CDS# 244 – Giga Pudding (Pudding Pudding)
TAKE 1:
O cenário é a paradisíaca praia de Barra de Guaratiba, no Rio de Janeiro. Jovens representantes da elite intelectual e econômica de Bangu, todos vestidos com elegantes adornos praianos (Bermuda tac-tel, anel de madeira no dedo, pulseira de Nosso Senhor do Bonfim e tornozeleira Bob Marley), encontram-se sentados em cangas espalhadas pela areia. Alguns se queixam do vento, outros se queixam da puta diarreia que o camarão de praia vai causar, outros reclamam que o tio do Mate tá um roubo, puta merda, cinco contos por aquela vagabundeza. Espalhados por aí, embalagens que antes continham Guaraviton (Safra recente) estão preparadas pra serem atiradas no mar e servirem de causa mortis pra metade da fauna litorânea.
– Galera, acho que ouvi um barulho… – O mais moreno, de cabeça raspada e prancha na mão, levanta. Ele tira a versão de camelô do Ray Ban da cara e olha ao redor. Parece apreensivo (Aqui, diretor, pode acrescentar umas espinhas na cara, pra dar aquela impressão de que o personagem pode sofrer bullying e dar aquela aprofundada. Sacumé).
– Pô, que nada, cabação, tá acontecendo nadimaish não, larga essa vibe negativa. Mó down. (Favor exagerar o sotaque carioca). – Sei nem que cê tá boladaço aê, relaxa. – Ele continua.
– Não, mermão, né vibe negativa nada, tô sentindo uma parada no chão, tu nem viu. Qual foi, larga mão desse vacilo.
– Pô, super senti também. – Confirma a garota do grupo, uma morenaça escultural (Pintar o cabelo da atriz de Wellaton 12.1, Loiro Claríssimo Isso Não Combina com Você e o Seu Cabelo Fica Ridículo de Progressiva)(Acrescenta também que o moreno arroz ali de cima morre de vontade de pegar ela, e a disgrama pediu pra ele passar óleo nas costas e deixou assim mesmo, no 0800).
– Carai, má que porréquela ali, cara, carai, carai! – Outro jovem vem correndo da outra ponta da praia. Está tão apreensivo que nem lembrou de sujar a areia da praia com o copo de Guaraviton, que traz na mão, firme entre os dedos. Ele joga areia na bunda da morenaça, que, bolada, manda o filhadaputa à merda.
– O maluco vem correndassim do nada, aê, falta de fechamento. Mó inconveniência. Nego não sabe meshmo dividir espaço. Pela saco duca. – O moreno I para. Checa a carteira e vê nada. A night foi cancelada, ele sabe. Olha cabisbaixo. Vira pro resto do grupo e completa – Aê, pô, mano, dá aquela moral aê, presh um conto preu comprá otro desse. – Diz, de novo abrindo a carteira e constatando que era melhor mesmo ter ido no churras 0800 da família.
De repente, todos escutam um barulho. Puta merda, é a invasão dos pudim gigante. Puta merda, gritam as pessoas na praia. Puta merda, saem todos correndo. Um exército de pudins e criancinhas japonesas assassinas devasta o lugar.
O Rio de Janeiro é destruído. Todos os paulistas sentem um orgasmo na mesma hora. O mundo, de repente, torna-se um lugar melhor.
Fim.
TAKE 2:
https://www.youtube.com/watch?v=7LKHpM1UeDA
A redatora do Bacon se encontra feliz e contente, rindo consigo mesma do texto genial que acabara de escrever. Jamais acreditou naquela velha lenda urbana de que, se você bater 3x no espelho do banheiro, dizer 3 palavrões, tomar banho com sangue de menstruação de virgem enquanto dança o ragatanga numa lua cheia, o monstro do Pudim Assassino aparece. Até hoje.
REDATORA: Giga Pudding tá no álbum…
No álbum…
AH CARALHO UM PUDIM GIGANTE PUTA MERDA, MANHÊ…
Fade out poético, ao som de violinos:. Ao fundo, o pudim gigante mastiga alegremente a menina. Tudo bem, era retardada mesmo.
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