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quarta-feira, 05 de agosto de 2009 Muitas vezes, ao ler HQs, eu costumo simplesmente deixar de lado as tramas, personagens e falas para mergulhar nos detalhes das imagens e, com alguma esperança, encontrar referências ocultas ou easter eggs escondidos no meio dos eventos principais.
Alguns deles são até bem óbvios: o drakar do Hagar é o melhor exemplo que eu lembro no momento. Lembro que, sempre que tal “personagem” aparece, apesar de não interagir de modo algum, ele dá um toque de humor ao reagir (com expressões faciais feitas pela carranca da proa – o quê, você esperava que o barco falasse ou algo assim?) a tudo que é dito, geralmente espelhando a opinião do leitor.
Alguns são mais sutis e não tem necessariamente um fundo humorístico. Quem leu a Saga do Tio Patinhas, que eu recomendei aqui há algum tempo atrás, provavelmente notou que Matilda, uma das irmãs do Patinhas, sempre aparece com um chapéu com uma margarida. À medida que os quadrinhos vão passando, as pétalas vão caindo, simbolizando a passagem do tempo.
Aliás, falando em Disney, ela já foi a campeã dos easter eggs nos quadrinhos. Não na fase atual, cuja arte parece ser feita no flash (eu sempre dou uma folheada nas HQs quando vou em bancas de jornal), mas as preciosidades de Carl Barks e Don Rosa. Algumas páginas chegavam a ter dezenas desses detalhezinhos que nos faziam rir e, por vezes, refletir.
Hoje em dia, infelizmente, a maioria das pessoas que trabalha esqueceu que os quadrinhos são a nona arte e, por isso, fazem pouco caso deles. Poucos restam que se dedicam realmente a fazer um roteiro detalhado e com conteúdo. A esses bravos veteranos dos quadrinhos, heróis da nerdalhada, um brinde!
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