Carrie, A Estranha (Carrie)
Carrie White é uma jovem que não faz amigos em virtude de morar em quase total isolamento com sua mãe, uma pregadora religiosa fanática. A garota é menosprezada pelas colegas e Sue Snell, uma das alunas que zombam dela, fica arrependida e pede a seu namorado que convide Carrie para um baile no colégio. Mas Chris Hargenson, uma aluna que foi proibida de ir à festa, prepara uma armadilha para ridicularizar Carrie em público. O que ninguém imagina é que a jovem possui poderes paranormais e muito menos conhece sua capacidade de vingança quando está repleta de ódio.
Aproveitando que o assunto é ódio, já vou soltar a bomba e informar vossas senhorias de que eu não vi o filme original, nem nenhum dos remakes e continuações feitos. Nem mesmo o livro eu li. Sim, eu sou um herege. Não, eu não vou morrer por causa disso [Eu espero]. Tendo isso em mente, não me crucifiquem por gostar de uma história clichê de vingança. Quem não gosta de uma vingança de vez em quando? Nem que seja pelas mãos de Satanás?
PS: Reclame de spoilers num texto sobre um remake de um filme baseado em um livro e receba uma voadora no peito TOTALMENTE GRÁTIS!
Pois bem, eu acho que não há necessidade de se falar sobre a história da garota criada pela mãe fanática religiosa e que não sabe o que é menstruação, sendo aloprada por toda uma galera feminina [Curiosidade: Galera é um tipo de navio], tendo inclusive vídeo gravado e as porra toda da modernidade. Não, a questão aqui é muito mais legal. A montagem do filme, como ele foi crescendo, se adensando, sem grandes falhas no roteiro. Se bem que eu sou amador pra caralho, então a minha opinião vale tanto quanto um pacote de Bruxinhas.
Claro, tem sempre a burrice de alguns personagens, mas não tem nem como levar isso a sério num filme sobre telecinese. Ainda mais porque, caralho, a desgraçada da Carrie não sabe o que é menstruação mas pesquisa material sobre telecinese muito facilmente. Mesmo tendo catado milho no teclado. E não, a burrice não é só dela. Filme de terror/horror sem gente burra não funciona. Afinal, ninguém quer assistir um filme onde nego inteligente se fode, vai dar ideia pras crianças fazerem merda em casa.
Outro ponto é o visual da galera. Lembrei-me do comentário que a Nelly fez na resenha dela sobre o crássico, e tenho que concordar que, pra dar um maior impacto, tinha que ser uma atriz mais baranga. A Sissy Spacek não era nenhuma deusa, mas também não era de se jogar fora. E a Chloë Grace Moretz, apesar do jeito de esquisitinha, é bem tetéia também. Quando crescer vai ficar daora. Mas refletindo sobre o fato, não basta a Carrie ser bonitinha, o resto das moças do filme, que eram pra ser a última bolacha do pacote de Calipso [Não a banda], são bem marromeno. O que só torna todo o ódio e bullying contra a protagonista mais lógico e factual. Afinal, parte disso tudo é recalque [Conforme a internet nos ensinou, tudo é recalque hoje em dia].
E esse ódio/bullying/falta de um lote pra carpir também tem umas consequências bem bizarras. Nego vai até as últimas consequências pra foder com outro ser humano que nunca fez nada pra ele [Diretamente]. Sabe o que me dá mais medo? Saber que isso não é ficção, e tem pessoas desse nível circulando por ae.
Mas sabe a parte mais legal do filme [Além das piadinhas que pipocam o tempo todo, mesmo as que te deixam desconfortável]? O fato de que todo mundo tem o que merece no final. Bando de filho da puta do caralho, tem mais é que se foder dolorosamente mesmo.
O que, você tem dó de bully? Eu não, eu já tive em ambos os lados da moeda e posso dizer: Tem mais é que tomar no cu pra aprender. Porque, a partir do momento que você se vinga do cara que te bulinou, cê tá bulinando ele. E essa frase ficou esquisita, então é melhor encerrar por aqui.
Carrie, A Estranha
Carrie (100 minutos – Horror)
Lançamento: EUA, 2013
Direção: Kimberly Peirce
Roteiro: Lawrence D. Cohen e Roberto Aguirre-Sacasa, baseados no romance de Stephen King
Elenco: Chloë Grace Moretz, Julianne Moore, Judy Greer, Gabriella Wilde, Portia Doubleday, Alex Russell, Michelle Nolden, Cynthia Preston, Zoë Belkin, Connor Price e Max Topplin
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