DreamWorks ou Disney/Pixar? – Parte I
Na semana que a DreamWorks lança mais um desenho que será sucesso de bilheteria, lanço a questão:
Qual você prefere, a diversão e os dubladores (originais) famosos da DreamWorks ou as obra-primas da Disney/Pixar?
Antes de mais nada, este artigo – que é quase uma série – não tem como objetivo alimentar picuinhas ou provocar a discórdia entre fanboys deste ou daquele estúdio, é só mostrar a guerra saudável (?) e a qualidade e destaques das duas produtoras.
Voltando à programação normal.
Há algum tempo, na época do lançamento de Shrek, comentei com uns amigos que a DreamWorks, em breve, seria a líder do mercado de animações, ainda mais com o primeiro Oscar de melhor filme de animação oficial indo para as mãos do ogro verde da Fábrica dos Sonhos, batendo Monstros S/A da Pixar.
Mas como isso tudo começou?
Vamos recapitular.
A DreamWorks se meteu a fazer desenhos no longínquo século passado, em 1998, lançando o mediano O Príncipe do Egito e o sensacional FormiguinhaZ.
Foi praticamente o primeiro embate direto com a Pixar, ainda com a Disney como distribuidora, pois o estúdio da lâmpada lançou, no mesmo ano, o infantil Vida de Inseto, que apesar do sucesso, considero o mais fraco dos longas da Pixar.
Lembrando que três anos antes a Pixar revolucionara o mundo da animação com Toy Story, mostrando um visual nunca antes usado em um desenho animado.
Mesmo achando FormiguinhaZ bem melhor que Vida de Inseto, a arrecadação mundial dos dois filmes falam por si só: Mais de 363 milhões de dólares de Flik e a trupe do circo contra ‘apenas’ 171 milhões do paranóico e melancólico Z.
Ou seja, Vida de Inseto arrecadou mais do que o dobro de FormiguinhaZ.
Apesar desse revés, em 2000, a Fábrica dos Sonhos voltou com tudo à ativa lançando A Fuga das Galinhas e, ainda insistindo em animação tradicional, O Caminho para El Dorado.
Apesar de A Fuga das Galinhas ter sido interessante, o povo ainda comentava o sucesso de Toy Story 2, lançado no ano anterior.
Foi então que a DreamWorks cansou de brincadeira e, em 2001, lançou seu projeto mais audacioso e sucesso absoluto:
Shrek!
A história de um ogro verde que vai salvar uma princesa só para se livrar de visitantes indesejáveis e ter seu pântano de volta, avacalhando com o mundo dos Contos de Fadas foi um pé na porta e soco na cara da Disney/Pixar.
Apelando para vozes famosas – assim como em FormiguinhaZ e Fuga das Galinhas – e paródias com os personagens que se consagraram no estúdio rival, Shrek cativou o mundo rapidamente e foi um sucesso absoluto, arrecadando mais de 480 milhões de dólares.
Interessante notar que Monstros S/A arrecadou mais de 525 milhões, mas, apesar disso, o que veio depois, foi pior.
Em 2002, a Academia do Oscar resolveu criar uma nova categoria, a de Melhor Filme de Animação.
Muitos – inclusive este que vos escreve – dava como certa a vitória do filme dos amigos Sulley e Wazowski, mas, arrebentando tudo, quem levou o primeiro Oscar de Melhor Animação foi Shrek, com uma simpática animação mostrando os monstrinhos lamentando a derrota, enquanto o ogro e o Burro, comemoravam o feito vestidos de black-tie.
Em uma humilhação suprema da toda-poderosa Disney, nunca mais o mundo das animações seria o mesmo.
Semana que vem, O Império Contra-Ataca. =D
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