.
Enfim, eu espero que bombe. Nunca torci tanto pra uma banda dar certo.
Que a opinião sobre Daniel Craig como 007 é bem dividida, é fato. Mas quem tem bom gosto sabe que o cara RE-ERGUEU a franquia de uma forma absolutamente incrível, dando uma empolgação à bagaça jamais vista.
O segundo trailer do 22.º filme de 007 saiu hoje, e é esse aqui, ó:
O que dizer sobre ele? EMPOLGANTE. Pra variar.
Tudo começa onde Cassino Royale parou: Em Quantum of Solace, James Bond (Daniel Craig) estará em uma missão de vingança, e vai passar pela América do Sul, Áustria e Itália. Camille (Olga Kurylenko), a nova Bond Girl, o levará até Dominic Greene (Mathieu Amalric), integrante de uma organização misteriosa e um brutal homem de negócios. Bond quer descobrir a verdade por trás de Vesper, a traidora do filme anterior.
O filme estréia no dia 14 de novembro (sim, a data mudou). E… eu vi ele socando uma mina no trailer?
Pois é, os caras do REM farão quatro shows aqui no brasil, em novembro. Se liga na agenda:
6 de novembro
Porto Alegre – Estádio do São José
8 de novembro
Rio de Janeiro – HSBC Arena
10 e 11 de novembro
São Paulo – Via Funchal
Dois shows SEGUIDOS em São Paulo, SEGUNDA E TERÇA. É tão difícil assim agendar datas melhores? Não que eu vá no show, mas pra qualquer um isso é revoltante.
Enfim, os caras estão aí pra divulgar seu último trabalho, Accelerate, que foi lançado neste ano e AINDA não teve um review por aqui. Quando estivermos próximos do show, teremos o review!
E aí, algum paulistano ANIMADÃO pra um show em plena segunda?
É claro que o VMA sempre foi e sempre será irrelevante para todos nós. Porém, como o mundo é deveras de mau gosto, ainda assim continuo com a idéia de dominá-lo. Por tanto, segue a lista de vencedores do VMA 2008:
Vídeo do ano
Britney Spears – Piece of me
E não foi uma sextape!
Melhor vídeo feminino
Britney Spears – Piece of me
Não foi uma sextape, certo?
Melhor vídeo masculino
Chris Brown – With you
Quem?
Melhor vídeo de hip hop
Lil Wayne – Lollipop
Eles premiam outra coisa que não seja hip hop?
Melhor vídeo pop
Britney Spears – Piece of me
Melhor vídeo dance
Pussycat Dolls – When I grow up
Isso é dance? E, porra, finalmente um hetero escolheu um prêmio por aqui, aparentemente. Afinal, só as bundas valem à pena.
Melhor vídeo de rock
Linkin Park – Shadow of the day
Eu me recuso a acreditar numa porra dessas.
Melhor artista revelação
Tokio Hotel – Ready, set, go!
Revelação na MTV: Merda ENORME que vai encher seu saco pelos próximos dois anos e SUMIR. Temos aí uma mistura de Simple Plan com qualquer banda indie. Eles conseguem ir longe.
Depois da explosão thrash de Kill ‘Em All, o Metallica traz agora, de certa forma infelizmente, uma qualidade musical maior. Por que infelizmente? Porra, aquele som cru era um sonho. Mas Ride the Lightning não deixa de ser um sonho, não deixa de ser algo valioso no mundo do thrash metal. Metallica evoluiu, enfim.
Faixa-a-faixa
Fight Fire With Fire começa calma, ao violão, de uma forma em o que você menos espera é ser SOCADO por uma sonzeira absolutamente empolgante. E é exatamente isso que acontece, afinal, você está ouvindo METALLICA, véi. Empolgante ao extremo, esta faixa pode SIM ser (aliás, É) considerada um dos vários hinos da banda, assim como um dos vários hinos do thrash metal. QUE agressividade! Ride the Lightning é de uma qualidade absurda pra banda e pra época, deixando de lado a velocidade e a agressividade. Que seja espancado quem grita “VENDIDOS!”, afinal, estamos ouvindo mais um hino. E que hino. Melhor faixa do álbum? Pra mim é. Flash before my eyes / now it’s time to die…
For Whom The Bell Tolls faz você perceber que essa de ficar procurando pelo melhor som do álbum é uma besteira enorme, mesmo. E faz bater aquela saudade da agressividade e crueza do álbum anterior, mas tudo bem: o som é foda. BEM foda. Fade To Black talvez tenha sido a principal reclamação dos fãs, por ser um som extremamente lento e, particularmente, cansativo. É bem essa a definição deste som, adicionando uma empolgação de leve ao refrão com riffs pesados e, obviamente, ao solo espetacular. Banda espetacular. Dêem a devida chance, noobs.
Trapped Under Ice é uma bela nostalgia, de volta com a agressividade e velocidade. É ESSA a hora em que você começa a pular feito louco, sua mãe chega no quarto pra ver o que DIABOS está acontecendo e você começa a bater cabeça com ela. Escape talvez seja o pior som do álbum por ser cansativo E repetitivo, sem nada demais. Posso fazer uma lista enorme do que falta, mas o ideal seria se eles deixassem esse espaço para outra música, mesmo. Se é pra fazer, faz direito! Creeping Death, ao menos, compensa. Este é daqueles sons que vão fazer você detonar o seu repeat, tudo pela vontade de decorar a letra e imitar a bateria com… canetas. Noob. Mas enfim, som bacana e um dos mais crus, também.
The Call of Ktulu encerra o álbum com um instrumental sensacional, daqueles que devia estar na trilha de TODOS os filmes de suspense/terror da galáxia. E aqui é a prova de que o Metallica é uma banda criativa pra CARÁI, além de carregar uma qualidade musical absurdamente FODA nas costas. Isso, pra você, já é o bastante?
Crítica geral
Seria muito decepcionante ver uma banda thrash ESPETACULAR evoluindo? Nos dias de hoje, não. Naquele tempo sim. Mas Metallica não nasceu pra ser uma banda completamente crua e thrash, você leva um tempo pra perceber que aquela obra prima do thrash metal surgiu devido a um orçamento baixo, o que NÃO É irônico. Mas é fato que os caras foram pra um lado mais “comercial” da coisa, não “só” evoluiram.
Porém, faixas como Fight Fire With Fire e Trapped Under Ice não escondem o fato de que o Metallica que você queria ouvir até hoje é o Metallica do Kill ‘Em All. Mas… você arriscaria perder um Black Album? Metallica é uma banda que nasceu pra evoluir, pra traçar novos orizontes… e pra quebrar a cara, mas quebrar feio, futuramente. Então, antes de mais nada, como apreciador do bom e velho som pesado E cru, eu arriscaria perder um Black Album. Mas nem por isso acho o Ride the Lightning descartável. Pelo contrário, é um dos meus álbuns de cabeceira.
Ride the Lightning – Metallica
Lançamento: 1984 Gênero musical: Metal Faixas:
1. Fight Fire With Fire
2. Ride the Lightning
3. For Whom The Bell Tolls
4. Fade to Black
5. Trapped Under Ice
6. Escape
7. Creeping Death
8. The Call of Ktulu
Pois bem, já tem um tempo que vocês estão sabendo do Orloff Five por aqui. E não foram por que são noobs.
DJ Tittsworth, Vanguart, Melvins, Plastiscines e The Hives quebraram tudo (no bom e no mal sentido), e foi por aqui que você ficou sabendo de muita coisa antes de qualquer site aí. QUAL É O SITE MAIS QUENTE DA GALÁXIA MESMO?
Então vamos aos shows. Será que minhas previsões estavam certas?
DJ Tittsworth
Cheguei na metade da apresentação do cara, mas foi o bastante pra ver que ele faz uma discotecagem bacana, fato. Alguns remixes são bem fraquinhos, isso é fato, mas se torna irrelevante principalmente quando ele está em um show onde só consegue agitar a galera ao som de Nirvana. Ao ver que isso deu resultado, resolveu investir e, pelo menos o tempo que eu estive lá (o cara não só abriu a casa, mas tocou no intervalo das bandas E no fim), rolaram 5 sons da banda.
Erro dos produtores do festival ao trazê-lo ou erro do cara na montagem da playlist? Pois bem, acho que foi mais cagada dos produtores, mesmo, afinal, não é só porque o cara é DJ que ele tem que agradar aos fãs de Melvins e Hives, que dominavam o local. É por isso que eu digo que NÃO iria em um evento com discotecagem com o cara, até porque ele cortou uma música do AC/DC logo no começo. NINGUÉM faz isso. Mas eu não iria pela indiferença, mesmo, então, primeiro acerto na previsão: show descartável.
Vanguart
A casa ainda estava relativamente vazia, e esta banda serviu mais para testes gerais do que pra realmente fazer um show. No início, o som estava altíssimo, tive que me afastar do palco para não perder completamente a audição no ouvido direito, que está chiando até agora. Sério. A acústica estava quase uma merda, mal dava pra entender o que o vocalista falava/cantava. O som também não agradou a muitos, principalmente à mim. Outro erro dos produtores, que deviam ter chamado uma banda nacional mais próxima do que realmente valia mais à pena ali. Já havia sugerido Matanza ou Astronautas. Será que eu vou ter que fazer os festivais daqui pra frente, porra?
Descobri também que eu estava certo em relação a Hey Yo Silver, quando disse que se os caras tocassem sons desse gênero a coisa valeria à pena. Não deu outra, foi o som que mais agitou a galera. De resto, o show foi bem chato. 2×0 pra mim.
Melvins
Dale Crover é o cara. Não, Dale Crover é um deus. Ele realmente é o melhor baterista do mundo, não tem pra ninguém. Ele ainda conta com um segundo baterista, que toca em uma bateria menor e não aparece lá muuuito no show, mas É respeitável por estar ao lado de um deus. Ou eu estava vendo dobrado?
A pegada stoner dos caras é bem marcante, e a sonzeira é bem diferente E vibrante do que você está acostumado a ouvir. Dar uma chance ao som dos caras é uma boa, mas descobri uma coisa: Eu sempre pensei que era xiitismo parar de ouvir uma banda quando você acha algum integrante idiota. King Buzzo me fez queimar a língua ao se mostrar um extremo cuzão. Um extremo cuzão. Dale Crover e um roadie de TANGA foram os únicos que realmente interagiram com a platéia, de forma bem humorada E animada. Jared Warren estava frio, e King Buzzo extremamente provocante. Como líder da banda, era obrigação do cara prestigiar aos fãs, não cagar e andar para eles. Os caras simplesmente não se animaram em palco, não tocaram clássicos e Buzzo ainda cometeu a audácia de cantar o hino dos EUA enquanto era extremamente vaiado, há 2 músicas do término do show. No final do último som, tacaram um copo de cerveja no cara e, após ele terminar de fazer o que ele faz de pior, que é CANTAR, o puto simplesmente abandonou o palco, esfriando mais ainda o show e deixando a animação por conta do baterista, a única coisa que realmente valia à pena ali. Creio que não é só comigo, mas vai demorar pr’eu ouvir um álbum dos caras de novo. Frescura? Cara, quando você vive música, você sabe o que tá vivendo.
Resumindo, realmente a maioria ficou entediada e, apesar da cagada, o show foi imperdível graças à Crover. O cara promovia arrepios. E 3×0 pra mim.
Plastiscines
O show mais entediante e ensurdecedor da minha vida. E essa segunda parte só pode ser um sinal: Visualmente a banda é boa, principalmente quando você começa a imagina-las peladas. Agora, em relação ao som, nem quem dizia gostar da banda gostou. A cada som, eu perguntava “Já acabou?” – e a cada som, um cara do meu lado zoava a banda, e dizia “Depois dessa merda vai ser Hives, hein!”. Mas o melhor estava mais próximo ao palco, a galera gritando sem parar algo como “HIVES! HIVES! HIVES!…” – Eu nunca estou errado. 4×0. Sem mais, o show foi uma merda, foi irritante e só prova que essa onda indie é a coisa mais imbecil dos últimos tempos. Você PRECISA ser um RETARDADO pra gostar dessa banda.
The Hives
Não dá. Sério, não dá pra escrever sobre esse show. Uma depressão enorme bate em meu peito quando eu penso “Eu fui no show do The Hives”… ao invés de “Eu estou no show do The Hives”. Cara, foi simplesmente o show mais espetacular de todos os tempos. Liguei pro estagiário para xingá-lo e dizer isso, e foi quando ele disse “Com certeza não foi melhor que o do Motörhead!”. Na hora eu confirmei, mesmo não tendo ido no show, mas pensando bem… The Hives chutou bundas, com vontade. Acabou com qualquer um. The Hives simplesmente me fez ter medo de existir um show mais empolgante que o do AC/DC, por exemplo. The Hives empolgou até quem estava sentado, na área vip. The Hives é a melhor banda do mundo até alguém empolgar mais.
O vocalista Howlin’ Pelle Almqvist não dispensou fã algum, o cara simplesmente andou o palco inteiro, o show inteiro, batendo em todas as mãos que via pela frente. Parecia que o cara olhava nos olhos de cada um presente na casa, era incrível. Por um momento, eu pensei que ele iria falar pra banda parar de tocar pra conversar com a gente. Quando ele percebia que ninguém estava entendendo nada, ele soltava pérolas como “diz aí!”, “batam palmas” e “tira o pé do chão!”. Por um momento eu pensei que o cara iria parar a banda e virar a nossa platéia – o show era nosso. Nunca os fãs foram tão valorizados. Nunca um fã chegou tão feliz em casa. “Agora eu posso morrer”.
O guitarrista Nicholaus Arson deixou Sérgio Serra (Ultraje a Rigor) no chinelo. NO CHINELO. O cara é a loucura em pessoa, e duvido que ele realmente precise de drogas pra ficar daquele jeito – ele não vacilou, simplesmente foi o psicopata obsessivo da noite. Matou a FACADAS a decepção de TODOS – sim, TODOS – os presentes com as bandas anteriores (ou com A banda anterior), jogou umas três palhetas POR MÚSICA para os presentes e as pedia de volta, o que era mais hilário. O cara é foda.
Chris Dangerous também teve seu show à parte, jogando as baquetas para o alto e também para o público. Às vezes parecia que o cara mirava, vi uns três levando baquetada na cabeça. E é isso que faz a diferença: A interação da banda, a forma em que nós viramos mais um integrante dela. E foi exatamente assim que eu me senti quando cheguei em casa: “Meu show foi demais!”. The Hives é simplesmente a banda que deveria tocar todos os dias por aqui. Esse dificilmente sairá do posto de melhor show da minha vida.
Tudo começou com A Stroll Through Hive Manor Corridors, o som rolava enquanto a banda nem estava no palco ainda. O som acabou e eles chegaram na voadora com Hey Little World, obviamente empolgante. Já era o melhor show da noite. Eis que tocam Main Offender, a platéia já entrava em êxtase. A Little More For Little You veio logo em seguida, extremamente empolgadora. Walk Idiot Walk acaba não sendo tão empolgante sonoricamente falando, ao vivo, mas quem disse que alguém ficou parado?
Falando em ficar parado, foi aqui que as gargantas começaram a sangrar: A.K.A. I-D-I-O-T, uma explosão. Uma PUTA explosão. A Thousand Awnsers era um som que eu ainda nem conhecia, seria um side b? Era bacana. E It Won’t Be Long voltou a tirar do chão aqueles que, como eu, não conheciam a faixa anterior, então preferiram prestar atenção – o que não deixa de ser errado, afinal. E a coisa ficou feia de vez quando tocaram Die, All Right!.
Em Diabolic Scheme eles mostraram que conseguem empolgar mesmo com um som relativamente diferente do apresentado até então. Mas o melhor está por vir: em You Dress Up For Armageddon, o som mais cervejada da banda, os caras simplesmente ficaram paralizados em palco por uns 30 segundos antes do último refrão. Impressionante, um estágio superior ao êxtase surgiu aqui. You Got It All… Wrong veio após um “vocês gostam de canções de amor?” (em inglês, claro), e foi quando começou o bate cabeça mais nervoso da noite. E o melhor sempre está por vir: Two Timing Touch and Broken Bones quebrou tudo.
Eis que os caras começaram a falar que iam tocar o último show, e eu interpretei como último som lançado, ou seja: Novo single. Mas não, vieram com Return The Favour, como se fosse o último som da noite. Foi quando saíram do palco, e o público demorou um certo tempo para começarem a pedir por Bis. Quando os caras voltaram, foi com as duas pernas na costela: Bigger Hole To Fill soou como um hino, há quilômetros dali. Hate To Say I Told You So abalou a estrutura da casa, provocou o segundo terremoto de São Paulo. Tick Tick Boom veio pra não ser mais só o melhor som da banda, mas como o som mais espetacular do rock contemporâneo. Todos vomitavam suas gargantas, era incrível. Pulmões voavam, uma cratera se abria no chão… e o melhor show de muitas vidas ali chegava ao fim.
E tudo isso que eu escrevi foi só 1% do show. 10×0 pro Hives.
Sentiu falta de vídeos e fotos? Isso vai ser por sua conta. Envie para contato@atoouefeito.com.br fotos e vídeos do show, e até mesmo seu texto. Nessa sexta, tudo isso pode estar por aqui!
Papo rápido pra você que ficou em casa nesse sabadão: Corre pro nosso twitter pra acompanhar a cobertura do Orloff Festival, que começa em instantes. Eu estou por lá, atualizando aquilo via celular, ou pelo menos tentando.
Bom, este texto foi agendado pra ser publicado agora, não sei o que está acontecendo e SE eu estou conseguindo cobrir o show. Não custa ver, né?
Terceiro álbum da banda e, aparentemente, o último: é o que os caras dizem. Marketing? Talvez. O que importa é o álbum ser bom, e é isso que veremos agora.
Faixa-a-faixa
Abra Cadaver abre o álbum já trazendo empolgação, marcando uma nova mudança. Aparentemente, toda aquela energia do início de carreira voltou numa dose relativamente menor, mas a agressividade realmente ficou pra trás. Two-Timing Touch and Broken Bones já traz uma dúvida: Os caras fundiram os dois álbuns anteriores? Bom, a resposta é não. E esta faixa é, além de empolgante, uma das melhores da história da banda. Quem sabe a melhor do álbum. Walk Idiot Walk chega pra dizer que o posto de melhor som do álbum é dela, ainda mais pela agressividade da letra. Mais um som marcante, mas não chega a ser o melhor do disco. Chega a ser um hino.
No Pun Intended te faz esquecer dessa de “melhor música do álbum”, tendo em vista a energia que esta faixa transborda. Dançante, você sente nos ouvidos a evolução do Garage Rock. Os caras evoluíram bastante do segundo álbum pra este, indiscutível. A Little More for Little You é o som mais divertido do álbum, quase que completamente diferente do que a banda está acostumada a fazer. Repeat certo, e a letra gruda que é uma beleza. Vai por mim. B is for Brutus chega a ser indescritível, ouvir esta faixa é uma experiência e tanto. Sabe quando você para o que você está fazendo e começa a acompanhar não só a letra, mas a bateria E a performance ao vivo da música? Você faz um air The Hives, cara. Sonzeira.
Com See Through Head você já está em outro planeta, e a empolgação continua. Outro som indescritível, incrível. Não dá pra escrever enquanto eu pulo freneticamente, desculpem. E se a especialidade dos caras era fazer umas faixas mais puxadas para o surf, Diabolic Scheme já foge da praia e parte para um lado mais… não sei dizer. Sei que a faixa é um suspense sensacional, uma das melhores músicas “experimentais” dos caras. Qualidade musical nas alturas. Missing Link esbanja energia, explode empolgação após um som completamente fora do padrão. Foda.
Love in Plaster é a faixa que vai fazer você ficar rouco e quebrar o botão repeat. ESTOURE seus pulmões gritando os versos desta sonzeira espetacular. Dead Quote Olympics traz a batida mais animada do álbum, mostrando que os caras sabem BEM dosar empolgação e animação entre as faixas. Já Antidote é um mais leve, o que não é ruim. Os caras SABEM dosar, como eu havia dito. Uptight é mais um daqueles sons para se balançar a cabeça e bater com o pé no chão, mas ele não se resume a isso. O riff é ótimo, a distorção é quase perfeita. Eis que The Hives Meet the Norm encerra o álbum com peso E animação, com uma pequena dosagem de suspense, fechando com chave de ouro um álbum que… RÁ, eu não vou soltar esse clichê, podem ficar tranquilos.
Crítica geral
Tyrannosaurus Hives é o álbum que marcou a originalidade da banda. Primeiro um álbum completamente agressivo, depois um álbum mais Rock Contemporâneo, e agora algo enrotulável. Com certeza, o segundo melhor álbum da banda no quesito The Hives, e o primeiro no quesito originalidade.
Num primeiro momento, o álbum decepcionou a muitos, e eu não entendo por quê. Talvez os putos se basearam no single, Walk Idiot Walk, que, por mais que seja um hino, não é a melhor faixa do álbum e nem devia ter sido o primeiro single. Os caras foram oportunistas, era o assunto da vez. Mas… e depois disso?
O que muita gente diz é fato: Hives lança um álbum e bota uma música na boca de todo mundo… e depois some. Os singles à seguir fazem um sucesso mais momentâneo, infelizmente. Este álbum merecia mais singles, principalmente por supostamente ser o último álbum da banda, que mais tarde retornaria com um novo álbum, inferior. Bom, Tyrannosaurus Hives é excelente, e é questão de fã dizer se é melhor ou não que o primeiro. O que você acha?
Tyrannosaurus Hives – The Hives
Lançamento: 2004 Gênero musical: Rock Faixas:
1. Abra Cadaver
2. Two-Timing Touch and Broken Bones
3. Walk Idiot Walk
4. No Pun Intended
5. A Little More for Little You
6. B is for Brutus
7. See Through Head
8. Diabolic Scheme
9. Missing Link
10. Love in Plaster
11. Dead Quote Olympics
12. Antidote
13. Uptight
14. The Hives Meet the Norm