Desenho é coisa de criança?
Com certeza você já foi indagado pela sua mãe/esposa/namorada/concubino/etc que desenho é coisa de criança.
Aposto que, enquanto você se mijava de rir com as bobagens do Bob Esponja, alguém lhe recriminou falando que o desenho era coisa de boiola.
Não, não estou afirmando que você é boiola – não precisamos discutir isso, pois você é – ou que sofre com a Síndrome de Peter Pan, simplesmente há um preconceito que todo mundo sofreu – ou ainda sofre – por gostar de algo que é predominantemente infantil, assim como HQs, figuras de ação ou ler Harry Potter e gostar de animes e mangás.
Ok, gostar de animes e mangás é demais, vide como é o povo do Sake (tem acento?) com Sal.
Enfim, voltando ao assunto, atualmente, a indústria da animação movimenta 550 bilhões de dólares.
Respira.
Isso mesmo, U$ 550.000.000.000 de verdinhas. Ou algo como R$1.265.000.000.000.
Sim, mais de um trilhão de reais gastos – equivalente a 10% do orçamento com strippers da OLOLCO Corp. – com coisa para “criança”, como diz seu amigo retardado que reclama que você não sai mais porque prefere ficar assistindo Family Guy.
Segundo a pesquisa que realizei, U$ 50 bilhões são arrecadados com a venda de espaços publicitários, enquanto os outros U$ 500 bilhões vêm do licenciamento de produtos, como mochilas, cadernos, games, brinquedos e o que mais você puder imaginar.
Enquanto escrevo estas linhas, Ben 10 está arrecadando porrilhões com a venda de cadernos para crianças sem futuro, já que quem gosta de Ben 10 provavelmente não terá futuro algum.
Enfim, você pode achar que desenho é coisa de criança ou se revoltar enquanto os criadores andam de BMWs e você de Marcopolo (ou Caio, depende da cidade).
Mas a realidade que há muito mais por trás disso, vide que Matt Groening – criador dos Os Simpsons – é uma das pessoas mais influentes dos EUA e existem diversos canais específicos para isso. Sendo quatro no Brasil.
Para encerrar, largue de ser preconceituoso e ria das maluquices dos Padrinhos Mágicos, Homer, Puro Osso e Família Griffin ou fique na sua e vá curtir Naruto ou o noticiário econômico.
Em 10 anos, se você não morrer, você entenderá a história. Ou a crise.
Questão de escolha.
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